A Sony divulgou o pôster e o primeiro teaser de “Venom”, em versões legendada e dublada, e a prévia abraça uma estratégia temerária do estúdio. Imaginem divulgar um filme de Batman sem mostrar o herói. Pois é o que a Sony está fazendo, primeiro por meio de uma foto sem graça e, agora, com um vídeo cheio de som e fúria, significando nada.
É difícil estabelecer o limite entre o que manter em mistério, como as produções da Bad Robot (de J.J. Abrams) fazem tão bem, e o que revelar. Por exemplo, “Liga da Justiça” optou por esconder Superman em todos os trailers, mesmo que o público soubesse que o personagem estava no filme. Foi um fracasso de bilheteria. Agora, Venom não aparece na divulgação do filme chamado “Venom”.
O que o vídeo mostra é o personagem de Tom Hardy (“Mad Max: Estrada da Fúria”) em sofrimento num hospital, diante de uma máquina de tomografia, e Michelle Williams (“Todo o Dinheiro do Mundo”) nos corredores com semblante preocupado. Logo, se trata de um drama médico, certo? Errado, pois há vestígios de impacto de algo vindo do espaço e uma gosma líquida contida por homens em trajes de proteção. Portanto, deve-se concluir que esses elementos manjados de sci-fi representam o já anunciado remake de “A Bolha Assassina” (1958)?
“Venom” tem direção de Ruben Fleischer (“Zumbilândia”) e estreia em 4 de outubro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos. Até lá, espera-se que o marketing da Sony descubra que está divulgando um personagem muito conhecido da Marvel, que inclusive já apareceu no cinema, em “Homem-Aranha 3” (2007), filme distribuído por… qual era mesmo o nome do estúdio? Ah, Sony.