Nia Vardalos, estrela de “Meu Casamento Grego”, da continuação e da série, não conseguiu comparecer ao velório de seu pai, Gus Vardalos, por causa da pandemia de coronavírus. Em entrevista à revista Variety, ela contou como lidou com seu luto e transformou a decepção em forma de contribuir para a luta contra a crise sanitária.
A atriz, que atualmente vive nos EUA, disse que não conseguiu pegar um voo para o Canadá e acompanhar os últimos dias de vida do pai, nem mesmo participar de seu velório, por causa das restrições de mobilidade impostas pela pandemia.
“No hospital, eles fizeram uma ligação por vídeo e me deixaram falar com ele. Eu pude agradecê-lo por ter me dado uma vida incrível, e dizer que ele foi um verdadeiro cavalheiro e um ótimo pai. Minha mãe segurou a mão dele e disse que estava tudo bem se ele quisesse partir”, relatou.
Gus Vardalos morreu em 12 de março, e o velório foi transmitido pela internet para familiares e amigos uma semana depois. O pai da comediante presidia uma igreja no Canadá, de forma que muitos quiseram acompanhar a cerimônia, realizada no templo em que ele ministrava.
“Se ele tivesse partido 14 dias antes, quando os governos não estavam reconhecendo a ameaça global [do coronavírus], todo mundo teria se reunido, e a cidade teria ido abaixo. Também poderíamos voltar para as nossas comunidades e transmitir para todo mundo”, refletiu Vardalos.
“Ele esperou até a igreja dizer que não poderíamos mais ter grandes aglomerações. Eu acho que meu pai sabia, no fundo, que estava mantendo as pessoas seguras”, completou.
Inspirando-se no exemplo de Gus, Vardalos está concentrando esforços no Twitter para conseguir doações para várias instituições que lutam contra a pandemia. Na seu perfil, ela está usando a hashtag #BigFatDonation (referência ao título em inglês de “Casamento Grego”) para destacar o trabalho de muitas organizações.
O casal Tom Hanks e Rita Wilson, mesmo em quarentena após diagnóstico de coronavírus, foram os primeiros apoiadores da campanha de Vardalos. Eles fizeram uma doação para um programa canadense que está ajudando cidadãos idosos a lidar com a pandemia.
“As pessoas na nossa indústria são sortudas, são privilegiadas, são mimadas. Mas alguns de nós queremos usar a nossa voz para fazer algo. É por isso que eu decidi procurar diferentes organizaçães online. Temos que fazer algo de bom, ou vamos enlouquecer”, explicou ela.