Marina Sena acelera carro conversível no clipe de “Que Tal”
Marina Sena divulgou na noite de segunda-feira (25/9) o clipe sensual de “Que Tal”, feito em parceria com o rapper Fleezus. No vídeo, a cantora aparece curtindo a noitada de São Paulo depois de discutir com o dono de uma casa de shows. O clipe foi dirigido por Gabriel Caviness com possível inspiração na franquia de “Velozes e Furiosos”, pois a artista acelera seu carro conversível nas pistas paulistas até encontrar com seu parceiro de música. Nas cenas, a dupla ainda compartilha uma tensão sexual dentro de um estacionamento vazio. Sucesso de Marina Sena “Que Tal” se consolidou como um dos sucessos de Marina Sena por causa de Nicole “Nics” Vieira, a dançarina que criou uma coreografia inédita e que caiu na graça do público da cantora. Desde então, os fãs torceram para a artista lançar visuais para a nova música. A faixa do álbum “Vício Inerente” viralizou no TikTok, onde já aparece em mais de 19 mil vídeos publicados na plataforma. Enquanto isso, os números do Spotify superam o aplicativo, com a faixa de Marina Sena ultrapassando 7 milhões de plays.
Michael K. Williams (1966-2021)
O ator Michael K. Williams, um dos protagonistas da premiada série “Lovecraft Country”, foi encontrado morto em seu apartamento em Brooklyn, Nova York, nesta segunda-feira (6/9). O jornal New York Post relatou que o corpo do ator de 54 anos foi descoberto por seu sobrinho ao visitá-lo às 14 horas desta tarde. O jornal também informou que, ao ser chamada ao local, a polícia não se deparou com sinais de arrombamento, mas teria encontrado drogas, o que faz a investigação considerar a hipótese de overdose e também de suicídio. Michael Kenneth Williams começou a carreira artística como dançarino de hip-hop e chegou a participar de turnês de Madonna e George Michael. Seu primeiro registro em vídeo explorou seu lado sexy, numa aparição sem camisa no clipe da música “Secret”, de Madonna, em 1994. Mas essa atividade não pegou bem na sua vizinhança barra pesada. “Enquanto crescia, fui alvo de muitas perseguições”, ele relatou à revista Time em 2017. “Eu não era popular com a turma, nem com as mulheres. Em uma comunidade de machos alfa, ser sensível não é considerado uma qualidade.” A reprovação culminou numa briga violenta num bar, que o deixou com uma cicatriz permanente, cortando seu rosto de ponta a ponta. O ataque visava acabar com sua carreira com uma deformidade, mas, na prática, aumentou a propensão de Hollywood para lhe dar papéis que envolviam atividades violentas. Sua transformação em ator ocorreu por intermédio de outro ídolo musical, ninguém menos que o rapper Tupac Shakur, que convenceu o diretor Julien Temple a escalá-lo como seu irmão no thriller criminal “Bullet”, de 1996, justamente por causa da cicatriz em seu rosto. Williams deu sequência ao papel com outros thrillers criminais e uma pequena participação em “Vivendo no Limite” (1999), de Martin Scorsese, antes de ser escalado como Little Omar na série “A Escuta” (The Wire), produção da HBO sobre o submundo do tráfico em Baltimore, EUA, que durou cinco temporadas e lhe deu grande visibilidade. Em 2008, o então senador Barack Obama declarou Omar seu personagem favorito da TV americana. “Omar se tornou um alter ego”, disse ele na entrevista da Time. “Um gay que não gosta de roupas chiques ou carros chiques, não usa drogas, nem pragueja e rouba a maioria dos traficantes gangster da comunidade. Ele é um pária, e me identifiquei imensamente com isso. Em vez de usá-lo como uma ferramenta para talvez me curar, me escondi atrás disso. Ninguém mais reparou em Michael nas ruas. Tudo era Omar, Omar, Omar. Eu confundi essa admiração. Estava bem. Mas as reverências não eram para mim. Eram para um personagem fictício. Quando aquela série acabou, junto com aquele personagem, eu não tinha ideia de como lidar com isso. Eu desmoronei.” Mas o ator não ficou tempo nenhum parado. O sucesso da série abriu as portas para várias outras produções importantes, desde filmes como “Medo da Verdade” (2007), “Atraídos Pelo Crime” (2009), “A Estrada” (2009) e “12 Anos de Escravidão” (2013), a inúmeras participações em séries. Na própria HBO, ele voltou a se destacar no papel de Chalky White em “Boardwalk Empire”, outra produção criminal, desta vez passada durante a era da Lei Seca, exibida de 2010 a 2014. Ele também teve pequenos papéis nos blockbusters “O Incrível Hulk” (2008) e “Uma Noite de Crime: Anarquia” (2014), além de arcos importantes nas séries “Alias” (em 2005) e “Community” (em 2011 e 2012), sem esquecer atuações em “RoboCop” (2014), “O Mensageiro” (2014), “Vício Inerente” (2014), “O Apostador” (2014), “Bessie” (2015), “Caça-Fantasmas” (2015), “Assassin’s Creed” (2016), “Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe” (2019), etc. Entre seus últimos trabalhos, estão as séries “The Night Of” (2016) na HBO, “Hap and Leonard” (2016-2018) na Amazon, “Olhos que Condenam” (2019) na Netflix, e “Lovecraft Country” (2020), novamente na HBO. Três delas lhe renderam indicações ao Emmy de Melhor Ator Coadjuvante, categoria em que também foi reconhecido pelo telefilme “Bessie”, da HBO. Embora não tivesse vencido anteriormente, era forte a expectativa para sua primeira premiação da Academia de Televisão por “Lovecraft Country”, graças ao emocionante desempenho como Montrose Freeman, o pai do protagonista Atticus (Jonathan Majors) e um homem gay que escondia sua verdade do próprio filho. A premiação vai acontecer em duas semanas, no dia 19 de setembro.
Novo clipe da banda Haim tem direção do cineasta Paul Thomas Anderson
A banda das irmãs Haim lançou um novo clipe. Literalmente dançante, o vídeo chama mais atenção por quem está atrás das câmeras: o cineasta Paul Thomas Anderson (“O Mestre”). “Little of Your Love” é o segundo single do álbum “Something to Tell You”, lançado em julho. E tem uma história curiosa. A canção foi composta a pedido do diretor Judd Appatow para a comédia “Descompensada” (2015). Entretanto, acabou não entrando na trilha sonora. E a banda convidou outro cineasta para comandar seu clipe. Anderson chegou a dirigir clipes de Fiona Apple nos anos 1990, mas esta atividade se intensificou depois de “Vício Inerente” (2014) dividir a crítica e fracassar espetacularmente nas bilheterias (US$ 14,7 milhões em todo o mundo!). Desde então, ele fez meia dúzia de vídeos musicais para Radiohead, Joanna Newsom e Haim. “Little of Your Love” é seu terceiro trabalho para o trio de irmãs, mas tecnicamente o primeiro clipe, já que “Right Now” e “Valentine” foram registros de uma performance ao vivo em estúdio. Todos os três vídeos foram realizados em 2017. Curiosamente, o clipe de “Little of Your Love” começa exatamente como o anterior da banda, “Want You Back”, com a cantora Danielle Haim caminhando sozinha numa avenida de Los Angeles. Desta vez, porém, ela entra num local fechado, onde estão Este e Alana Haim. E em seguida as três passam a cantar e rodopiar à frente de uma coreografia repleta de figurantes. O cenário é um antigo bar/salão de danças, provavelmente com a mesma decoração de 40 anos atrás. O fato de os salões dançantes de música country reterem a atmosfera retrô cafona dos anos 1970, com globos giratórios, cortinas de papel prateado e dancinhas sincronizadas, que incluem palmas, até faz com que o clipe lembre o clima discoteca de “Boogie Nights” (1997). O ponto alto é o final em que a câmera se perde entre as palmas, mergulhando na multidão. Confira abaixo.
Dois Caras Legais diverte com comédia de detetives à moda antiga
Não é fácil fazer humor no universo do film noir, de forma que o resultado pareça inteligente. Nem Paul Thomas Anderson conseguiu com seu “Vício Inerente” (2015), por mais que haja defensores de seu filme e ele tenha escolhido adaptar uma obra difícil. Shane Black teve mais sorte, ao transpor a atmosfera típica de mistério e materialismo exacerbado para o clima dos filmes policiais dos anos 1970. Mas por mais que referencie os loucos anos 1970 e que lide bem com a questão da decadência de Los Angeles durante o boom da indústria pornográfica, a verdadeira influência de “Dois Caras Legais” são os “buddy films” dos anos 1980, em que dois parceiros com nada em comum precisam trabalhar juntos. O diretor Shane Black, por sinal, começou sua carreira com um roteiro clássico desse subgênero, “Máquina Mortífera” (1987). E a relação entre os personagens daquele filme, detetives durões que se alternavam entre ódio e amor, violência e humor, não é muito diferente da interação de Russell Crowe (“Noé”) e Ryan Gosling (“A Grande Aposta”) na nova produção. Entretanto, apesar de especialista em filmes de “duplas” – veja-se, também, “Beijos e Tiros” (2005) – , o diretor acaba falhando justamente no desenvolvimento da relação de amizade entre os protagonistas, algo que fica só na superfície. Em “Dois Caras Legais”, os astros vivem detetives particulares picaretas, Jackson Healey (Crowe) e Holland March (Gosling), que acabam juntando forças para resolver o mistério do desaparecimento de uma jovem envolvida em uma produção pornográfica. Como é comum em produções inspiradas pela estética noir, toda a investigação leva a caminhos nebulosos, e cada sucesso é fruto de pura sorte. Ou, no caso, da ajuda da filha de March, vivida pela garota-revelação Angourie Rice. Ela rouba as cenas sempre que aparece. É dessas jovens atrizes que a gente torce para que tenha uma carreira longa e bem-sucedida no cinema (e já foi confirmada no novo Homem-Aranha). O resultado é “cool” o suficiente para agradar um público mais exigente e bastante divertido para arrancar risadas do espectador menos esforçado, com uma trama meio labiríntica, senso de humor relaxado e várias cenas movimentadas muito bem engendradas, o que faz com que “Dois Caras Legais” acabe se destacando na produção atual de Hollywood, carente de bons filmes policiais. Como Richard Donner, o diretor de “Máquina Mortífera”, parece ter se aposentado, Shane Black se mostra, a cada filme (inclusive em “Homem de Ferro 3”), bem disposto a se tornar o seu sucessor. Para o bem e para o mal.



