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  • Filme

    Eu Fico Loko: Trailer da cinebiografia do youtuber Christian Figueiredo parece série teen americana

    30 de novembro de 2016 /

    A Paris Filmes divulgou o trailer de “Eu Fico Loko”, cinebiografia do youtuber Christian Figueiredo. A prévia é bem mais promissora que o primeiro vídeo, mostrando que, por trás do projeto de vaidade, há uma história com personagens de série teen americana dos anos 1990 – época em que ainda não havia diversidade racial nos elencos. Até o termo “loser” é evocado. Mas isso não dura muito, pois a certa altura a quarta parede e o encantamento são quebrados por uma aparição do cara-de-pau em pessoa: Christian Figueiredo entra em cena para comentar… a cena. Sua participação, por sinal, não se resume à metalinguagem. Ele também está no elenco, no papel de Christian Figueiredo “adulto”. Mas não parece interpretar tão bem o personagem quanto o jovem Filipe Bragança (novela “Chiquititas”), mais à vontade como Christian Figueiredo adolescente. A direção é de Bruno Garotti, que estreia na função após trabalhar como diretor assistente dos dois “S.O.S.: Mulheres ao Mar” e “Linda de Morrer”, entre outras produções. E o elenco ainda destaca Alessandra Negrini (“2 Coelhos”) como a mãe do rapaz. A estreia está prevista para 12 janeiro, mas vale avisar que, em janeiro, chega “Internet – O Filme”, sobre outros youtubers que queriam ser famosos e fizeram um filme em que interpretam youtubers que queriam ser famosos. O bagulho é mesmo pra ficar loko.

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  • É Fada - Kéfera Buchmann
    Etc

    Kéfera discute com fã de 10 anos no Twitter e recebe avalanche de críticas

    27 de novembro de 2016 /

    Kéfera Buchmann está descobrindo que fama tem preço, com grande fama vem grande responsabilidade e outros clichês que acompanham a vida das celebridades. Cada vez mais conhecida, após trocar a telinha do YouTube pela tela grande dos cinemas, ela não pára de se envolver em polêmicas. Algumas ela jura que são inventadas, como um certo piti num avião. Mas, após a confusão virtual da última sexta-feira (26/11), a estrela do filme “É Fada” não tem como negar que precisa aprender a lidar melhor com a fama que conquistou. A youtuber, atriz e cantora foi grossa com um seguidor no Twitter e virou alvo de diversas críticas na rede social, porque se tratava de um menino de 10 anos que não lhe queria nenhum mal. O menino postou uma montagem de fotos de Kéfera e seu ex-namorado, o youtuber Gustavo Stockler, com a mensagem “Keh, vc vai deixar essas fotos morrerem?” em menção ao término do namoro. E ela respondeu: “Fica na sua, da nossa vida a gente cuida, amigo”. Após a resposta grosseira, a mãe do garoto aparentemente assumiu a conta dele na rede social para responder. “Ele não postou essa foto por maldade, agora eu me deparo com meu filho em prantos por causa de uma resposta. Você não tem noção da loucura que meu filho tem por você. Aprenda a ser menos grossa”. A história se espalhou pelo Twitter dividindo opiniões, mas sem poupar Kéfera de críticas duras. Ela, claro, apagou seu post. @Kefera KÉH VC VAI DEIXAR ESSAS FOTOS MORREREM?? pic.twitter.com/TW033wVJlS — RYAN CLEBSON (@ryan_clebson) November 24, 2016 Kefera em: como não tratar um fã (criança) pic.twitter.com/5qzo3oBTSB — Cami (@shinecatheus) November 25, 2016

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  • Música

    Kéfera Buchmann tem dor de barriga com Luan Santana e vídeo é visto 1 milhão de vezes em 24 horas

    23 de novembro de 2016 /

    Os adolescentes amam mesmo Kéfera Buchmann. Ela acaba de lançar novo vídeo em seu canal no YouTube (5inco Minutos). E, em menos de 24 horas, mais de 1 milhão de internautas já viram. Trata-se de um clipe anti-romântico, uma paródia do sucesso popular “Dia, Lugar e Hora”, de Luan Santana, em que tudo dá errado. O próprio Luan aparece em cena, mas (felizmente para muitos) não canta, apenas demonstra seu talento como ator romântico. Nada mais justo, já que Kéfera “canta” dramaticamente. Pelos comentários, os fãs acharam engraçadíssimo, embora alguns tenham sentido saudades dos tempos em que Kéfera não precisava de uma superprodução para parecer engraçada. Já quem não é fã, dificilmente achará alguma graça. Aviso: o vídeo inclui a indefectível piada da dor de barriga que as crianças adoram e que os adultos viram trocentas vezes desde que eram crianças. Mas pode gerar uma meme: Kéfera tendo dor de barriga ao ver Luan Santana. A direção é da própria Kéfera em parceria com outro youtuber, André Pilli.

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  • Etc,  Série

    Porta dos Fundos mata Xuxa em vídeo de humor mórbido

    21 de novembro de 2016 /

    Xuxa voltou a atuar, ainda que interpretando a si mesma, em novo vídeo do canal Porta dos Fundos no YouTube. Divulgado nesta segunda-feira (21/11) no YouTube, o vídeo já disparou em visualizações pela participação da apresentadora. No esquete, ela é baleada em um assalto e, enquanto sangra, uma fã aparece desesperada… para tirar um selfie com ela, ignorando seus pedidos de ajuda. Ao fim do vídeo de humor mórbido, outros fãs param para tirar fotos com Xuxa, aparentemente morta. Nos comentários do canal, diversos internautas lembraram da série “Black Mirror”, que já teve um episódio muito parecido. De todo modo, essa não é a primeira vez em que Xuxa participa de um vídeo do Porta dos Fundos. Em maio, ela fez uma participação em que era confundida com Luciano Huck e Eliana.

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  • Filme

    Trailer de A Bela e a Fera teria batido recorde de visualizações na internet, diz a Disney

    16 de novembro de 2016 /

    O lançamento do trailer de “A Bela e a Fera” teria batido recorde de visualizações na internet. Segundo a Disney, responsável pela produção, o filme infantil protagonizado por Emma Watson superou “Cinquenta Tons Mais Escuros” para virar o trailer mais visto na internet em suas primeiras 24 horas. A Disney somou Facebook, Youtube e redes sociais da atriz Emma Watson para afirmar que o trailer teve 127,6 milhões de visualizações. No Facebook, o vídeo foi visualizado 29 milhões de vezes. Deste total, a maioria, 27 milhões, foi registrada na página de Emma Watson. No Youtube, o número foi menor, 13 milhões de vezes na página oficial de trailers da Disney. Para se ter ideia da repercussão internacional, a versão brasileira do vídeo ficou com 500 mil visualizações. Portanto, é preciso buscar outras fontes para chegar num número próximo do imaginado pela Disney. A afirmação de que “Cinquenta Tons Mais Escuros” é o atual detentor do recorde também não pode ser facilmente verificada. Nenhum dos dois filmes que reivindica o recorde oferece dados que ajudem a comprovar suas marcas. O trailer de “A Bela e a Fera” dividiu opiniões. Boa parte do público adorou a forma como ele recria cenas da animação clássica da Disney de 1991, enquanto outra parte ficou decepcionada justamente por ele não ir além de um “remake” com atores de carne e osso. A estreia está marcada para 16 de março no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.

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  • Música

    Eu Fico Loko: Cinebiografia de Christian Figueiredo ganha clipe. Isto mesmo: cinebiografia de Christian Figueiredo!

    8 de novembro de 2016 /

    Nesses dias em que 15 minutos de fama vale por uma vida inteira, mais um Youtuber está ganhando filme. A diferença é que, ao contrário da fantasia de fada de Kéfera Buchmann, o filme de Christian Figueiredo é uma cinebiografia. A obsessão do rapaz por se tornar popular atingiu outro nível, incentivada por produtores que consideram que sua história de vida é cinematográfica. Tudo bem, vai ver que ele lutou numa guerra, liderou um movimento, criou uma lei famosa, compôs hits que marcaram época, teve papéis icônicos, viveu romances escandalosos… Não? Não, ele tem 22 anos mesmo e seu filme é a história de um moleque que quer ser popular. O final é spoiler: ele vai fazer um filme sobre como era um moleque que queria ser popular. Enfim, Justin Bieber começou assim. E a maioria das pessoas sem idade para votar acha que ele é talentoso. E, como Justin Bieber começou assim, a primeira prévia do filme de Christian Figueiredo é um clipe. Ou melhor, um trailer com música, que os produtores chamam de clipe. E quer saber como as pessoas que podem votar não entendem nada (e sem precisar ver quem elegem)? O clipe/trailer já foi visto 1,7 milhão de vezes em quatro dias, no canal do Youtuber. O nome do filme, claro, é “Eu Fico Loko”, o mesmo do canal. A direção é de Bruno Garotti, que estreia na função após trabalhar como diretor assistente dos dois “S.O.S.: Mulheres ao Mar” e “Linda de Morrer”, entre outras produções. E o elenco destaca Alessandra Negrini (“2 Coelhos”) como a mãe do rapaz. A estreia dessa loucura está prevista para março. Vale avisar que, em janeiro, estreia “Internet – O Filme”, sobre Youtubers que queriam ser famosos e fizeram um filme sobre serem Youtubers que queriam ser famosos. O bagulho é loko.

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  • Música

    Clipe de Valesca Popozuda é proibido para menores e ultrapassa 1 milhão de visualizações

    7 de novembro de 2016 /

    O novo clipe de Valesca Popozuda ultrapassou a marca de 1 milhão de visualizações no YouTube. Mas, ao mesmo tempo, acabou recebendo uma classificação etária elevada, proibido para menores de 18 anos. Isto porque “Viado”, o clipe, foi considerado “extremamente sensual” pelo portal de vídeos. “Viado” mostra a cantora incorporando o papel de uma policial/carcereira sensual, que coloca os homens na linha, com direito a “fiscalização” do banho dos popozudos, que aparecem pelados. Ela ainda tasca um beijão na boca do modelo e ator Raphael Sander, que integrou o elenco de “Verdades Secretas” e “Totalmente Demais”. A marca de milionária foi comemorada por Valesca em seu Instagram no fim de semana com a seguinte mensagem: “Bom dia, popofãs. Vamos comemorar sim!! Um milhão de views mesmo com a censura em cima do clipe!! Obrigada meus fãs-clubes que estão sendo incríveis nessa batalha”. E nesta segunda ela mostrou sua alegria num vídeo em que aparece correndo de felicidade. Veja abaixo. Já o clipe de “Viado” pode ser assistido aqui. Adivinha o que eu estava comemorando? Coloque aqui nos comentários se sabe o que é ? #beijonabocaviado #variasquicadasetal Um vídeo publicado por Valesca Popozuda (@valescapopozudaoficial) em Nov 7, 2016 às 8:00 PST

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  • Filme

    Playlist de Finados: Veja seis curtas de uma produtora indie brasileira especializada em terror

    2 de novembro de 2016 /

    Em clima de Finados, que tal conferir uma seleção de curtas nacionais de terror? O canal do YouTube da produtora Hipnóticos Filmes tem uma coleção razoável, que envereda pelo medo dos barulhos e das sombras, alimentando a paranoia de quem está sozinho em casa – tema de boa parte dos filminhos. As histórias não são novidade para os fãs do gênero, mas divertem bastante, com estrutura clássica de reviravolta final e trilha over de pegadinha do Sílvio Santos. Segundo informa o diretor e produtor Rafael Zanesco, todos os seis curtas foram exibidos em mostras e festivais. E nesta sexta-feira “O Despertar de Selma” será exibido nas salas do cine Jóia do Rio de janeiro, concorrendo a prêmio, no evento Rio Fantastik. Para completar, no mês que vem “O Último Andar” e “Maldita Lembrança” estarão em um festival de São Paulo – o Festival Boca do inferno. Ficou curioso? Por via das dúvidas, benza-se antes de dar play.

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  • Etc,  Filme

    Cidade dos Mortos: Veja um curta de zumbis passado em São Paulo

    31 de outubro de 2016 /

    O curta “Cidade dos Mortos” é uma boa surpresa na produção de terror nacional. Não há muita história, mas, considerando seus 5 minutos de duração, o clima e a boa fotografia compensam com bastante tensão, acompanhando um rápido passeio da protagonista (Fernanda Gonçalves) entre a segurança de seu carro e o indefectível corredor escuro, onde um zumbi mastiga sua mais recente vítima. Disponibilizado há uma semana no YouTube, o vídeo da matadora de zumbis (possivelmente concebida após um menáge à trois entre Buffy, Daryl e Dean Winchester) já tem mais de 25 mil visualizações. Em seu canal oficial, ele é descrito como a abertura de um projeto maior. “Trata-se dos primeiros 5 minutos de um longa metragem de zumbis ambientado na cidade de São Paulo”, diz o texto. A direção é de Uirá O.W., enquanto roteiro, fotografia e produção são de Rodrigo Prata. Os dois ainda dividem a edição.  

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  • Filme

    Minha Mãe É uma Peça 2: Trailer do filme é visto 5 milhões de vezes

    28 de outubro de 2016 /

    O público brasileiro adorou o trailer do filme “Minha Mãe é uma Peça 2”, que atingiu 5 milhões de visualizações em três dias, na fanpage do longa e no YouTube. O vídeo também teve mais de 117 mil compartilhamentos no Facebook, dando uma ideia do interesse na produção. O comunicado que celebra a marca atingida ainda menciona um Top 10 no YouTube mundial e uma projeção de 18 milhões de pessoas alcançadas pelo vídeo. Não pudemos comprovar. Mas a declaração-piada do ator Paulo Gustavo, que comenta estes dados, merece ser compartilhada. “Essa coisa do trailer ter alcançado quase 18 milhões de pessoas me deixou em uma ansiedade tão grande para o filme, que eu estou tomando Rivotril para ir na padaria comprar pão”, ele disse, mantendo o tom do trailer. “Minha Mãe É Uma Peça – O Filme” foi uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro em 2013. E se o público achou o trailer engraçado, a continuação também deve lotar. A estreia “dessa coisa”, como diz Paulo Gustavo, está marcada para 22 de dezembro.

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  • Filme

    Kéfera Buchmann engata terceiro filme consecutivo

    21 de outubro de 2016 /

    Kéfera Buchmann já emplacou seu terceiro projeto cinematográfico. Em cartaz no sucesso “É Fada”, visto por mais de 1 milhão de pessoas, e prestes a estrear em seu primeiro papel dramático com “O Amor de Catarina”, que chega aos cinemas em novembro, a (ex?)youtuber adiantou que em poucas semanas começa a gravar “Resto”, em que fará par romântico com Cassiano Gabus Mendes. Ela contou a novidade durante o evento “Meus Prêmios Nick” na noite de quinta-feira (20/10), afirmando que as filmagens começam em novembro, mas não deu maiores detalhes. Agora atriz, Kéfera não pôde falar muito, pois também contratou assessoria de imprensa que manda jornalista parar de perguntar. O chega-pra-lá se deu em razão do questionamento sobre se ela tinha largado o Youtube de vez. “Ela não vai falar disso. Já soltamos um comunicado. Ela não vai parar com o canal, foi especulação”, disparou o assessor, que não permitiu a resposta. Especulação, não foi. Assessor pode “soltar” comunicado informando que a Terra é quadrada, mas isso não vira verdade porque ele “soltou”. Kéfera disse, com todas as letras, num vídeo do Snapchat, que não atualizaria seu canal por um tempo. “Já vou começar este Snap pedindo desculpas porque estou sumida de todas as redes sociais e falar que amanhã não vai ter vídeo novo. Semana passada não teve vídeo novo, essa semana também não vai ter. Preciso de um tempo para a minha cabeça, de verdade. Todos nós temos nossas fases e estou em uma em que preciso parar um pouco”, disse na ocasião. Não é fofoca. Não é especulação. Não é um tuíte do Rafinha Bastos. É da boca da própria Kéfera. Com este novo projeto anunciado, é capaz do tempo ser bem grande. E imagine se tiver outro filme já engatilhado… Vale lembrar que ela também não teve tempo (“conflito de agenda”) para participar de “Internet – O Filme” com outros youtubers.

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  • É Fada
    Filme

    É Fada! faz sucesso com pouco esforço, preconceito e superficialidade

    15 de outubro de 2016 /

    Há alguma coisa muito errada nas comédias feitas para cinema no Brasil. A busca pelo riso certamente não é determinada por uma cartilha com regras definidas, portanto cada um é livre para buscar a sua maneira de fazer rir. Infelizmente, essa liberdade de escolha em vez de estimular os nossos comediantes a buscar o novo, parece dizer pra eles que a comédia é a manifestação artística do menor esforço, a que se conecta com o público com mais facilidade, e por isso não é necessário pesquisar, estudar, investigar nada, uma vez que o “jeito” engraçado basta para fazer rir. Mas não estou dizendo nada de novo. Quem acompanha as comédias produzidas pelo cinema brasileiro nos últimos anos sabe do que estou falando, e relatar isso aqui muda quase nada. “É Fada!” é um dos líderes de bilheteria no Brasil (assim como outras comédias nacionais foram em anos anteriores). No final do ano, o longa vai inchar o número de espectadores que os filmes brasileiros alcançaram em 2016, vai arrecadar um bom dinheiro, e agora eu vou ser o antipático aqui de novo. A roda gira. A trama preguiçosa e banal nos apresenta a Geraldine (Kéfera Buchmann), uma fada que perde as suas asas após levar um peteleco do ex-técnico da seleção brasileira de futebol, Luís Felipe Scolari, durante a semifinal da Copa do Mundo, por dar um conselho mal recebido pelo treinador – sim, é sério, é assim que o filme começa. Para ter as suas asas de volta, ela precisa ajudar Júlia (Klara Castanho), uma adolescente que, recém-chegada numa escola de classe alta, não possui um bom relacionamento com os colegas e ainda convive com os desentendimentos do pai operário com a mãe socialite. Não podemos nos esquecer de que “É Fada!” é dirigido por Cris D’Amato, diretora de outra atrocidade, “S.O.S Mulheres Ao Mar” (2014). A cineasta apresenta um olhar aguçado para realizar obras equivocadas, além, é claro, de um cinema de péssima qualidade. Enquanto o seu filme anterior é um absurdo manifesto machista (disfarçado de empoderamento feminino), este seu novo trabalho possui tantos preconceitos que fica difícil saber por onde começar. O conceito de fada aqui é modificado, e agora este ser mágico é a garota diferentona, danada, que quer zoar, provocar, safada, safadinha e safadona (como ouvimos incessantemente na música dos créditos finais), cheia de falas e gírias da moda, antenada com os memes e gifs mais tops do momento, e que sempre retira do seu ânus os objetos necessários para ajudar a sua cliente. Até aí “tudo bem”, mas o que a diretora e os seus roteiristas não perceberam é o tom terrivelmente preconceituoso, ignorante e equivocado que a personagem Geraldine traz para o filme! A extreme makeover que ela traz para a vida de Júlia é “arrumar” (esse é o verbo utilizado pela personagem) o cabelo da garota através de uma chapinha; encher o seu Instagram e Facebook de fotos em lugares que ela não foi; mentir para impressionar o boy e assim conseguir ficar com ele; fazer ela negar o pai e o amigo pobres para parecer rica e assim impressionar as típicas meninas populares/metidas/arrogantes, ou seja, transformar a garota num ser genérico e superficial cheia de boniteza. Tudo isso tendo como álibi uma frase curta dita no final do filme: “É errando que se encontra o caminho certo”. Sério? Passamos por 80 longos minutos de um filme muito mal realizado, com nada de engraçado, acompanhando uma série de absurdos que a fada induz a garota a fazer, tudo para aprendermos junto com ela que é errando que se aprende? O máximo que podemos aprender é que é errando muito que se faz uma comédia de sucesso de público no Brasil. Esse álibi também não cola pela série de comentários absurdos que a personagem comete quando, por exemplo, diz de maneira pejorativa que o cabelo de um rapaz parece uma samambaia, ou quando diz que é contra falsificação por isso parou de ir à China. E sendo preconceituoso se aprende o quê? Mas quem me dera que os defeitos do filme estivessem “apenas” aí. D’Amato tem a sutileza da pata de um elefante para estabelecer os conflitos do filme, que por sinal abusam de clichês. A escola na qual a garota estuda foi tirada de algum filme do John Hughes nos anos 1980, em que apenas o estereótipo norte-americano foi pinçado, sendo (mal) encaixado de maneira grosseira no contexto brasileiro. Os conceitos mais batidos de bullying e das diferenças entre as classes sociais dos alunos são repetidos a exaustão pra fixar bem na nossa cabeça. Os personagens, todos, são absolutamente rasos na sua criação e desenvolvimento. A fada é diferentona, safadinha; a garota é infeliz e tímida e vislumbra a chance de ser bonita e popular; o pai é honesto, trabalhador humilde que se decepciona com a perda de valores da filha; a mãe é rica, indiferente, e se preocupa apenas se a filha está bem vestida e tem amigos ricos; e as vilãs são vilãs porque o mal é legal de fazer. Os supostos arcos dramáticos envolvendo estas figuras são previsíveis, e demonstram como o roteiro desde sempre se contentou em trabalhar com arquétipos pra facilitar a compreensão da geração do Youtube – o público alvo do filme por contar com Kéfera no elenco – que, acostumada com vídeos de curtíssima duração, poderia ficar desestimulada a assistir ao filme se os personagens propusessem uma discussão minimamente complexa. Sei. Isso sem contar as situações mal planejadas e desenvolvidas, como a levitação fora de hora em um momento específico, porque “deu erro” na chamada pro mundo das fadas, numa festa vendida como bombante, mas que foi filmada de maneira esvaziada e desanimada; a sequência risível (talvez o único momento que dei uma risada) em que o filme tenta assumir um tom dramático ao propor um conflito pela guarda de Julia por conta dos desentendimentos dos pais; além da sequência em que a vilã aparece e fala todo o seu plano e o que o levou a realizar tamanha maldade. A pegada publicitária da fotografia e montagem denota a total falta de criatividade e capacidade de D’Amato como diretora. Deve ter sido difícil e caro o aluguel do drone para fazer as imagens de apoio e transição, pois fica claro que cada segundo em que é possível inserir uma imagem aérea ela é inserida, mesmo quando o recurso já cansou há tempos. Parece que a diretora considera sofisticado o efeito, e se apaixonou pela ideia, quando no fundo temos apenas uma sensação artificial trazida por um efeito criativamente pobre. Outro ponto que deve ser um desafio e tanto para a diretora é a decupagem nas cenas de dança. Pra quê tantos cortes, meu Deus? Pra dar ritmo à cena? Tal característica demonstra uma notável incapacidade de D’Amato, pois não causa o efeito esperado, apenas nos deixa perdidos, com uma leve dor de cabeça, sem saber onde está cada coisa. As duas sequências de dança mais importantes do filme são verdadeiramente constrangedoras. Os efeitos digitais chamam a atenção negativamente nos tirando do filme. O desenho de produção da “floresta” onde vive Geraldine parece ter sido feito por um aluno de primeiro período de design utilizando um Windows 95, enquanto que a inserção digital de um copo de Rei do Mate na cena do clube explicita o quanto este filme não é levado a sério nem mesmo pelos seus realizadores. Mas como já disse lá no início da crítica, esse texto não muda muita coisa. Vida que segue.

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