Primeiro terror bem-avaliado de 2020, “O Homem Invisível” atingiu 91% de aprovação no site Rotten Tomatoes, repercutindo o tom entusiasmado de suas críticas na América do Norte, que começaram a ser publicados nesta terça (25/2).
O consenso é que o filme é um raro remake que consegue ser melhor que o original – ou, no caso, superior à décadas de refilmagens anteriores – , ancorado num roteiro “hitchcockiano” do diretor Leigh Whannell (que criou as franquias “Jogos Mortais” e “Supernatural”) e numa performance “impressionante” da atriz Elisabeth Moss (de “The Handmaid’s Tale”), que seria digna de Oscar.
Na versão de Whannell, o monstro clássico imaginado pelo escritor H.G. Wells no fim do século 19 – e transformado num filme icônico de 1933 pela própria Universal – vira numa metáfora de relacionamento tóxico, em que um macho controlador se torna invisível para aterrorizar a ex-mulher, que todos consideram louca por denunciar a verdade.
“‘O Homem Invisível’ exige ser visto, porque este é o jeito certo de se refilmar um filme de terror”, escreveu William Bibbiani no site The Wrap.
“Uma abordagem verdadeiramente atual e tópica do material clássico que o faz parecer tão novo e inovador como se tivesse sido concebido hoje”, disse Huw Fullerton, do site britânico Radio Times.
“Te coloca no limite desde o início e redefine a perspectiva de como o comum pode ser aterrorizante”, apontou Ian Sandwell, do Digital Spy.
“Finalmente temos um Monstro clássico da Universal para ter medo de novo”, definiu Norman Gidney, do site geek TerrorBuzz.
“Espero que vejamos mais coisas parecidas nos próximos filmes de monstros da Universal”, acrescentou Kevin Harley, da revista Total Film.
“Há algo de hitchcockiano na maneira como esse ‘Homem Invisível’ se desenrola”, apontou John Nugent, da Revista Empire.
“E a personagem lembra algumas heroínas de Hitchcock, principalmente Ingrid Bergman em ‘Notorious'”, comparou Todd McCarthy, da revista The Hollywood Reporter. “O escritor-diretor sabe muito bem como pausar e espaçar suas revelações e sobressaltos, quanto mostrar e quanto reter”, acrescentou.
“O glamour de Hitchcock e a atenção aos detalhes estão lá”, considerou Grace Randolph, do site Beyond the Trailer. E disse mais: “Fiquei tão assustada que, algumas vezes, tive que desviar o olhar da tela, o que é hilariamente irônico, porque, claro, este é um filme sobre um homem invisível – não há um monstro para ver na tela”.
“A idéia de Elisabeth Moss andando em um sótão escuro com uma lanterna pode não parecer particularmente assustadora, mas confie em mim – nas mãos de Whannell, é”, descreveu Chris Evangelista, do Slashfilm.
“O fato de funcionar tão bem se deve em grande parte à própria Moss, que se compromete com o papel com uma intensidade feroz”, destacou Robbie Collin, do jornal inglês Daily Telegraph.
“Elisabeth Moss é absolutamente fascinante… O filme é uma grande vitrine para mostrar do que ela é capaz”, disse Edward Douglas, do The Weekend Warrior.
“Ela oferece uma das melhores performances de sua carreira”, elogiou Eric Eisenberg, do Cinema Blend.
“Ela é absolutamente magnífica, tão assustadora de assistir”, ecoou Sharronda Williams, do Pay or Wait. “E este filme faz um ótimo trabalho ao falar sobre violência doméstica”.
“Faz um trabalho admirável por nos levar de volta a uma época em que um filme de terror poderia realmente significar alguma coisa”, definiu Owen Gleiberman, da revista Variety.
“Uma das melhores coisas que você verá este ano”, completou Doug Jamieson, do The Jam Report.
A estreia está marcada para esta quinta (27/2) no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.