Retrospectiva: As 50 melhores séries de 2022
Impossível fazer uma lista com as 10 melhores séries de 2022 sem cometer injustiças. Afinal, a qualidade da produção de 2022 não deveu nada ao cinema, e muitas vezes superou os títulos cinematográficos. Teve série mais cara até que “Avatar: O Caminho da Água” e com texto melhor que roteiros de vencedores do Oscar. A variedade também foi ampla, graças à multiplicação das plataformas digitais, que tornou acompanhar a quantidade de lançamentos um desafio de nível olímpico. A escolha por 50 títulos, além de permitir maior alcance, também oferece uma nova chance para os leitores considerarem o que faltou assistir no ano passado. Um listão de retrospectiva. Foram consideradas apenas séries lançadas no Brasil em 2022, numa organização por ordem alfabética, de “A Casa do Dragão” a “What We Do in the Shadows”, sem distinção hierárquica ou de gêneros. E para quem quiser aproveitar para checar o que faltou acompanhar, ainda há indicações de onde assistir cada título em streaming. Veja as maratonas abaixo. | A CASA DO DRAGÃO | HBO MAX O primeiro spin-off do fenômeno “Game of Thrones” (2011-2019) acompanha a família Targaryen, o clã de Daenerys, 200 anos antes dos eventos da série original, concentrando-se na crise de sucessão do Rei Viserys (Paddy Considine, de “Peaky Blinders”), com muitos complôs, batalhas, dragões e um clima absolutamente épico. A disputa se instala porque Viserys escolheu sua filha, a princesa Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy, de “Truth Seekers”), como herdeira do Trono de Ferro. Apesar de preparada para reinar desde a infância, sua ascensão não é aceita por aqueles que preferem um homem no poder, que poderia ser o irmão do rei, príncipe Daemon Targaryen, vivido por Matt Smith (“Doctor Who”), ou um filho recém-nascido. A lista de personagens importantes na conspiração ainda destaca Rhys Ifans (“O Espetacular Homem-Aranha”) como o Mão do Rei (a segunda posição oficial mais poderosa nos Sete Reinos), Olivia Cooke (“Bates Motel”) como sua filha Alicent Hightower e Steve Toussaint (“It’s a Sin”) como Lord Corlys Velaryon, a Serpente do Mar. A série foi co-criada pelo roteirista Ryan J. Condal (criador da série sci-fi “Colony”) e em sua 1ª temporada conta com a direção de Miguel Sapochnik, que venceu um Emmy como diretor do famoso episódio da “Batalha dos Bastardos” de “Game of Thrones”. | A VIDA SEXUAL DAS UNIVERSITÁRIAS 2 | HBO MAX Criada por Mindy Kaling (“Projeto Mindy” e “Eu Nunca…”) em parceria com o roteirista Justin Noble (“Brooklyn Nine-Nine”), a série gira em torno de quatro colegas de quarto, que se conhecem ao iniciar a faculdade e passam a conviver em meio à tensão sexual e situações constrangedoras do dia-a-dia universitário. Nos novos episódios, as garotas estão cada vez mais amigas e animadas em meio a festas, vizinhos descamisados e até strippers masculinos. O elenco central destaca as atrizes Pauline Chalamet (a irmã de Timothée Chalamet), Amrit Kaur, Renée Rapp e Alyah Chanelle Scott. Sem experiências prévias, elas se tornaram rapidamente conhecidas com a atração, que atingiu 93% de aprovação no Rotten Tomatoes, na média de suas duas temporadas. | ABBOTT ELEMENTARY | STAR+ Eleita Melhor Série do ano pela Associação dos Críticos de TV dos EUA (TCA, na sigla em inglês), a produção que traz Tyler James Williams (o Cris de “Todo Mundo Odeia o Chris”) de volta às sitcoms é uma comédia de local de trabalho que usa o truque narrativo do falso documentário de “The Office”. A diferença entre as duas séries é que, em vez de um escritório, o local de trabalho de “Abbott Elementary” é uma escola pública de Ensino Fundamental. A série foi criada e é estrelada por Quinta Brunson (“A Black Lady Sketch Show”), que vive a principal professora da trama. Já Williams vive o novo professor, recém-chegado, que ajuda a introduzir a narrativa, ao começar a trabalhar e descobrir como o improviso marca o cotidiano da escola. Graças ao recurso documental, os episódios também possibilitam comentários sociais sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores idealistas diante da política que dedica poucas verbas para o ensino de crianças pobres. Elogiadíssima pela crítica, a produção tem 98% de aprovação no Rotten Tomatoes e já se encontra renovada. | ALICE IN BORDERLAND 2 | NETFLIX Ao estilo de “Round 6”, mas com elementos de sci-fi, a série adapta um mangá popular do Japão, que acompanha um grupo de jovens enviado a um universo paralelo, exatamente igual a Tóquio, só que deserto. A princípio, eles acreditam ser as únicas pessoas desse mundo, mas logo descobrem outros habitantes e as regras do lugar: para permanecerem vivos, terão que participar de uma sucessão de jogos de sobrevivência. A 2ª temporada encontra os principais sobreviventes, Kento Yamazaki (da versão japonesa de “Good Doctor”) e Tao Tsuchiya (dos filmes de “Samurai X”), enfrentando novas etapas e competidores no jogo mortal, enquanto tentam saber mais sobre aquele lugar e se existe alguma saída. Os novos episódios completam a história, encerrada com um final que lembra o de “Lost”, só que muito melhor concebido e amarrado. Fãs, porém, já iniciaram campanha por uma 3ª temporada – que não existe nos quadrinhos. A direção é de Shinsuke Sato, especialista em adaptações live-action de mangás de ação. Ele dirigiu os filmes de “A Sociedade da Espada” (2001), os dois “GantZ” (2011 e 2012), o excelente terror de zumbis “I Am Hero” (2015), a continuação “Death Note: Iluminando um Novo Mundo” (2016) e o filme de “Bleach” (2018). | ALL OF US ARE DEAD | NETFLIX A série sul-coreana de zumbis é baseada num webtoon (quadrinhos) e combina horror sangrento com humor bizarro em sua trama, sobre um surto de mortos-vivos que começa no interior de uma escola e logo se espalha pelo país. A direção é de Lee Jae-kyoo (“Estranhos Íntimos”), mas o maior atrativo está na participação de Lee Yoo-mi, que viveu Ji-yeong (a jogadora #241) em “Round 6”. Esta é a segunda série sul-coreana de zumbis da Netflix, que já exibe com sucesso a atração de época “Kingdom”, passada na era medieval. Assim como aquela, “All of Us Are Dead” se destaca nesse subgênero por ser bastante criativa. | BETTER CALL SAUL 6 | NETFLIX Estruturado como um interminável flashback, o spin-off de “Breaking Bad” contou desde 2015 como o advogado idealista Jimmy McGill se transformou no inescrupuloso vigarista que batiza a atração: Saul Goodman. E a produção fez o público aguardar cinco temporadas para chegar no ponto mais esperado, quando a trama se cruza com os eventos de “Breaking Bad”, trazendo de volta Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) para conduzir a trama aos eventos fatídicos que levaram o personagem vivido por Bob Odenkirk a perder carreira e fortuna ao final da série original. Vale lembrar que o primeiro episódio de “Better Call Saul” iniciava bem depois dos eventos de “Breaking Bad”, e a última temporada cumpre a expectativa de retomar esta linha temporada para mostrar em quais condições Jimmy/Saul se tornou um dos poucos sobreviventes da já clássica trama criminal. | BLACK BIRD | APPLE TV+ Baseada em uma história real, a minissérie criminal traz Taron Edgerton (“Rocket Man”) como o filho de um policial veterano, que é condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas. Só que ao começar a cumprir sua pena, o rapaz recebe uma proposta inusitada: liberdade em troca de algumas dias numa prisão povoada por criminosos insanos, onde deve conseguir fazer um serial killer (Paul Walter Hauser, de “O Caso Richard Jewell”) confessar suas mortes antes de ser solto. Com cenas de muita tensão, dirigidas pelo belga Michaël R. Roskam (“A Entrega”), a atração foi desenvolvida pelo escritor Dennis Lehane, autor dos romances que viraram os filmes “Sobre Meninos e Lobos” (2003), “Medo da Verdade” (2007) e “Ilha do Medo” (2010), e o último trabalho do ator Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”), falecido em maio passado. Ele interpreta o pai do protagonista. | BONECA RUSSA 2 | NETFLIX Uma das melhores séries da Netflix ficou ainda melhor na 2ª temporada, recompensando o espectador com um destemor absurdo ao correr grandes riscos com sua trama mirabolante. Na história original de looping temporal, a personagem de Natasha Lyonne (“Orange Is the New Black”) morria várias vezes durante sua noite de aniversário na cidade de Nova York, apenas para voltar ao começo da festa e se preparar para morrer novamente, continuamente, vitimada por detalhes fortuitos e pessoas desatentas. Mas esta foi só a primeira fase de suas desventuras, que agora trocam o looping temporal por viagem no tempo. Após conseguir sobreviver à morte insistente, ela se vê embarcando num trem para o passado, que a leva aos anos 1980. Não só isso, ela passa a habitar o corpo de sua mãe, então grávida dela mesma. E tem a brilhante ideia de mudar o passado para corrigir seu presente. Só que essa ideia nunca deu certo em nenhum filme de viagem no tempo já produzido. Além de estrelar, Lyonne criou a atração em parceria com a atriz Amy Poehler (“Parks and Recreation”) e a cineasta Leslye Headland (“Quatro Amigas e um Casamento”). | CHAINSAW MAN | CRUNCHYROLL O anime mais falado de 2022 ganhou notoriedade pelas cenas sangrentas. Baseada no mangá de Tatsuki Fujimoto, a história acompanha Denji, garoto que herda uma dívida gigantesca após a morte do pai e precisa enfrentar demônios diariamente, com ajuda apenas de sua pet (um cão-demônio com nariz de motosserra), para conseguir alguns trocados para sobreviver. A situação sofre uma reviravolta quando uma traição da yakuza faz a pet-demônio Pochita se mesclar com Denji para impedir que ele morra, transformando-o no Homem-Motosserra do título. O novo poder é acessado por uma corda em seu peito, que quando acionada transforma seu rosto e mãos em motosserras afiadas, capazes de cortar e trucidar tudo o que encontram pela frente. Essa capacidade impressiona os caçadores de demônio do governo, que lhe oferecem emprego, mas não lealdade como sucessivas traições acabam revelando. Ultraviolenta, a série tem cenas chocantes, como um ato de canibalismo de Denji para acabar com a imortalidade de uma ex-aliada/demônia, além de mortes inesperadas entre os personagens favoritos. A adaptação é produzida pelo estúdio de animação MAPPA e tem direção de Ryū Nakayama (“Jujutsu Kaisen”). | CINCO DIAS NO HOSPITAL MEMORIAL | APPLE TV+ Tensa e dramática, a minissérie traz Vera Farmiga (“Gavião Arqueiro”) como uma médica do principal hospital de Nova Orleans em agosto de 2005, quando a cidade sofreu a fúria do Furacão Katrina. A trama é baseada numa reportagem premiada com o troféu Pulitzer (o Oscar do jornalismo), que detalha o clima de terror no hospital Memorial Medical Center, sem energia por dias durante a fúria dos elementos. Diante disso, a equipe médica liderada pela respeitada cirurgiã Anna Pou (Farmiga) se vê forçada a tomar decisões de vida e morte que os impactaram por anos. A adaptação tem roteiro, produção e direção de John Ridley (vencedor do Oscar pelo roteiro de “12 Anos de Escravidão”) e Carlton Cuse (que já tinha trabalhado com Vera Farmiga na série “Bates Motel”). | COBRA KAI 5 | NETFLIX A 5ª temporada mostra Terry Silver (Thomas Ian Griffith) expandindo o império Cobra Kai para tornar seu estilo impiedoso de artes marciais ainda mais dominante. A trama também traz de volta o vilão Mike Barnes (Sean Kanan), visto em “Karatê Kid III”. Mas mesmo diante do inimigo em comum, os ex-rivais Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) não conseguem fazer seus alunos se entenderem para superar os desafios que se apresentam. Alimentada pela nostalgia da década de 1980, “Cobra Kai” foi criada por Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg (os dois últimos de “American Pie: o Reencontro”) e segue os personagens clássicos de “Karatê Kid” mais de 30 anos após os eventos da franquia original. Além dos citados, a lista de personagens clássicos inclui ainda Lucille (Randee Heller) e Chozen (Yuji Okumoto), do primeiro e do segundo filme....
As 10 melhores séries de novembro
A maioria dos fãs de séries já maratonou “Wandinha”. Muitos também acompanharam “White Lotus”, que se encerra neste domingo (11/12). Mas com tantas séries lançadas todas as semanas nos diversos serviços de streaming em operação no Brasil, várias atrações acabam ignoradas simplesmente pelo excesso de oferta. Não dá para acompanhar o ritmo de estreias do mercado. E é pensando nisso que todo mês reforçamos o que de melhor foi lançado no período. Confira abaixo o Top 10 de novembro. Será que faltou conhecer algum desses destaques? | WANDINHA | NETFLIX A série da filha caçula da Família Addams é um fenômeno. Além de quebrar recordes de audiência na Netflix, virou influência na cultura pop – e trend de dancinha no TikTok. A trama não é um reboot ou remake, mas uma narrativa inédita que mostra Wandinha pela primeira vez como uma jovem adulta, destacando sua adorável personalidade que a torna um ícone do blasé. Após passar por oito escolas diferentes em cinco anos, ela é enviada pela família para a Nevermore Academy (ou Academia Nunca Mais), onde precisará se relacionar com novos colegas, todos sobrenaturais como ela, enquanto aprende a dominar suas habilidades psíquicas emergentes, frustra uma monstruosa onda de assassinatos que aterroriza a cidade e resolve um mistério que envolveu seus pais 25 anos atrás. Com destaque para Jenna Ortega (“Pânico 5”), que encarna Wandinha à perfeição, o vasto elenco inclui Catherine Zeta Jones (“A Máscara do Zorro”) e Luis Guzmán (“Viagem 2: A Ilha Misteriosa”) como Morticia e Gomez Addams, Isaac Ordonez (“Uma Dobra no Tempo”) como Feioso (Pugsley) e Fred Armisen (“Los Espookys”) como o Tio Chico, além de Gwendoline Christie (a Brienne de “Game of Thrones”), Thora Birch (Gamma em “The Walking Dead”), Riki Lindhome (“Entre Facas e Segredos”), Jamie McShane (“Mank”), Hunter Doohan (“Your Honor”), Georgie Farmer (“Treadstone”), Moosa Mostafa (“The Last Bus”), Emma Myers (“Girl in the Basement”), Naomi J. Ogawa (“Skylin3s”), Joy Sunday (“Cara Gente Branca”), Percy Hynes White (“The Gifted”) e Christina Ricci, que foi a Wandinha dos filmes de “A Família Addams” dos anos 1990. Desenvolvida por Alfred Gough e Miles Millar (criadores de “Smallville” e “Into the Badlands”), a série também chama atenção pela estilização gótica sob comando de um especialista: o diretor Tim Burton, responsável por vários terrores cômicos e juvenis ao longo da carreira, como “Os Fantasmas se Divertem” (1988) e “Edward Mãos de Tesoura” (1990). | WHITE LOTUS 2 | HBO MAX Originalmente concebida como minissérie, a atração volta a chamar atenção na 2ª temporada após vencer o Emmy e se tornar um grande sucesso. Os episódios apresentam um novo grupo de hóspedes numa unidade diferente da rede fictícia de hotéis The White Lotus. Desta vez, a trama acompanha turistas americanos de férias na Itália, que sob o clima ensolarado aprontam infidelidades, envolvem-se com prostitutas e atraem golpistas com planos elaborados. Apesar das mudanças, o elenco volta a trazer Jennifer Coolidge, premiada com o Emmy pelo papel da milionária carente Tanya McQuoid. Ela agora curte férias na Sicília, junto com novos personagens vividos por Aubrey Plaza (“Legion”), Michael Imperioli (“Família Soprano”), F. Murray Abraham (“Homeland”), Tom Hollander (“Missão: Impossível – Nação Secreta”), Theo James (“A Mulher do Viajante no Tempo”), Haley Lu Richardson (“A Cinco Passos de Você”), Will Sharpe (“Giri/Haji”), Adam DiMarco (“A Ordem”), Meghann Fahy (“The Bold Type”) e Leo Woodall (“Cherry – Inocência Perdida”), entre outros. A produção continua a cargo do criador Mike White (“Escola do Rock”), que conquistou dois Emmys pela temporada inaugural – Melhor Roteiro e Direção. | THE CROWN 5 | NETFLIX A 5ª temporada de “The Crown” chegou ao streaming acompanhada de acusações de sensacionalismo. Mas na prática não explora as polêmicas verídicas desse período da monarquia, marcado pela infidelidade que levou ao fim o casamento do Príncipe Charles com a Princesa Diana, além de ignorar completamente as ligações criminosas do Príncipe Andrew com pedófilos e traficantes (hoje) condenados. Em vez disso, devota-se novamente à Rainha Elizabeth II, como tem feito desde seu primeiro capítulo, e apresenta um retrato bastante positivo do atual Rei Charles como um nobre progressista. Mesmo assim, o ponto alto é a crise criada pela indiscrição de Charles, que teve uma bizarra conversa íntima com a amante – e atual rainha consorte Camilla Parker Bowles – vazada para a imprensa, bem como o comportamento de Diana, que se assume como outsider na família real. A nova fase também marca uma mudança completa no elenco, com Imelda Staunton (a Dolores Umbridge da saga “Harry Potter”) assumindo o protagonismo como última intérprete da rainha Elizabeth II, após Claire Foy (nos dois primeiros anos) e Olivia Colman (3ª e 4ª temporadas). O elenco foi alterado para refletir a passagem do tempo, trazendo Jonathan Pryce (“Game of Thrones”) como o príncipe Philip, Lesley Manville (de “Trama Fantasma”) como a princesa Margaret, Dominic West (“The Affair”) como o príncipe Charles, Elizabeth Debicki (“Tenet”) como a princesa Diana, Olivia Williams (“Meu Pai”) como Camilla Parker Bowles, Claudia Harrison (“Humans”) como a Princesa Anne, Jonny Lee Miller (“Elementary”) como o primeiro ministro John Major e Khalid Abdalla (“O Caçador de Pipas”) como Dodi Al-Fayed. | GARCÍA! | HBO MAX A primeira produção original espanhola da HBO Max adapta os quadrinhos homônimos de Santiago García e Luis Bustos, que satirizam o Capitão América e filmes de espionagem, ao estilo de “Austin Powers”. A trama se passa numa versão distópica da Espanha atual, dividida e à beira do caos político, onde uma repórter investigativa (Veki Velilla, de “Yrreal”) descobre uma conspiração de décadas: a existência de um superagente criado em um laboratório na década de 1950 pelos serviços secretos fascistas do general Franco e preservado criogenicamente. Depois de 60 anos congelado em sono profundo, García (Francisco Ortiz, de “El Cid”), o supersoldado com incrível força física e programado para obedecer ordens sem questionar, é acordado pela repórter e se vê desorientado e confuso em uma Espanha que mudou tanto que ele não consegue mais reconhecer. A série foi desenvolvida por Sara Antuña (“Atrapada”) e Carlos de Pando (“O Ministério do Tempo”) e conta com direção do cineasta Eugenio Mira (“Toque de Mestre”). | MYTHIC QUEST 3 | APPLE TV+ Uma das melhores sitcoms da atualidade também é das menos incensadas. Ao estilo de “The Office” e “Brooklyn Nine-Nine”, a série é uma comédia de local de trabalho, que acompanha o proprietário de uma empresa bem-sucedida de videogame e sua equipe problemática, enquanto lutam para manter o sucesso de seu jogo principal. O criador da série, Rob McElhnney (“It’s Always Sunny in Philadelphia”), vive o proprietário em eterno embate com a personagem de Charlotte Nicdao (“Content”), e o ótimo elenco também inclui F. Murray Abraham (“The White Lotus”), Danny Pudi (“Community”), Imani Hakim (“Todo Mundo Odeia o Chris”), Jessie Ennis (“Alma da Festa”), David Hornsby (“Good Girls”), Naomi Ekperigin (“De Férias da Família”), Caitlin McGee (“Home Economics”) e a atriz de videogames Ashly Burch (“Critical Role”), além do fortão Joe Manganiello (“Magic Mike”), que entrou nesta 3ª temporada. | RESERVATION DOGS 2 | STAR+ A comédia passada em território nativo-americano gira em torno de quatro adolescentes de descendência indígena, que cometem pequenos delitos em sua cidadezinha em Oklahoma, sonhando em juntar dinheiro para ir à Califórnia. A série é criação do cineasta neozelandês Taika Waititi, diretor de “Thor: Amor e Trovão”, que é descendente da tribo maori, e de Sterlin Harjo, diretor-roteirista do premiado filme indie “Mekko” (2015), que tem sangue seminole e creek, e mora na região abordada pela trama. Harjo também dirige episódios e é coprodutor da atração com Waititi. Aclamada pela crítica, “Reservation Dogs” é notável por ser a primeira série a apresentar uma equipe totalmente nativa de escritores, diretores e elenco, e é um dos programas mais assistidos da FX Networks disponibilizados diretamente em streaming – na plataforma Hulu nos EUA. | A VIDA SEXUAL DAS UNIVERSITÁRIAS 2 | HBO MAX Criada por Mindy Kaling (“Projeto Mindy” e “Eu Nunca…”) em parceria com o roteirista Justin Noble (“Brooklyn Nine-Nine”), a série gira em torno de quatro colegas de quarto, que passam a conviver em meio à tensão sexual e situações constrangedoras da faculdade. Nos novos episódios, as garotas estão cada vez mais amigas e animadas em meio a festas, vizinhos descamisados e até strippers masculinos. O elenco central destaca as atrizes Pauline Chalamet (a irmã de Timothée Chalamet), Amrit Kaur, Renée Rapp e Alyah Chanelle Scott. Sem experiências prévias, elas se tornaram rapidamente conhecidas com a atração, que atingiu 93% de aprovação da crítica, na média de suas duas temporadas, no site Rotten Tomatoes. | WILLOW | DISNEY+ A continuação da fantasia clássica produzida por George Lucas em 1988 traz Warwick Davis de volta ao papel-título. Para quem não lembra, o filme original era centrada no anão Willow Ufgood, que relutantemente era forçado a proteger um bebê caçado pela Rainha Bavmorda (Jean Marsh), após uma profecia espalhar que a criança traria a queda da rainha do mal. Para cumprir sua missão, ele era ajudado por um espadachim mercenário (Val Kilmer), que cruza seu caminho. A série continua essa história acompanhando uma nova missão do protagonista, que, 34 anos depois, volta a se juntar com aventureiros para novos encontros com criaturas fantásticas e magia. Desta vez, ele atende a um chamado do antigo bebê, agora uma rainha, para salvar seu filho raptado por trolls. E contará entre seus acompanhantes com a filha da ex-bebezinha, vivida por Ellie Bamber (“O Quebra Nozes e os Quatro Reinos”). O elenco também inclui Tony Revolori (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), Dempsey Bryk (“O Silêncio”), Amar Chadha-Patel (“Doom: Aniquilação”), Ruby Cruz (“Mary of Easttown”), Talisa Garcia (“Baptiste”) e Erin Kellyman (“Falcão e o Soldado Invernal”), com quem o intérprete de Willow já tinha trabalhado em “Han Solo: Uma História Star Wars” (2018). A atração foi desenvolvida pelo roteirista Jonathan Kasdan (“Han Solo: Uma História Star Wars”), tem Wendy Mericle (“Arrow”) como showrunner, e conta com o diretor e o roteirista do filme original, Ron Howard e Bob Dolman, entre seus produtores. | WARRIOR NUN 2 | NETFLIX A ordem das noviças rebeldes retoma sua luta contra o anjo do mal e suas criaturas das trevas em novos capítulos concebidos por Simon Barry, responsável pela cultuada série sci-fi canadense “Continuum” e a menos incensada “Ghost Wars”. Baseada nos quadrinhos “Warrior Nun Areala”, de Ben Dunn, publicados desde 1994 em estilo mangá, a atração virou febre quando foi lançada pela Netflix há dois anos. A pandemia, porém, adiou os planos de produção do segundo ano, criando um longo hiato entre os episódios. Além de lutas marciais muito bem coreografadas e uma trama cheia de reviravoltas, a série também explora tensão sexual e reúne um grupo promissor de atrizes, como a portuguesa Alba Baptista (de “Linhas de Sangue”) em seu primeiro papel em inglês, Toya Turner (vista em “Chicago Med”), Lorena Andrea (“House on Elm Lake”), a estreante Kristina Tonteri-Young (que rouba as cenas com seu kung fu) e a mais experiente Olivia Delcán (da série espanhola “Vis a Vis”), nos papéis das jovens freiras guerreiras. O elenco ainda inclui o português Joaquim de Almeida (“Velozes e Furiosos 5”), a holandesa Thekla Reuten (“Operação Red Sparrow”), o francês Tristán Ulloa (“O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”), a italiana Sylvia De Fanti (“Medici: Mestres de Florença”) e o inglês William Miller (o vilão McCreary em “The 100”), numa produção que é gravada em cenários deslumbrantes da Espanha. | 1899 | NETFLIX A nova série de terror dos criadores de “Dark” é basicamente “Lost” no “Titanic”. Tudo se passa durante uma viagem transatlântica do fim do século 19, que sofre um desvio para realizar o salvamento de outra embarcação. Mas ao chegar no suposto naufrágio, situações sobrenaturais começam a se manifestar, assombrando passageiros e a tripulação no oceano sombrio. Repetindo a mesma lógica labiríntica de “Dark”, os produtores e roteiristas alemães Baran Bo Odar e Jantje Friese acrescentam cada vez mais perguntas conforme os...
Estreias: As 10 melhores séries que chegam ao streaming
A volta de séries bastante esperadas se destaca na programação das plataformas digitais. Mas também chamam atenção as novas produções que mostram o lado sombrio do futebol, às vésperas da Copa do Mundo do Catar. Confira abaixo as 10 séries de maior impacto na programação de streaming da semana. | MANIFEST 4 | NETFLIX A primeira parte do final de “Manifest” começa finalmente a responder os mistérios relacionados aos passageiros do voo 828. A série acompanha os passageiros de um avião, que após ficar cinco anos desaparecido, aterrissa em seu destino como se nada tivesse acontecido. Os passageiros estão exatamente como eram, sem que o tempo tivesse avançado para eles, o que chama atenção do governo, da mídia e afeta as famílias que os consideravam mortos. Para completar, os viajantes ainda precisam lidar com um efeito colateral inesperado de seu desaparecimento: passam a ouvir “chamados” para fazer determinadas coisas. Segundo os produtores, entre eles o célebre cineasta Robert Zemeckis (“De Volta para o Futuro”), a trama foi inspirada pelo desaparecimento misterioso do voo 370 da Malaysia Airlines, mas a premissa também sugere influência de “Lost” e “The 4400”. A Netflix salvou a série do cancelamento na TV aberta e encomendou 20 capítulos inéditos para finalizar a trama, dos quais metade chegam nesta sexta (4/11). E todo o elenco original está de volta para o desfecho, com destaque para Josh Dallas (o Príncipe Encantado de “Once Upon a Time”), Melissa Roxburgh (série “Valor”), Parveen Kaur (série “Beyond”), Luna Blaise (série “Fresh Off the Boat”), J.R. Ramirez (série “Jessica Jones”), Matt Long (“Helix”), Daryl Edwards (“Demolidor”) e Holly Taylor (“The Americans”). Já Athena Karkanis (série “Zoo”) e o menino Jack Messina (“Maravilhosa Sra. Maisel”), integrantes das três temporadas originais, não vão voltar devido aos fatos vistos no final do último capítulo exibido. | WHITE LOTUS 2 | HBO MAX Originalmente concebida como minissérie, a atração volta para uma nova temporada após vencer o Emmy e se tornar um grande sucesso. Os novos episódios apresentam um novo grupo de hóspedes numa unidade diferente da rede fictícia de hotéis The White Lotus. Desta vez, a trama vai acompanhar turistas americanos de férias na Itália. Apesar das mudanças, o elenco vai trazer de volta Jennifer Coolidge, que também venceu o Emmy no papel de Tanya McQuoid. Ela agora estará em férias na Sicília, onde vai encontrar os novos personagens vividos por Aubrey Plaza (“Legion”), Michael Imperioli (“Família Soprano”), F. Murray Abraham (“Homeland”), Tom Hollander (“Missão: Impossível – Nação Secreta”), Theo James (“A Mulher do Viajante no Tempo”), Haley Lu Richardson (“A Cinco Passos de Você”), Will Sharpe (“Giri/Haji”), Adam DiMarco (“A Ordem”), Meghann Fahy (“The Bold Type”) e Leo Woodall (“Cherry – Inocência Perdida”), entre outros. A produção continua a cargo do criador Mike White (“Escola do Rock”), que somou às vitórias da série mais dois Emmys – de Melhor Roteiro e Direção. | LIGAÇÕES PERIGOSAS | LIONSGATE+ A série baseada no clássico literário de Choderlos de Laclos é um prólogo que explora o começo do relacionamento doentio entre a Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont, que se conheceram como jovens amantes apaixonados em Paris às vésperas da Revolução Francesa. A trama explora a decadência da nobreza na Paris pré-revolucionária, mostrando as habilidades de sedução e manipulação do casal em sua escalada social. A obra original já teve diversas adaptações, sendo a mais bem-sucedida o filme dirigido por Stephen Frears em 1988, estrelado por Glenn Close, John Malkovich e Michelle Pfeiffer, que venceu três Oscars. Também houve versões contemporâneas, como “Segundas Intenções” (1999), com Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe e Reese Whitherspoon, e até uma versão brasileira, exibida como minissérie na Rede Globo. A produção atual foi desenvolvida por Harriet Warner (criadora de “Tell Me Your Secrets”) e destaca no elenco Alice Englert (“Dezesseis Luas”) e Nicholas Denton (“Glitch”) como os notórios amantes, além de Lesley Manville (“Trama Fantasma”) e Carice Van Houten (“Game of Thrones”) como nobres envolvidas na ascensão da futura marquesa. | JOGO DA CORRUPÇÃO | AMAZON PRIME VIDEO “Jogo da Corrupção” é, na verdade, a 2ª temporada de “El Presidente”, criada pelo roteirista argentino Armando Bó, que venceu o Oscar pelo filme “Birdman” (2014). Em sua 1ª temporada, a série abordou o começo do escândalo conhecido como “FIFA Gate”, expondo falcatruas da Federação Argentina e de dirigentes chilenos de futebol. Já os novos episódios focarão nos desdobramentos da corrução futebolística no Brasil, por meio da ascensão de João Havelange ao comando da FIFA. A produção destaca o ator português Albano Jerónimo (“The One”) e os brasileiros Maria Fernanda Cândido (“O Traidor”) e Eduardo Moscovis (“Boa Dia, Verônica”) em papéis centrais. Jerónimo vive Havelange, Maria Fernanda interpreta sua esposa, Anna Maria Havelange, e Moscovis é o bicheiro Castor de Andrade, que inspirou o recente documentário “Doutor Castor”, lançado em fevereiro pela Globoplay. Além deles, Leo Cidade (“Cinderela Pop”) e Polliana Aleixo (“Em Família”) vivem o casal Havelange na juventude e o colombiano Andrés Parra retoma seu papel da 1ª temporada como o ex-dirigente de futebol chileno Sergio Jadue, pivô do “FIFA Gate”, que volta transformado em narrador e elemento cômico dos novos episódios. | GOL CONTRA | NETFLIX O título da série colombiana se refere ao gol contra de Ándres Escobar, que eliminou a seleção da Colômbia na Copa do Mundo de 1994. Mas também é uma metáfora para o relacionamento perigoso entre futebol e narcotráfico na época de Pablo Escobar. A série acompanha a carreira de Ándres Escobar de 1987 a 1994, período em que foi considerado um dos maiores zagueiros colombianos. Ele fazia parte de uma geração de ouro da Colômbia, formada também pelo folclórico goleiro Higuita, Asprilla, Rincón e Valderrama, e foi campeão da Copa Libertadores por seu time, o Atlético Nacional. Dez dias após fazer o gol contra que deu a vitória aos Estados Unidos no Mundial, encerrando o sonho da Colômbia conquistar sua primeira Copa, ele foi assassinado com um tiro disparado à queima-roupa por um traficante. Desenvolvida pela dupla Pablo Gonzalez e C.S. Prince (que também criaram “O Maior Assalto” na Netflix), a produção é estrelada por Juan Pablo Urrego (“MalaYerba”) como o zagueiro azarado. | GARCÍA! | HBO MAX A primeira produção original espanhola da HBO Max adapta os quadrinhos homônimos de Santiago García e Luis Bustos, que satirizam o Capitão América. A trama se passa numa versão distópica da Espanha atual, dividida e à beira do caos político, onde uma repórter investigativa (Veki Velilla, de “Yrreal”) descobre uma conspiração de décadas: a existência de um superagente criado em um laboratório na década de 1950 pelos serviços secretos fascistas do general Franco e preservado criogenicamente. Depois de 60 anos congelado em sono profundo, García (Francisco Ortiz, de “El Cid”), o supersoldado com incrível força física e programado para obedecer ordens sem questionar, é acordado pela repórter e se vê desorientado e confuso em uma Espanha que mudou tanto que ele não consegue mais reconhecer. A série foi desenvolvida por Sara Antuña (“Atrapada”) e Carlos de Pando (“O Ministério do Tempo”) e conta com direção do cineasta Eugenio Mira (“Toque de Mestre”). | YOUNG ROYALS 2 | NETFLIX A série gay adolescente acompanha a história do jovem príncipe sueco Wilhelm (Edvin Ryding), que vai estudar em um internato da alta sociedade após se meter em confusões que prejudicaram a imagem da realeza. Ao chegar à escola de elite, ele é apresentado a Simon (Omar Rudberg), um dos integrantes do coral do colégio, e logo amizade entre os dois ganha profundidade romântica, mas diversas barreiras impedem que eles fiquem juntos. A 2ª temporada se passa em meio à difícil e dolorida separação do casal, após Wilhelm se tornar o próximo na linha de sucessão ao trono e ser forçado a escolher o dever sobre o amor. Mas o vazamento de um vídeo de sexo e rejeição ao conservadorismo acaba fazendo com que os dois tentem encontrar uma forma de permanecerem juntos. | REBOOT | STAR+ A nova comédia de Steve Levitan, o criador de “Modern Family” (2009-2020), satiriza a crescente inclinação da indústria televisiva para reviver programas de sucesso do passado. A trama gira em torno do revival de uma sitcom dos anos 2000, acompanhando a reunião do elenco e os bastidores da produção. Sem se ver desde o fim do programa, o reencontro dos atores gera momentos constrangedores. Mas a maior ênfase fica por conta do choque cultural entre a equipe de novos roteiristas, contratados para atualizar a série, e o criador da atração, refletindo as mudanças sociais e culturais dos últimos 20 anos. O elenco destaca Keegan-Michael Key (“Schmigadoon!”), Johnny Knoxville (“Jackass Para Sempre”) e Judy Greer (“Homem-Formiga”) como as antigas estrelas da sitcom, Calum Worthy (“The Act”) como um ex-ator mirim, Paul Reiser (“Stranger Things”) como o criador do programa, Rachel Bloom (“Crazy Ex-Girlfriend”) como a nova roteirista visionária e Krista Marie Yu (“Last Man Standing”) como vice-presidente de Comédia da Hulu (plataforma que exibe a série nos EUA). | THE MOSQUITO COAST 2 | APPLE TV+ A 2ª temporada adere melhor ao filme homônimo, ao acompanhar a família dos protagonistas na floresta da Guatemala, mas dividida entre abraçar o plano do pai idealista, que quer viver num paraíso tropical, ou escapar do perceptível inferno. A história é baseada no romance de Paul Theroux, publicado em 1981, mas sua 1ª temporada resultou muito diferente da adaptação cinematográfica de 1986, que foi estrelada por Harrison Ford. No filme, a motivação para o protagonista conduzir sua família para as florestas da América Latina era a desilusão com os Estados Unidos e o desejo de criar uma utopia. Já na série, ele está literalmente em fuga dos EUA, situação que alimenta tensão, suspense e problemas na dinâmica familiar. E esta não é a única mudança. O filho mais velho virou uma garota. Apesar disso, o ator principal, Justin Theroux (“The Leftovers”), é sobrinho do escritor do livro. O resto do elenco destaca Melissa George (“30 Dias de Noite”) como sua esposa e os jovens Gabriel Bateman (“Brinquedo Assassino”) e Logan Polish (“Sonhando Alto”) como seus filhos. A adaptação está a cargo do produtor-roteirista Neil Cross (criador da série “Luther”) em parceria com Tom Bissell (“Artista do Desastre”). Eles coproduzem a atração com o cineasta Rupert Wyatt (“Planeta dos Macacos: A Origem”), que assinou a direção dos dois primeiros episódios. O que, por sinal, resultou num visual extremamente cinematográfico. | FLORDELIS: QUESTIONA OU ADORA | GLOBOPLAY A série documental de true crime conta a história da ex-deputada Flordelis, acusada de mandar matar seu marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros na porta de casa, em Niterói, em junho de 2019. Em seis capítulos, a produção parte do crime que desestabilizou a família de 55 filhos adotivos do casal, para contar a trajetória da mulher pobre da favela do Jacarezinho, no Rio, que virou liderança evangélica aliada ao presidente Jair Bolsonaro. O título “Questiona ou Adora” é inspirado num dos sermões da pastora — que tinha sua própria Igreja, o Ministério Flordelis, com cinco filiais — e no título de um de seus CDs como cantora gospel. A proliferação de seus filhos adotivos também é explorada pela produção, que mostra como ela era considerada altruísta por abrigar dezenas de crianças. Só que vários filhos e uma neta também são acusados de envolvimento no assassinato do marido de Flordelis. Outro detalhe bizarro é que, antes de virar marido, Anderson foi um dos filhos de criação de Flordelis e também seu genro, já que namorou um das filhas biológicas da pastora. Cheia de reviravoltas e surpresas, a história é contada pela equipe de jornalismo da Globo, numa produção que chega ao streaming na véspera do julgamento do crime – marcado para começar na segunda-feira (7/11) em Niterói, Rio de Janeiro.


