A expectativa pelo final da saga “Star Wars” fez a CCXP 2019 ter filas de mais de 24 horas para que os fãs pudessem ver de perto o diretor JJ Abrams e o elenco central do filme “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, formado por Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac.
Seguindo o protocolo de revelar o mínimo possível sobre a produção, que vai encerrar a história iniciada por George Lucas em 1977, sobre a família Skywalker, eles conversaram amenidades diante de uma multidão animada. “Isso mudou as nossas vidas e foi incrível trabalhar juntos”, disse Ridley. “Muitos atores não têm a chance de experimentar isso. Nós literalmente rimos o tempo inteiro durante o episódio IX, foi uma alegria só.”
Sem dizer nada que os fãs já não soubessem pelos trailers, e exibindo uma versão estendida de uma cena já disponibilizada na internet, Abrams resumiu o filme como uma luta pelo equilíbrio entre “o lado iluminado e o sombrio” da Força. “No lado sombrio, mal posso esperar para as pessoas verem a história, acho que é a mais intensa que esses personagens passaram”, disse o diretor. “No lado iluminado, é a primeira vez que vemos esse grupo de personagens ter uma aventura juntos”, afirmou, em referência ao trio presente no painel, que se distanciou muito durante a trama de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, o filme anterior.
A presença póstuma de Carrie Fisher e o retorno de Billy Dee Williams ao papel de Lando Calrissian também foram celebrados.
“Quando criança, Lando era meu personagem favorito”, disse Isaac, enquanto Boyega chamou Williams de “o cara mais legal da galáxia”. E ainda acrescentou: “Quando vocês assistirem ao filme, a reação de Finn ao conhecer Lando é completamente igual à minha reação ao conhecer Williams. Fiquei muito feliz que JJ pegou isso”.
Abrams, por sua vez, reforçou que “não poderia contar o fim da história sem Leia, seria impossível”. A protagonista Daisy Ridley afirmou que o diretor fez um trabalho incrível resgatando cenas que tinham sobrado da produção de “Star Wars: O Despertar da Força” para incluir Carrie Fisher, falecida em 2016, em “A Ascensão Skywalker”.
A atriz explicou que precisou contracenar com essas cenas durante a filmagem definitiva. “Fazer as cenas sem ela foi muito estranho”, disse. Na hora de suas filmagens, ela conferia as imagens pré-gravadas “para poder responder” à interpretação de Fisher.
Por outro lado, a aparição de outro rosto familiar – o Imperador Palpatine, vivido por Ian McDiarmid – não foi aprofundada pelo elenco e recebeu apenas comentários vagos de Abrams, que não quis comentar aquele que representa um dos grandes mistérios da trama. “Não quero estragar nada, mas posso dizer que foi incrível ter Ian de volta. Seu personagem tem um poder extraordinário. Mal posso esperar para vocês verem como e por que o personagem voltou e o que isso significa para esses personagens”, disse, apontando para Ridley, Boyega e Isaac.
Todos os tópicos foram abordados brevemente, entre eles o sentimento de Ridley sobre a questão dos pais de Rey, “Eu não era uma grande fã de ‘Star Wars’, então nunca entendi essa obsessão com a paternidade”, ela afirmou, concluindo que a nova trilogia é mais sobre a ideia de construir sua própria família, como Rey faz com Finn e Poe.
Diante da responsabilidade de concluir a saga iniciada em 1977 por George Lucas, Abrams fez um balanço positivo do legado da franquia. “Acho que todos concordam que ‘Star Wars’ tem esse coração incrível, de esperança e senso de possibilidade. Por mais louco que tudo esteja no mundo, esse senso de possibilidade – que existe mais em nós, que há bondade a ser encontrada – é realmente uma coisa muito bonita. O que George Lucas criou foi extraordinário”, concluiu.
“Star Wars: A Ascensão Skywalker” estreia em 19 de dezembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.