Mais um filme que não precisa de remake vai ser refilmado em Hollywood. O diretor David Leitch, responsável por “De Volta ao Jogo”, “Atômica” e “Deadpool 2”, vai dirigir uma nova versão de “Operação Dragão”, clássico de 1973 estrelado por Bruce Lee.
A Warner ainda está em fase de buscar um roteirista para atualizar a trama, mas a grande dor de cabeça virá logo depois.
Lançado poucos dias após a morte da Lee, o filme foi também o maior sucesso da carreira do astro. E a refilmagem coloca logo de cara a seguinte questão: quem será bom – ou louco – o suficiente para tomar o lugar da maior lenda das artes marciais em seu filme mais emblemático?
Em “Operação Dragão”, Lee interpretava, claro, um mestre de artes marciais, recrutado por uma agência de espionagem para entrar num torneio clandestino de lutas na ilha do empresário Han (Kien Shih). Tudo não passava de uma fachada para a verdadeira operação da trama, comprovar o tráfico de drogas feito pelo milionário. O protagonista tem uma motivação pessoal para buscar a queda de Han: sua irmã participou de um torneio anterior na ilha, e acabou escolhendo o suicídio ao invés de sucumbir aos capangas do criminoso, que tentavam estuprá-la.
O sucesso global de “Operação Dragão” foi tanto que centenas de escolas de kung fu abriram por todos os Estados Unidos, em grande parte também devido à presença de Jim Kelly no elenco, o grande mestre do black power.
“Operação Dragão” foi também um dos primeiros trabalhos de Jackie Chan, que é praticamente figurante em cena como um dos capangas, e destaca um dos maiores vilões do gênero, Bolo Yeung.
Sua influência chegou até aos quadrinhos, inspirando a Marvel a lançar Chang Chi, o Mestre do Kung Fu no mesmo ano, e pode ser traçada até aos games Mortal Kombat, Street Fighter e todos os filmes de torneios de lutas que se seguiram – inclusive o clássico “O Grande Dragão Branco” (1988), em que Jean Claude Van Damme enfrenta, 20 anos mais tarde, o mesmo Bolo Yeung.
O novo “Operação Dragão” não tem data de estreia definida.