Playlist Moderna | No dia do Rock, veja 50 clipes recentes da nova cena alternativa
Lista reúne 50 clipes lançados neste ano, com artistas de uma grande variedade de países como Coreia do Sul, Tailândia, Irlanda, França, Austrália, Canadá, Reino Unido e EUA
The Town: Festival pop se transforma com rock e tem seu melhor dia
Após uma quinta-feira (7/9) triste, marcada por apresentações protocolares de bandas de pop dançante como Maroon 5 e Chainsmokers, o dia dedicado ao rock foi um oásis no festival The Town. A programação apresentou-se como um espelho do próprio gênero: repleto de contrastes, nostalgia e experimentação. Numa demonstração poderosa do protagonismo feminino no cenário atual, cantoras como Pitty, Shirley Manson (do Garbage), Karen O (do Yeah Yeah Yeahs) e as jovens do Wet Leg chamaram atenção de forma positiva, ressaltando a diversidade do rock em suas múltiplas vertentes. E, cereja do bolo, Foo Fighters se provou o melhor headliner do evento. O melhor do rock brasileiro Pitty inaugurou o dia no palco Skyline com uma performance que homenageou os 20 anos de seu álbum de estreia, “Admirável Chip Novo”. A cantora surpreendeu o público ao colaborar com a Nova Orquestra, grupo sinfônico de jovens talentos, que enriqueceu o conjunto da obra, transformando o show em um evento multidimensional. O álbum “Admirável Chip Novo” não é apenas o primeiro capítulo na trajetória musical de Pitty, mas também um marco do rock brasileiro. Lançado em um período de declínio do gênero no país, o disco ajudou a revitalizá-lo, abrindo espaço para uma nova geração de artistas nos anos 2000 com hits como “Teto de Vidro”, “Máscara” e “Equalize”. Mesmo 20 anos após seu lançamento, o repertório demonstrou seu impacto duradouro, refletido no entusiasmo unânime dos presentes. Com uma presença carregada de nostalgia, mas também de muito significado, a cantora mostrou o valor do rock brasileiro num dia cheio de bandas americanas. O pior do rock brasileiro Por outro lado, o festival também teve maus exemplos do rock nacional. No palco The One, a aparição do Detonautas marcou principalmente pela falta de originalidade e pela participação questionável do convidado Vitor Kley. Terno Rei, com seu indie confortável, caiu no clichê com cover de Legião Urbana. Já o Barão Vermelho fez pior que isso. Agora com seu terceiro vocalista, Rodrigo Suricato, virou praticamente uma banda cover, tocando inclusive o repertório solo de seus antigos vocalistas, Cazuza e Roberto Frejat. Show da MTV dos anos 1990 A primeira atração internacional da noite, Garbage, fez uma apresentação marcante, com um setlist que privilegiou sucessos da MTV dos anos 1990. “Somos sobreviventes dos anos 1990, estamos honrados em estar aqui”, disse a cantora Shirley Manson, que cativou o público, especialmente ao tocar hits como “Only Happy When it Rains” e “Stupid Girl”. A banda mantém a mesma energia, sete anos desde sua última passagem pelo Brasil. Butch Vig, produtor de álbuns icônicos como “Nevermind” do Nirvana e “Siamese Dream” do Smashing Pumpkins, equilibra o som com sua bateria precisa. Shirley Manson, por sua vez, comanda o palco com sua voz multifacetada, capaz de mergulhar em lamentos etéreos ou proclamar uma revolta punk, com direito a cantar cover de “Cities in Dust”, clássico gótico de Siouxsie and the Banshees. Faixas mais recentes do álbum “No Gods No Masters” de 2021 também tiveram espaço, ainda que em menor quantidade. A cantora não poupou palavras durante a performance. “A vida é estranha, não sabemos se vamos voltar. Esperamos que sim, mas somos velhos e cansados”, expressou a cantora de 57 anos. A artista também fez questão de motivar a plateia: “Sejam corajosos e gentis. Amem a si mesmos, nós te amamos, São Paulo, obrigada por tudo”. Dissonância no festival O Yeah Yeah Yeahs subiu ao palco Skyline do festival The Town em uma posição delicada. Convocado para preencher o espaço deixado pelo Queens of the Stone Age, que cancelou por “orientações médicas”, o grupo nova-iorquino tinha a difícil tarefa de conquistar um público que esperava por algo completamente diferente. Formado nos anos 2000, o grupo liderado por Karen O fez sua primeira apresentação no Brasil em uma década, felizmente privilegiando as músicas mais antigas do que o repertório do álbum “Cool it Down”, lançado em 2022, que não agradou. O repertório incluiu “Zero”, “Heads Will Roll”, que trouxe uma chuva de papel picado, o rock de “Date with the Night” e a icônica “Maps”, que foi dedicada ao Queens of the Stone Age, Shirley Manson do Garbage e Dave Grohl do Foo Fighters, numa tentativa de engajar o público. Logo após “Maps” veio momento mais inusitado da noite, quando Karen O interrompeu o show perplexa com uma mulher presa na tirolesa, que cruzava o espaço à frente do palco. “Ela está bem. O socorro chegou”, informou. Foi um concerto em clima ambíguo, com um instrumental dissonante/atmosférico de arrepiar e uma performance energética da cantora, que emocionou os fãs. O problema é que quase não haviam fãs, já que a plateia indiferente apenas aguardava o Foo Fighters, a próxima atração. Fofura indie para poucos A emergente banda britânica Wet Leg, liderada pelas vocalistas e guitarristas Rhian Teasdale e Hester Chambers, trouxe frescor ao line-up do evento. Com um único álbum e apenas um quase hit, “Chaise Longue”, o grupo indie fechou o palco The One sem iluminação especial, convidados ou covers, mas com crise de choro e timidez, diante da plateia mais esvaziada do dia. Enquanto muitos se acomodavam para a chegada do Foo Fighters no palco principal, o Wet Leg fez uma grande entrega emocional do repertório de seu único disco. O horário não favoreceu o grupo, que fez o último show da turnê atual. A certa altura, Rhian se sentou no palco e começou a chorar, enquanto Hester repetia como estava impressionada por tocar no Brasil, falando para dentro, quase balbuciando. Elas são de uma cidadezinha pequena de uma ilha que só tem acesso à Inglaterra de barco, e a timidez foi tanta que Rhian tocou de costas quase todo o tempo, quando não se escondeu no fundo do palco. O som do Wet Leg combina elementos de pós-punk e influência de bandas dos anos 1990 como Breeders, com muitas letras irônicas e uma fofura que só bandas indie preservam. Mas tocou no festival errado. Seria um estouro no Primavera Sound. O fecho triunfal O encerramento ficou por conta da banda mais esperada da noite. Após o cancelamento do show do Foo Fighters em 2022 devido à morte do baterista Taylor Hawkins na véspera, a volta da banda americana ao Brasil levou o Autódromo de Interlagos a um estado de euforia coletiva. Liderada pelo vocalista Dave Grohl, a apresentação se transformou em um misto de tributo e celebração. Impactado pela quantidade de pessoas e o entusiasmo do público, Dave Grohl expressou sua surpresa diversas vezes, pedindo para as luzes se acenderem, de modo a ter a noção exata da plateia, que ele regeu com corais de refrões e gritos numa verdadeira catarse. “Amo tocar para vocês. A plateia brasileira é louca. Já tocamos em vários lugares, mas os brasileiros… É verdade. E vocês sabem disso, né?”, afirmou o músico, banhado pelo “mar de luzes” formado pelos celulares. O show também se tornou um momento para homenagear Taylor Hawkins. Em um dos pontos altos da noite, durante a execução de “Breakout”, Grohl agradeceu ao baterista Josh Freese, que assumiu as baquetas na ausência de Hawkins. “Por favor, dêem boas vindas calorosas e carinhosas para o cara que tornou possível estarmos aqui essa noite: Josh Freese”, proclamou Grohl. Posteriormente, a banda executou “Aurora”, descrita por Grohl como a canção favorita de Hawkins. “Vamos tocar essa música todos as noites até o fim de nossas vidas. Ela era a preferida do Taylor Hawkins”, ressaltou o vocalista. O Foo Fighters fez um espetáculo para agradar aos fãs, desfilando hits consagrados como “Learn to Fly” e “My Hero”, além de músicas do álbum mais recente, “But Here We Are”, lançado em julho deste ano. Todas as faixas foram recebidas com entusiasmo durante mais de duas horas, que foram encerradas, de forma apoteótica, com “Everlong”. Um showzaço de rock, que mostrou que as bandas não precisam fazer metal para tocar pesado, nem gravar música comercial para ter seu repertório cantado integralmente em coro pelo público. Com Grohl conversando com o público o tempo inteiro, foi como se, em vez de mais de 100 mil pessoas, ele tocasse num bar para amigos, numa noite emocional, em que demonstrou enorme prazer de tocar tudo o que o público queria ouvir. Tudo isso é rock, bebê Com as guitarras, baixos e baterias, The Town teve sua melhor noite, mostrando que o pop pode atrair gente, mas é o rock que dá a alma a eventos desse porte, com uma entrega total do público. Até a troca do Queens of Stone Age pelo Yeah Yeah Yeahs foi, de certa forma, interessante por ajudar a tornar o line-up mais abrangente, numa mostra da grande diversidade do rock contemporâneo. Reunindo artistas que marcaram os anos 1990 como Shirley Manson e Dave Grohl, os anos 2000 como Pity e Yeah Yeah Yeahs, e talentos emergentes como Wet Leg, o festival desfilou subgêneros num panorama pouco usual às produções de Roberto Medina, que no Rock in Rio demonstra acreditar que rock é só som pesado, tipo Guns ‘N Roses e Iron Maiden. Rock é muito mais, como o Primavera Sound chega em breve para reforçar.
Confira a programação do fim de semana do The Town
O festival The Town chega à sua reta final neste sábado (9/9) na Cidade da Música montada no autódromo de Interlagos. Sábado rock A primeira edição do evento organizado pelos mesmos produtores do Rock in Rio tem no sábado seu único dia de Rock, com shows de Foo Fighers, Yeah Yeah Yeahs, Garbage e Pitty no palco Skyline. Graças a um cancelamento de última hora, o Yeah Yeah Yeahs entrou no lugar do Queens of the Stone Age, originalmente previsto no festival. A programação de sábado também traz o represente mais indie do evento, a banda britânica Wet Leg, indicada ao Grammy e subestimada pela produção. Ela foi escalada como principal atração do palco The One, logo após Barão Vermelho (com Samuel Rosa no lugar de Cazuza), Detonautas e Terno Rei. Domingo pop O último dia do evento, no domingo (10/8), retoma o repertório pop com shows de Iza, Kim Petras, H.E.R. e, mais uma vez, Bruno Mars, que fecha o The Town com o equivalente a um bis de apresentação inteira. Até o momento, o show inicial do cantor havaiano, que aconteceu no sábado passado (1/9), segue sendo considerado o melhor do festival. Na despedida, o palco The One será 100% nacional, com shows de Marina Sena (cantando Gal Costa), Pabllo Vittar (com Liniker e Jup do Bairro), Gloria Groove e Jão. O festival terá transmissão ao vivo na TV e no streaming, pelo Multishow, Bis e Globoplay. Programação final Confira a programação do último fim de semana Dia 9 de setembro Palco Skyline 23h – Foo Fighters 20h25 – Yeah Yeah Yeahs 18h15 – Garbage 16h05 – Pitty Palco The One 21h45 – Wet Leg 19h20 – Barão Vermelho convida Samuel Rosa 17h10 – Detonautas 15h – Terno o Rei convida Mahmund e Fernanda Takai Palco Factory 22h – MC Don Juan 20h – Yunk Vino 18h – Mc Dricka 16h – Grag Queen Palco São Paulo Square 20h30 – Stanley Jordan 18h30 – Hamilton de Holanda 16h30 – São Paulo Big Band convida Vanessa Moreno e Ana Cañas 15h – São Paulo Big Band Palco New Dance Order 23h30 – Mamba Negra Showcase Feat Cashu + Paulete Lindacelva + Valentina Luz 21h25 – Badsista, Malka, Venus Aka Gueto Elegance Feat Marina Lima 19h50 – Inner City Live Bonus Set Kevin Saunderson 18h05 – Renato Cohen Live 16h35 – Aerea Live 15h05 – Kenya20hz Apresenta Chaos Sonora Dia 10 de setembro Palco Skyline 23h – Bruno Mars 20h25 – H.E.R. 18h15 – Kim Petras 16h05 – Iza Palco The One 21h45 – Jão 19h20 – Gloria Groove 17h10 – Pabllo Vittar convida Liniker e Jup do Bairro 15h – Marina Sena canta Gal Costa Palco Factory 22h – Xênia França 20h – Tassia Reis 18h – Cynthia Luz 16h – N.I.N.A Palco São Paulo Square 20h30 – Richard Bona 18h30 – Banda Mantiqueira & Mônica Salmaso 16h30 – São Paulo Big Band convida Luciana Melo e Jesuton 15h – São Paulo Big Band Palco New Dance Order 23h30 – Oddjs Aka Davis x Vermelho x Zopelar 21h25 – Darren Emerson & Gui Boratto Live 19h50 – Crazy P Soundsystem 18h05 – Lion Babe 16h35 – Paradise Guerrilla 15h05 – DJ Mau Mau B2b Etcetera
Conheça o rock alternativo atual em 10 clipes novos
Quem disse que o rock morreu? A seleção de novos clipes independentes da Pipoca Moderna junta 9 bandas novíssimas com um monstro sagrado do rock alternativo. Além de queridinhos da crítica americana, neogrunges britânicos e ícones fashionistas do Japão, a lista inclui o clipe mais recente (deste mês) de nada menos que Pixies, formada em 1986 e influência de quase toda essa nova geração. Confira abaixo como os velhinhos dialogam com o som dos moleques de hoje. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre os artistas abaixo de cada vídeo, e via playlist (localizada no final do post), para quem preferir uma sessão contínua – método mais indicado para assistir numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome, ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge). MOMMA | EUA Liderado pelas colegas de high school Etta Friedman e Allegra Weingarten, o quarteto Momma faz um grunge melódico inspirada por artistas dos anos 1990 como Liz Phair, Pixies e Breeders. A banda californiana assinou com a meca indie Polyvinyl no ano passado e se mudou para Nova York, acompanhando os estudos universitários de Etta, onde atualmente trabalha em seu terceiro álbum. Vale reparar que o clipe de “Rockstar” é um tributo às comédias de rock como “Josie e as Gatinhas”, “Escola de Rock” e “Tenacious D – Uma Dupla Infernal”. SNARLS | EUA Formada por colegas de faculdade, a banda indie de Columbus, Ohio, lançou seu álbum de estreia em 2020. “Fixed Gear” é o único clipe de um EP lançado no final do ano passado com produção de Chris Walla, ex-Death Cab For Cutie. OCTOBER DRIFT | INGLATERRA A banda grunge inglesa não esconde sua influência de Nirvana e Pixies. Muito antes pelo contrário. “Insects” é praticamente uma recriação do som dos anos 1990. A música faz parte do repertório do segundo álbum, previsto para o final do ano. JAWS THE SHARK | INGLATERRA O projeto grunge de Olly Bailey, produtor de turnês de rock do Reino Unido, surgiu durante a quarentena de coronavírus. Sem shows para empresariar, ele pegou a guitarra e começou as canções que integram o primeiro EP, “Another Day In Paradise”, lançado em fevereiro passado. KILLS BIRDS | EUA A vocalista Nina Ljeti veio ainda criança da Bósnia para o Canadá bem na época em que Nirvana era a sensação do momento. Ela se mudou para a Califórnia na metade da década passada para fazer cinema, chegando a dirigir meia dúzia de curtas e dois longas-metragens, entre eles “Memória” (2015) estrelado por James Franco. O ator retribuiu escalando Ljeti como Patti Smith em seu filme “Zeroville – A Vida em Hollywood” (2019). Chame de premonição, porque à frente do grunge Kills Birds ela entrega uma performance de dar orgulho à pioneira do punk. THE MYSTERINES | INGLATERRA O power trio de Liverpool liderado por Lia Metcalfe começou a chamar atenção em 2019 com rocks pesados influenciados pelo grunge e PJ Harvey. Mas o primeiro álbum, “Reeling”, só foi lançado nessa sexta (11/3), junto com o novo clipe. PIXIES | EUA Com quase quatro décadas de atividade, a banda que influencia boa parte dos novos artistas desta seleção está de volta com música nova, após um silêncio de dois anos. Por curiosidade, o clipe lançado na semana retrasada é dirigido pela “nova” baixista, a argentina Paz Lenchantin, explorando o mundo das fadas que raramente é abordado pelo grupo, apesar de seu nome – Pixies são seres feéricos. HORSEGIRL | EUA “Anti-Glory” é o terceiro single do trio feminino adolescente de Chicago, que apesar do pouco tempo de atividade já caiu nas graças da crítica de rock americana. Soando como a herdeira ilegítima de Sonic Youth com Jesus and Mary Chain, a música faz parte do primeiro álbum, “Versions of Modern Performance”, que sai em 3 de junho pela respeitada Matador Records. LUBY SPARKS | JAPÃO Dreampop com distorção shoegazer e energia punk, a banda baseada em Tóquio consegue criar um som único e moderno a partir de sua fascinação pelo rock britânico de décadas atrás. Com um guitarrista e uma vocalista com carreira nas passarelas de moda, a banda também chama atenção pela beleza de seus integrantes. WET LEG | INGLATERRA Rhian Teasdale e Hester Chambers voltaram a gravar um clipe num ponto turístico de seu lar, a Ilha de Wight, conhecida por ser a locação de um famoso festival de rock anual – que em 1970 superou o público de Woodstock, assistido por cerca de 700 mil pessoas. Homenagem a uma de suas melhores amigas, “Angelica” é o quinto single da dupla feminina que encanta a crítica com um indie rock influenciado por Breeders, Pixies e pós-punk. O álbum de estreia vai sair em 8 de abril pela Domino Records. MOMMA | EUA | SNARLS | EUA | OCTOBER DRIFT | INGLATERRA | JAWS THE SHARK | INGLATERRA | KILLS BIRDS | EUA | THE MYSTERINES | INGLATERRA | PIXIES | EUA | HORSEGIRL | EUA | LUBY SPARKS | JAPÃO | WET LEG | INGLATERRA
Confira 10 clipes novos da cena indie
Nesta semana, os clipes selecionados da cena indie vão da suavidade do folk acústico à agressividade barulhenta do pós-punk/pós-grunge. A lista traz alguns artistas veteranos, como os músicos do grupo polonês Trupa Trupa e do português Linda Martini, com mais de uma década de estrada, mas a maioria são artistas que se destacam em seus primeiros trabalhos. Como curiosidade, há até a banda do filho de um ídolo da era do Britpop. Descubra qual abaixo. O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre os artistas abaixo de cada vídeo, e via playlist (localizada no final do post), para quem preferir uma sessão contínua – método mais indicado para assistir numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome, ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge). ABIGAIL LAPELL | CANADÁ A premiada cantora folk impressionou a cena musical canadense com seu primeiro álbum em 2017 e abre terreno, com o clipe de “Ships”, para o terceiro previsto para abril. Os dois lançamentos anteriores venceram o Canadian Folk Music Award como melhores discos de seus respectivos anos. O próximo vai se chamar “Stolen Time” e focar na superação de dificuldades, com canções sobre sua recente sobriedade e a doença de alguém íntimo. SINEAD O’BRIEN | IRLANDA Sinead O’Brien não é uma roqueira típica. Estilista da grife de haute couture de Vivianne Westwood e escritora de poesias (com livros publicados), ela chamou atenção assim que se lançou na música em 2019, graças a uma mistura única de folk e pós-punk. Depois de vários singles, a cantora finalmente vai lançar o primeiro álbum, “Time Bend and Break the Bower”, em junho. O anúncio veio acompanhado pelo clipe de “Holy Country”, uma das melhores gravações de sua curta carreira. WIDOWSPEAK | EUA A dupla nova-iorquina formada pelos guitarristas Molly Hamilton e Robert Earl Thomas se juntou em 2010 e já teve música incluída na série “American Horror Story”. Sua nova balada dreampop, reminiscente de outra banda americana saudosa, Mazzy Star, é a faixa-título de seu sexto álbum. “The Jacket” tem lançamento marcado para 11 de março. FONTAINES D.C. | IRLANDA Mais uma prévia do terceiro álbum do Fontaines D.C., “Skinty Fia” (um palavrão em irlandês), previsto para abril. Entoada com o peculiar romantismo do cantor Grian Chatten, “I Love You” reforça a influência folk no repertório roqueiro da banda de Dublin, assim como as referências políticas, revelando aos poucos que o objeto do amor da banda não é uma mulher qualquer, mas seu país, a Irlanda. Patriotismo indie. STONE | INGLATERRA Formado há dois anos, o quarteto de Liverpool entrou na lista do (ex-semanário) site NME dos artistas para se ficar de olho em 2022. A responsabilidade é grande. Afinal, o vocalista Finlay Power é filho de John Power, integrante da influente The La’s, precursora da cena Britpop, e líder da banda Cast. É rock de pai para filho. PINCH POINTS | AUSTRÁLIA A banda pós-punk de Melbourne lançou seu primeiro álbum em 2019 e o single “Am I OK?” prepara a chegada do segundo, “Process”, com produção de Anna Laverty, engenheira de som que já trabalhou com Nick Cave e Lady Gaga. A música foi inspirada pela agressividade das redes sociais e tem o objetivo de compartilhar solidariedade e empatia, defendendo a crença da banda de que a cena musical pode servir como uma plataforma para conexão, fortalecimento e solidariedade. “Process” tem lançamento marcado em 18 de março. TRUPA TRUPA | POLÔNIA Já veterana, a banda pós-punk e antifascista foi formada em 2009 em Gdańsk. “Moving” é a faixa que abre seu sexto álbum (recém-lançado), “B Flat A”, que, segundo o cantor Grzegorz Kwiatkowski, explora “o deserto da natureza humana onde o ódio e o genocídio não são apenas reverberações distantes da história da Europa Central, mas ainda ressoam na realidade contemporânea”. DISORIENTATIONS | BÉLGICA “Watching You Go” é o terceiro single extraído de “Memory Lanes”, álbum de estreia do trio belga, que cita Echo and the Bunnymen e Tears for Fears como inspirações. Só que eles combinam essas referências com guitarras distorcidos do rock alternativo de uma década posterior. LINDA MARTINI | PORTUGAL Mais velha da seleção, a banda portuguesa já tem quase duas décadas. Formada em 2003, possui fãs ardorosos e costuma lotar shows em seu país natal. Representando bem a barulheira do quarteto, “Eu Nem Vi” lida com ansiedade e é a quarta faixa revelada de “Error”, seu sexto álbum, que desembarca nas plataformas digitais na próxima sexta (25/2). WET LEG | INGLATERRA “Oh No” é o quarto single e o primeiro clipe a mostrar claramente o lar de Rhian Teasdale e Hester Chambers, a dupla feminina que encanta a crítica com um indie rock criativo com influência de Breeders. Elas vêm da Ilha de Wight, conhecida por ser a locação de um famoso festival de rock anual – que em 1970 superou o público de Woodstock, assistido por cerca de 700 mil pessoas. A música chama atenção por retratar o tédio, a alienação e a obsessão exercida pelos celulares com apps de redes sociais numa pegada de poesia modernista. “Sugou a vida dos meus olhos. A sensação é bacana. Scrolling, scrolling (rolando para baixo para ler mais texto)”. O álbum de estreia vai sair em abril. ABIGAIL LAPELL | CANADÁ | SINEAD O’BRIEN | IRLANDA | WIDOWSPEAK | EUA | FONTAINES D.C. | IRLANDA | STONE | INGLATERRA | PINCH POINTS | AUSTRÁLIA | TRUPA TRUPA | POLÔNIA | DISORIENTATIONS | BÉLGICA | LINDA MARTINI | PORTUGAL | WET LEG | INGLATERRA
Os Melhores Clipes de 2021
Com Lil Nas X no inferno com o clipe mais gay de todos os tempos e Anitta no papel de Garota de Ipanema vinda do Piscinão de Ramos, 2021 foi marcado por imagens icônicas de vídeos musicais. Não só a multiplicação de visualizações atestou o sucesso mundial do K-pop como também testemunhou a volta do rock, com Olivia Rodrigo e a nova geração teen trocando o chororô do R&B romântico por guitarras distorcidas. Mulheres, em geral, foram as vozes mais importantes do ano, cantando sobre empoderamento, sororidade e autodeterminação, numa renovação bem-vinda após décadas de canções sobre conquistas masculinas. Já no Brasil, o funk saiu definitivamente dos bailes de periferia para virar o pop oficial do país – apesar dos esforços de emplacar o sertanejo como algo mais que country local. Além da lista com os 10 melhores clipes da música pop internacional e nacional, a relação também contempla destaques independentes, com mais dois Top 10 repletos de artistas criativos, lutando contra orçamentos limitados para se destacar no YouTube – e influenciar o futuro da música. Confira abaixo. Melhores Clipes – Pop BILLIE EILISH | Lost Cause BTS | Butter CARDI B | Up LIL NAS X | Montero (Call Me By Your Name) LORDE | Solar Power MÅNESKIN | Mammamia MEGAN THEE STALLION | Best Friend OLIVIA RODRIGO | brutal TAYLOR SWIFT | All Too Well SAWEETIE ft. DOJA CAT | Thot Shit Melhores Clipes – Pop Brasil ANITTA | Girl From Rio KAROL CONKÁ | Dilúvio DUDA BEAT ft. TREVO | Nem Um Pouquinho GLORIA GROOVE | A Queda GIULIA BE | Lokko IZA | Gueto JÃO | Coringa MARCELO JENECI ft. MUSE MAYA | Vem Vem MC KEVIN O CHRIS, R3HAB & LUCK MUZIK | Deixa Se Envolver (Spring Love) PABLLO VITTAR, RENNAN DA PENHA | Number One Melhores Clipes – Indie/Alternative ATARASHII GAKKO! | Pineapple Kryptonite BEABADOOBEE | Last Day On Earth GREENTEA PENG | Nah It Ain’t The Same JAPANESE BREAKFAST | Be Sweet KILLS BIRDS | Rabbid LITTLE SIMZ ft. OBONGJAYAR | Point And Kill MØAA | Jaw SNAIL MAIL | Valentine SQUIRREL FLOWER | Hurt A Fly WET LEG | Chaise Longue Melhores Clipes – Indie Brasil BAIANASYSTEM ft. B NEGÃO | Reza Forte DÄRKEE | Quimera FRAN, CARLOS DO COMPLEXO, BIBI CAETANO | Visceral LETRUX | Cuidado, Paixão MALLU MAGALHÃES | America Latina TERNO REI | Medo RETROMORCEGO | Satano-Comunistas do Além SOPHIA CHABLAU E UMA ENORME PERDA DE TEMPO | Delícia/Luxúria THE BAGGIOS | Deixa Raiar ZAINA | Não Quero Ninguém





