Considerado favorito a figurar entre os indicados ao Oscar 2018, James Franco acabou fora da lista após ser acusado de assédio sexual nas redes sociais e numa reportagem do jornal Los Angeles Times, realizada após sua vitória como Melhor Ator de Comédia no Globo de Ouro 2018. Agora, duas das acusadoras foram à TV dizer que o assédio do ator “não é um monstro”.
As atrizes Sarah Tither-Kaplan e Violet Paley participaram do programa “Good Morning America”, na terça-feira (23/1), e, apesar de admitirem que o ator “criou ambientes abusivos”, garantiram que “ele com certeza não é um Harvey Weinstein”, o produtor de Hollywood acusado por dezenas de mulheres de assédio e estupro.
“Ele não é um monstro sem sentimentos que não tem senso da realidade”, disse Tither-Kaplan, bastante nervosa. Ela explicou como o ator acrescentava cenas de nudez e sexo nos projetos que dirigia e dispensava atrizes que reclamassem. “Ele criou ambientes abusivos em suas gravações para mulheres que ainda não são famosas”, comentou, fazendo uma ressalva: “Mas eu acho que James é talentoso e uma pessoa valiosa”.
“É uma pirâmide, e no topo está estupro e violência sexual enquanto na base há outros abusos de poder, que, enquanto continuam a acontecer, constroem uma cultura que permite os mais abomináveis exemplos de violência sexual, misoginia e discriminação”, completou.
Sarah ainda completou que James Franco “não é uma pessoa imperdoável”, e gostaria de ver o ator “usar seus poderes para dar oportunidade reais e valiosas às mulheres, e realmente ajudar em suas carreiras”.
Já Violet Paley está esperando um pedido de desculpas e acrescentou que está “arrependida” de continuar uma relação sexual consensual com Franco após o ator ter sido violento com ela em um encontro.