Ator surta e dispara contra a polícia no interior de São Paulo

O ator Thierre di Castro Garrito, de 39 anos, e sua namorada norte-americana Marriah Bonsal, de 27, foram presos na madrugada de segunda-feira (15/1), após fazerem disparos de arma de fogo num […]

O ator Thierre di Castro Garrito, de 39 anos, e sua namorada norte-americana Marriah Bonsal, de 27, foram presos na madrugada de segunda-feira (15/1), após fazerem disparos de arma de fogo num hotel em Rio Claro, interior de São Paulo.

Ele é natural de Rio Claro, mas sua carreira foi desenvolvida nos Estados Unidos. Thierre di Castro foi o primeiro modelo brasileiro a participar do concurso Mister Mundo, em 1996. Nos últimos anos, tentava carreira como ator em séries americanas, tendo participado de três episódios de “Shameless”. Ele se preparava para estrear como diretor e produtor de um filme independente americano.

De acordo com a Polícia Civil, o casal havia feito uso de drogas e estava, aparentemente, surtado. O ator chegou a atirar contra os policiais militares que foram chamados pela direção do estabelecimento – dez policiais foram ao local em cinco viaturas. Uma bala acertou um escudo usado como proteção pelos policiais, mas ninguém ficou ferido.

Garrito estava com um revólver calibre 38 e sua namorada portava uma pistola 6.35. No quarto que ocupavam foram achadas porções de maconha e cocaína.

Eles foram levados para o plantão da Polícia Civil, mas tiveram de ser encaminhados para uma Unidade de Pronto-Atendimento, por estarem completamente “alucinados”, conforme o registro policial.

O ator foi indiciado por porte ilegal de arma e tentativa de homicídio. Já a jovem americana foi indiciada por porte ilegal de arma e munição. Os dois ficaram presos e devem ser apresentados à Justiça Criminal, no Fórum de Rio Claro, nesta terça-feira (16/1).

A advogada do casal informou que vai pedir a internação de ambos para tratamento de dependência química. “Os dois são dependentes, já tiveram passagem por porte de drogas. Eles estão com mania de perseguição, um dos efeitos da droga, por isso compraram as armas antes do Natal”, disse Simone Widmer, que também vai pedir a anulação do interrogatório por entender que eles não tinham condições para depor. A decisão será da Justiça.

Como o caso envolve mulher estrangeira, o Centro de Comunicação de Operações da Polícia Civil entrou em contato com a embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Um representante consular vai acompanhar o caso.