Melissa McCarthy é deprimente no trailer de seu novo filme na Netflix
A Netflix divulgou o trailer de “Um Ninho para Dois” (The Starling), segundo filme estrelado por Melissa McCarthy na plataforma. Ao contrário da comédia “Esquadrão Trovão”, que se revelou uma tragédia sem graça, a nova produção é um drama, que parte de uma tragédia. Depois de perder a filha, ver o marido (Chris O’Dowd, de “O Paradoxo Cloverfield”) se internar numa clínica, abandonar o foco no trabalho e ficar sem rumo na vida, Melissa McCarthy vai procurar ajuda psicológica. Logicamente, com um veterinário. Não é comédia, é sério. E há muitas lágrimas e trilha triste na prévia para comprovar. O veterinário, vivido pelo sumido Kevin Kline (“Querido Companheiro”), entra em cena por recomendação de uma amiga, após a personagem de McCarthy iniciar uma batalha deprimente em seu jardim contra um pássaro. Essa luta acaba se transformando em um caminho inesperado para processar o luto, com ajuda do veterinário/psicólogo, que a encoraja a reparar relacionamentos e redescobrir a capacidade de amar. O elenco também inclui Laura Harrier (“Homem-Aranha: De Volta para Casa”), Daveed Diggs (“Expresso do Amanhã”), Loretta Devine (“Grey’s Anatomy”), Timothy Olyphant (“Santa Clarita Diet”) e Skyler Gisondo (também de “Santa Clarita Diet”). O filme tem direção de Theodore Melfi (de “Estrelas Além do Tempo”) e será exibido no Festival de Toronto, antes de seu lançamento em streaming no dia 24 de setembro.
Estrelas Além do Tempo exalta a conquista do espaço de três mulheres negras
Nos anos 1960, os EUA ainda tinham banheiros segregados para negros e banheiros para brancos. Embora estivesse ao lado de um toilette feminino, Katherine (Taraji P. Henson), que é negra, precisava sair do prédio onde trabalhava, e correr alguns blocos para chegar ao tal banheiro. Afinal, quando se tem vontade é preciso ir. Em “Estrelas Além do Tempo”, o diretor Theodore Melfi (“Um Santo Vizinho”) repete essa cena diversas vezes ao som de uma música, digamos, engraçadinha. E, vejam só, muita gente na plateia ri. O ápice dessa sequência envolve uma discussão entre Katherine e seu chefe interpretado por Kevin Costner. E quem riu antes, não volta a rir nessa cena em que Taraji P. Henson brilha de forma monumental. Que atriz! É a melhor parte do filme. Por que é a melhor? Porque é uma síntese de “Estrelas Além do Tempo” e sua passagem mais complexa. Podemos pensar, inicialmente, que a intenção do diretor foi fazer graça com o racismo, mas ao culminar a humilhação de Katherine com a cena do desabafo, a produção revela seu verdadeiro objetivo, que é expor o problema, induzir o espectador (a maioria branca) a rir da situação, para, depois, substituir o riso por uma imensa, justa e irreparável sensação de culpa. A situação descrita ilustra o quanto Katherine Gordon (depois Katherine Johnson) é uma mulher forte, mas ela também é talentosa e insubstituível. Não só ela, como suas amigas Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), pessoas que existiram de verdade e merecem ter suas histórias contadas, vistas e compartilhadas. A História oficial da conquista especial norte-americana costuma esquecer, mas as três trabalharam na NASA e foram essenciais para transformar em realidade as primeiras viagens dos astronautas dos EUA ao espaço, incluindo a primeira órbita ao redor da Terra, realizada por John Glenn. Pode-se, entretanto, dizer que, no geral, “Estrelas Além do Tempo” se contenta em ser um filme correto, convencional e simpático até demais. Só que a história de suas personagens é tão importante, envolvente e bem narrada, que pouco importa. “Estrelas Além do Tempo” enfatiza o lado profissional e a capacidade do trio de matemáticas, que se destaca independente da cor da pele e, talvez por isso, o filme não mostre suas estrelas como vítimas. Ao contrário, faz a exaltação de Katherine, Dorothy e Mary, exemplos de mulheres duplamente discriminadas, por serem mulheres e negras, numa época em que a conquista do espaço para mulheres e negros se dava mesmo na Terra. A conquista do espaço de Katherine, Dorothy e Mary aconteceu em seu cotidiano, no ambiente de trabalho. Além de Taraji, o filme permite bastante destaque para Octavia Spencer, indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, e à cantora Janelle Monáe, que se mostra uma ótima revelação. Mas também não se pode esquecer de Kevin Costner, não somente por seu retorno a um filme importante, mas por também entregar uma atuação imponente. Daria para fazer um paralelo ou, melhor, uma sessão dupla com “Estrelas Além do Tempo” e “Os Eleitos”, obra-prima de 1983, dirigida por Philip Kaufman. Em seu épico sobre o início da corrida espacial, Kaufman não menciona Katherine, Dorothy e Mary, apesar de trazer diversos personagens em comum e destacar aspectos da mesma história. No clássico vencedor de quatro Oscars, as mulheres aparecem apenas como esposas e os negros nem sequer aparecem, sinalizando que o mundo mudou muito desde os anos 1960, mas também bastante dos anos 1980 para cá, a ponto de agora vermos o que era invisível, mas que sempre esteve lá. “Estrelas Além do Tempo” concorre ao Oscar 2017 de Melhor Filme, Atriz Coadjuvante e Roteiro Adaptado.
Michael Caine, Morgan Freeman e Alan Arkin decidem assaltar um banco em trailer legendado de comédia
A Warner divulgou o pôster e o trailer legendado de “Despedida em Grande Estilo”, comédia de assalto estrelada por Morgan Freeman, Alan Arkin e Michael Caine. Caine é especialista em filmes de assaltos complexos, tendo estrelado alguns clássicos, entre eles “Como Possuir Lissu” (1966) e “Um Golpe à Italiana” (1969), além de ter firmado uma parceria bem-sucedida com Freeman na franquia “Truque de Mestre” (sem mencionar três “Batman”). Já Arkin tentou roubar uma cega e não conseguiu, no clássico “Um Clarão nas Trevas” (1967). Já velhinhos, os três vão tentar mais um roubo espetacular. Fartos de serem menosprezados e furiosos após perderem os benefícios da aposentadoria, se juntam para roubar o banco que lhes passou a perna. Mas o crime perfeito se prova mais complicado que eles imaginavam. A trama é um remake do filme homônimo de 1979, escrito e dirigido por Martin Brest (“Fuga da Meia-Noite”, “Um Tira da Pesada”). A nova versão foi escrita por Theodore Melfi (“Um Santo Vizinho”) e dirigida pelo astro de “Scrubs” Zach Braff (seu terceiro longa como diretor, após “Hora de Voltar” e “Lições em Família”). O elenco ainda inclui Ann-Margret (“Tommy”), John Ortiz (“O Lado Bom da Vida”), Matt Dillon (série “Wayward Pines”), Peter Serafinowicz (“Guardiões da Galáxia”), Christopher Lloyd (“De Volta para o Futuro”) e Joey King (“Independence Day: O Ressurgimento”). A estreia acontece em 20 de abril no Brasil, duas semanas após o lançamento nos EUA.
Estrelas Além do Tempo: Trailer celebra as engenheiras negras que colocaram o homem no espaço
A Fox divulgou o trailer legendado do drama histórico “Estrelas Além do Tempo”. Mas vale observar que a “tradução” escolhida para o título original “Hidden Figures” desvirtua seu verdadeiro tema, sobre a importante e pouco conhecida participação das engenheiras negras no programa espacial americano. Como a prévia mostra, a trama conta a história verídica de um grupo de mulheres que ajudou a colocar o homem no espaço, enquanto combatia o machismo e o racismo para realizar seu trabalho. No filme, elas são representadas pelas atrizes Octavia Spencer (vencedora do Oscar por “Histórias Cruzadas”), Taraji P. Henson (série “Empire”) e a cantora Janelle Monáe, em sua estreia no cinema. O elenco também destaca, em papeis coadjuvantes, os atores Kevin Costner (“O Homem de Aço”), Kirsten Dunst (série “Fargo”), Jim Parsons (série “The Big Bang Therory”), Glen Powell (série “Scream Queens”), Mahershala Ali (franquia “Jogos Vorazes”) e Aldis Hodge (“Straight Outta Compton”). Dirigido por Theodore Melfi (“Um Santo Vizinho”), o filme adapta o livro homônimo de Margot Lee Shetterly, com roteiro de Allison Schroeder (“Meninas Malvadas 2”) e trilha sonora do músico Pharrell Williams (“Meu Malvado Favorito 2”). O lançamento vai acontecer em 6 de janeiro nos EUA, uma semana antes do feriado americano dedicado a Martin Luther King. No Brasil, a estreia vai acontecer somente um mês depois, em 2 de fevereiro.



