Morre Ione Borges, apresentadora do “Mulheres”, aos 73 anos
Comunicadora comandou atração feminina na TV Gazeta por 16 anos ao lado de Claudete Troiano, formando uma dupla conhecida como "parceirinhas"
Apresentador do “Jornal Record” se despede da emissora por ser “sofisticado demais”
Sergio Aguiar encerra ciclo na Record após seis anos e afirma no Instagram que foi considerado sofisticado para o canal
Lolita Rodrigues, pioneira da TV brasileira, morre aos 94 anos
A atriz Lolita Rodrigues, pioneira da TV brasileira, morreu na madrugada deste domingo (5/11), em João Pessoa, Paraíba, aos 94 anos. Ela estava internada no Hospital Nossa Senhora das Neves e não resistiu a uma pneumonia. Nascida Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite, em 10 de março de 1929 em Santos, litoral de São Paulo, Lolita iniciou sua carreira nas radionovelas na Rádio Record aos dez anos, em São Paulo, e seguiu como cantora da rádio, com passagens pelas emissoras Bandeirantes, Cultura e Tupi. Durante a era do rádio, Lolita foi reconhecida com dois Troféus Roquette Pinto na categoria de melhor cantora. Este período também foi essencial para que ela construísse uma base sólida de fãs que a levou a ser bastante requisitada com a chegada da televisão. A estreia da TV brasileira A estreia de Lolita Rodrigues na televisão ocorreu em um momento histórico para o Brasil, marcando o início das transmissões televisivas no país. No dia 18 de setembro de 1950, Lolita surgiu na tela para cantar “Canção da TV” no programa inaugural da TV Tupi, a primeira emissora de TV brasileira. Originalmente, Hebe Camargo havia sido escalada para a apresentação, mas Lolita a substituiu de última hora, tornando-se a primeira cantora da TV. A canção executada por Lolita foi especialmente composta para o evento, com música do maestro Marcelo Tupinambá e letra do poeta Guilherme de Almeida. E nem ela e nem Hebe gostavam da música. Lolita Rodrigues compartilhou detalhes desse momento em entrevistas. Ela mencionou: “Hebe estava namorando o empresário Luiz Ramos e ele tinha um evento que precisava da presença dela. Aí sobrou para mim”, revelou Lolita ao portal Terra em 2009. A atriz também brincou sobre a qualidade da canção, dizendo: “Me chamaram no dia, aprendi aquela coisa horrível, e a Hebe toda vez que tem oportunidade, diz ‘que bom que eu não cantei isso'”, relembrando com bom humor o evento que se tornou um marco na história da televisão brasileira. Este momento não apenas consolidou a inauguração da TV Tupi, mas também posicionou Lolita Rodrigues como uma das pioneiras da televisão brasileira. A partir daí, Lolita tornou-se uma figura recorrente no canal, como apresentadora de diversos programas, entre eles “Música e Fantasia” (1950-1954), “Clube dos Artistas” (1955-1960), “Almoço com as Estrelas” (1956-1983), “Você Faz o Show” (1960) e “Chá das Bonecas” (1960). O mais famoso e duradouro, “Almoço com as Estrelas”, começou no rádio, tinha direção do famoso autor de novelas Cassiano Gabus Mendes e também se tornou o primeiro programa colorido da Tupi nos anos 1970. Nele, Lolita e seu marido Airton Rodrigues recebiam famosos para um bate-papo durante um almoço luxuoso, que ainda tinha shows ao vivo. A primeira telenovela Querendo ampliar ainda mais seus horizontes, Lolita decidiu virar atriz. Seu primeiro grande papel veio em 1957, no teleteatro “O Corcunda de Notre Dame”, onde interpretou a cigana Esmeralda. A experiência lhe garantiu sua entrada no universo das telenovelas. Ela estrelou a primeiríssima novela diária brasileira, “2-5499 Ocupado”, atuando ao lado de Glória Menezes e Tarcísio Meira em 1963 pela TV Excelsior. Vinda de uma família de espanhóis, Lolita geralmente era lembrada para interpretar personagens que falavam com sotaque castelhano, o que acabou se tornando uma marca em sua carreira. Ela engatou diversas produções da TV Excelsior, Record TV e Tupi nos anos 1960 e 1970, incluindo as clássicas “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970), “Os Deuses Estão Mortos” (1971) e “O Direito de Nascer” (1978), até ser contratada pela Globo na década de 1980, onde participou de diversos sucessos dramáticos. Carreira na Globo Apesar da longa experiência como atriz, ela só foi beijar na telinha em 1987, quando viveu par romântico com Carlos Zara em sua primeira novela da Globo, “Sassaricando”. Lolita ainda participou de “Rainha da Sucata” (1990), “A Viagem” (1994), “Terra Nostra” (1999), “Uga Uga” (2000), “Kubanacan” (2003), “Pé na Jaca” (2006) e “Viver a Vida” (2009), além de ter cantado num especial de Roberto Carlos de 1992. Muitas dessas novelas foram compartilhadas com a amiga Nair Belo, com quem Lolita ainda trabalhou no humorístico “Zorra Total” (1999-2015). Mas a cumplicidade das duas é mais lembrada pelo dia em que se juntaram a Hebe Camargo numa participação histórica no “Programa do Jô”, exibida no ano 2000 pela Rede Globo, onde divertiram os espectadores com histórias deliciosas sobre os primórdios da TV brasileira. Lembrada até hoje, a edição foi considerada uma das melhores da trajetória do programa de entrevistas de Jô Soares. Lolita também participou de novelas de outras emissoras, como “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1990) na TV Manchete, e o remake de “2-5499 Ocupado” na Record, intitulado “Louca Paixão” (1999). Últimos anos Logo depois de encerrar sua participação na novela “Viver a Vida” (2009), onde interpretou Noêmia, avó de Luciana (Alinne Moraes), a estrela decidiu se aposentar. Em 2015, ela se mudou para João Pessoa, na Paraíba, onde passou a viver com sua filha, Silvia Rodrigues, que é médica. Durante esse período, Lolita Rodrigues fez poucas aparições públicas. Uma das suas últimas aparições foi em dezembro de 2017, quando prestigiou uma apresentação do espetáculo “Hebe – O Musical”, em São Paulo, em homenagem à amiga Hebe Camargo, falecida em 2012. Depois de tantos amigos mortos – o marido em 1992, Nair Belo em 2007 – , ela dizia que não tinha medo de morrer, mas tinha pena de morrer. “Sou muito feliz. Gosto muito da vida, tenho pena de morrer, mas não tenho medo, não. E envelheço com muita pena. Eu acho a velhice uma indignidade, no que concerne ao fato de você ficar doente, você perder a razão, de você ficar não-lúcida. Isso eu tenho muito medo. Gosto muito de morar sozinha, mas tenho medo de morrer e as pessoas não me acharem”, confessou numa entrevista antiga, explicando porque foi morar na Paraíba com a filha.
Carlos Amorim, ex-diretor do “Fantástico” e criador do “Domingo Espetacular”, morre aos 71 anos
Carlos Roberto Amorim, ex-diretor do “Fantástico” e criador do “Domingo Espetacular”, faleceu aos 71 anos neste sábado (21/10) em São Paulo. A notícia foi confirmada pela família do jornalista, que estava internado no Hospital Oncológico AC Camargo. A causa da morte não foi divulgada. Trajetória no jornalismo televisivo Amorim desempenhou um papel crucial no jornalismo televisivo. Ele trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco deles como repórter no jornal O Globo e 14 anos na TV Globo. Foi chefe de redação do “Globo Repórter”, editor-chefe do “Jornal da Globo” e do “Jornal Hoje”, diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo, diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo, e também assinou a direção do “Fantástico” no começo da década de 1990, onde enfatizou o jornalismo investigativo e denúncias de problemas urbanos. Após sua passagem pela Globo, ele assumiu a direção de jornalismo na TV Manchete. Posteriormente, idealizou o canal Band News na TV paga e, na Record TV, criou o “Domingo Espetacular”, apresentando uma alternativa ao programa que anteriormente dirigira. Por conta desse trabalho, Carlos Amorim também escreveu, produziu e dirigiu mais de 50 documentários de televisão, ao longo de sua carreira. Escritor premiado Além de sua contribuição na televisão, Carlos Amorim também se destacou como escritor. Foi laureado com o prêmio Jabuti em 1994 pelo livro “Comando Vermelho – A História do Crime Organizado”. Sua investigação literária sobre o submundo do crime organizado no Brasil resultou em uma trilogia publicada pela Editora Record, que lhe rendeu amplo reconhecimento no meio literário.
Guerra de remakes: Globoplay estaria de olho em “Chica da Silva” para concorrer com “Dona Beija”
Depois do sucesso de “Pantanal”, mais novelas da extinta rede Manchete estão sendo ressuscitadas em novos remakes, agora como munição na guerra pela audiência do streaming. A Globo estaria preparando um remake de “Xica da Silva” para ser lançado em 2025 no Globoplay para concorrer com “Dona Beja”, produção que já começou a ser gravada para a HBO Max. O projeto da emissora carioca ainda está em fase inicial, com a aquisição dos direitos da obra originalmente exibida pela Manchete em 1996 e escrita por Walcyr Carrasco sob o pseudônimo Adamo Rangel. Sigilo e expectativas A produção é tratada com sigilo dentro da emissora, mas, de acordo com o Notícias da TV, profissionais de áreas como produção, caracterização e cenografia já foram consultados. Embora ainda não haja confirmação do elenco, o nome de Taís Araujo, que interpretou a protagonista na versão original, circula nos bastidores como uma opção desejada pela Globo. Oficialmente, a Globo afirma que “não tem nenhuma previsão” sobre remake de “Xica da Silva”. Entretanto, Erick Brêtas, diretor do Globoplay, já expressou publicamente o desejo de exibir a versão original de “Xica da Silva” na plataforma, o que só não aconteceu até aqui devido aos problemas dos direitos. “Adoraria. Difícil é desembaraçar os direitos”, afirmou ele em seu Twitter. Direitos das novelas Segundo o site A TV Entre Nós, os direitos das obras da TV Manchete a partir de 1995 pertencem à empresa Bloch Som e Imagem. Já o acervo da TV Manchete propriamente dito, que operou entre 1983 e 1999, tem uma situação mais complexa. As produções realizadas entre 1985 e 1994 pertencem à massa falida da emissora. Em 2021, fitas desse período foram leiloadas e adquiridas por um comprador anônimo por cerca de R$ 500 mil. O comprador arrematou a marca da TV Manchete por R$ 200 mil e um lote de novelas e programas por R$ 300 mil – incluindo “Pantanal”, “Chica da Silva” e “Dona Beija”.
Marlene Mattos ameniza acusações de assédio moral: “Meu jeito de ser”
A diretora Marlene Mattos voltou a mandar indiretas em meio as acusações de assédio moral no ambiente de trabalho. Nos últimos dias, a ex-empresária foi alvo de relatos polêmicos sobre a época em que trabalhou com a cantora e apresentadora Xuxa Meneghel. No Instagram, Marlene reforçou seu jeito “bruto” de ser com uma publicação reflexiva: “Você pode ter resultados ou desculpas, não os dois”, dizia o texto na imagem. A postagem da diretora teria sido vista como alfinetada à Xuxa, já que a artista fez revelações contudentes sobre Marlene em seu documentário no Globoplay. “Eu vou continuar na luta por resultados. É do meu jeito de ser”, ela sustentou. Acusações e práticas abusivas Marlene Mattos foi diretora dos programas infantis de Xuxa Meneghel por 18 anos. As duas trabalharam juntas na extinta TV Manchete e na TV Globo. A dupla rompeu parceria profissional (e pessoal) em 2002. Contudo, Marlene se viu numa fase turbulenta neste mês, desde que a apresentadora expôs seu relacionamento abusivo com a ex-empresária em “Xuxa – O Documentário”, lançado no streaming Globoplay. Em depoimentos, Xuxa e seus funcionários contaram práticas abusivas e situações controversas promovidas pela diretora. “A Marlene me apavorada um pouco. Ela falava: ‘você tem que fazer o trabalho, isso, isso e isso’. […] Eu ficava perdida lá atrás”, lembrou Letícia Spiller, a paquita Pastel. Já em entrevistas externas, há relatos intensos sobre o comportamento tóxico da diretora, como quando ela desejou a morte precoce da apresentadora do “Xou da Xuxa”. “[Ela] já chegou de um jeito assim: ‘Se vocês acham que vou pedir desculpas, não vou’. Ela não mudou nada. Isso me deixou chocada, eu mudo quase diariamente”, pontuou Xuxa ao jornal O Globo.
Pantanal pode ganhar remake exclusivo da Globoplay
A Globo está negociando com o escritor Benedito Ruy Barbosa a produção de um remake da novela “Pantanal” para lançamento exclusivo em streaming. Segundo o blog Na Telinha, que apurou as conversas junto à emissora carioca, o projeto seria lançado em 2021 na Globoplay, com roteiro de Edmara Barbosa, filha do autor. A Comunicação da Globo informou que está conversando com Benedito Ruy Barbosa sobre projetos e “Pantanal” é um deles. Já as fontes do Na Telinha vão além e dizem que o projeto está avançado e servirá para estabelecer a Globoplay como um destino de novelas exclusivas, logo depois do lançamento de “Verdades Secretas 2”, prevista para o primeiro semestre do ano que vem. Nos bastidores do departamento de dramaturgia, a avaliação seria de que um remake de “Pantanal” atrairia novos assinantes para o Globoplay. Também seria uma forma de aproveitar os direitos da novela, originalmente exibida na extinta TV Manchete em 1990 e reprisada em 2008 pelo SBT. O remake seria mais enxuto que a novela original, que se estendeu por 223 capítulos com longas cenas de natureza dirigidas por Jayme Monjardim. A ideia é que, sem os takes de floresta, rio e bichos, o texto caiba em 50 episódios – tamanho equivalente a duas temporadas de uma série. O remake de “Pantanal” sempre esteve no radar de Benedito Ruy Barbosa, mas foi rejeitado diversas vezes pela Globo e o próprio diretor do projeto, Jayme Monjardim, chegou a dizer que não via viabilidade para uma trama desse porte na Globo e que a novela tinha uma estilística própria e datada. Benedito, em compensação, sempre discordou. Nas negociações para o remake, Benedito seria produtor e supervisor do texto de sua filha, que chegou a confessar já estar envolvida no projeto durante uma live recente. Vale lembrar que Edmara já adaptou para a rede Globo antigos sucessos de seu pai, como novas versões de “Cabocla” (2004), “Sinhá Moça” (2006) e “Paraíso” (2009).






