Atriz de Orange Is the New Black acusa Geoffrey Rush de assédio sexual

A estrela australiana Yael Stone, que interpreta Lorna Morello na série “Orange Is the New Black”, acusou o ator Geoffrey Rush (da franquia “Piratas do Caribe” e “O Discurso do Rei”) de […]

A estrela australiana Yael Stone, que interpreta Lorna Morello na série “Orange Is the New Black”, acusou o ator Geoffrey Rush (da franquia “Piratas do Caribe” e “O Discurso do Rei”) de abuso sexual em uma entrevista para o canal ABC de seu país.

Ela se manifestou após outras acusações sobre o comportamento de Rush, que vieram à tona no ano passado, começaram a perder força, com a vitória do ator num processo de difamação.

Stone diz ter enfrentado assédio constante de Rush quando os dois contracenaram em uma produção teatral de “O Diário de um Louco”, em 2010 e 2011, afirmando que ele dançou nu na frente dela, usou um espelho para assisti-la tomar banho e lhe enviou mensagens de texto eróticas.

A atriz alegou que o comportamento de Rush a deixou desconfortável e a fez odiar a atuação. Na época, tinha 25 anos e Rush estava com 59.

Em sua entrevista, ela justificou não ter revelado o assédio anteriormente porque temia que as leis de difamação da Austrália a colocassem em problemas legais e financeiros.

“Sempre que as mulheres falam particularmente sobre questões como essa, suas carreiras geralmente sofrem”, disse Stone. “Eu considerei isso em meus cálculos e, se isso acontecer, acho que valeu a pena”, acrescentou.

Em uma declaração dada ao jornal New York Times, Rush negou as alegações dizendo que eles “estão incorretas e, em alguns casos, tiradas completamente fora de contexto”.

No ano passado, Rush também negou comportamento inapropriado durante uma montagem australiana da peça “Rei Lear” de Shakespeare. A Companhia de Teatro de Sydney revelou ter recebido denúncias de má conduta do ator, durante a produção. Documentos judiciais afirmam que o ator Rush se comportou como um “pervertido” e se envolveu em “comportamento sexualmente predatório” durante a produção teatral, encenada em 2015.

Após esse escândalo vir à tona, Geoffrey Rush renunciou ao cargo de presidente da Academia Australiana de Cinema e Televisão (AACTA).

Mas ele venceu um processo por difamação na justiça australiana contra o jornal The Daily Telegraph, que publicou as alegações iniciais. Em março, o tribunal federal da Austrália descartou grande parte das alegações da defesa, alegando que faltavam detalhes.