O Oscar 2020 foi palco de um manifesto político, que meio século atrás, durante a caça às bruxas e lista negra da Guerra Fria, poderia resultar em prisão nos EUA. Mas muitos nem repararam.
Enquanto muitos ainda comemoravam a derrota do “marxismo cultural” representado por “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, a cineasta Julia Reichert, vencedora da categoria de Melhor Documentário com “Indústria Americana”, agradeceu seu Oscar com uma citação ao “Manifesto Comunista”, de 1848.
“Os trabalhadores têm cada vez mais dificuldade hoje em dia, e acreditamos que as coisas vão melhorar quando os trabalhadores do mundo se unirem”, disse a americana, parafraseando o slogan “Trabalhadores do mundo, uni-vos”, que se tornou célebre na obra de Karl Marx e Friederich Engels.
Detalhe: o filme de Reichert e Steven Bognar, disponível na Netflix, foi produzido pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama e sua mulher, Michelle Obama.