Rashina Jones nega assédio de John Lasseter, mas acusa Pixar de discriminação sexual

Após uma reportagem da revista The Hollywood Reporter ligar a saída de Rashida Jones de “Toy Story 2” à notícia de que John Lasseter, cofundador e diretor de criação da Pixar, estava […]

Após uma reportagem da revista The Hollywood Reporter ligar a saída de Rashida Jones de “Toy Story 2” à notícia de que John Lasseter, cofundador e diretor de criação da Pixar, estava se afastando do estúdio em meio a denúncias de assédio, a atriz negou ter sido assediada ou que sua decisão de abandonar o filme seja relacionada ao comportamento do chefe.

Rashida, que era uma das roteiristas da sequência da franquia de animação, contou ao jornal The New York Times que a decisão de sair foi consequência do tratamento que a Pixar dá a mulheres e minorias no ambiente de trabalho, e não por conta de Lasseter.

“A velocidade vertiginosa com que os jornalistas têm buscado o próximo perpetrador torna algumas notícias irresponsáveis”, criticou a atriz, em comunicado assinado com Will McCormack, seu parceiro criativo no projeto, que também optou por deixar “Toy Story 4”. “Nós não saímos da Pixar por conta de assédios. Isso não é verdade. Optamos por sair por diferenças criativas e, mais ainda, filosóficas”.

No comunicado, Rashida e McCormack descreveram a Pixar como um lugar “em que mulheres e pessoas de cor não têm a mesma voz criativa que outros”. “Nós esperamos encorajar todos aqueles que sentiram que suas vozes não foram ouvidas no passado, que se sintam empoderados”, afirmaram.

A reportagem da THR ligou a saída da dupla do desenvolvimento de “Toy Story 4” à denúncias de assédio que levaram Lasseter, diretor da divisão de animação da Disney, a anunciar seu afastamento por seis meses, após admitir que precisava “enfrentar seus erros”. A publicação afirmou que a decisão tinha sido decorrência de denúncia de Rashida Jones, por conta de um avanço não consensual de Lasseter, mas ela veio agora à público negar.

Outras pessoas, que não quiseram se identificar, descreveram Lasseter como “pegajoso” no ambiente de trabalho. Segundo queixas, ele gosta de abraçar, beijar, falar no ouvido e tocar indevidamente funcionárias do sexo feminino.

Na nota em que anunciou seu afastamento, Lasseter mencionou este fato. “Eu especialmente quero pedir desculpas a qualquer um que recebeu um abraço não desejado ou qualquer gesto que ultrapassasse o limite de qualquer forma. Não importa quão benigna fosse minha intenção, todos têm o direito de estabelecer seus próprios limites e tê-los respeitados”, comentou o produtor.