Jornal terá que pagar quase US$ 2 milhões por acusar Geoffrey Rush de assédio
O ator Geoffrey Rush venceu o processo por difamação contra um tabloide australiano que citou fontes anônimas para acusá-lo de assédio sexual. O caso abalou a carreira do ator, que conquistou o Oscar por “Brilhante” em 1997 e foi indicado mais três vezes, a última por “O Discurso do Rei” (2010). Logo após a divulgação da reportagem, ele se demitiu de seu cargo de presidente da Academia Australiana de Cinema. O jornal, que pertence ao grupo News Corp (donos da “nova” Fox), foi condenado a pagar o equivalente a US$ 1,9 milhão, a maior pena da história do país em processos do gênero. O Tribunal Federal da Austrália estipulou o valor considerando danos passados e futuros na carreira de Rush. Este montante ainda se soma a um pagamento inicial de 850 mil dólares australianos concedidos em abril. Rush, de 67 anos, disse que os artigos publicados no Daily Telegraph de Sydney foram feitos às pressas porque o jornal queria uma versão australiana para as acusações de abuso sexual feitas contra o produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein. O jornal havia dito que o ator foi acusado de conduta imprópria não especificada por uma colega de elenco, também não especificada, da peça “Rei Lear”, encenada pela Sydney Theatre Company em 2015. Segundo o advogado de Rush, a reportagem insinuava que o ator era um “grande pervertido” ou culpado de uma grande depravação. Ao apresentar sua decisão, em abril, o juiz Michael Wigney classificou as reportagens como “temerariamente irresponsáveis” e “jornalismo sensacionalista do pior tipo”. O jornal vai apelar contra a sentença. Desde que o caso ganhou proporções midiáticas, o nome da atriz e a acusação foram detalhados. Geoffrey Rush foi acusado de tocar nos seios de Eryn-Jean Norvill (“Segredos de Um Crime”), durante um ensaio da peça “Rei Lear”. Além disso, a atriz Yael Stone, que interpreta Lorna Morello na série “Orange Is the New Black”, aproveitou a polêmica para assinalar seu momento #MeToo, também denunciando o ator em uma entrevista para o canal ABC de seu país. Stone disse ter enfrentado assédio constante de Rush quando os dois contracenaram em uma produção teatral de “O Diário de um Louco”, em 2010 e 2011, afirmando que ele dançou nu na frente dela, usou um espelho para assisti-la tomar banho e lhe enviou mensagens de texto eróticas. Em sua entrevista, ela justificou não ter revelado o assédio anteriormente porque temia que as leis de difamação da Austrália a colocassem em problemas legais e financeiros.
Atriz de Orange Is the New Black acusa Geoffrey Rush de assédio sexual
A estrela australiana Yael Stone, que interpreta Lorna Morello na série “Orange Is the New Black”, acusou o ator Geoffrey Rush (da franquia “Piratas do Caribe” e “O Discurso do Rei”) de abuso sexual em uma entrevista para o canal ABC de seu país. Ela se manifestou após outras acusações sobre o comportamento de Rush, que vieram à tona no ano passado, começaram a perder força, com a vitória do ator num processo de difamação. Stone diz ter enfrentado assédio constante de Rush quando os dois contracenaram em uma produção teatral de “O Diário de um Louco”, em 2010 e 2011, afirmando que ele dançou nu na frente dela, usou um espelho para assisti-la tomar banho e lhe enviou mensagens de texto eróticas. A atriz alegou que o comportamento de Rush a deixou desconfortável e a fez odiar a atuação. Na época, tinha 25 anos e Rush estava com 59. Em sua entrevista, ela justificou não ter revelado o assédio anteriormente porque temia que as leis de difamação da Austrália a colocassem em problemas legais e financeiros. “Sempre que as mulheres falam particularmente sobre questões como essa, suas carreiras geralmente sofrem”, disse Stone. “Eu considerei isso em meus cálculos e, se isso acontecer, acho que valeu a pena”, acrescentou. Em uma declaração dada ao jornal New York Times, Rush negou as alegações dizendo que eles “estão incorretas e, em alguns casos, tiradas completamente fora de contexto”. No ano passado, Rush também negou comportamento inapropriado durante uma montagem australiana da peça “Rei Lear” de Shakespeare. A Companhia de Teatro de Sydney revelou ter recebido denúncias de má conduta do ator, durante a produção. Documentos judiciais afirmam que o ator Rush se comportou como um “pervertido” e se envolveu em “comportamento sexualmente predatório” durante a produção teatral, encenada em 2015. Após esse escândalo vir à tona, Geoffrey Rush renunciou ao cargo de presidente da Academia Australiana de Cinema e Televisão (AACTA). Mas ele venceu um processo por difamação na justiça australiana contra o jornal The Daily Telegraph, que publicou as alegações iniciais. Em março, o tribunal federal da Austrália descartou grande parte das alegações da defesa, alegando que faltavam detalhes.
Natalie Dormer vai estrelar minissérie baseada no cultuado Picnic na Montanha Misteriosa
A atriz Natalie Dormer (série “Game of Thrones”) vai estrelar uma minissérie australiana baseada no clássico literário “Picnic na Montanha Misteriosa”, de Joan Lindsay. O livro de 1967 já rendeu um filme cultuado, dirigido por Peter Weir (“O Show de Truman”) em 1975. A trama original se concentrava num passeio realizado por uma escola de moças no Dia dos Namorados de 1900, durante o qual três estudantes e sua preceptora desaparecem misteriosamente, sem deixar rastros. A nova versão vai atualizar a trama para se passar nos dias atuais. Natalie viverá a diretora inglesa Sra. Hester Appleyard, e as professoras da escola serão interpretadas por Yael Stone (série “Orange Is the New Black”), Lola Bessis (“Tudo Acontece em Nova York”), Anna McGahan (série “Doctor Blake Mysteries”) e Sibylla Budd (série “Tomorrow, When the War Began”). A minissérie terá seis episódios, escritos por Beatrix Christian (“Jindabyne”) e Alice Addison (“O Caçador”), e dirigidos por Larysa Kondracki (“A Informante”) e Michael Rymer (série “Hannibal”). Com o título original de “Picnic at Hanging Rock”, a minissérie vai estrear no canal australiano Foxtel neste ano, mas a data exata ainda não foi anunciada.


