Pearl: Prólogo elogiado de “X – A Marca da Morte” só existe devido à pandemia
O terror “Pearl”, prólogo do recente “X – A Marca da Morte” (2022), está arrancando elogios da crítica e do público. Exibido no Festival de Toronto no começo da semana, atingiu 86% de aprovação no Rotten Tomatoes e chega aos cinemas norte-americanos nesta sexta (16/9), cercado de expectativas não apenas pela qualidade apontada nas críticas, mas pela maneira como se difere do seu antecessor. “‘X – A Marca da Morte’ foi um horror bastante padrão, bem executado sem quebrar o molde”, publicou o jornal canadense National Post. “Mas ‘Pearl’ é um pouco melhor em todos os aspectos, graças em parte a uma performance central assustadora de Mia Goth.” A atuação de Goth, que também é creditada como co-roteirista do filme, é uma constante entre os elogios à produção. “Goth imbui ‘Pearl’ com uma profundidade e tristeza quase inéditas que farão você sentir empatia legítima por essa criatura que abriga um mal ainda não despertado”, descreveu o site Cinapse. “Goth transcende todos os limites”, acrescentou o jornal New York Times. E foi ecoado pelo britânico Telegraph: “Goth é absolutamente tremenda”. O trabalho do diretor e roteirista Ti West foi igualmente elogiado. “Um verdadeiro artesão do horror”, descreveu o Los Angeles Times. “Uma dos melhores diretores de horror”, exaltou o AV Club. Os aplausos se devem em particular à forma como “Pearl” reflete influências da Hollywood clássica, em contraste com a homenagem aos filmes slashers de “X”. “Juntos, ‘X’ e ‘Pearl’ formam um atraente programa duplo, apresentando homenagens respingadas de sangue a diferentes eras do cinema”, comparou o San Francisco Chronicle. Mas o mais curioso disso tudo é que o filme é um fruto do acaso e só existe por causa das circunstâncias da pandemia de covid-19. O diretor estava preparando “X” quando veio a pandemia e todas as produções foram paralisadas, sem data para retornar. Insistindo em filmar no verão, o cineasta e o estúdio A24 encontraram uma solução: viajar para outro continente. O país escolhido foi a Nova Zelândia, que na época estava com uma política de Covid-Zero. Ou seja, o país fazia um controle restrito de quem entrava, colocando-os em quarentena por duas semanas. E, depois disso, todos poderiam circular livremente. West e seu elenco precisaram ficar em isolamento, enquanto aguardavam o início das filmagens. Nesse período, ele e Mia Goth começaram a discutir o passado de Pearl, a psicopata anciã de “X”, que a atriz interpretou sob pesada maquiagem. E a conversa se tornou tão boa que os dois passaram a considerá-la como base para um prólogo do filme, que West começou a escrever com ajuda da atriz e que foi filmado aproveitando os mesmos sets, em sequência. “Tínhamos essa infraestrutura montada, com equipe e elenco, e estávamos construindo todos esses sets”, disse West, ao site Deadline. “Estávamos gastando todo esse esforço para fazer um filme no único lugar do mundo onde, na época, você podia fazer um filme. E fez sentido para mim tentarmos fazer dois filmes enquanto estávamos lá, para fazer o melhor uso de tudo o que tínhamos.” West conta que chegou a considerar fazer uma continuação, mas achou que, naquele momento, isso não fazia sentido. “Porque ‘X – A Marca da Morte’ era um filme sobre pessoas que foram para uma fazenda e o terror se seguiu. Voltar a mostrar mais pessoas indo para uma fazenda não era tão interessante.” “Estávamos falando muito sobre a história pregressa da personagem”, continou West, “porque não temos muito disso no filme. E isso se tornou interessante – tipo, se voltássemos para trás e fizéssemos sua ‘história de origem’, por falta de um termo melhor, havia uma história interessante para contar.” A princípio, o diretor não sabia se a A24 aceitaria bancar dois filmes, mas desenvolveu o roteiro mesmo assim. “Pensamos: ‘Na melhor das hipóteses, fazemos um filme. Na pior das hipóteses, torna-se uma história de fundo realmente bem desenvolvida para a personagem de Mia, e ‘X’ se torna um filme melhor por conta disso'”, disse ele. “Mas todo o crédito vai para a A24. Eles adoraram o roteiro.” Quando questionada a respeito da história do filme, Goth disse apenas que “’Pearl’ é uma jovem bastante ingênua. Ela tem muitas ambições e, enquanto a acompanhamos neste filme, a vemos tentando tirar o melhor proveito de uma situação realmente difícil.” “Pearl” se passa no ano de 1918, no final da 2ª Guerra Mundial e no auge da pandemia da Gripe Espanhola. Em relação ao tom do filme, algumas críticas apontam que se trata de algo completamente diferente do original. “Basicamente, coloque Carrie White [protagonista de ‘Carrie – A Estranha’] dentro de ‘O Mágico de Oz’ – mas certifique-se de que ela tenha visto ‘Cidade dos Sonhos'”, “explicou” o crítico Sean Collier, do Pittsburgh Magazine. Apesar dos elogios e da estreia nesta sexta nos EUA, o filme ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Confira abaixo o trailer da produção.
Terror “X – A Marca da Morte” vai virar trilogia
O terror indie “X – A Marca da Morte”, dirigido por Ti West (“O Último Sacramento”), vai ganhar uma nova continuação e virar trilogia. O anúncio foi feito pelo estúdio A24, que vai produzir o novo filme, e veio acompanhado de um teaser (confira abaixo). A prévia foi exibida durante o Festival de Toronto após os créditos da première de “Pearl”, o segundo longa. Intitulado “MaXXXine”, o terceiro longa será uma continuação direta de “X – A Marca da Morte” – “Pearl” era um prólogo, passado na juventude da psicopata do primeiro filme. Ao contrário de “Pearl”, que foi filmado junto com “X”, o novo filme ainda não foi rodado, mas as filmagens devem começar logo, visto que o teaser anuncia um lançamento “em breve”. Detalhes sobre a trama também foram divulgados, mas o vídeo sugere que veremos a “final girl” Maxine (novamente interpretada por Mia Goth) aproveitando o sucesso do grandioso mercado de home vídeo, que explodiu na década de 1980. No longa original, ela é introduzida como atriz de filmes adultos do final dos anos 1970, durante uma produção realizada numa fazenda – que vira cenário de um massacre sanguinário. “MaXXXine” ainda não tem previsão de estreia.
Prólogo de “X – A Marca da Morte” ganha trailer sanguinário
A A24 divulgou o pôster e o trailer de “Pearl”, novo terror dirigido por Ti West (“Cabana do Inferno 2”), que é prólogo de “X – A Marca da Morte”, ainda inédito no Brasil. Os dois filmes são estrelados por Mia Goth (“Ninfomaníaca”). Mas enquanto ela foi um dos alvos da serial killer idosa do primeiro filme, agora dá vida à própria assassina, cujo nome batiza a produção. “Pearl” acompanha a juventude da psicopata, que tem seus sonhos de virar estrela de cinema sufocados pela vida reclusa na fazenda da família. Esse ressentimento dá início à sua saga sangrenta. A própria Mia Goth assina a história, em parceria com o diretor. Vale apontar que a atriz tinha vivido tanto a protagonista Maxine quanto Pearl em “X”. Mas estava irreconhecível no papel da serial killer, debaixo de muitas camadas de maquiagem prostética para parecer uma mulher de mais de 90 anos. “X – A Marca da Morte”, que acompanhava o massacre de uma equipe de filmagem pornográfica no sítio da louca, foi um grande sucesso nos EUA, mas só vai chegar ao Brasil em 11 de agosto. “Pearl” vai estrear poucas semanas depois, em 2 de setembro na América do Norte, seguindo sua première mundial no Festival de Veneza. Por enquanto, o prólogo não tem previsão de lançamento nacional.
“Batman” chega a US$ 600 milhões em todo o mundo
Biff, bang, pow, “Batman” venceu com folga seu terceiro fim de semana em cartaz, arrecadando US$ 36 milhões nos últimos três dias de exibição nos EUA e Canadá. Com isso, chegou a US$ 300 milhões na América do Norte e se consolidou como a segunda maior bilheteria doméstica de toda a pandemia – atrás só de “Homem-Aranha: De Volta para Casa”. São os super-heróis que estão salvando as bilheterias de cinema no período mais crítico da História desse mercado. Em todo o mundo, “Batman” atingiu US$ 600 milhões, no arredondamento da soma de US$ 50 milhões contabilizados no fim de semana internacional. Podia até ser mais, não fosse a nova onda de coronavírus na China, que levou ao fechamento de 43% das salas exibidoras do país durante a estreia do filme por lá. Enquanto o Brasil se apressa em relaxar os protocolos de proteção, a Ásia voltou a fechar tudo. Sem grandes lançamentos de Hollywood, o 2º lugar nos EUA ficou com um anime japonês: “Jujutsu Kaisen 0”, que faturou US$ 17,7 milhões, bem acima do esperado, com a ajuda de uma pontuação perfeita de 100% no Rotten Tomatoes e das crianças fãs da série em que se baseia. “Uncharted” garantiu um distante 3º lugar, arrecadando US$ 8 milhões para atingir US$ 125,9 milhões na América do Norte. Como “Batman”, também foi prejudicado pelo fechamento dos cinemas chineses em sua estreia no país, mas já soma US$ US$ 337,3 milhões em todo o mundo. Os cinemas norte-americanos ainda receberam dois lançamentos de terror de baixo orçamento neste fim de semana, mas apenas “X”, da produtora indie A24, conseguiu se destacar, arrecadando US$ 4,4 milhões em 4º lugar. Já “Umma”, da Stage 6/Sony, rendeu apenas US$ 915 mil e nem entrou no Top 10. “X”, do celebrado diretor Ti West (“O Último Sacramento”), também agradou a crítica, atingindo 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. O longa acompanha um grupo de jovens aterrorizados enquanto filmam uma produção erótica nos anos 1970. Por outro lado, “Umma”, terror sobrenatural estrelado por Sandra Oh (“Killing Eve”), foi eviscerado com somente 29% de aprovação. Nenhum dos dois filmes tem previsão de estreia no Brasil.
X: Equipe de pornô luta pela sobrevivência em trailer de terror
A A24 divulgou o pôster e o trailer de “X”, novo terror dirigido por Ti West (“Cabana do Inferno 2”). O título se refere à classificação americana para filmes proibidos para menores. A trama se passa nos anos 1970 e acompanha a equipe de um filme adulto, que aluga uma casa no interior do Texas de um casal aparentemente dócil, para usar como cenário de sua nova produção. Mas logo acaba tendo que lutar pela própria sobrevivência. O elenco inclui Mia Goth (“Ninfomaníaca”), Jenna Ortega (“Pânico”), Martin Henderson (“Virgin River”), Brittany Snow (“A Escolha Perfeita”), Owen Campbell (“A Mulher Invisível”), Stephen Ure (“Máquinas Mortais”) e Scott Mescudi (mais conhecido como o rapper Kid Cudi, visto em “Não Olhe para Cima”). A estreia está marcada para 18 março nos Estados Unidos e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.



