A animação “Moana”, próximo lançamento do gênero da Disney, está rendendo polêmica na Polinésia. Tudo graças às forças roliças de um de seus personagens centrais, o semideus Maui.
“Esse estereótipo de Maui é inaceitável”, escreveu um deputada de Tonga em seu Facebook, descrevendo o Maui da Disney como metade porco e metade hipopótamo.
Eliota Fuimaono Sapolu, um jogador de rugby samoano, também manifestou seu desagrado dizendo que essa é a maneira como homens brancos veem os polinésios. E Will Llolahia, da Associação de Mísoca das Ilhas do Pacífico, acusa a versão da Disney de contrariar os esforços de criação dos mitos do Pacífico. “Nas histórias proferidas, Maui tem sido criado como uma pessoa de força, de magnitude e natureza divinas”.
No entanto, há quem discorde de que a imagem de Maui seja estereotipada. Isoa Kavakimoto, da Nova Zelândia, define-se como um cara grande e fez um vídeo para o YouTube para dizer que discorda das críticas. “Ele não parece gordo para mim, ele parece um homem com grande potência capaz de fazer trabalhos extraordinários”.
Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde de 2014, as ilhas dos Pacífico estão entre as nações com mais obesos do mundo, o que poderia ter influenciado a criação do personagem.
No filme, Maui será dublado pelo astro Dwayne Johnson (franquia “Velozes e Furiosos”), que é descendente de samoanos.
“Moana” tem direção de John Musker e Ron Clements (responsáveis por “A Pequena Sereia”, “Aladdin”, “Hércules” e “A Princesa e o Sapo”). E entre os roteiristas creditados, está Taika Waititi, que se prepara para dirigir “Thor 3: Ragnarok”. A estreia está marcada para 5 de janeiro no Brasil, mais de 40 dias após o lançamento nos EUA, previsto para 22 de novembro.