O ator Geoffrey Rush (“O Discurso do Rei”) foi acusado de tocar nos seios da atriz Eryn-Jean Norvill (“Segredos de Um Crime”), durante o ensaio de uma peça na Austrália.
O nome da atriz se tornou conhecido após ela se apresentar como fonte de uma reportagem do jornal The Daily Telegraph, que acusava o ator de assédio sexual.
Rush processou o jornal por calúnia, e Norvill aceitou ser testemunha de defesa da publicação, assumindo que foi assediada pelo ator de 67 anos.
O julgamento estava previsto para o próximo mês, mas foi adiado com a novidade, reportada pela rede ABC da Austrália. Ele deve ser remarcado para outubro.
Os documentos do processo revelaram pela primeira vez detalhes do caso. As alegações de Norvill são de que em um ensaio para a peça “Rei Lear”, Rush “fez gestos de apalpar no ar, imitando apalpar o torso dela” e fez “comentários com cunho sexual”. Em seguida, o ator é acusado de “passar a mão pela lateral do seio direito da vítima”. Ela então teria pedido para que ele parasse e foi atendida.
A defesa afirma que nenhuma declaração acrescentada no processo mostra Rush como um pervertido ou um predador sexual, ou que sua conduta tenha sido “escandalosamente inapropriada ou um abuso sexual”.
O ator e a atriz coestrelaram “Rei Lear” entre 2015 e 2016, em Sydney. Questionada por que não tinha se pronunciado antes, Norvill afirmou que, como uma jovem atriz, tinha receio de ir contra um ator de tanto prestígio quanto Rush.
Geoffrey Rush venceu o Oscar de Melhor Ator em 1997, por sua atuação em “Shine – Brilhante”, e o Emmy em 2005, por “A Vida e Morte de Peter Sellers”.