Lori Loughlin é condenada a dois meses de prisão em escândalo de fraude universitária

A atriz Lori Loughlin foi condenada nesta sexta-feira (21/8) a dois meses de prisão e ao pagamento de U$$ 150 mil após se declarar culpada no julgamento do grande escândalo de subornos […]

Divulgação/Hallmark

A atriz Lori Loughlin foi condenada nesta sexta-feira (21/8) a dois meses de prisão e ao pagamento de U$$ 150 mil após se declarar culpada no julgamento do grande escândalo de subornos pagos por pais ricos para que seus filhos entrassem em universidades prestigiadas dos EUA.

O juiz federal de Boston, Nathaniel Gorton, seguiu as recomendações do promotor federal de Massachusetts ao impor a pena durante uma audiência que durou cerca de 30 minutos, organizada por videoconferência devido à pandemia.

A atriz de 56 anos, conhecida por seu papel como tia Becky na série televisiva “Três É Demais”, exibida nos anos 1980 e 1990, e sua recente continuação “Fuller House”, na Netflix, ficará em liberdade condicional por dois anos após ser libertada da prisão, e terá que cumprir 100 horas de serviço comunitário.

Durante a audiência, Loughlin derramou algumas lágrimas enquanto pedia perdão por sua “decisão horrível”. “Segui um plano para dar às minhas filhas uma vantagem injusta”, admitiu.

A sentença já era esperada desde maio, quando a atriz e seu marido, o estilista Mossimo Giannulli, fizeram um acordo com a promotoria para se declararem culpados pelo crime de fraude bancária.

Giannulli, de 57 anos, foi condenado a cinco meses de prisão e, assim como sua esposa, deve se apresentar à prisão em 19 de novembro. Sua sentença inclui o pagamento de US$ 250 mil e 250 horas de serviço comunitário, além de dois anos de liberdade condicional após deixar a prisão.

A admissão de culpa evitou o julgamento do casal e livrando-os do processo por outros dois crimes, além de receberem uma sentença relativamente branda.

Loughlin e Giannulli foram acusados de pagar meio milhão de dólares para garantir que suas duas filhas entrassem na University of Southern California (USC) como integrantes da competitiva equipe de remo da universidade, um esporte que as meninas nunca praticaram.

O organizador do esquema, William “Rick” Singer, recebeu mais de US$ 25 milhões para subornar treinadores e funcionários que participavam dos processos de admissão nas faculdades, de acordo com os promotores.

Ele se declarou culpado e cooperou com as autoridades durante todo o processo.

A atriz Felicity Huffman, de “Desperate Housewives”, também envolvida no escândalo, declarou-se culpada por ter desembolsado US$ 15 mil para melhorar a pontuação da prova de vestibular de uma de suas filha, e passou apenas 11 dias em uma prisão na Califórnia. Ela teve uma das menores sentenças do processo, porque decidiu se declarar culpada desde o início. Rapidamente condenada, ela foi liberada em outubro do ano passado.

Já Loughtlin relutou em admitir o crime. Por meio de seus advogados, ela e o marido alegavam que os US$ 500 mil pagos em favor das filhas eram “uma doação legítima” para a instituição. O casal só mudou de ideia após acompanhar o julgamento de Huffman e ver as vantagens da cooperação.

Das 55 pessoas acusadas pelo escândalo, 41 já se declararam culpadas e, em troca, conseguiram reduzir suas sentenças, passando somente alguns meses de prisão.