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Filme|27 de junho de 2016

Independence Day estreia em 1º lugar no Brasil

Após frustrar as expectativas da 20th Century Fox nos EUA, “Independence Day: O Ressurgimento” teve desempenho mais razoável no mercado internacional. A continuação do blockbuster de 1996 abriu em 1º lugar no Brasil e em outros países estratégicos. Mas seu sucesso se deve mais à características do parque exibidor do que às qualidades da produção.

Antes de aprofundar a análise da tendência, é importante olhar os números brutos.

A invasão alienígena chegou ao Brasil com faturamento de R$ 9,6 milhões e público de 533,6 mil espectadores entre quinta (23/6) e domingo (26), segundo dados da empresa de monitoramento ComScore. Mas a vantagem para o 2º lugar foi pequena. O romance “Como Eu Era Antes de Você” ficou na segunda colocação com R$ 9 milhões. Entretanto, teve mais público: 601,7 mil espectadores. A diferença para a sci-fi se deve ao preço mais caro dos ingressos para sessões em 3D e Imax.

Na semana passada, “Como Eu Era Antes de Você” liderou as bilheterias nacionais com R$ 11,5 milhões e levou cerca de 754 mil pessoas aos cinemas. Portanto, a vitória de “Independence Day” nesta semana deve ser vista como modesta.

O longa da Fox também liderou no México, na Coreia do Sul e na Rússia, mas não passou dos US$ 100 milhões de arrecadação internacional. Somando os US$ 41,6 milhões de sua estreia nos EUA, o filme fez cerca de US$ 140 milhões em todo o mundo. Muito pouco para uma produção orçada em US$ 165 milhões.

A lição do sucesso internacional de “Independence Day” e outros filmes calcados em efeitos visuais, como “Warcraft”, que fracassaram nos EUA, revela como o público de diferentes países lida com o apelo das projeções em 3D e Imax. Para o público de países em que as salas de projeção especial ainda é novidade, as batalhas de efeitos digitais surgem como um espetáculo que justifica o ingresso mais caro. Mas nos EUA, onde o público tem excesso de oferta de salas especiais, a demanda por filmes em 3D já dá sinais de esgotamento, a ponto de produções serem convertidas ao formato apenas para lançamento no exterior.

Para comprovar essa tese, basta comparar os números da arrecadação de “Independence Day: O Ressurgimento” em salas Imax. Enquanto o filme rendeu apenas US$ 5 milhões nesse tipo de tela nos EUA, na China foram US$ 6,4 milhões, enquanto o total internacional atingiu US$ 15,8 milhões.

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Marcel Plasse

Marcel Plasse é jornalista, participou da geração histórica da revista de música Bizz, editou as primeiras graphic novels lançadas no Brasil, criou a revista Set de cinema, foi crítico na Folha, Estadão e Valor Econômico, escreveu na Playboy, assinou colunas na Superinteressante e DVD News, produziu discos indies e é criador e editor do site Pipoca Moderna.

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