Remakes de Magnum, Cagney & Lacey, Charmed e Super-Herói Americano podem virar séries em 2018

Após diversos revivals e remakes bem-sucedidos de séries clássicas, as redes americanas vão continuar investindo em nostalgia para 2018. Diferentes canais deram sinal verde para a produção de pilotos baseados em antigos […]

Magnum P.I.

Após diversos revivals e remakes bem-sucedidos de séries clássicas, as redes americanas vão continuar investindo em nostalgia para 2018. Diferentes canais deram sinal verde para a produção de pilotos baseados em antigos sucessos televisivos, que, se aprovados, deixarão a programação da TV americana com cara de reprise.

A rede CBS encomendou o remake de duas séries de detetives dos anos 1980: “Magnum” e “Cagney & Lacey”. A primeira marcou a década com a ferrari vermelha, as camisas floridas e o bigode de Tom Selleck, enquanto a segunda destacou a parceria de duas mulheres detetives, vividas por Tyne Daly e Sharon Gless.

Peter Lenkov, responsável pelos remakes de “Hawaii Five-0” e “MacGyver”, está escrevendo o roteiro do piloto ao lado de Eric Guggenheim (“Desafio no Gelo”). A nova versão é descrita como uma atualização do original. Vai girar em torno de Thomas Magnum (o antigo papel de Selleck), um ex-militar Navy SEAL condecorado que, ao voltar do Afeganistão, usa suas habilidades militares para se tornar um investigador particular, com a ajuda de outros veteranos – Theodore “TC” Calvin e Orville “Rick” Wright – e da ex-agente secreta do MI:6 Juliet Higgins.

A premissa é bastante similar à série criada por Donald P. Bellisario e Glen A. Larson em 1980, que durou oito temporadas na própria CBS. Selleck também interpretava um ex-militar, veterano da guerra da época, o conflito do Vietnã. Fora a atualização, a principal diferença está na escalação de uma mulher para o papel de Higgins, vivido por John Hillerman na atração original.

A nova versão de “Cagney & Lacey” está sendo escrita por Bridget Carpenter (criadora da minissérie “11.22.63”) e deve manter a trama original, que destacava a amizade de duas detetives da polícia, tanto no trabalho quanto em suas vidas pessoais. A temática de empoderamento feminino torna a atualização mais fácil de ser feita para os dias atuais.

Outro sucesso dos anos 1980, a comédia “Super-Herói Americano” (The Greatest American Hero) voltará com uma mudança de sexo na rede ABC. A série original foi criada por Stephen J. Cannell (“Anjos da Lei”, “Esquadrão Classe A”) e durou três temporadas, entre 1981 e 1983, acompanhando um professor (William Katt) que encontra uma roupa que lhe concede superpoderes, mas perde o seu manual de uso, tendo que aprender suas novas habilidades por meio de tentativa e erro. Ao mesmo tempo, um agente do governo (Robert Culp) quer controlar as suas ações, e ele precisa decidir se vai usar a roupa para ajudar os outros ou só a si mesmo.

No remake, a roupa será vestida por Meera, uma mulher de 30 anos que ama tequila e karaokê, e cuja falta de responsabilidade sempre causou grande desgosto em sua família tradicional indiana. O projeto está sendo desenvolvido por Rachna Fruchbom (roteirista-produtora de “Fresh Off the Boat”).

Por fim, a rede CW encomendou um segundo piloto de “Charmed”, após ter reprovado o primeiro no ano passado. Produzida pelo lendário Aaron Spelling (“Ilha da Fantasia”, “Casal 20”, “Barrados no Baile”, etc), a série de 1998 acompanhava três irmãs bruxas (Alyssa Milano, Holly Marie Combs e Shannen Doherty) lidando com o despertar de seus poderes – uma quarta irmã (Rose McGowan) acabou surgindo mais tarde, quando a produção precisou “trocar” uma das atrizes (Doherty) por problemas de bastidores. A série durou oito temporadas, até 2006, mas fez tento sucesso que continuou sua trama nos quadrinhos, publicados até 2012.

O remake de “Charmed” foi cogitado pela primeira vez há quatro anos pela rede CBS, mas não chegou muito longe em seu desenvolvimento, após ser torpedeado nas redes sociais pelas atrizes da série original. Elas continuam reclamando e ajudaram a implodir o segundo projeto, que seria um prólogo passado nos anos 1970.

Os responsáveis pelo piloto rejeitado continuam a frente do remake, mas mudaram tudo. Agora, a trama irá acompanhar três irmãs de uma cidade universitária atual, que descobrem que são bruxas. A produção é de Jennie Snyder Urman e o roteiro foi escrito por Jessica O’Toole e Amy Rardin, todas da série “Jane the Virgin”.

Por enquanto, os quatro projetos são apenas possibilidades. Para que as séries clássicas voltem à programação televisiva, seus respectivos canais precisam aprovar os pilotos encomendados. Caso isso aconteça, as estreias devem acontecer já na próxima temporada de outono, que inicia em setembro nos Estados Unidos.