Nova animação do Homem-Aranha é principal estreia nos cinemas
A animação “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” chega aos cinemas num lançamento digno de blockbuster live-action da Marvel, com distribuição em 1,5 mil salas. Acompanhado por críticas que falam em “obra-prima”, a adaptação dos quadrinhos do Homem-Aranha atingiu 95% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes, e vem engarrafar o espaço dos blockbusters, que já está lotado com “Velozes e Furiosos 10” e “A Pequena Sereia” em cartaz. Além disso, há outro lançamento espaçoso na semana. O terror “Boogeyman” chega a mais de 300 salas, espremendo as demais novidades no circuito limitado das maiores capitais. Confira abaixo todas as estreias desta quinta (1/6). | HOMEM-ARANHA: ATRAVÉS DO ARANHAVERSO | Com duração de 2 horas e 20 minutos, a nova adaptação dos quadrinhos da Sony/Marvel é a animação mais longa já produzida em Hollywood. E também uma das mais bonitas já feitas, graças ao visual extremamente colorido – inspirado tanto nos quadrinhos quanto na pop art. Continuação de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, a produção traz uma nova aventura de Miles Morales (voz original de Shameik Moore) e Gwen-Aranha (Hailee Steinfeld). Convidado por Gwen a conhecer o centro do Aranhaverso, onde todos os Homens-Aranhas de diferentes realidades convivem, Miles também reencontra o Peter Parker (Jake Johnson) do primeiro filme, que agora tem uma filha, e descobre o que todos, menos ele, têm em comum: uma tragédia em suas histórias de origem. Ao perceber que a tragédia em sua família está prestes a acontecer, Miles decide impedi-la, o que o coloca contra o Homem-Aranha 2099, dublado por Oscar Isaac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”), para quem uma mudança na linha do tempo poderia acabar com o Aranhaverso. Inconformado, Miles prefere fazer seu próprio destino, originando o conflito da trama, que ainda inclui um vilão capaz de viajar pelo multiverso. Mas o que mais chama atenção é que cada personagem tem seu próprio estilo visual, muitos deles contrastantes, que ainda assim combinam maravilhosamente bem com a narrativa. A direção está a cargo do trio formado por Kemp Powers (roteirista e co-diretor de “Soul”), o português Joaquim dos Santos (“Avatar: A Lenda de Korra”) e Justin K. Thompson (especialista em backgrounds que trabalhou em “Star Wars: Clone Wars”). Eles substituem o trio original vencedor do Oscar de Melhor Animação, formado por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman. Já o roteiro ficou a cargo dos produtores do primeiro longa, Phil Lord e Chris Miller, junto com David Callaham (“Mulher-Maravilha 1984”). | BOOGEYMAN – SEU MEDO É REAL | Adaptação de um conto de Stephen King, o terror atmosférico acompanha uma adolescente e sua irmã mais nova que que se veem atormentadas por uma presença sinistra, enquanto ainda estão se recuperando da trágica morte da sua mãe. Com medo de um monstro que se esconde na escuridão – visto apenas pelas crianças – , elas tentam fazer com que seu pai, ainda em luto, perceba aquela ameaça antes que seja tarde demais. O elenco é formado por Sophie Thatcher (“Yellowjackets”), Vivien Lyra Blair (“Obi-Wan Kenobi”), Chris Messina (“Eu Me Importo”) e David Dastmalchian (“O Esquadrão Suicida”). O roteiro foi escrito por Scott Beck e Bryan Woods (roteiristas de “Um Lugar Silencioso”), em parceria com Mark Heyman (“Cisne Negro”), e a direção é de Rob Savage (“Cuidado com quem Chama”). | EO | EO é um burro cinza de olhar melancólico, que encara um mundo sem sentido no novo drama do famoso diretor polonês Jerzy Skolimowski (“Matança Necessária”). Vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional e com 97% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o longa acompanha o animal numa trajetória atribulada, de cuidados amorosos a maltratos, após ser arrancado da convivência de quem lhe prezava. Em seus momentos de ternura, o burro alegra crianças e inspira um amor profundo na artista de circo Kasandra (Sandra Drzymalska, de “Sexify”). Mas quando os animais são proibidos no circo devido a protestos, ele passa pelas piores dificuldades, incluindo parar nas mãos de um comerciante de carne ilegal, ser espancado por hooligans de futebol e provocar caos em um estábulo sofisticado. Inspirado no clássico “A Grande Testemunha”(1968), de Robert Bresson, o filme usa o olhar do bicho inocente como espelho para a alma dos humanos ao seu redor. E realmente impressiona por sua belíssima fotografia e pelo desempenho do elenco, que inclui a consagrada atriz francesa Isabelle Huppert (“Elle”). | URUBUS | O drama impactante leva o espectador a conhecer o universo dos pichadores da periferia, suas motivações e desafios, e reencena a célebre pichação das paredes brancas da Bienal de São Paulo em 2008. A trama gira em torno do líder de um grupo de pichadores que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca. Quando o protagonista (vivido pelo estreante Gustavo Garcez) conhece uma estudante de arte (Bella Camero, de “Marighella”), seus mundos colidem resultando na invasão da 28ª Bienal. O feito transforma os jovens invisíveis da periferia em protagonistas de um polêmico debate cultural. Com estética semi-documental vibrante, o primeiro longa de Claudio Borrelli (que apareceu como personagem no documentário “Pichadores”) tem produção do cineasta Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”) e venceu vários prêmios internacionais, em festivais nos EUA e Europa, além dos troféus da Crítica e do Público como Melhor Filme da 45ª Mostra de São Paulo. | O ÚLTIMO ÔNIBUS | Timothy Spall (Sr. Turnervive um viúvo de 90 anos, que sai sozinho em uma viagem épica rumo à sua casa de 50 anos atrás, partindo de uma vila remota no nordeste da Escócia até o extremo sul da Inglaterra. Usando um passe de idoso, ele atravessa a Grã-Bretanha em uma jornada de 1.400 quilômetros em diferentes ônibus, enquanto revisita seu passado e conecta-se com um mundo moderno – uma Grã-Bretanha diversificada e multicultural que ele nunca experimentou. Tudo para cumprir uma grande promessa feita à sua falecida esposa. A direção é de Gillies MacKinnon (“Romance Proibido”). | CORAÇÃO ARDENTE | O drama religioso espanhol conta a história de Lupe Valdés, uma escritora de sucesso que investiga as aparições do Sagrado Coração de Jesus, em busca de inspiração para o seu próximo livro. Guiada por Maria, perita em mistérios, Lupe investiga as revelações de Jesus a Santa Margarida Maria de Alacoque e encontra santos, assassinos, exorcistas, papas, presidentes, conspiradores… além de milagres e os segredos do seu próprio coração, afligido por velhas feridas que precisam ser curadas. A direção é de Andrés Garrigó (“Fátima, o Último Mistério”), especialista em filmes católicos. | UÝRA – A RETOMADA DA FLORESTA | O documentário acompanha Uýra, artista trans indígena, em viagem pela Amazônia numa jornada de autodescoberta, usando sua arte performática para ensinar aos jovens indígenas que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica. Em um país que mata o maior número de jovens trans, indígenas e ambientalistas em todo o mundo, Uýra lidera um movimento crescente por meio das artes e da educação, ao mesmo tempo em que promove a união e inspira os movimentos LGBTQIAP+ e ambientalistas no coração da Floresta Amazônica. | SUGA – LIVE FROM JAPAN | Transmissão ao vivo do show solo de Suga, integrante da banda BTS, maior fenômeno do K-pop.
Programação do 30ª Festival Mix Brasil contará com filmes premiados
A organização do Festival Mix Brasil, maior evento cultural da América Latina dedicado à diversidade, divulgou a programação de sua 30ª edição. Ao todo, o evento, que vai acontecer entre os dias 9 e 20 de novembro em São Paulo, vai contar com a exibição de 119 filmes, além de espetáculos teatrais, shows musicais, literatura, performances, palestras, workshops e experiências em realidade virtual, sempre com temas relevantes à comunidade LGBTQIAP+. O filme de abertura do evento será o brasileiro “Três Tigres Tristes”, de Gustavo Vinagre, vencedor do prêmio Teddy de Melhor longa no Festival de Berlim. Além deste, o evento também vai contar com as exibições de “Close” de Lukas Dhont, vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes, “Algo Que Você Disse Ontem à Noite” de Luis De Filippis, premiado no Festival de San Sebastian, “Túnica Turquesa” de Maryam Touzani, vencedor do Un Certain Regard no Festival de Cannes, “Nelly & Nadine” de Magnus Gertten, vencedor do Teddy de Melhor Documentário em Berlim, e “Girl Picture” de Alli Haapasalo, que venceu o Prêmio do Público no Festival de Sundance. Outros destaques da programação são “Fogo-Fátuo”, do cineasta português João Pedro Rodrigues, exibido na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes, e “Winter Boy”, do francês Christophe Honoré, exibido no Festival de Toronto; além de “Sublime” de Mariano Biasi, “Antes Que Eu Mude de Ideia” de Trevor Anderson, “Casa Susanna” de Sébastien Lifshitz, “The Five Devils” de Léa Mysius, “O Amor” de Shariff Nasr e “Objetos Não Identificados” de Juan Felipe Zuleta. O evento também vai contar com a exibição de diversos filmes brasileiros, entre eles “Regra 34”, de Julia Murat (vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno), “A Filha do Palhaço” de Pedro Diógenes, “Germino Pétalas no Asfalto” de Coraci Ruiz e Julio Matos, “Paloma” de Marcelo Gomes, “Panteras” de Breno Baptista, “Transe” de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, e “Uýra – A Retomada da Floresta” de Juliana Curi. Além disso, o Festival Mix Brasil trará em sua programação experiências de realidade virtual e realidade aumentada. As chamadas “experiências XR” permitirão aos visitantes vivenciarem de forma virtual e com muitos recursos tecnológicos temas como parentalidade pós-humana, transhumanismo, prazer feminino e diferentes identidades de gênero. Entre elas, destacam-se “Projeto Flâneur #Experimento nº1”, que conta com ações interativas e imersivas, levando o público a flanar pelo centro da cidade de São Paulo; “Parentalidade Pós-Humana em Realidade Híbrida”, experiência transmídia que permite casais ou solteiros ‘procriarem’ digitalmente em uma clínica pós-humana usando Inteligência Artificial e simulação visual; “Lady Sapiens – The Experience”, uma viagem no corpo de uma mulher caçadora da era paleolítica; “Lips”, que convida o público a entrar em um corpo feminino para despertar seu desejo; e “No Vapor”, que se passa em uma sala cheia de neblina e silhuetas de homens que exploram a sua sexualidade. A programação fora das telas ainda inclui a apresentação de seis espetáculos teatrais e os eventos Mix Literário, com participação da escritora-violinista Léonor de Récondo e autores queer de todo o Brasil, e o Mix Music, primeiro festival de música voltado para o público LGBTQIAP+ no Brasil, que destaca a presença da cantora Assucena. Com curadoria de Alexandre Rabello, a programação inclui ainda o Mix Talks, painel de debates como temas atuais e relevantes, e uma homenagem à artista multimídia e ex-BBB Linn da Quebrada com o prêmio Ícone Mix. O 30º Festival Mix Brasil vai acontecer nos seguintes espaços culturais de São Paulo: CineSesc, Espaço Itaú Augusta – Salas 3 e 4, Centro Cultural São Paulo – Salas Lima Barreto e Paulo Emilio, salas do Circuito Spcine, MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Teatro Sérgio Cardoso e Centro Cultural da Diversidade. A programação é gratuita, exceto as sessões do Espaço Itaú Augusta, pelas quais será cobrado o valor único de R$ 20 por ingresso. Mas os evento também poderá ser acompanhado fora de São Paulo de maneira online e gratuita a partir de 14 de novembro. Mais informações podem ser conferidas no site oficial do evento (mixbrasil.org.br)

