Sylvester Stallone é acusado de criar ambiente tóxico na série “Tulsa King”
Os comentários polêmicos do astro teriam motivado a demissão da diretora de figurantes da produção exibida pelo Paramount+
Lisa, do BLACKPINK, estreia como atriz na 3ª temporada de “The White Lotus”
O novo enredo e o papel da artista estão sendo mantidos em segredo pela HBO
“Mad Max 2” é eleito melhor filme de ação da história do cinema
A revista americana Variety elegeu “Mad Max 2: A Caçada Continua”, filme de 1981 dirigido por George Miller e estrelado por Mel Gibson, como o melhor filme de ação da história do cinema. O longa, que é a sequência do filme original de 1979, retrata o ex-policial errante Max num mundo pós-apocalíptico. Após o sucesso de bilheteria do primeiro filme, Miller teve a oportunidade de investir mais intensamente na segunda parte, que apresenta Max vagando num futuro devastado, marcado pela luta por petróleo. De acordo com a “Variety”, o diretor transformou a sequência de “Mad Max” em algo “muito maior, mais assustador e legal, grandiosamente niilista”, “um dos grandes espetáculos distópicos” de todos os tempos. O filme se passa em um cenário caótico, onde uma guerra destrói e inutiliza poços de petróleo em países árabes, levando o mundo, que é altamente dependente de combustíveis de origem fóssil, ao colapso. Max, cuja esposa e filhos foram assassinados por uma gangue de motoqueiros no longa anterior, se vê imerso em uma sociedade cada vez mais caótica e primitiva, onde a gasolina é mais valorizada do que a maioria dos outros bens de consumo. Em meio a esse caos, Max ajuda uma comunidade a proteger uma refinaria de motoqueiros punks. O Top 50 Em 2º lugar na lista ficou “Duro de Matar”, de 1988, estrelado por Bruce Willis, seguido pelo clássico de 1958 “Intriga Internacional”, do diretor Alfred Hitchcock. O Top 5 inclui ainda “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981), primeiro filme da franquia Indiana Jones, e “Operação Dragão” (1973), a obra mais famosa do astro Bruce Lee. A relação completa, com 50 títulos, inclui ainda quatro filmes da franquia 007 e dois longas dirigidos por James Cameron, além de clássicos de kung fu, samurais, westerns, blaxploitaton, sci-fi e um longa de Quentin Tarantino. Confira abaixo o top 50 completo da Variety: 1. Mad Max 2 (1981) 2. Duro de Matar (1988) 3. Intriga Internacional (1959) 4. Os Caçadores da Arca Perdida (1981) 5. Operação Dragão (1973) 6. Operação França (1971) 7. Matrix (1999) 8. Aliens (1986) 9. Os Sete Samurais (1954) 10. Bullitt (1968) 11. Velocidade Máxima (1994) 12. 007 Contra Goldfinger (1964) 13. Kill Bill: Vol. 1 (2003) 14. As Aventuras de Robin Hood (1938) 15. Fervura Máxima (1992) 16. Três Homens em Conflito (1966) 17. O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991) 18. Ben-Hur (1959) 19. Meu Ódio Será Sua Herança (1969) 20. O Tigre e o Dragão (2000) 21. Fogo Contra Fogo (1995) 22. O Salário do Medo (1953) 23. Gladiador (2000) 24. Assalto ao 13° Distrito (1976) 25. Vôo United 93 (2006) 26. Caçadores de Emoção (1991) 27. Police Story: A Guerra das Drogas (1985) 28. Mad Max: Estrada da Fúria (2015) 29. Foxy Brown (1974) 30. Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011) 31. Os Doze Condenados (1967) 32. Comando para Matar (1985) 33. Corra Lola Corra (1998) 34. Velozes & Furiosos 5: Operação Rio (2011) 35. O Pirata Negro (1926) 36. 007: Casino Royale (2006) 37. Era Uma Vez na China 2 (1992) 38. A Origem (2010) 39. Encurralado (1971) 40. Operação Invasão (2011) 41. Os Selvagens da Noite (1979) 42. Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965) 43. A Identidade Bourne (2002) 44. O Dia do Chacal (1973) 45. Rambo II: A Missão (1985) 46. Herói (2002) 47. Corrida Contra o Destino (1971) 48. O Fugitivo (1993) 49. Top Gun: Maverick (2022) 50. 007: O Espião que me Amava (1977)
“Psicose” é eleito melhor filme de todos os tempos pela Variety
A revista americana Variety publicou nesta quarta (21/12) a sua primeira lista com os 100 melhores filmes de todos os tempos. A veterana revista especializada, que recentemente completou 117 anos, é pioneira na cobertura de cinema, tendo sido a primeira publicação a contabilizar bilheterias de filmes, além de ter criado palavras novas, como “showbiz”, que hoje fazem parte do vocabulário do entretenimento. Mas mesmo com sua longa tradição no gênero, nunca tinha feito uma lista de melhores filmes de todos os tempos. A relação foi compilada a partir de escolhas individuais de 30 críticos, redatores e editores da publicação e seu site. E o resultado colocou o filme “Psicose” (1960) em 1º lugar. O longa-metragem de Hitchcock é seguido pelo clássico “O Mágico de Oz” (1939) na 2ª posição, e por “O Poderoso Chefão” (1972), em 3º lugar. Velho campeão dessas listas, “Cidadão Kane” (1941) apareceu em 4º, acompanhado por um filme bem mais moderno, “Pulp Fiction – Tempos de Violência” (1994). A compilação marca um contraste bem grande com a recente lista da revista britânica Sight & Sound, do British Film Institute, que conta com a participação de alguns dos críticos e estudiosos de cinema mais importantes do mundo. Como diferença mais notável, “Jeanne Dielman” (1975), da belga Chantal Akerman, 1º colocado na Sight & Sound, ficou na 78ª posição na lista da Variety. Por ser uma revista americana, a Variety também selecionou uma grande maioria de produções de Hollywood, tanto clássicas (como “Cantando na Chuva” e “Casablanca”) quanto contemporâneas (como “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Toy Story”). Além de liderar a lista com “Psicose”, Alfred Hitchock ainda emplacou mais dois filmes entre os favoritos da Variety: “Um Corpo que Cai” (1958) e “Interlúdio” (1946) – mas não “Janela Indiscreta” (1954)! Não foi o único. Billy Wilder e Francis Ford Coppola mereceram o mesmo destaque. A filmografia clássica de Wilder contou com o noir “Pacto de Sangue” (1944) e as comédias “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) e “Se Meu Apartamento Falasse” (1960). Essa seleção também chamou atenção por uma ausência gritante: “Crepúsculo dos Deuses” (1950). Já Coppola compareceu com seus filmes dos anos 1970: “O Poderoso Chefão” (1972), “O Poderoso Chefão II” (1974) e “Apocalypse Now” (1979). Entre os filmes internacionais, somente uma produção brasileira foi mencionada: “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980), de Hector Babenco, em 80º lugar. Mas estão lá os suspeitos de sempre: Kurosawa (“Os 7 Samurais”), Fellini (“8½”), Truffaut (“Os Incompreendidos”), Buñuel (“A Bela da Tarde”), Dreyer (“O Martírio de Joana D’Arc”), Godard (“Acossado”), Murnau (“Aurora”), Renoir (“A Regra do Jogo”), De Sica (“Ladrão de Bicicletas”), Antonioni (“A Aventura”), Bresson (“Um Condenado à Morte Escapou”), Polanski (“O Bebê de Rosemary” e “Chinatown”) e Almodóvar (“Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”), ao lado de mestres da velha (Ford, Capra, Curtis, Chaplin, Peckinpah) e da nova Hollywood (Scorsese, Tarantino, Spielberg, Lynch, Coen). O título mais antigo é “Intolerância” (1916), filme mudo de D.W. Griffith, e o mais novo é “Parasita” (2019), do sul-coreano Bong Joon Ho, vencedor do Oscar de 2020. Confira abaixo a lista completa. 1. “Psicose” (1960) 2. “O Mágico de Oz” (1939) 3. “O Poderoso Chefão” (1972) 4. “Cidadão Kane” (1941) 5. “Pulp Fiction – Tempos de Violência” (1994) 6. “Os Sete Samurais” (1954) 7. “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968) 8. “A Felicidade Não Se Compra” (1946) 9. “A Malvada” (1950) 10. “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) 11. “Cantando na Chuva” (1952) 12. “Os Bons Companheiros” (1990) 13. “A Regra do Jogo” (1939) 14. “Faça a Coisa Certa” (1989) 15. “Aurora” (1927) 16. “Casablanca” (1942) 17. “Nashville” (1975) 18. “Persona” (1966) 19. “O Poderoso Chefão 2” (1974) 20. “Veludo Azul” (1986) 21. “…E o Vento Levou” (1939) 22. “Chinatown” (1974) 23. “Se Meu Apartamento Falasse” (1960) 24. “Era uma Vez em Tóquio” (1953) 25. “Levada da Breca” (1938) 26. “Os Incompreendidos” (1959) 27. “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Bala” (1967) 28. “Luzes da Cidade” (1931) 29. “Pacto de Sangue” (1944) 30. “Guerra nas Estrelas: O Império Contra-Ataca” (1980) 31. “Rede de Intrigas” (1976) 32. “Um Corpo que Cai” (1958) 33. “8½” (1963) 34. “No Tempo das Diligências” (1939) 35. “O Silêncio dos Inocentes” (1991) 36. “Sindicato de Ladrões” (1954) 37. “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (1977) 38. “Lawrence da Arábia” (1962) 39. “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) 40. “Fargo” (1996) 41. “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969) 42. “Moonlight: Sob a Luz do Luar” (2016) 43. “Shoah” (1985) 44. “A Aventura” (1960) 45. “Titanic” (1997) 46. “Interlúdio” (1946) 47. “Caminhos Perigosos” (1973) 48. “O Piano” (1993) 49. “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) 50. “Acossado” (1960) 51. “Apocalypse Now” (1979) 52. “A General” (1926) 53. “Amor à Flor da Pele” (2000) 54. “Mad Max 2 – A Caçada Continua” (1981) 55. “Pather Panchali” (1955) 56. “O Bebê de Rosemary” (1968) 57. “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) 58. “E.T. O Extraterrestre” (1982) 59. “Os Renegados” (1985) 60. “Moulin Rouge – Amor em Vermelho” (2001) 61. “A Paixão de Joana d’Arc” (1928) 62. “Jovens, Loucos e Rebeldes” (1993) 63. “Bambi” (1942) 64. “Carrie, a Estranha” (1976) 65. “Um Condenado à Morte Escapou” (1956) 66. “Paris Is Burning” (1990) 67. “Ladrões de Bicicleta” (1948) 68. “King Kong” (1933) 69. “Bom Trabalho” (1999) 70. “12 Anos de Escravidão” (2013) 71. “O Casamento do Meu Melhor Amigo” (1997) 72. “Ondas do Destino” (1996) 73. “Intolerância” (1916) 74. “Meu Amigo Totoro” (1988) 75. “Boogie Nights – Prazer Sem Limites” (1997) 76. “A Árvore da Vida” (2011) 77. “007 Contra Goldfinger” (1964) 78. “Jeanne Dielman” (1975) 79. “Esperando o Sr. Guffman” (1996) 80. “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980) 81. “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) 82. “Parasita” (2019) 83. “Kramer vs. Kramer” (1979) 84. “O Labirinto do Fauno” (2006) 85. “Assassinos por Natureza” (1994) 86. “Close-Up” (1990) 87. “A Noviça Rebelde” (1965) 88. “Malcolm X” (1992) 89. “A Bela da Tarde” (1967) 90. “O Iluminado” (1980) 91. “Cenas de Um Casamento” (1974) 92. “Pink Flamingos” (1972) 93. “O Samurai” (1967) 94. “Missão Madrinha de Casamento” (2011) 95. “Toy Story” (1995) 96. “Os Reis do Iê, Iê, Iê” (1964) 97. “Alien – O 8.º Passageiro” (1979) 98. “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988) 99. “12 Homens e uma Sentença” (1957) 100. “A Primeira Noite de um Homem” (1967)
Revista americana Variety analisa BBB como retrato político do Brasil em 2021
O reality show da Globo “Big Brother Brasil” ganhou destaque neste domingo (28/3) no site da revista americana Variety, a mais tradicional e respeita publicação da indústria do entretenimento dos EUA. Em uma reportagem sobre a grande audiência e pautas comportamentais do programa, a publicação afirmou que a conscientização social dos participantes da edição deste ano tornou a atração mais vista, mais interessante e mais importante que nunca. O texto da jornalista Augusta Saraiva cita o primeiro beijo gay ocorrido no reality show em suas mais de duas décadas de transmissão, entre Lucas Penteado e Gilberto, como ponto de partida para um “BBB” diferente de todos, especialmente pela reação negativa que se seguiu, incluindo a patrulha “ideológica” de Lumena Aleluia, psicóloga lésbica, até a pressão psicológica feita pela rapper Karol Conká para Lucas pedir para sair, o que acabou acontecendo. O artigo salienta ainda que as duas detratoras foram eliminadas na votação popular, inclusive com recorde de rejeição de Karol. A publicação não acompanhou os episódios mais recentes, quando a pauta LGBTQIA+ voltou recentemente ao centro das discussões com a indicação do líder Gilberto ao cantor sertanejo Rodolffo por comentários supostamente homofóbicos. Rodolffo ficou na casa por uma diferença de 0,5% de votos contra a atriz Carla Diaz, rejeitada por não ter sido feminista suficiente ao se submeter aos abusos de seu ficante no programa, Arthur. Apesar desse hiato, a revista destacou ainda o caso de Fiuk, sem nomeá-lo, afirmando que um integrante branco teve aulas de sensibilidade antes de entrar em confinamento, mas, por ser algo artificial, não tem conseguido evitar recaídas de “mansplaining”. Ao entrar em contato com a Globo, a Variety observou que a reviravolta do “Big Brother Brasil” aconteceu depois que a emissora percebeu que os debates sobre feminismo e racismo da edição anterior tinham rendido grande audiência. Por conta disso, os produtores optaram for incluir um grupo de concorrentes com maior diversidade racial e sexual. Nove dos 20 participantes iniciais se identificam como afro-descendentes e muitos deles pertencem à comunidade LGBTQIA+. O resultado dessa mistura foram discussões intensas, delicadas e importantes, que renderam a maior audiência do programa em todos os tempos. No dia em que Conká foi “despejada”, a Globo atingiu 63% de audiência geral da televisão brasileira. A Globo informou ao veículo americano que 40 milhões de pessoas – quase um quinto da população de 211 milhões do Brasil – assistem ao reality show todos os dias, o que representa 5,5 milhões de telespectadores diários a mais que no ano passado. Laurens Drillich, presidente da Endemol Shine Latino, que produz e licencia a franquia “Big Brother” no Brasil, completou dizendo à publicação que “a Globo fez um trabalho maravilhoso em manter a marca renovada e encontrar novas maneiras de envolver o público”. O executivo também apontou a pandemia de covid-19 como fator de valorização dos reality shows de confinamento, num momento em que a TV brasileira vive de reprises pela impossibilidade de gravar interações entre atores. Além disso, com mais pessoas em isolamento social, o “BBB 21″ ganhou a proporção de um grande evento televisivo. A Variety acrescenta que, graças à sua abertura à votação pública, o “BBB 21″ também virou um verdadeiro mostruário sobre o que pensam os brasileiros sobre vários assuntos importantes. Isto também inclui política. O texto em inglês destaca que Sarah, não nomeada no artigo, era inicialmente uma das favoritas a ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão, mas sofreu forte rejeição online depois de dizer a seus colegas de casa que gostava do “presidente de extrema direita do Brasil” (aspas da Variety), Jair Bolsonaro. Na mesma ocasião, ela disse que “não falaria sobre isso em rede nacional” para evitar ser eliminada do programa, esquecendo que as câmeras já tinham registrado a fala. Uma semana depois, ela perdeu mais de 1 milhão de seguidores no Instagram. Ouvida pela reportagem, Cristiane Moreira, professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Petrópolis, disse que, devido ao formato do programa, de vigilância quase constante, alguns participantes acabam “não lembrando que as câmeras estão lá”. “Você pode controlar seu comportamento, mas chega um momento em que você vai baixar a guarda e normalizar a situação”, disse. “Eles estão lá há dois meses e têm até câmeras nos banheiros. [Participantes] atuam, mas não conseguem fazer isso o tempo todo. ” Para os produtores, as conversas trazidas pelos participantes sobre os mais variados temas só fortalecem o “BBB” ainda mais. “Inevitavelmente, situações e discussões que fazem parte do dia a dia acontecem dentro da casa [‘Big Brother’]”, afirma Rodrigo Dourado, diretor geral do ‘Big Brother Brasil’. “São pessoas reais falando sobre temas reais, com culturas, gostos e experiências diferentes. Tudo isso ajuda a criar a originalidade de um [reality show]. ” Especialistas procurados pela publicação dizem que os debates sobre raça, gênero e sexualidade, entre outros assuntos, que estão movimentando o programa dificilmente desaparecerão após o término da atual edição, em abril. “É importante que isso aconteçam no programa? Acho que sim ”, disse o psicólogo Bruno Branquinho, especialista em saúde LGBTQIA+. “Mas esses temas não surgiram no ‘Big Brother Brasil’. Eles estão ganhando muita atenção por causa do programa, mas fazem parte do debate nacional há anos.”
Variety elogia projeto da Spcine para incentivar filmagens internacionais em São Paulo
A Spcine, empresa municipal de cinema que estimula a produção de audiovisual na capital paulista, está lançando nesta semana uma consulta pública de edital para Atração de Filmagens em São Paulo, em que oferece descontos/reembolsos (cash rebate) de 20% em despesas para produções estrangeiras que se comprometerem a gastar no mínimo R$ 2 milhões na região. A iniciativa é inédita no Brasil, mas já é utilizada em outras 97 cidades, como Londres, Nova York e Madri. Entretanto, o projeto tem pioneirismo mundial em outras áreas, a ponto de ter chamado a atenção do site da revista americana Variety, que conversou com a presidente da entidade, a cineasta Laís Bodanzky, e o diretor Luiz Toledo, elogiando a iniciativa e colocando-a em destaque para interessados dos EUA. Além de propiciar geração de emprego e incentivar a profissionalização de técnicos brasileiros que poderão trabalhar em mais projetos, a Spcine também promoverá ação afirmativa, ao premiar maior participação de minorias, estabelecendo maiores retornos (de até 30%) para produções encabeçadas por artistas negros ou mulheres em cargos de criação, elenco principal ou chefia de equipe. Mas tem mais. A Spcine ainda oferecerá pontos extras de porcentagem de descontos para produções que praticarem gerenciamento de resíduos, reciclagem e outras iniciativas pró-ambientais. Esse incentivos também se estenderão a outros tipos de produções elegíveis, como séries nacionais de potencial internacional – devido à distribuição em streaming – , além de comerciais de marcas multinacionais realizados na cidade. Em outra linha de incentivo, a Spcine premiará pelo menos dois roteiros de produções internacionais que incluírem a cidade ou um personagem de São Paulo em sua narrativa, sem necessariamente serem filmados ou produzidos na capital. Luiz Toledo ainda indicou que os projetos contarão com uma “cláusula de pandemia”, em que a Spcine se comprometerá a pagar salários mínimos para funcionários de filmagens que forem impedidos de trabalhar devido a um lockdown súbito, em meio à pandemia. As propostas que forem beneficiadas pelo edital, claro, deverão cumprir todas as recomendações dos órgãos de saúde pública, especialmente da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O edital estará aberto para consulta e comentários públicos de 10 de junho a 24 de julho. Ao final deste período, a presidente da Spcine acredita que a cidade já poderá ser utilizada para filmagens, que no momento estão proibidas pela crise sanitária. “Acredito que seremos capazes de retomar as sessões de filmagens em algumas semanas, ou no segundo semestre de 2020, quando os descontos entrarem em vigor”, disse Bodanzky à Variety. Além de movimentar a economia de São Paulo num momento de crise econômica, a publicação americana também avaliou que o projeto pode representar uma alternativa importante contra o desmonte cultural praticado pelo desgoverno federal, notando que o setor audiovisual está “praticamente congelado desde que Bolsonaro chegou ao poder em janeiro de 2019”. Em tom quase eleitoral, a Variety chega a destacar a importância do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na renovação da política brasileira, por sua postura pró-ativa em questões sociais, citando um programa que captura emissões de gases dos dois principais aterros da cidade para gerar eletricidade.
Crítica americana detona filme brasileiro no Festival de Sundance
Os críticos americanos não se empolgaram com “Não Devore Meu Coração”, primeiro filme solo de Felipe Bragança (codiretor de “A Alegria”). Exibido no Festival de Sundance com o título em inglês “Don’t Swallow My Heart, Alligator Girl!”, o longa teve alguns pontos destacados, mas a avaliação das duas principais críticas publicadas até agora é de que se trata de um trabalho amador. A resenha menos destrutiva, publicada no site Screen Daily, considerou o filme “desigual”: “Há flashes de inspiração e momentos memoráveis suficientes para garantir a atenção no circuito dos festivais, mas há também uma sensação persistente de que Bragança abocanhou mais do que poderia mastigar”. A pior avaliação veio da revista Variety, que, para ilustrar o amadorismo da produção, chega a mencionar uma cena dramática de funeral, “que não deveria produzir risadas”. Embora tenha havido menções positivas para a direção de fotografia de Glauco Firpo (“Castanha”) e a atuação Cauã Reymond (“Alemão”), estes elementos são citados como antítese. Por exemplo: “O contraste entre o popular ator brasileiro Reymond (também co-produtor), mastigando suas frases com a formação de um profissional, e os artistas amadores claramente inseguros de como dizer diálogos pouco naturais, destrói qualquer ilusão de coesão”. A lista de defeitos citados segue, arrasadora, da “edição sem brilho” à inserção “inelegante” de trechos musicais. A conclusão do crítico, que se chama Jay Weissberg, é similar à do Screen Daily, ainda que mais ácida. “Após algumas exibições em festivais, ‘Não Devore Meu Coração’ será, de fato, deglutido”. A crítica da Variety foi reproduzida no Yahoo! e em dezenas de outros sites.
Variety elege The Walking Dead a pior série da TV americana
A série mais assistida da TV paga americana é também a pior de toda a programação televisiva dos EUA, na opinião da equipe da revista especializada Variety. No balanço dos destaques negativos de 2016, os jornalistas da publicação não perdoaram, cravando “The Walking Dead” como a pior série do ano. Líder de uma seleção que ainda inclui a série criada por Woody Allen para Amazon, “Crisis in Six Scenes” – “nunca deveria ter sido feita” – “Vinyl”, com produção de Mick Jagger e Martin Scorsese para a HBO – “uma decepção” – , e o revival de “Arquivo X” – “episódios sem o menor sentido” – , “The Walking Dead” foi massacrada e desdenhada como uma série de zumbis em que quase ninguém morre por causa dos zumbis. Ao destrincharem os problemas da série, os críticos da Variety lamentaram: “A série brinca com seus fãs, que merecem coisa melhor”. Eles chegaram a comparar a estrutura da série com um “loop narrativo” de “Westworld”, em que tudo se repete mais ou menos igual, episódio após episódio. Assim, em todas as temporadas, “o grupo de sobreviventes encontra uma nova comunidade, liderada por um vilão, e ele atormenta as pessoas uma a uma”, afirma a revista. Faltou só acrescentar que, a certa altura, os personagens se separam, cada um ganha um episódio individual para acompanhar seu sofrimento, e no final todos se encontram para enfrentar juntos o vilão do ano. Pior que “The Walking Dead” para a Variety só o horror real representado por Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, que, segundo a revista, usou a televisão para amedrontar o público “com terror, bullying, racismo e mentiras”. “Trump descobriu todos os defeitos e a hipocrisia da televisão”, concluíram os jornalistas. Confira abaixo o ranking do pior da TV em 2016, de acordo com a Variety: 1) Donald Trump 2) The Walking Dead (Fox) 3) Programas sobre JonBenét Ramsey 4) Entrevista do nadador Ryan Lochte no programa The Today Show 5) Crisis in Six Scenes (Amazon) 6) The 100 (Warner) 7) Vinyl (HBO) 8) Top Gear (BBC) 9) Chelsea (Netflix) 10) Roadies (Showtime) 11) Notorious e Conviction (ambas ABC) 12) Arquivo X (Fox).
Variety lista Kleber Mendonça Filho entre os 10 cineastas mais promissores da atualidade
A revista americana Variety publicou sua lista anual com os dez diretores mais promissores da atualidade, e ela inclui o brasileiro Kleber Mendonça Filho, por “Aquarius”. A relação destaca os responsáveis por alguns dos trabalhos de maior repercussão do ano, desde a alemã Maren Ade, de “Toni Erdmann, ao americano Barry Jenkins, de “Moonlight”. A publicação ressalta que todos têm em comum “visão clara, voz distinta e potencial para revolucionar o negócio de maneira própria”. Os 10 diretores listados terão seus perfis publicados numa edição especial da Variety em janeiro, e serão homenageados no Festival de Palm Springs. Preterido pela comissão que escolheu o candidato brasileiro ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, “Aquarius” está indicado ao Spirit Awards, considerado o “Oscar indie”, que premia os melhores do cinema independente. Conheça abaixo os 10 cineastas cujas carreiras merecem ser companhados com atenção, segundo a Variety: Kleber Mendonça Filho (Aquarius) Maren Ade (Toni Erdmann) Ritesh Batra (The Sense of an Ending) Otto Bell (The Eagle Huntress) Julia Ducournau (Grave) Geremy Jasper (Patti Cake$) Barry Jenkins (Moonlight) Emmett & Brendan Malloy (The Tribes of Palos Verdes) William Oldroyd (Lady Macbeth) David Sandberg (Quando as Luzes se Apagam)








