Diretor da série de Tekashi 6ix9ine diz que o rapper é um “ser humano horrível”
O polêmico Tekashi 6ix9ine é personagem de uma série biográfica, intitulada “Supervillain: The Making of Tekashi 6ix9ine”, que estreia em 21 de fevereiro nos EUA (no canal pago Showtime). E o diretor da obra aproveitou a divulgação do lançamento para ressaltar que, apesar de ganhar sua própria série, o rapper é um “ser humano horrível”. “O público e a mídia o odeiam porque ele é realmente um ser humano horrível que fez coisas terríveis”, disse Karam Gill (“G-Funk”) ao site Page Six. Tekashi foi condenado vários vezes, por tráfico de heroína, por gravar sexo com uma menor (supostamente de 13 anos) e incluir cenas em seus vídeos, por extorsão, tentativa de assassinato, ameaças com armas de fogo, etc. O rapper, que assumiu a culpa pelos atos de violência, dedurou parceiros num acordo para cumprir 24 meses de prisão. Após ser libertado, seu primeiro lançamento musical, intitulado “GOOBA”, quebrou o recorde do YouTube como o vídeo de rap mais assistido em 24 horas. Ele também teria forjado um sequestro de si mesmo e deixou “uma cidade inteira querendo matá-lo”, como diz o trailer da série. Diante desse perfil, Gill disse que chegou a hesitar em entrar no projeto e precisou fazer uma longa reflexão para mudar de perspectiva. “Percebi que é uma história extremamente importante que ilumina onde estamos como cultura”, ele ponderou. “Estamos vivendo na era das celebridades manufaturadas, onde as pessoas podem criar personas online inautênticas e chegar à fama sem nenhum talento ou moral. A história de Tekashi é exatamente isso, ele é alguém que percebeu o poder de ter sua própria plataforma.” De acordo com o diretor, cada publicação do rapper é calculada para gerar repercussão na mídia. “Tekashi era alguém que nunca fazia nada online por acidente. Cada clique, palavra e ação online foram concebidos com cuidado para provocar uma reação.” “De uma perspectiva geral, ele adora instigar e agravar, o que é algo que provoca uma reação natural” e gera engajamento, comentários, público. Por esta ótica, mesmo os que o odeiam ajudam a torná-lo popular. A série de três capítulos, que se baseia num artigo da revista Rolling Stone sobre como aconteceu a ascensão e a queda do rapper, também ajuda Tekashi 6ix9ine em seu objetivo de causar e virar a causa de outras pessoas. Veja o trailer abaixo.
Drake e Kanye viram Muppets em clipe nada infantil de Nicki Minaj
Nicki Minaj optou por tema infantil para lançar o clipe de “Barbie Dreams”, um de seus raps mais explícitos. Introduzido por um Kermit genérico, o show dos Muppets da cantora tem desfile fashion de figurinos coloridos e uma coleção de fantoches de rappers famosos, como Drake, Kanye West, DJ Khaled, Tekashi 6ix9ine e muitos outros. Eles aparecem em cena para ela enumerar como são capazes de tudo para lamber a pussy dela – nesse contexto infantil, pussy deve ser gatinha, né? A música é uma lista de rappers que Nicky Minaj diz que já traçou, fazendo comentários pejorativos para cada performance, muitos deles hilários, como no caso de Drake. “Drake vale cem mili, sempre me dando porcarias. Mas eu não sei se a pussy está molhada ou se ele está chorando…”, numa alusão à face sitting. Ela também cita quem ainda pretende pegar e incentiva até algumas rappers a colocar uma prótese e vir encontrá-la. Como se vê, uma letra bem adequada para um clipe que parodia os Muppets. A direção é do veterano Hype Williams, que assinou clássicos de The Notorious B.I.G. nos anos 1990. A referência é importante porque a base de “Barbie Dreams” é uma música de Biggie. Mas este não é o primeiro clipe de Nicki Minaj dirigido por Williams, que inclusive comandou o anterior da cantora, “Bed”, com Ariana Grande.

