Peter Masterson (1934 – 2018)

O ator, roteirista e diretor Peter Masterson, que foi bastante ativo nas décadas de 1970 e 1980 à frente e atrás das câmeras, morreu na quarta-feira (19/12), após sofrer uma queda em […]

O ator, roteirista e diretor Peter Masterson, que foi bastante ativo nas décadas de 1970 e 1980 à frente e atrás das câmeras, morreu na quarta-feira (19/12), após sofrer uma queda em sua casa, no interior de Nova York. Ele tinha 84 anos e sofria de doença de Parkinson.

Nascido Carlos Bee Masterson Jr. em 1 de junho de 1934, ele fez sua estreia no cinema com papéis no filme de guerra “A Baia da Emboscada” (1966) e no thriller clássico “No Calor da Noite” (1967), que venceu o Oscar.

Após aparecer em outros longa e séries, foi escalado como o diretor da clínica que sugere uma maneira de salvar uma jovem (Linda Blair) aparentemente possuída pelo demônio. “Você já ouviu falar em exorcismo?”, ele pergunta para a mãe (Ellen Burstyn) da garota, introduzindo a trama de “O Exorcista” (1973), um dos filmes mais famosos dos anos 1970.

Ele também apareceu em outro clássico do período, “As Esposas de Stepford” (1975), como o marido da protagonista Katharine Ross. A produção também marcou a estreia de sua filha no cinema, a atriz Mary Stuart Masterson, que viveu a filha de sua personagem aos oito anos de idade.

Depois disso, Peter Masterson só apareceu em mais dois filmes, encerrando a carreira de ator cinematográfico com “Jardins de Pedra” (1987), de Francis Ford Coppola.

Mas não aposentou das câmeras. Apenas passou para trás delas.

Em 1978, ele escreveu a peça “A Melhor Casa Suspeita do Texas”, que virou um enorme sucesso na Broadway e acabou se tornando também um blockbuster de cinema em 1982, com Burt Reynolds e Dolly Parton nos papéis principais.

A partir daí, passou a se interessar por outras funções que não fossem atuação.

Fez sua estreia como diretor em “O Regresso para Bountiful” (1985), drama de época que rendeu muitos elogios da crítica e o Oscar de Melhor Atriz para Geraldine Page. Mas, infelizmente, não voltou a conseguir a mesma repercussão com suas obras seguintes.

Dirigiu, ao todo, nove longa-metragens e dois telefilmes até 2005, entre eles “Lua Cheia em Blue Water” (1988), com Gene Hackman, “Amores e Desencontros” (1997), estrelado por Diane Keaton e Sam Shepard, e “Lily Dale” (1996), protagonizado por sua filha Mary Stuart Masterson.

Em depoimento emocionado para a imprensa, a atriz descreveu Peter Masterson como “o melhor pai imaginável e uma verdadeira inspiração para mim, de forma criativa e em todos os sentidos”.