Deadpool 2 ganha primeiro teaser na abertura de Logan nos EUA
“Deadpool 2” ganhou seu primeiro teaser, exibido, por enquanto, apenas nos cinemas americanos antes da projeção de “Logan”. Dirigido por David Leitch, o responsável por “Deadpool 2”, o vídeo serve para mostrar aos fãs o que eles podem esperar do próximo filme de mutantes da Fox. A prévia começa em uma rua muito suja, com muito lixo voando, onde um homem anda com um casaco de moletom e um gorro cobrindo a sua cabeça. Parece até uma pegadinha para o público acreditar que “Logan” começou, interrompida quando o homem puxa seu capuz e revela ser Wade Wilson, interpretado por Ryan Reynolds com seu rosto inteiramente deformado. Wade remove o capuz ao ouvir um homem assaltado pedir ajuda e corre para uma cabine telefônica para vestir seu uniforme, ao som da música-tema do filme “Superman” (1978), criada por John Williams. A graça, porém, é que Wade começa a trocar de roupa dentro da cabine em tempo real, o que não é exatamente rápido como Superman. Ou seja, o homem continua pedindo ajuda, enquanto o protagonista tira cada peça de roupa para colocar, com muita dificuldade, o seu uniforme superapertado. Quando ele está quase acabando, escuta um tiro, indicando que a vítima foi assassinada. Já vestido, Deadpool encontra Stan Lee (ele mesmo) antes de se deparar com o homem caído no chão. Por motivo nenhum, ele termina o vídeo usando-o como um travesseiro e filosofando sobre como é possível encontrar uma cabine telefônica nos dias de hoje, e sobre como a vítima teria sobrevivido se ele fosse Logan, que não precisa mudar de roupas para entrar em ação. Vale comentar ainda um dos easter eggs, que surge numa pixação com o nome “Nate Summers” (o Cable), na porta da cabine telefônica. A ideia foi inovadora, no sentido de que não se trata propriamente de um trailer, nem é uma cena, digamos, “pré-créditos”, pois não está ligada diretamente ao filme. Na verdade, está mais para os curtas da Disney, exibidos antes das animações em longa-metragem. Por sinal, a produção desse teaser pode ter sido a responsável pelos mal-entendidos sobre a participação do tagarela no filme de Wolverine e da gravação da tal cena extra que não existe. “Logan” estreou na quinta (2/3) nos cinemas brasileiros, mas “Deadpool 2” só será lançado em 2018.
Logan é o filme de super-heróis que os fãs sempre pediram
Comprometido com o papel de vilão em “Missão: Impossível 2”, Dougray Scott não teve agenda para fazer “X-Men”. Como plano B, a Fox e o diretor Bryan Singer optaram pelo, até então, desconhecido australiano Hugh Jackman para ser Wolverine na adaptação que fez Hollywood e o público respeitarem filmes baseados em histórias em quadrinhos. O primeiro “X-Men” (2000) até que foi legal, mas Jackman roubou a cena e valeu muito mais que o filme inteiro. Não demorou e veio “X-Men 2” (2003), esse sim um grande filme, e outras sete participações do ator como Wolverine. Só que, 17 anos depois, ainda faltava aquela pitada de coragem para entregarem um filme que representasse o furioso mutante do jeito que os fãs queriam – de forma brutal, descarregando sua raiva nos inimigos e com muito sangue espirrando na plateia. E prestígio na indústria é isso aí: perto de completar 50 anos, Jackman disse que faria o personagem apenas mais uma vez, porém exigindo que o filme saísse como queria. Conseguiu carta branca e entregou o projeto a um diretor de sua confiança, James Mangold. O resultado é “Logan”, o filme do Wolverine que os fãs sempre pediram. Um dos maiores elogios que se pode fazer é que não parece uma adaptação de histórias em quadrinhos – e é muito importante incluir isso – do modo como Hollywood acostumou o púlico. Trata-se de um filme completo, dramático quando exigido e raivoso quando a história pede. Sem acrobacias, cenas de ação à la 007, como a sequência do trem em “Wolverine: Imortal” (2013), curiosamente dirigido pelo mesmo James Mangold (que diferença faz a liberdade para tocar um filme), mas com muita porrada, membros decepados, palavrões (a primeira fala do filme é “FUCK”), sangue jorrando de maneira intensa, violentíssima, porém compreensível, aceitável quando entendemos Wolverine após quase duas décadas. Ainda mais porque, desta vez, ele está velho, cansado e com seu poder de regeneração bastante debilitado. Mas não é o caso de se apegar tanto à violência, tensão, adrenalina ou mesmo os efeitos visuais, porque o segredo do sucesso de “Logan” está no título. Apesar de tudo, não é um filme sobre um super-herói, mas sobre um homem em busca de sua humanidade perdida em um passado doloroso e que não volta mais. É o filme mais humano e centrado em personagens já feito sobre quadrinhos da Marvel, com diálogos reflexivos, pausas silenciosas e atuações definitivas de Hugh Jackman e Sir Patrick Stewart, que não precisam de muita coisa para cortar o coração do espectador nas simples conversas que Logan e Xavier travam sobre amor, a aceitação da morte, família, culpa, esperança, liderança e a relação pai e filho ou pai e filha. É onde entra a grande surpresa do filme, a pequena Dafne Keen, que rouba a cena como Laura (pode chamar de X-23) não somente nas sequências impressionantes de ação, mas também pelo seu potencial como atriz, apontando a franquia para um futuro promissor que o sucesso deste filme pode ajudar Hollywood a compreender. Em termos de adaptações de quadrinhos, “Logan” só é comparável a “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), embora seja completamente diferente do filme de Christopher Nolan. Em diversos momentos, parece mais uma produção da Nova Hollywood dos anos 1970, devido à ousadia de querer sair fora dos padrões. Mas seu espírito verdadeiro pertence aos westerns e road movies, o bom e velho filme de jornada, em que anti-heróis enfrentam percalços em fuga ou em busca de seu caminho. Como em “Os Imperdoáveis” (1992), “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007) e até “A Qualquer Custo” (2016), os protagonistas são corroídos por arrependimentos, cercados por violência e carregam hábitos e memórias de uma época que passou. Entretanto, nada é tão grandioso quanto o amor de James Mangold pelo clássico “Os Brutos Também Amam” (1953). Para os fãs de Wolverine, esse é o filme dos sonhos. Outros atores poderão interpretar Wolverine, claro, mas nenhum será o Logan de Hugh Jackman, como nenhum outro 007 foi o James Bond de Sean Connery. Isso é sair por cima.
Patrick Stewart anuncia que Logan será seu último filme como Professor Xavier
Patrick Stewart mudou de ideia. Após dizer que não tinha se aposentado do papel de Professor Xavier, ele afirmou exatamente o contrário em uma nova entrevista. Segundo explicou, durante o programa Town Hall da radio Sirius XM, a emoção que sentiu ao ver “Logan” no Festival de Berlim, ao lado de Hugh Jackman e do diretor James Mangold, o fez decidir encerrar sua jornada com o personagem, seguindo a deixa de Jackman, que fez o filme para se despedir de Wolverine. “Há uma semana, sexta à noite em Berlim, nós três nos sentamos e assistimos ao filme. E eu fiquei muito comovido, muito mais do que fiquei da primeira vez que o vi. Talvez tenha sido a companhia desses dois caras, mas o filme terminou e – isso é uma confissão – teve um momento que [Hugh] estendeu a mão e segurou a minha naqueles últimos momentos. Eu olhei para ele e vi que ele estava limpando lágrimas e aí percebi que eu também estava limpando minhas lágrimas. Então o filme terminou e nós seríamos levados para o palco, mas não até que os créditos tivessem acabado. Então tivemos tempo de ficar ali sentados. E foi quando comecei a perceber que nunca existirá uma despedida melhor e mais perfeita, emocional e sensível, para Charles Xavier do que esse filme. Então eu disse a [Hugh] naquela mesma noite, ‘terminei também. Acabou'”, descreveu o ator. Stewart participa da franquia “X-Men” desde o primeiro longa, lançado em 2000, e sempre foi parte importante da franquia, mas o reboot de “X-Men: Primeira Classe” (2011) possibilitou sua substituição por James McAvoy na trama. Os dois atores tiveram a oportunidade de contracenar em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014). A despedida de Stewart e Hugh Jackman das adaptações dos quadrinhos, “Logan” estreia na quinta (2/2) no Brasil.
Hugh Jackman diz que só um filme dos Vingadores o faria reconsiderar a aposentadoria do Wolverine
O ator Hugh Jackman revelou que só uma coisa o faria reconsiderar sua aposentadoria do papel de Wolverine. Em entrevista ao site Screen Rant, ele admitiu que balançaria se fosse convidado a participar de um filme dos Vingadores como o super-herói mutante. “Se essa possibilidade estivesse na mesa quando tomei minha decisão, eu certamente faria uma pausa para pensar. Isso é certo. Porque sempre amei a ideia de Logan estar presente dentro desta dinâmica, obviamente com o Hulk, com o Homem de Ferro… Mas tem muitas pessoas inteligentes com MBA que não conseguem entrar em acordo para decidir sobre isso”, ele comentou, já lamentando a dificuldade para esse desejo se materializar, graças à disputa entre Marvel e Fox. A má vontade da Marvel em relação aos personagens adquiridos pela Fox é tão grande, que a editora chegou a matar Wolverine nos quadrinhos, para não promover seus filmes. Só agora, que Jackman decretou que “Logan” será seu último filme no papel, a empresa de quadrinhos sinaliza com uma ressurreição do personagem. A despedida de Jackman, “Logan”, estreia na quinta (2/3) no Brasil.
James McAvoy indica que pode continuar a viver Charles Xavier no universo dos X-Men
O ator James McAvoy, que interpretou Charles Xavier nos três últimos filmes dos X-Men, publicou uma foto no Instagram que sugere seu envolvimento com um novo longa da franquia mutante. McAvoy revelou que teve um jantar com os produtores Simon Kinberg e Hutch Parker, e fez uma montagem com sua foto e a de Patrick Stewart com Kinberg. Ambos vivem Xavier nos filmes. Na legenda, McAvoy escreveu: “Jantar na noite passada como o homem que está numa relação multigeracional a três com dois professores”. E acrescentou: “Mal pode esperar pelo verão”, dando a entender que vai participar de algum filme com esse time. Durante as entrevistas de divulgação de “Logan”, Stewart também disse que, ao contrário de Hugh Jackman, não estava se aposentando do papel de Charles Xavier, o que indica uma possível volta ao personagem. Há duas possibilidades para o retorno de ambos: na continuação de “X-Men: Apocalipse”, que Sophie Turner (intérprete de Jean Grey) adiantou que será filmada em breve, e no spin-off dos “Os Novos Mutantes”, filme que irá apresentar uma geração mais jovem de alunos de Xavier. Dinner last night with the man who's in a multi generational three way relationship with two professors.thanks for dinner @simondavidkinberg and @hutch.parker ,I can't wait for the summer. Uma publicação compartilhada por @jamesmcavoyrealdeal em Fev 19, 2017 às 11:18 PST
Hugh Jackman brinda com caipirinha, veste camisa da seleção e conhece seu dublador brasileiro
Hugh Jackman aproveitou bem sua temporada paulista. Depois de tomar seu primeiro pingado, o intérprete de Wolverine vestiu literalmente a camisa do país, brindou com caipirinha, sobrevoou a cidade de helicóptero (batucando em ritmo de carnaval) e aprendeu mais palavras em português, especialmente depois de se encontrar com seu dublador oficial no Brasil, Isaac Bardavid, no programa “The Noite”. Demonstrando sua extrema simpatia, registrou cada momento em seu Instagram, utilizando apenas português nos textos. O ator australiano também participou de uma entrevista coletiva no domingo (19/2), para divulgar o lançamento de “Logan”, seu último filme no papel de Wolverine. Dirigido por James Mangold, “Logan” estreia no Brasil no dia 2 de março. Obrigado São Paulo, obrigado Brasil, feliz carnaval! Saúde! #wponx @20thcenturyfox Uma publicação compartilhada por Hugh Jackman (@thehughjackman) em Fev 20, 2017 às 11:22 PST Não seja aquilo que te fizeram @wponx @20thcenturyfox Uma publicação compartilhada por Hugh Jackman (@thehughjackman) em Fev 20, 2017 às 10:01 PST Feliz Carnaval! @wponx BRASIL! @20thcenturyfox Uma publicação compartilhada por Hugh Jackman (@thehughjackman) em Fev 20, 2017 às 7:45 PST Vai Basil! #Logan @20thcenturyfox Uma publicação compartilhada por Hugh Jackman (@thehughjackman) em Fev 19, 2017 às 8:15 PST
Entrevista: Hugh Jackman diz ter sentido paz ao se despedir de Wolverine em Logan
O ator Hugh Jackman participou de uma entrevista coletiva em São Paulo, neste domingo (19/2), para divulgar o lançamento do seu último filme como Wolverine, “Logan”. Dirigido por James Mangold, o terceiro filme solo do super-herói mutante estreia no Brasil no dia 2 de março. E, segundo o ator, “é a história definitiva do Wolverine”. “Não queria que fosse um filme de quadrinhos. Queria que fosse o filme definitivo sobre este homem. Que, ao olhar para trás, eu tivesse orgulho”, ele explicou, reforçando que será a última vez em que viverá o personagem. E que, sim, sentiu muito orgulho do filme, quando o viu projetado pela primeira vez numa tela de cinema. Apesar de “Logan” marcar sua despedida do papel – que viveu em nove filmes, inclusive nos seis longas dos “X-Men” já lançados – , ele garante que jamais deixará de se sentir Wolverine. “Eu amo o Wolverine. Não vou sentir saudade, pois ele sempre estará dentro de mim. Sei que não vou deixar essa família ‘X-Men’ nunca, pois todos os dias encontro fãs que me acenam com os dedos imitando as garras de Wolverine. E isso será pra sempre.” Mas dar um adeus de forma consciente foi complicado. “Foi muito emotivo fazer esse filme. Cheguei a chorar no set”, ele confessou. “Foi difícil me despedir da equipe depois de tantos anos. E se eu não conseguir um emprego logo, talvez eu fique preocupado”, brincou. Foram 17 anos na pele do baixinho invocado. Não há dúvidas de que o personagem marcou a carreira do ator australiano, que era praticamente desconhecido quando surgiu no primeiro “X-Men”, em 2000, aos 32 anos de idade. “Eu nunca tinha ouvido falar de ‘X-Men’ quando me chamaram para o teste. Quando li que garras saiam das mãos dele, pensei: ‘Isso é ridículo’”, ele contou. Mas não demorou a se identificar com a humanidade de Logan, que sempre foi muito mais que garras afiadas. “Wolverine é um personagem diferente. Pra mim, ele é mais definido por sua humanidade do que pelos seus poderes. Com esse filme, ‘Logan’, conseguimos nos aprofundar nessa humanidade. O maior inimigo de Logan é a intimidade. Ter intimidade com amigos, familiares, isso revela quem você realmente é, mostra até o que você não aceita em si. Agora ele se rende e deixa uma família entrar”. Jackman diz que esta era a história que sempre quis contar, desde que sentiu o potencial real de Wolverine. “Sempre senti que existia uma história mais profunda em relação a esse personagem. Tenho muito orgulho dos filmes do passado, mas sentia que tinha algo a mais. Não queria representar só o durão Wolverine, mas o difícil Logan. Espero que os fãs digam: finalmente, este é o filme do Wolverine que eu queria ver.” A busca por uma narrativa mais dramática é equilibrada, na tela, por uma violência jamais vista nos filmes de mutantes da Fox. Segundo Jackman, a violência de “Logan”, que foi classificado como não indicado para menores de idade nos EUA, foi intencional. “É violento de propósito. Não dá para entender Logan sem entender que este é um homem que foi criado para ser uma arma a vida toda”, diz. “Não é um filme em que um prédio cai sobre as pessoas e dizem que elas morreram. Quando pessoas morrem, elas morrem.” “É um filme adulto”, ele acrescenta. “Tem crianças no elenco, mas não é feito pra crianças. Foi uma decisão ousada que tomamos. Agora, existe um entendimento sobre as consequências da violência. Se você é violento, isso fica em você. Não importa se você é violento lutando por algo que acredita. Você carrega aquele peso. Logan sente esse peso. O filme é uma reflexão sobre a morte, sobre envelhecer, sobre se conectar, sobre família.” No filme, Jackman divide a tela com Patrick Stewart, que interpreta uma versão ainda mais envelhecida de Charles Xavier, e Dafne Keen, que encarna uma jovem mutante chamada de Laura nas sinopses oficiais, mas que o ator, na entrevista, chama logo pelo nome que os fãs reconhecem dos quadrinhos e das séries animadas. “A idéia de usar a X-23 e a demência de Xavier foi de Jim [o diretor James Mangold], e acho que foi ótimo. Pegar esse personagem, que é a pessoa com o maior medo de intimidade, e cercá-lo com uma família foi uma grande escolha narrativa”, ele observa. “Nesse filme, Logan finalmente sente algo pela primeira vez: paz. E eu fico até meio emocional pensando nisso, porque eu me senti em paz também ao assistir pela primeira vez, como um ator que vive este homem há 17 anos”, concluiu.
Cena inédita de Logan revela a origem de Laura, a mutante conhecida como X-23
A 20th Century Fox divulgou uma cena inédita de “Logan”, que mostra a “origem” de Laura (Dafne Keen), a mutante que os fãs de quadrinhos e séries animadas conhecem como Laura Kinney – ou X-23. A prévia se passa numa mistura de laboratório e prisão, e usa a estética dos vídeos encontrados (found footage) para registrar as experiências realizadas na menina. O filme teve sua première mundial no Festival de Berlim, onde foi recepcionado por aplausos entusiasmados. A trama se passa no futuro, em 2024, após a população mutante ser reduzida drasticamente e os X-Men terem se separado. Logan, cujo poder de regeneração está enfraquecendo, se entregou ao álcool e ganha a vida como motorista. Certo dia, uma estranha pede que ele leve uma garota chamada Laura até a fronteira canadense e à princípio ele recusa, mas muda de ideia ao descobrir que o Professor Xavier aguarda há anos pela menina. Extraordinariamente habilidosa em lutas, Laura se parece com Wolverine em vários aspectos e é perseguida por sinistras figuras que trabalham para uma poderosa corporação. Seu DNA contém o segredo que a conecta a Logan e uma implacável perseguição tem início. Com direção de James Mangold (“Wolverine: Imortal”), a estreia de “Logan” está marcada para 2 de março no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Diretor de Logan já quer fazer filme solo de X-23
“Logan” ainda não estreou, mas as reações entusiasmadas à première do filme no Festival de Berlim acabaram inspirando o diretor James Mangold a já imaginar sua continuação. Só que sem o personagem-título, uma vez que Hugh Jackman não voltará ao papel de Wolverine. Em entrevista ao site We Got This Covered, Mangold revelou seu desejo de fazer uma continuação centrada na menina X-23, personagem vivido por Dafne Keen, que fará sua estreia nos cinemas em “Logan”. “Eu acho que a Dafne está incrível nesse filme e eu adoraria vê-la num filme [solo] da personagem. Isso é algo que eu certamente gostaria muito de me envolver. Para mim, a decisão de abordar o lado familiar e inserir Laura [Kinney, nome original da X-23] e um Charles [Xavier] doente foram minhas maiores contribuições”, declarou. A trama de “Logan” se passa no futuro e mostra Wolverine recebendo uma última missão do Professor Xavier (Patrick Stewart), que aparece bastante debilitado: proteger uma jovem mutante (Dafne Keen) dos mercenários que a perseguem. A estreia acontece em duas semanas, no dia 2 de março no Brasil.
Logan tem a première mais aplaudida e a entrevista mais concorrida do festival de Berlim
A première de “Logan” foi uma das sessões mais aplaudidas do Festival de Berlim 2017. E a que gerou mais comoção, com lágrimas escorrendo dos rostos de críticos internacionais, a ponto de aplausos se confundirem com soluços. Muitos ficaram esperando pela cena pós-crédito em busca de um alívio. Mas ela não veio. A entrevista coletiva, com a participação do diretor James Mangold, do astro Hugh Jackman, do veterano Patrick Stewart e da jovem Dafne Keen, também foi a mais concorrida do festival alemão, com dezenas de jornalistas e um número ainda maior de fotógrafos tentando encontrar lugares que não existiam para registrar a opinião dos artistas. Além do tom dramático, a questão da violência excessiva da trama foi tratada com atenção, assim como a impressionante liberdade conferida pela 20th Century Fox para que fizessem uma produção de super-heróis com pegada autoral… e com aquele final. Jackman afirmou que o projeto foi concebido, desde seu primeiro esboço, para ser completamente diferente dos demais filmes dos X-Men. “Sabíamos que esta seria minha última vez no papel, então não queríamos que o filme fosse limitado por um gênero, classificação indicativa ou conexões com longas anteriores. Decidimos também que não seria um filme divertido. Queríamos apenas que fosse um bom filme. Mas o resultado ultrapassou as minhas expectativas”, explicou. “Não posso dizer que vou sentir saudade dele, porque Logan sempre vai viver aqui comigo. E os fãs vão me lembrar dele também”, disse, rindo. “É parte de quem sou. Mas não vou sentir falta da dieta de frango”, brincou, referindo-se à alimentação com base em proteínas para entrar em forma para o papel. “São 17 anos no personagem”, ele continuou, “mas se alguém me perguntasse o que deveria ver da franquia para poder entendê-lo, eu diria que deveria ir diretamente para ‘Logan’, pois foi só com este filme que eu cheguei ao coração de Wolverine. E é muito bom chegar a esta produção sem que ela carregue o estigma de ‘filme de gênero’ ou de ser mais um filme de super-herói. Esta história sobre a formação de uma família é uma carta de amor aos fãs de Wolverine”, completou. Mangold citou “Os Imperdoáveis”, de Clint Eastwood, e outros westerns como principal referência, em vez das habituais histórias em quadrinhos, que, por sua vez, aparecem na trama como metalinguagem. Os trailers já tinham mostrado Logan criticando os gibis que contavam as “aventuras dele”. “Pensamos muito em ‘Os Imperdoáveis’ na concepção do roteiro, com menção específica à figura do pistoleiro vivido por Richard Harris, que tem sua história narrada por um escritor”, explicou Mangold, à respeito da ideia de incluir os quadrinhos na própria história. “Conversei com Hugh e com nossos parceiros sobre o fato de que os feitos dos X-Men, naquele mundo de ficção, seriam tão populares que alguém escreveria sobre eles como heróis folclóricos. Por isso, seria normal que eles virassem personagens de quadrinhos”, contou. O diretor assegurou que não houve interferências do estúdio, apesar do temor dos executivos, confirmado pela presidente da 20th Century Fox Stacey Snider numa convenção desta semana. “Fiz o filme como quis. O estúdio podia ficar assustado por estarmos fazendo algo fora do normal, mas eles nos apoiaram. Deixaram-nos experimentar e para isso é preciso ter coragem. Agradeço-lhes profundamente”. Na trama, que se passa no futuro, Logan aparece envelhecido e perdendo os poderes, mas é convencido pelo Professor Xavier (Patrick Stewart) a realizar uma última missão: levar uma menina mutante (Dafne Keen) para um local seguro, enquanto é perseguido por mercenários. Mas a menina acaba se revelando tão feroz quanto o velho Wolverine, inclusive demonstrando os mesmos poderes – fãs dos quadrinhos e das animações dos X-Men sabem porquê. Indagado se não deveria evitar retratar uma criança assassina num filme, o diretor se defendeu. “Essas crianças são atores. Criamos um ambiente de muito amor. Fazer um filme é muito diferente de ver. Dafne cresceu neste meio e sabe a diferença entre ficção e realidade”, disse. “Agora, este filme não foi feito para crianças, não apenas por causa da violência, mas dos temas, como a natureza da vida e da morte.” Apesar da resposta, o diretor voltou a ser questionado sobre o excesso de violência na trama, que, apesar das restrições etárias, será vista por jovens quando chegar à TV. “Há programas na TV mais violentos e explícitos que os jovens veem. O trabalho de saber o que o seu filho vê não é meu, é seu. O meu é apenas o de fazer filmes. Quando mostramos violência, temos de saber mostrar as consequências. Que a vida acaba, o que hoje é muito ignorado no cinema. Muitas vezes nos filmes morrem centenas de pessoas, mas, como há menos sangue, a violência não é discutida. E é isso que o meu filme faz”, o cineasta respondeu, sob muitos aplausos. “As grandes histórias jogam luz sobre quem somos”, disse Jackman, que lembrou que, além de lidar com as consequências da violência, “‘Logan’ também é um filme sobre família, sobre cuidar dos mais velhos e dos mais jovens”. “O filme mostra um mundo em transformação, em que discutimos se é melhor se separar ou se conectar. Se é mais seguro viver sozinho e isolado de todos ou se, mesmo mais perigosa, a conexão com outros é melhor solução. Espero que o filme tenha essa ressonância”, concluiu. Logan estreia no Brasil em duas semanas, no dia 2 de março.
Tom sombrio de Logan preocupou a Fox, assume presidente do estúdio
Numa rara confissão sobre a forma como os executivos de cinema tomam suas decisões, a presidente da 20th Century Fox, Stacey Snider, revelou que teve muito medo de aprovar “Logan”. Após as críticas negativas recebidas por “X-Men Origens: Wolverine” (2009) e a indiferença em torno de “Wolverine: Imortal” (2013), Snider ainda não estava convencida de que era necessário uma transformação radical na franquia e ficou com o pé atras com a ideia de filmar um longa dramático e sombrio de super-herói, com classificação etária para maiores nos EUA. Em participação na conferência Recode Media, realizada na quinta (16/2) na Califórnia, ela afirmou que os executivos estavam preocupados que o filme fosse “entediante para caramba”, porque não tinha piadas a cada minuto. “Estávamos preocupados com a intensidade e o tom do filme. É como um poema sobre a vida e a morte. O paradigma é de um western, e meus colegas estavam nervosos com relação ao que estava sendo proposto. Não é um filme divertido e sarcástico com um Wolverine furioso que fuma charutos. Isso se tornou nosso grande debate. ‘Será que não vai ficar entediante pra caramba? Não é animador imaginar o Wolverine como um cara de verdade que está cansado do mundo e que não quer mais lutar até que uma garota precise dele?!’”, afirmou. A produção vem sendo vendida como um filme diferente das típicas adaptações de quadrinhos, tanto que tem sua première mundial marcada para esta sexta (17/2) no Festival de Berlim, um feito raro para uma produção de super-heróis. Novamente dirigido por James Mangold (de “Wolverine: Imortal”), “Logan” estreia em 2 de março no Brasil.
Patrick Stewart insinua que ainda não se despediu do Professor Xavier
O ator Patrick Stewart revelou que “Logan” pode não ser seu último filme do universo dos X-Men como o Professor Xavier. Em entrevista ao programa Entertainment Tonight, o ator britânico afirmou: “Hugh [Jackman] levantou essa bandeira de dizer ‘adeus’. Eu ainda não fiz isso.” Hugh Jackman, de fato, afirmou que “Logan” seria seu último trabalho no papel de Wolverine, embora Ryan Reynolds esteja em campanha para convencê-lo a participar de um crossover com Deadpool. O Professor Xavier, por sua vez, tem sido citado como personagem do filme dos Novos Mutantes, mas acreditava-se que seria interpretado por James McAvoy, que assumiu o papel em “X-Men: Primeira Classe” (2011). Para contradizer tudo isso, uma cena do trailer de “Logan” parece sugerir a morte de Charles Xavier. Mas vale lembrar que a trama deste filme se passa no futuro. “Logan” estreia em 2 de março no Brasil.









