Além dos recordes quebrados por “It: A Coisa”, o filme “Mãe!” também registrou uma marca histórica em sua estreia no fim de semana nos Estados Unidos e no Canadá. Com apenas US$ 7,5 milhões, o filme apresentou a pior abertura de um lançamento amplo da carreira de Jennifer Lawrence – superando “A Última Casa da Rua”, que abriu com US$ 12,2 milhões em 2012.
O filme dirigido por Darren Arnofsky (“Noé”) foi lançado em 2,3 mil salas de cinema e desagradou em cheio o público norte-americano. Apesar dos elogios na imprensa (68% de aprovação), foi considerado um dos piores filmes do ano por seus espectadores, que lhe deram nota “F” no levantamento do CinemaScore. Pouquíssimos longas tem avaliação tão ruim, porque o público costuma gostar de tudo – é fato, basta ver as notas resultantes de outras pesquisas do CinemaScore.
O levantamento do CinemaScore fornece alguns dados curiosos para discussão.
38% do público do filme era formado por fãs de Jennifer Lawrence, que se acostumaram a vê-la em papéis heroicos, tanto em franquias como “Jogos Vorazes” e “X-Men”, como em dramas como “Joy” e “Trapaça”, e não aprovaram seu retrato de mulher assustada e desprotegida. Todos estes deram “F” para o fiasco.
43% afirmaram que pagaram para ver “Mãe!” porque acharam que era um filme de terror. E como se decepcionaram ao encontrar uma metáfora disfarçada, deram “F” pela falcatrua.
Só os fãs de Aronofsky, que representaram 10% do público total, acharam “Mãe!” razoável. Eles acreditavam que sabiam o que esperar, tendo em vista os outros filmes místicos do diretor, de “A Fonte da Vida” (2006) a “Noé” (2014), mas mesmo assim deram nota “C” pela chatice.
O boca-a-boca negativo implodiu a arrecadação e deve encurtar a permanência do filme em cartaz.
A sorte da Paramount é “Mãe!” ser, supostamente, o lançamento amplo mais barato da semana na América do Norte, tendo custado US$ 30 milhões declarados. Mas há controvérsias a respeito deste número.
De todo modo, o filme estreou em 3º lugar e chega ao Brasil na quinta (21/9).