Brasileiro “A Flor do Buriti” é premiado na mostra Um Certo Olhar em Cannes
O filme luso-brasileiro “A Flor do Buriti” recebeu o prêmio de melhor equipe (prix d’ensemble) da mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, nesta sexta-feira (26/5). O prêmio é raro. Em toda a história da mostra, o Prix d’ensemble foi concedido em apenas outras duas edições: em 2014, para “Party Girl”, e em 2021, para “A Boa Mãe”, ambas produções francesas. “A Flor do Buriti” é dirigido pelo casal Renée Nader Messora e João Salaviza, que venceram o Prêmio Especial do Júri da mesma mostra em 2018, com o filme “A Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” (2018). Os dois filmes foram desenvolvidos em parceria com os krahôs, povo indígena de Tocantins que emprestou seus integrantes e idioma para a obra. A narrativa mostra como eles veem o mundo e revela os últimos 80 anos de sua história. São expostos desde um massacre que foram vítimas em 1940 até os acontecimentos do governo Bolsonaro. Além de chamar atenção nas telas, “A Flor do Buriti” também marcou presença com um protesto contra o marco temporal no tapete vermelho do festival. Junto dos diretores, estavam presentes Francisco Hyjnõ e Ilda Patpro, atores indígenas do filme, que levantaram uma faixa com a frase “O futuro das terras indígenas no Brasil está sob ameaça, não ao marco temporal”. O júri da “Um Certo Olhar” deste ano foi presidido pelo ator americano John C. Reilly (“Guardiões da Galáxia”) e teve como membros a diretora francesa Alice Winocour (“A Jornada”), a atriz alemã Paula Beer (“Undine”), a diretora francesa-cambojana Davy Chou (“Retour à Séoul”) e a atriz belga Émilie Dequenne (“Não é meu Tipo”). Karim Aïnouz (“O Marinheiro das Montanhas”) é o único brasileiro que já venceu o prêmio principal da mostra Um Certo Olhar. A conquista ocorreu em 2019, com “A Vida Invisível”. Este ano, a vencedora foi Molly Manning Walker (“The Forgotten C”), com “”How To Have Sex”. O filme fala sobre três adolescentes curtindo as férias. Uma delas quer perder a virgindade, mas as coisas não acontecem como ela esperava. A premiação principal do Festival de Cannes, que inclui a entrega da Palma de Ouro ao vencedor da mostra competitiva, será neste sábado (27/5).
Equipe de “A Flor do Buriti” protesta em Cannes contra marco temporal de terras indígenas
A equipe do filme “A Flor do Buriti” protestou contra o marco temporal de terras indígenas no tapete vermelho do Festival de Cannes. Na première do longa, exibido na mostra Um Certo Olhar, atores e cineastas ergueram uma faixa, diante dos fotógrafos do mundo inteiro, com a frase: “Não ao marco temporal, the future of indigenous lands in Brazil is under threat (o futuro das terras indígenas no Brasil está sob ameaça)”. Participaram do ato os diretores Renée Nader Messora e João Salaviza (ambos de “Chuva e Cantoria na Aldeia dos Mortos”), os indígenas Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô, Ihjãc Henrique Krahô, que também assinam o roteiro de “Crowrã, A Flor do Buriti”, a produtora Julia Alves (“Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu”), e outros. A produção luso-brasileira fala sobre a luta da comunidade Krahô em Tocantins. A narrativa foi feita em conjunto pelos indígenas e mostra como eles veem o mundo e revela os últimos 80 anos de sua história. São expostos desde um massacre que foram vítimas em 1940 até os acontecimentos do governo Bolsonaro. Já os diretores que assinam as imagens são os mesmos que venceram o Prêmio Especial do Júri da mesma mostra em 2018, com “A Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”, também sobre os Krahô. Após a exibição, “A Flor do Buriti” foi aplaudido por vários minutos pela plateia. Representantes do povo Krahô viajaram para a Europa para acompanhar a estreia do filme e também foram aplaudidos de pé após a exibição. Na entrevista coletiva, a codiretora Renée Nader Messora explicou: “Filmar o massacre era um grande dilema. Se por um lado é uma história que deve ser contada, por outro não nos interessava produzir imagens que perpetuassem novamente uma violência. Percebemos que a única forma de filmar essa sequência era a partir da memória compartilhada, a partir de relatos, do que ainda perdura no imaginário coletivo desse pessoal que insiste em sobreviver”. Por sua vez, João Salaviza destacou que a seleção do filme para Cannes mostra que o mundo está atento às questões dos povos originários no Brasil. “O Festival também será importante como lugar para se formar novas alianças, usar da sua capacidade de sedução cultural para que possam ser reativadas no futuro”, apontou. Filmado por 15 meses em diferentes aldeias, a produção também enfoca a demarcação de terras e a revisão do marco temporal, alvos do protesto no festival francês. O marco temporal é uma ação que debate a reivindicação de posse de terras dos povos indígenas. O que está em discussão é se os indígenas teriam direitos sobre as terras que não estavam ocupadas no dia 5 de outubro de 1988 – data da promulgação da atual Constituição Federal. Porém, o artigo 231 da Constituição defende que é dever do Estado proteger os direitos dos indígenas à posse da terra, levando em conta que os povos já viviam nela antes da concepção de Estado brasileiro. O filme conquistou boas críticas na imprensa francesa. Entre elas está a do veículo Libération, que escreveu que a obra mistura cenas oníricas e fragmentos da vida cotidiana para mostrar a luta pela sobrevivência dos Krahô. “Um trabalho honesto que explícita a tensão entre a preservação de um legado cultural e a aspiração à modernidade”, afirmou. Os vencedores da mostra Um Certo Olhar serão anunciados no sábado (27/5), durante a cerimônia de encerramento do Festival de Cannes.
Filme sobre índios brasileiros é premiado no Festival de Cannes 2018
A mostra Um Certo Olhar 2018, principal seção paralela do Festival de Cannes, consagrou o longa luso-brasileiro “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”, codirigido pelo português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, com seu Prêmio Especial do Júri. Filmado no Brasil, o longa embaralha os limites entre ficção e registro documental. Com elenco extraído de uma aldeia de índios Krahô, no estado de Tocantins, a obra recria na tela histórias e dramas da comunidade, encenados pelos indígenas em seu próprio idioma. Exibido na noite de quarta-feira (16/5), o filme teve uma première marcada por protestos no tapete vermelho do festival. Os dois cineastas e os protagonistas do filme, Ihjac Kraho e Koto Kraho, desfilaram de preto com cartazes vermelhos, com os dizeres “Parem o genocídio dos povos indígenas” e “Pela demarcação das terras dos povos indígenas”. O protesto ecoa a mobilização de líderes indígenas no Brasil, diante de favorecimentos a empresários agrários – alguns, inclusive, famosos delatores de propinas – , além dos desastres ecológicos causadas por obras faraônicas do antigo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento da administração de Dilma Rousseff), como a usina de Belo Monte. A situação apenas se agravou com a ascensão do vice da coligação PT-PMDB-PP, Michel Temer. Ao final da projeção, o filme e sua equipe foram aclamados com palmas demoradas pela plateia do cinema Debussy, na Riviera Francesa. “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos” foi o terceiro filme com integrantes brasileiros premiado nas mostras paralelas do Festival de Cannes 2018. Os anteriores foram “Skip Day”, documentário codirigido pelo americano Patrick Bresnan e a brasileira Ivete Lucas, vencedor do prêmio de Melhor Curta da mostra Quinzena dos Realizadores, e “Diamantino”, coprodução de Brasil, Portugal e França, dirigida pelos portugueses Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, que conquistou o Grande Prêmio da Semana da Crítica de Cannes. “Border”, de Ali Basi, coprodução entre Suécia e Dinamarca que flerta com a ficção científica, ficou com o troféu de Melhor Filme da mostra Um Certo Olhar.
Primeiro filme do Quênia selecionado pelo Festival de Cannes é proibido em seu país
As autoridades do Quênia proibiram a exibição de “Rafiki” no país. O longa, que se tornou a primeira produção queniana selecionada pelo Festival de Cannes, conta uma história de amor entre duas mulheres. Alegando que a obra incentiva o lesbianismo, o governo decidiu, em vez de celebrar seu feito, banir o filme da diretora Wanuri Kahiu. O Conselho de Classificação Cinematográfica do Quênia anunciou o veto nesta sexta-feira (27/4) e disse em um tuíte: “Qualquer um que seja encontrado com sua posse estará violando a lei”, numa referência a uma lei dos tempos coloniais ainda em vigor, segundo a qual o sexo homossexual é punível com até 14 anos de prisão. A porta-voz do conselho, Nelly Muluka, tuitou: “Nossa cultura e leis reconhecem a família como a unidade básica da sociedade. O (conselho) não pode, portanto, permitir que conteúdo lésbico seja acessado por crianças no Quênia”. “Estou realmente decepcionada, porque os quenianos já têm acesso a filmes com conteúdo LGBT na Netflix e em filmes internacionais exibidos no Quênia e permitidos pelo próprio conselho de classificação”, disse a diretora Wanuri Kahiu, em entrevista à agência Reuters. “Então, proibir só um filme queniano porque ele lida com algo que já acontece na sociedade parece simplesmente uma contradição”, completou. A proibição representa uma reversão de posição do conselho, cujo presidente, Ezekiel Mutua, havia elogiado o filme no início deste mês. “É uma história sobre as realidades de nosso tempo e os desafios que nossas crianças estão enfrentando, especialmente com sua sexualidade”, disse ele à rádio comercial HOT 96 FM, antes do conselho proibir a exibição. “Rafiki”, cujo título é a palavra swahili para “amigo”, é uma adaptação do conto premiado “Jambula Tree”, da escritora ugandense Monica Arac Nyeko. O filme terá sua première mundial em maio na mostra Um Certo Olhar, durante o Festival de Cannes.
Benicio del Toro vai presidir o júri da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes 2018
O ator Benicio del Toro (“Sicario”) foi nomeado o presidente do júri da mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regard) do Festival de Cannes 2018. O ator porto-riquenho, que chamou atenção no suspense “Os Suspeitos” (1995) e no drama indie “Basquiat – Traços de Uma Vida” (1996), consagrou-se ao vencer o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Traffic: Ninguém Sai Limpo” (2000). Ele também já foi premiado no festival francês, como Melhor Ator em 2008, pelo papel-título da cinebiografia “Che”. No ano passado, a presidente do júri da mostra foi outra estrela de Hollywood, a atriz Uma Thurman (“Kill Bill”). O Festival de Cannes acontece este os dias 8 e 19 de maio.
Jeremy Renner e Elizabeth Olsen caçam assassino em novo trailer do suspense premiado Terra Selvagem
A Weinstein Company divulgou um novo pôster e o segundo trailer de “Terra Selvagem” (Wind River), thriller premiado no Festival de Cannes 2017. A prévia se passa no norte gelado dos EUA e combina a neve da região do Wyoming com o clima bastante sombrio da trama, que gira em torno da investigação do assassinato de uma jovem numa reserva indígena. O elenco é liderado por Jeremy Renner e Elizabeth Olsen (ambos de “Vingadores: Era de Ultron”), como um caçador local e uma agente do FBI, que se unem para tentar descobrir o assassino. Os coadjuvantes destacam Jon Bernthal (o Justiceiro da série “Demolidor”), Gil Birmingham (“A Qualquer Custo”), Martin Sensmeier (“Sete Homens e um Destino”), Graham Greene (“A Cabana”), Julia Jones (“A Saga Crepúsculo”), Kelsey Asbille (série “Teen Wolf”), Ian Bohen (também de “Teen Wolf) e Eric Lange (série “The Bridge”). Escrito e dirigido por Taylor Sheridan, o filme recebeu o prêmio de Melhor Direção na mostra Um Certo Olhar, do festival francês. Neste ano, Sheridan já tinha sido indicado ao Oscar como Roteirista, por “A Qualquer Custo”. Apesar de ter cacife para encarar a temporada de premiação, a estreia foi marcada para 4 de agosto nos Estados Unidos, em meio aos blockbusters de verão. No Brasil, o lançamento vai acontecer em 31 de agosto.
Terra Selvagem: Jeremy Renner e Elizabeth Olsen investigam assassinato em trailer e fotos de suspense premiado em Cannes
A TWC (The Weinstein Company) divulgou as primeiras fotos, pôsteres e trailer de “Terra Selvagem” (Wind River), thriller premiado no Festival de Cannes 2017. A prévia se passa no norte gelado dos EUA e combina a neve da região do Wyoming com o clima bastante sombrio da trama, que gira em torno da investigação do assassinato de uma jovem numa reserva indígena. O elenco é liderado por Jeremy Renner e Elizabeth Olsen (ambos de “Vingadores: Era de Ultron”), como um caçador local e uma agente do FBI, que se unem para tentar descobrir o assassino. Os coadjuvantes destacam Jon Bernthal (o Justiceiro da série “Demolidor”), Gil Birmingham (“A Qualquer Custo”), Martin Sensmeier (“Sete Homens e um Destino”), Graham Greene (“A Cabana”), Julia Jones (“A Saga Crepúsculo”), Kelsey Asbille (série “Teen Wolf”), Ian Bohen (também de “Teen Wolf) e Eric Lange (série “The Bridge”). Escrito e dirigido por Taylor Sheridan, o filme recebeu o prêmio de Melhor Direção na mostra Um Certo Olhar, do festival francês. Neste ano, Sheridan já tinha sido indicado ao Oscar como Roteirista, por “A Qualquer Custo”. Apesar de ter cacife para encarar a temporada de premiação, a estreia foi marcada para 4 de agosto nos Estados Unidos, em meio aos blockbusters de verão. No Brasil, o lançamento vai acontecer em 31 de agosto.
Drama iraniano clandestino vence a mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes
O drama iraniano “Lerd” (A Man Of Integrity) foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes 2017. Filmado em segredo pelo diretor Mohammad Rasoulof, o longa é uma crítica ao regime opressor iraniano. A trama se concentra num professor perseguido politicamente por ter feito protestos contra a qualidade da comida de uma fábrica. É a terceira vez que Rasoulof é premiado na mostra Um Certo Olhar. Em 2011, conquistou o prêmio de Melhor Diretor por “Goodbye”, mas já na ocasião enfrentou censura política, tendo sido proibido de sair de seu país para participar do festival francês. Ele acabou condenado a seis anos de prisão pela mensagem “subversiva” de seus filmes. Mesmo assim, rodou clandestinamente “Manuscritos não Queimam”, justamente sobre a experiência de ser um preso político, premiado pela crítica na Um Certo Olhar de 2013. Destinada a exibir obras com uma linguagem mais experimental, a mostra Um Certo Olhar é a seção paralela de maior prestígio de Cannes, seguida pela Semana da Crítica, cuja edição deste ano foi vencida pelo filme brasileiro “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa O júri presidido pela atriz Uma Thurman também premiou o americano Taylor Sheridan como Melhor Diretor, por “Wind River”, um thriller violento sobre a morte de uma jovem numa reserva indígena nos Estados Unidos, estrelado por Jeremy Renner e Elizabeth Olsen (ambos de “Vingadores: Era de Ultron”). Neste ano, Sheridan já tinha sido indicado ao Oscar como Roteirista, por “A Qualquer Custo”. Os demais premiados foram o mexicano “Las Hijas de Abril”, de Michel Franco, sobre a gravidez de uma adolescente, que venceu o Prêmio do Júri, a atriz italiana Jasmine Trinca, como Melhor Intérprete por “Fortunata”, e o francês Mathieu Almaric com uma Menção Honrosa pela direção “Barbara”. Vencedores da Mostra Um Certo Olhar 2017 Melhor Filme “Lerd” (A Man Of Integrity) – Irã Melhor Direção Taylor Sheridan (“Wind River”) – Estados Unidos Melhor Atuação Jasmine Trinca (“Fortunata”) – Itália Prêmio do Juri “Las Hijas de Abril” – México Menção Honrosa Mathieu Almaric (“Barbara”) – França
Uma Thurman vai presidir o juri da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes 2017
A atriz americana Uma Thurman será presidente do júri da mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes 2017, composta por filmes de linguagem mais ousada e fora do convencional dirigidos por jovens cineastas. Mostra paralela mais prestigiada do Festival de Cannes, a competição deste ano inclui os novos filmes dos franceses Mathieu Amalric (mais conhecido como ator, mas também diretor de “Turnê”) e Laurent Cantet (“Entre os Muros da Escola”), do italiano Sergio Castellitto (“Não se Mova”), do mexicano Michel Franco (“Depois de Lúcia”), do japonês Kiyoshi Kurosawa (“Creepy”), do iraniano Mohammad Rasoulof (“Manuscritos Não Queimam”) e do americano Taylor Sheridan (ator e roteirista de “A Qualquer Custo”). A lista completa dos filmes pode ser conferida neste link, com a programação principal do festival. Não é a primeira vez que Uma Thurman participa de um júri em Cannes. Em 2011, ela fez parte do corpo de jurados da mostra competitiva presidido por Robert De Niro. O Festival de Cannes de 2017 vai acontecer de 17 a 28 de maio na Riviera francesa.
Cannes: Filme finlandês de boxe vence a mostra Um Certo Olhar
O drama finlandês “The Happiest Day in the Life of Olli Maki”, do estreante Juho Kuosmanen, foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regard), a seção paralela mais prestigiosa do Festival de Cannes. Filmado em preto e branco, o longa-metragem conta a história de Olli, um jovem padeiro de uma pequena cidade, que é boxeador nas horas vagas e se prepara para disputar o título de peso pena com um campeão americano. Mas, durante os treinos, ele se apaixona e acaba perdendo o foco, tendo que fazer esforços tremendos para atingir o peso ideal. Trata-se de uma história simples, mas muito bem contada, de forma sensível. A premiação também consagrou o americano Matt Ross, ator da série “Sillicon Valley”, que assinou seu segundo longa, “Captain Fantastic”, com o prêmio de Melhor Direção. O longa traz Viggo Mortensen como um pai de seis filhos prodígios, criados no isolamento de uma floresta com a melhor educação possível – de filosofia à física quântica – , que, no entanto, não foram preparados para conviver no mundo de redes sociais e namoros fortuitos que eles vêm a conhecer durante um funeral que reúne todos os parentes distantes. A crítica internacional amou. O cinema francês ficou com o troféu de Melhor Roteiro, dado para as irmãs cineastas Delphine e Muriel Coulin (roteiristas de “Samba”) por seu filme “The Stopover” (Voir du Pays), passado durante três dias de folga de duas soldadas da Guerra do Afeganistão. “Harmonium”, do japonês Kôji Fukada (“Sayônara”), que mostra o esfacelamento de uma família após um estranho passar a morar com eles, ficou com o Prêmio do Júri. E a animação “The Red Turtle”, primeiro longa do holandês Michel Dudok de Wit, que já tem um Oscar de Melhor Curta Animado (“Father and Daughter”, de 2000), completou a lista de consagrados com o Prêmio Especial do Júri. Vencedores da Mostra Um Certo Olhar 2016 Melhor Filme The Happiest Day in the Life of Olli Maki, de Juho Kuosmanen Melhor Direção Matt Ross, por Captain Fantastic Melhor Roteiro Delphine e Muriel Coulin, por The Stopover Prêmio do Júri Harmonium, de Koji Fukada Prêmio Especial do Júri The Red Turtle, de Michel Dudok de Wit








