“A Vigilante do Amanhã – Ghost in the Shell” foi lançado no Japão na sexta (7/4), e os fãs dos mangás e animes em que o filme se baseia não viram polêmica na escalação de Scarlett Johansson como protagonista da trama. O filme sofreu patrulha ideológica nos EUA por ter uma atriz branca num papel originalmente escrito para uma asiática. Mas os japoneses ouvidos pelo site The Hollywood Reporter disseram que ela foi a melhor escolha e que outra não faria tão bem o papel.
“Eu a amei nos Vingadores e queria ver este só porque ela estava nele. Se tivessem feito uma versão japonesa, provavelmente teriam escalada uma ‘idol’ boboca”, disse um fã, referindo-se às girl bands adolescentes do país, que costumam estrelar filmes baseados em mangás.
“Ouvi dizer que pessoas nos Estados Unidos queriam uma atriz asiática para interpretá-la. Será que seria bom se ela fosse asiática ou asiática-americana? Honestamente, isso seria pior: alguém de outro país asiático fingindo ser japonês. É menos ofensivo tornar a personagem branca”, disse outro, revelando um lado da discussão que a patrulha ideológica ignorou completamente.
Segundo a Paramount, as acusações de embranquecimento do material original teria resultado em críticas negativas e bilheterias abaixo do esperado nos EUA.
Além de Scarlett, o público se encantou com os efeitos visuais do filme, considerados muito superiores a qualquer adaptação de mangá e anime já feita no Japão.
O único ponto negativo ficou por conta do roteiro, que os fãs da franquia consideraram superficial, tendo em vista as questões filosóficas da trama clássica de Masamune Shirow.
“Foram os melhores efeitos visuais que eles poderiam ter feito em uma versão live-action. Mas a história foi um pouco superficial, evitando aprofundar os temas do anime. Mas é uma versão de Hollywood, então é meio isso que é o que se espera”, comentou um espectador.
O filme foi cotado com 3,5 estrelas pelo público no site Yahoo Japan Movies: 4 para o visual e 3 para a história.