Felicity Huffman, a primeira mãe envolvida no escândalo de fraudes em admissões em faculdades dos Estados Unidos a ir para a prisão, foi libertada nesta sexta-feira (25/10) antes de terminar de cumprir sua pena de duas semanas de detenção em uma unidade prisional no Estado da Califórnia.
A saída da estrela da série “Desperate Housewives” estava prevista para ocorrer no domingo, mas uma porta-voz da unidade mencionou uma política que permite a libertação antecipada de reclusos cujo dia final de cumprimento da pena cai em um fim de semana. Entretanto, no domingo ela completaria 12 dias presas e não duas semanas, conforme sua sentença.
Huffman, que venceu um Emmy por seu papel na série “Desperate Housewives” e foi indicada ao Oscar por “Transamerica” (2005), entregou-se às autoridades da Instituição Correcional Federal em Dublin, na Califórnia, no dia 15 de outubro e passou 10 dias presa.
A juíza distrital Indira Talwani condenou a atriz a cumprir duas semanas de prisão depois que Huffman se declarou culpada de conspiração relacionada ao pagamento de US$ 15 mil para obter, secretamente, as respostas corretas para o exame de admissão de sua filha Sophia em uma faculdade.
A atriz está entre 52 pessoas acusadas de participar de um amplo esquema no qual pais ricos se envolveram em um plano de suborno e fraude com um consultor de admissões de faculdades da Califórnia para levar seus filhos para as melhores instituições do Estado, incluindo Yale, Stanford e a Universidade do Sul da Califórnia.
A atriz disse que sua filha não tinha conhecimento do esquema até o escândalo estourar em março passado. Dias após a prisão de Huffman, a jovem perdeu sua vaga na faculdade.
Além de Huffman, outra atriz famosa faz parte do grupo de pais denunciados na Operação Varsity Blues do FBI, que desbaratou o esquema de fraudes: Lori Loughlin (“Fuller House”). Como ela se declarou inocente, seu caso ainda vai a julgamento, mas ela pode pegar até 10 anos de prisão.
Cerca de 200 agente do FBI participaram da investigação da operação, que foi batizada em homenagem a um filme de 1999, chamado “Marcação Cerrada” no Brasil.