Filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” vai virar quadrinhos
Sucesso do cinema dirigido por Daniel Ribeiro ganha adaptação com roteiro original e arte de Bruno Freire, prevista para maio de 2026
Cinema brasileiro bate recorde de reconhecimento com cinco prêmios no Festival de Berlim 2018
O cinema brasileiro saiu consagrado do Festival de Berlim 2018 com a conquista de cinco prêmios paralelos, entre eles os de favoritos da crítica e do público. Ao todo, três documentários, um longa de ficção e uma coprodução latina foram premiados na programação do evento alemão, um recorde de reconhecimento para a produção cinematográfica nacional. Três prêmios já tinham sido antecipados na sexta (23/2) e mais dois foram anunciados na tarde deste sábado. Veja abaixo o que cada filme venceu. “O Processo”, documentário de Maria Augusta Ramos sobre o impeachment de Dilma Rousseff, venceu o Prêmio do Público como o Melhor Documentário da mostra Panorama, a segunda mais importante do evento. “Zentralflughafen THF”, documentário de Karim Aïnouz sobre o centro de apoio a refugiados instalado no antigo aeroporto de Tempelhof na capital alemã, recebeu o prêmio Anistia internacional. “Tinta Bruta”, dos gaúchos Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, venceu o prêmio Teddy, concedido por um júri independente aos melhores filmes com temática LGBTQ da seleção oficial do festival. O filme acompanha um jovem que usa o codinome GarotoNeon para trabalhar como camboy, fazendo performances eróticas com o corpo coberto de tinta para milhares de anônimos ao redor do mundo, pela internet. O mesmo júri selecionou “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, sobre a cantora e ativista transexual Linn da Quebrada, com o Teddy de Melhor Documentário. Para completar, a Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) elegeu “Las Herederas”, do paraguaio Marcelo Martinessi, com o vencedor do Prêmio da Crítica. Coproduzido pela diretora carioca Julia Murat (“Pendular”), “Las Herederas” também conta com apoio de produtoras do Uruguai, da França e da Alemanha. A coprodução internacional, segundo o cineasta Marcelo Martinessi, é a única forma de se fazer cinema de qualidade no Paraguai. Leia a entrevista do diretor aqui.
Filmes brasileiros vencem os principais prêmios paralelos do Festival de Berlim 2018
Dois longas nacionais e uma coprodução brasileira foram consagradas no Festival de Berlim 2018 com os principais prêmios paralelos do evento. “Tinta Bruta”, dos gaúchos Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, venceu o prêmio Teddy, concedido por um júri independente aos melhores filmes com temática LGBTQ da seleção oficial do Festival de Berlim. O filme acompanha um jovem que usa o codinome GarotoNeon para trabalhar como camboy, fazendo performances eróticas com o corpo coberto de tinta para milhares de anônimos ao redor do mundo, pela internet. O mesmo júri selecionou “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, sobre a cantora e ativista transexual Linn da Quebrada, com o Teddy de Melhor Documentário. Para completar, a Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) elegeu “Las Herederas”, de Marcelo Martinessi, com o vencedor do Prêmio da Crítica. E por coincidência o filme também tem temática LGBTQ. Em sua apresentação do prêmio, a comissão de críticos afirmou que escolheu o filme de estreia de Martinessi pela “descrição de um assunto secreto e proibido: a homossexualidade feminina na sociedade paraguaia”. A trama gira em torno de um mulher sexagenária (Ana Brun, aplaudidíssima em Berlim) separada de sua parceira de toda a vida, enquanto precisa se desfazer dos móveis e obras de arte da família para pagar as contas da casa em que viveram juntas, atualmente em estado de ruína. As dívidas se acumulam, após uma delas ser presa por fraude bancária, deixando a outra sozinha no casarão. Até que, aos poucos, a senhora solitária cede aos convites da vizinha mais jovem, que gosta de sair para jogar pôquer com as amigas, e transforma o antigo Mercedez Bens herdado do pai em transporte particular. Primeiro longa paraguaio selecionado para a Berlinale, a obra é sutil, mas lida com temas poderosos, como amor e companheirismo entre mulheres, decadência da classe média, crise econômica, Terceira Idade, etc, tudo num microcosmo doméstico. E ganhou críticas elogiosas da imprensa internacional durante a exibição no festival alemão. Coproduzido pela diretora carioca Julia Murat (“Pendular”), “Las Herederas” também conta com apoio de produtoras do Uruguai, da França e da Alemanha. A coprodução internacional, segundo o cineasta Marcelo Martinessi, é a única forma de se fazer cinema de qualidade no Paraguai. Leia a entrevista de Martinessi aqui.
Berlim: Premiação da Mostra Panorama consagra o cinema israelense
A organização do Festival de Berlim anunciou os premiados da Panorama, seção que abrigou os três títulos brasileiros durante o evento cinematográfico alemão. O público, que o ano passado escolheu “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, em 2016 optou pelo israelense “Junction 48”, de Udi Aloni, sobre o cotidiano de rapper palestino em Tel Aviv. Já nos documentários, o premiado foi “Who’s Gonna Love Me Now?”, dos irmãos Tomer e Barak Heymann, sobre a vida de um israelense renegado pela família após contrair HIV, que encontrou motivos para viver ao ingressar no Coral Gay de Londres. De acordo com a organização, cerca de 30 mil cédulas de votos foram entregues pelos espectadores na saída das sessões e, desde o início, estes dois títulos de diretores israelenses estabeleceram-se como os prediletos. Nos segundos e terceiros lugares as escolhas na área da ficção recaíram sobre projetos da Alemanha (“Fukushima mon Amour”, da veterana Doris Dörrie) e da África do Sul (“Shepherds and Butchers”, de Oliver Schmitz, obra protagonizada por Steve Coogan). Nos projetos documentais as distinções foram para o holandês “Strike a Pose” (de Reijer Zwaan) e para o sul-coreano “Weekends” (de Lee Dong-ha). De resto, apesar da boa impressão, das sessões lotadas e de conversas após as sessões com boa participação do público, “Mãe Só Há Uma”, “Antes o Tempo não Acabava” e “Curumim” ficaram fora da premiação oficial. Mas “Mãe Há só Uma” apareceu na votação paralela do Teddy Awards, o mais antigo prêmio de cinema LGBT do mundo, que completou 30 anos. O drama de Anna Muylaert, sobre o um jovem transexual, que tenta se readaptar à família, após descobrir ter sido roubado na infância e criado pela sequestradora, venceu o prêmio do público da revista Männer, que patrocina o Teddy. Já o Teddy Award propriamente dito foi para o austríaco “Tomcat”, de Handl Klaus, sobre um casal gay, cuja vida romântica é estraçalhada pela violência. Por fim, na categoria de documentário, o vencedor do Teddy foi “Kiki”, da sueca Sara Jordenö, que explora a cultura “vogue” de New York. Vencedores da seção Panorama do Festival de Berlim 2016 Melhor Filme “Junction 48”, de Udi Aloni (Israel) Segundo Lugar “Fukushima mon Amour”, de Doris Dörrie (Alemanha) Terceiro Lugar “Shepherds and Butchers”, de Oliver Schmitz (África do Sul) Melhor Documentário “Who’s Gonna Love Me Now?”, de Tomer e Barak Heymann (Israel/Reino Unido) Segundo Lugar “Strike a Pose”, de Reijer Zwaan (Holanda) Terceiro Lugar “Weekends”, de Lee Dong-ha (Coreia do Sul) Vencedores dos Teddy Awards 2016 Melhor Filme “Tomcat”, de Handl Klaus (Áustria) Melhor Documentário “Kiki”, de Sara Jordenö (EUA/Suécia) Prêmio do Júri “You’ll Never Be Alone”, de Alex Anwandter (Chile) Prêmio do Público “Paris 5:59 (Theo & Hugo dans le meme Bateau)”, de Oliver Ducastel e Jacques Martineau (França) Prêmio dos leitores da revista Männer “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert (Brasil)



