Lionsgate demite 15% de seus funcionários

O estúdio de cinema e TV Lionsgate anunciou a demissão de 15% de seus empregados num e-mail assinado por Joe Drake, presidente do Lionsgate Motion Picture Group. “Como um líder cuja primeira […]

Divulgação/Lionsgate

O estúdio de cinema e TV Lionsgate anunciou a demissão de 15% de seus empregados num e-mail assinado por Joe Drake, presidente do Lionsgate Motion Picture Group.

“Como um líder cuja primeira prioridade é ter ‘O Melhor Lugar para Trabalhar’, é com o coração pesado que digo a vocês que, como parte das mudanças em nossa estrutura operacional, estaremos nos despedindo de vários de nossos amigos e colegas de trabalho hoje”, disse Drake, no comunicado enviado nesta quinta (5/11) aos funcionários do estúdio.

“Em maio passado, começamos o processo de reimaginar o Motion Picture Group, não apenas para lidar com este momento de mudança extraordinária, mas para posicionar o grupo para operar e crescer em qualquer ambiente em que nos encontremos. À medida que desafiamos cada um de vocês a nos ajudar repensando nosso negócio, uma coisa ficou clara: embora o valor e o poder das histórias que contamos sejam mais fortes do que nunca, a mudança significativa que estamos vivenciando no cenário de consumo e distribuição não é temporária nem está diminuindo”, explicou Drake.

Os cortes se seguem ao encolhimento dos departamentos de marketing e distribuição que ocorreram em março passado, logo após o fechamento dos cinemas em todo o mundo.

Desde aquela data, o estúdio não lança nenhum filme nos cinemas, tendo adiado suas produções para 2021 (caso de “Espiral – O Legado de Jogos Mortais”) ou explorado a disponibilização em locação digital de PVOD (“Antebellum”, “Enquanto Estivermos Juntos”). O estúdio também vendeu os direitos domésticos do thriller “Run”, estrelado por Sarah Paulson, para a plataforma Hulu.

O cenário criado pela pandemia é bem diferente das expectativas criadas pelo desempenho do estúdio no ano passado, quando a Lionsgate emplacou três filmes no 1º lugar das bilheterias da América do Norte: “John Wick: Capítulo 3”, “Invasão ao Serviço Secreto” e “Midway – Batalha em Alto Mar”.

Segundo Drake, a Lionsgate passará por uma grande reestruturação, combinando grupos e eliminando funções para obter maior sinergia e resultados. É um processo pelo qual também estão passando as maiores empresas do setor, como Disney e WarnerMedia, que reestruturaram seus negócios para priorizar o streaming.

A Lionsgate também é dona do canal pago Starz, que chega ao mercado internacional por streaming, como Starzplay (disponível no Brasil).

Além dos funcionários, Nicola Pearcey, presidente das operações de cinema e TV da Lionsgate no Reino Unido, deixará a empresa no final do ano.