O ator Rodrigo Santoro publicou um texto emocionado no Instagram para elogiar o doutor Drauzio Varella na noite de segunda-feira (2/3), após a repercussão de uma reportagens veiculada no “Fantástico” do último domingo sobre presas transsexuais dos presídios de São Paulo.
O ator, que interpretou a trans Lady Di no filme “Carandiru” (2002), inspirado em livro de Varella, publicou um trecho da reportagem e acrescentou elogios ao médico.
“Antes de viver Lady Di em ‘Carandiru’ no cinema, foi preciso mergulhar no universo da personagem. Caminhei pelas ruas à noite, sobretudo em Copacabana, e costumava dizer, na época, que tinha entendido o que Héctor Babenco, diretor do filme, estava querendo de mim: alguém sem julgamentos e com muita humanidade pra enxergar a essência de todas aquelas histórias diversas”, escreveu Santoro.
“Assistindo a essa reportagem sobre as detentas trans e travestis em São Paulo com Drauzio Varella, autor do livro que inspirou o filme, relembro tudo que aprendi e posso ver ali nas conversas essa humanidade e generosidade que vêm dele não só pra ouvir as histórias, mas também para ensiná-las pra nós. E vamos guardar mais essa lição. Obrigado, Drauzio. O seu trabalho sempre foi e segue sendo precioso”, finalizou.
Os fãs do ator concordaram com sua avaliação. “Da pra sentir a dor na voz, nos gestos. E como eu sempre digo: um abraço tem o poder de mudar uma vida inteira. Reportagem humana”, disse um internauta. “Cê acredita que lembrei de você na hora? Exatamente por conta da Lady Di”, contou outra. “Lindo ver o respeito e empatia do Drauzio”, elogiou mais uma.
A reportagem de Drauzio Varella emocionou as redes sociais brasileiras e chegou aos Trending Topics do Twitter durante toda a sua exibição. Também foi bastante elogiada na imprensa.
Atualmente, a produtora Prodigo Films está desenvolvendo uma nova série baseada em livro de Varella sobre o universo penitenciário. Trata-se de “Prisioneiras”, adaptação do livro de 2017, que conta a experiência de 11 anos do médico no atendimento voluntário em uma penitenciária feminina de São Paulo. A publicação encerra uma trilogia dedicada ao sistema prisional brasileiro, que, além de “Carandiru” também inspirou a série “Carcereiros” – igualmente inspirada em obra de Varella.