Viagem ao Centro da Terra: Nova série da Disney+ ganha trailer
“Viagem ao Centro da Terra”, série do Disney+ baseada no livro homônimo do escritor francês Jules Verne, teve seu trailer e pôster oficiais divulgados. Gravada inteiramente no México, a nova produção de aventura acompanha um grupo de crianças em uma jornada por uma dimensão paralela, na qual descobrem um mundo fascinante. Na trama, Diego (Sebastián García) é enviado por seus pais ao acampamento de Pompilio Calderón (Óscar Jaenada). Junto com seus irmãos e amigos, ele encontra o carro abandonado de sua avó Pola (Margarita Rosa de Francisco) e, seguindo seus passos, chega a um misterioso portal para outra dimensão. Quando Diego descobre um poderoso segredo de família, entende que deve proteger a dimensão que encontrou, mas a missão não é tão simples: Pompilio e seu capanga Claudio (Mauricio “El Diablito” Barrientos) farão de tudo para destruir aquele mundo fantástico que eles conseguiram entrar. Dirigido por JM Cravioto (“A Loteria – O Sonho Mexicano”), “Viagem ao Centro da Terra” tem uma escala de produção impressionante, que inclui o uso de efeitos especiais em cenários naturais e recriados em cenários com tela verde junto com recursos tecnológicos inovadores. Além disso, a série também conta com marionetistas, dublês, monstros fisicamente e virtualmente construídos, fantasias e maquiagens marcantes. A obra literária, que foi lançada em 1864, é considerada um dos grandes clássicos da ficção científica, gênero que tem Jules Verne como patrono. No livro, o professor Lidenbrock consegue decifrar um enigma do pergaminho de um explorador do século XII e se junta ao seu sobrinho, o jovem Áxel, para checar a possibilidade de chegar ao centro da Terra seguindo o relato decifrado. Eles partem de um vulcão extinto em busca da entrada perdida para o interior do planeta, descobrindo na jornada um mundo nunca visto, repleto de criaturas pré-históricas. Essa é a terceira adaptação do livro, porém a primeira em formato de série live action. Os filmes anteriores são de 1959 e 2008 – o último, por sinal, foi estrelado por Brendan Fraser, vencedor do Oscar por “A Baleia”. A série apresenta um elenco latino internacional, liderado pelo ator espanhol Óscar Jaenada (“Rambo: Até o Fim”), a colombiana Margarita Rosa de Francisco (“Brincando com Fogo”), o argentino Gabriel Goity (“Entre Homens”) e os mexicanos Sebastián García (“A Loteria – O Sonho Mexicano”) e Yankel Stevan (“Control Z”), entre outros. O lançamento de “Viagem ao Centro da Terra” na Disney+ está marcado para 5 de abril. A série terá 8 capítulos de meia hora cada. Era para ser só mais um acampamento… #ViagemAoCentroDaTerra, uma Série Original, em 5 de abril no #DisneyPlus. pic.twitter.com/IkDIwIgohE — Disney+ Brasil (@DisneyPlusBR) March 14, 2023
Arlene Dahl (1925–2021)
A atriz Arlene Dahl, que estrelou a versão clássica de “Viagem ao Centro da Terra”, morreu nesta segunda (29/11) aos 96 anos. O anúncio foi feito por seu filho, o também ator Lorenzo Lamas (“Falcon Crest”) em seu Facebook. “Ela foi a influência mais positiva em minha vida”, ele escreveu. Dahl era conhecida pela beleza e por seus cabelos cor de fogo, que a transformaram em modelo de lingerie nos anos 1940 e namorada de John F. Kennedy, futuro presidente dos EUA, quando ele era senador por Massachusetts. Ela foi “descoberta” em Hollywood por ninguém menos que Jack Warner, fundador do estúdio Warner Bros., que se encantou ao vê-la numa campanha publicitária. Mas após ser aproveitada como simples figurante em seu primeiro filme, “Nossa Vida com Papai” (1947), Dahl fechou com a MGM para viver a personagem-título do musical “Minha Rosa Silvestre” (1947) – a irlandesa Rose Donovan, paixão da vida do tenor Chauncey Olcott (Dennis Morgan) – , chegando ao estrelato instantâneo com a ajuda de um colorido glamouroso. Mas apesar de seus cabelos vermelhos serem perfeitos para o technicolor, ela também estrelou alguns filmes famosos em preto e branco, como o drama de época “A Sombra da Guilhotina” (1949), sobre a Revolução Francesa, o western “Armadilha” (1950), dois dramas noir, “A Cena do Crime” (1949) e “O Mistério da Casa Grande” (1953), e três comédias com Red Skelton (outro ruivo famoso de Hollywood), “Pisando em Brasas” (1948), “Três Palavrinhas” (1950) e “O Homem das Calamidades” (1950). Neste período, ela se casou com o ator Lex Barker, um dos intérpretes mais conhecidos de Tarzan, mas o matrimônio durou só um ano (ele a trocou por Lana Turner). O relacionamento, porém, a influenciou a enveredar por aventuras épicas, colocando-a à frente do primeiro “Pantera Negra” (1952), filme sobre piratas do caribe, e “Legião do Deserto” (1953), em que viveu a princesa de uma cidade perdida do deserto argelino. Num desses filmes, “Sangari” (1953), sobre a luta pela independência dos EUA, conheceu o segundo marido, o argentino Fernando Lamas. Os dois voltaram a contracenar em “O Caçador de Diamantes”, lançado no mesmo ano, e se casaram no ano seguinte. Alguns de seus melhores papéis são desta fase, incluindo a comédia “O Mundo é da Mulher” (1954) e as tramas noir em que se consagrou como femme fatale: “O Poder do Ódio” (1956), “Lodo na Alma” (1956) e “A Fortuna é Mulher” (1957). Lançado em 1959, “Viagem ao Centro da Terra” acabou se tornando seu filme mais popular. Na superprodução da 20th Century Fox, ela interpretou uma viúva determinada que vai para o centro do planeta com Pat Boone e um pato de estimação. Concebido como resposta da Fox a “20.000 Léguas Submarinas” (1954), da Disney – ambos eram adaptações de clássicos literários de Jules Verne – , acabou impressionando público e crítica com seus efeitos visuais, indicados ao Oscar da categoria. Além do sucesso nas telas, a atriz se consagrou como empresária, transformando o convite par escrever uma coluna de beleza no jornal Chicago Tribune num negócio extremamente lucrativo. Ela fundou a Arlene Dahl Enterprises, que passou a comercializar lingerie e cosméticos, inventou o Dahl Beauty Cap, um boné de tricô para as mulheres usarem para dormir e evitar que o cabelo ficasse bagunçado e também desenvolveu uma linha de roupas boudoir, incluindo camisolas, négligées e pijamas relaxantes. Paralelamente, passou a publicar livros com dicas de beleza. O primeiro foi publicado em 1965 e vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Vieram mais 14 nos anos seguintes. O começo da década também marcou o fim de seu casamento com Llamas e uma mudança de prioridades. Não por acaso, optou por se afastar das telas, voltando apenas em 1969 pelo prazer de fazer filmes franceses – ela estrelou duas produções na França, “Os Caminhos de Katmandou”, de André Cayette, e “Du Blé en Liasses”, de Alain Brunet. Milionária, Dahl se desinteressou por Hollywood. Entretanto, sua vida sofreu uma reviravolta inesperada. Um de seus seis maridos a deixou com uma pilha de dívidas impagáveis e, em 1980, ela pediu concordata, o que a levou a voltar a atuar. A partir daí, participou como convidada de vários episódios de “O Barco do Amor” e entrou na novela “One Life to Live”, onde permaneceu por alguns anos. Em 1991, contracenou pela primeira e única vez com o filho Lorenzo no thriller de ação “A Noite do Guerreiro Americano”, despedindo-se das telas no final daquela década, com passagens pelas série “Renegade” e “Air America”.
“A Volta ao Mundo em 80 Dias” é renovada para 2ª temporada
Originalmente concebida como minissérie, a adaptação do clássico literário “A Volta ao Mundo em 80 Dias” virou série anual ao ser renovada para sua 2ª temporada antes mesmo da estreia. A ideia não é dividir a trama de Jules Verne em duas partes, mas contar uma nova aventura totalmente inédita, envolvendo os mesmos personagens em outra volta ao mundo, no ano que vem. As produtoras Slim Film + Television e Federation Entertainment ainda revelaram que a equipe da série já começou a adaptar o outro clássico de Verne, “Viagem ao Centro da Terra”, com o mesmo showrunner: Ashley Pharoah (“Life on Mars”). “A Volta ao Mundo em 80 Dias” é uma das obras mais filmadas de Verne, que chegou às telas pela primeira vez em 1918. A versão mais famosa é de 1956, estrelada por David Niven, Shirley MacLaine e Cantinflas, que inclusive venceu o Oscar de Melhor Filme. Já entre as adaptações televisivas, o destaque é uma minissérie de 1989, que juntou Pierce Brosnan, Julia Nickson e Eric Idle. A nova versão é uma coprodução europeia, financiada pelos canais públicos France Télévisions (da França), ZDF (da Alemanha) e RAI (da Itália), e destaca o inglês David Tennant (o melhor “Doctor Who”) como o cavaleiro Phileas Fogg, que no final do século 19 aposta ser capaz de fazer o que diz o título, utilizando-se de um balão. Além dele, participam da aventura a alemã Leonie Benesch (“Babylon Berlin”) como a jornalista Abigail Fix e o francês Ibrahim Koma (“Gare du Nord”) como o valete Passepartout. Com direção de Steve Barron (“Cônicos e Cômicos”), a estreia está marcada para 2 de janeiros nos EUA e Reino Unido, mas ainda não há previsão para o Brasil.


