Uma época marcante da vida de David Bowie vai virar filme indie. Intitulado “Stardust”, o longa vai narrar uma viagem do cantor para os Estados Unidos em 1971.
Bowie foi duas vezes para os Estados Unidos naquele ano. A primeira foi em janeiro e inspirou a criação do álbum “Hunky Dory”, que reflete seu contato com a cultura americana em faixas de títulos auto-explicativos, como “Andy Warhol” e “Song for Bob Dylan”, além de “Queen Bitch”, influenciada por Lou Reed. A experiência também rendeu uma das músicas mais icônicas do cantor, “Changes”, que marcou sua fama como camaleão do rock, além de “Life on Mars?”, a semente do que se tornaria o disco conceitual “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars” em 1972, com temática de ficção cientifica.
O título do filme, curiosamente, cita nominalmente o disco de 1972 e não o que Bowie gravou seis meses após voltar da primeira viagem. Mas Bowie fez uma segunda viagem em setembro, para assinar com a gravadora RCA. E foi quanto finalmente conheceu Lou Reed e Iggy Pop, inspirando-se neles para criar a persona de Ziggy Stardust – logo em seguida, também produziria discos dos dois.
O roteiro é de Christopher Bell (“The Last Czar”), a direção está a cargo de Gabriel Range (“A Morte de George W. Bush”) e o elenco já começou a ser escalado.
O ator sul-africano Johnny Flynn, que viveu o jovem Einstein em “Genius”, vai interpretar o jovem Bowie. Além dele, Jena Malone (“Jogos Vorazes”) será Angie, a primeira mulher do cantor, e Marc Maron (“GLOW”) viverá um executivo de gravadora.
Flynn não é só ator. Ele também é músico e cantor – e compôs a trilha da série “Detectorists”, da BBC.
O plano é começar as filmagens em junho para um lançamento em 2020.