José Padilha vai filmar a tropa de elite israelense na operação mais famosa da guerra ao terror

O diretor José Padilha definiu seu próximo filme. Ele confirmou ao site Deadline que dirigirá “Entebbe”, baseado numa das missões de resgate e combate ao terror mais famosas de todos os tempos. […]

O diretor José Padilha definiu seu próximo filme. Ele confirmou ao site Deadline que dirigirá “Entebbe”, baseado numa das missões de resgate e combate ao terror mais famosas de todos os tempos. O roteiro está a cargo de Gregory Burke do ótimo filme britânico “71: Esquecido em Belfast”, filme premiadíssimo que, para variar, saiu direto em DVD no Brasil.

O filme vai acompanhar a missão de resgate dos passageiros de um voo da Air France, vindo de Tel Aviv, que teve sua trajetória desviada para Entebbe, em Uganda, por quatro sequestradores (dois palestinos e dois alemães) em 1976. Ameaçando matar a tripulação e os israelenses presentes no voo, os terroristas exigiam a libertação de dezenas de palestinos aprisionados por Israel, e contavam com o apoio do ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Em resposta, o governo israelense mobilizou uma tropa de elite, composta por 100 combatentes, que invadiu o aeroporto, enfrentou o exército ugandense, matou os sequestradores e libertou os passageiros. A operação durou 90 minutos e deixou um saldo de 53 mortos. Entre as baixas, contam-se apenas três passageiros e um único militar israelense, o comandante da invasão, Yonatan Netanyahu, irmão do atual Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu.

A ação espetacular já rendeu um filme israelense, “Operação Thunderbolt” (1977), com direção de Menahem Globus, o dono do estúdio Cannon, além do telefilme americano “Resgate Fantástico” (1976), estrelado por Charles Bronson (“Desejo de Matar”) e dirigido por Irvin Kershner (“O Império Contra-Ataca”), ambos realizados logo após o sequestro.

Padilha vai buscar imprimir um viés documental, contando a história a partir de diversos pontos de vista, incluindo os sequestradores, os políticos envolvidos na negociação e até a tripulação francesa, que se recusou a abandonar os israelenses quando os passageiros de outras nacionalidades foram liberados pelos terroristas.

A produção está a cargo dos estúdios britânicos Working Title e StudioCanal, mas ainda não há previsão para a sua estreia.