Berlim: Premiação da Mostra Panorama consagra o cinema israelense

A organização do Festival de Berlim anunciou os premiados da Panorama, seção que abrigou os três títulos brasileiros durante o evento cinematográfico alemão. O público, que o ano passado escolheu “Que Horas […]

Junction 48

A organização do Festival de Berlim anunciou os premiados da Panorama, seção que abrigou os três títulos brasileiros durante o evento cinematográfico alemão. O público, que o ano passado escolheu “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, em 2016 optou pelo israelense “Junction 48”, de Udi Aloni, sobre o cotidiano de rapper palestino em Tel Aviv. Já nos documentários, o premiado foi “Who’s Gonna Love Me Now?”, dos irmãos Tomer e Barak Heymann, sobre a vida de um israelense renegado pela família após contrair HIV, que encontrou motivos para viver ao ingressar no Coral Gay de Londres.

De acordo com a organização, cerca de 30 mil cédulas de votos foram entregues pelos espectadores na saída das sessões e, desde o início, estes dois títulos de diretores israelenses estabeleceram-se como os prediletos.

Nos segundos e terceiros lugares as escolhas na área da ficção recaíram sobre projetos da Alemanha (“Fukushima mon Amour”, da veterana Doris Dörrie) e da África do Sul (“Shepherds and Butchers”, de Oliver Schmitz, obra protagonizada por Steve Coogan). Nos projetos documentais as distinções foram para o holandês “Strike a Pose” (de Reijer Zwaan) e para o sul-coreano “Weekends” (de Lee Dong-ha).

De resto, apesar da boa impressão, das sessões lotadas e de conversas após as sessões com boa participação do público, “Mãe Só Há Uma”, “Antes o Tempo não Acabava” e “Curumim” ficaram fora da premiação oficial. Mas “Mãe Há só Uma” apareceu na votação paralela do Teddy Awards, o mais antigo prêmio de cinema LGBT do mundo, que completou 30 anos. O drama de Anna Muylaert, sobre o um jovem transexual, que tenta se readaptar à família, após descobrir ter sido roubado na infância e criado pela sequestradora, venceu o prêmio do público da revista Männer, que patrocina o Teddy.

Já o Teddy Award propriamente dito foi para o austríaco “Tomcat”, de Handl Klaus, sobre um casal gay, cuja vida romântica é estraçalhada pela violência. Por fim, na categoria de documentário, o vencedor do Teddy foi “Kiki”, da sueca Sara Jordenö, que explora a cultura “vogue” de New York.

Vencedores da seção Panorama do Festival de Berlim 2016

Melhor Filme
“Junction 48”, de Udi Aloni (Israel)

Segundo Lugar
“Fukushima mon Amour”, de Doris Dörrie (Alemanha)

Terceiro Lugar
“Shepherds and Butchers”, de Oliver Schmitz (África do Sul)

Melhor Documentário
“Who’s Gonna Love Me Now?”, de Tomer e Barak Heymann (Israel/Reino Unido)

Segundo Lugar
“Strike a Pose”, de Reijer Zwaan (Holanda)

Terceiro Lugar
“Weekends”, de Lee Dong-ha (Coreia do Sul)

Vencedores dos Teddy Awards 2016

Melhor Filme
“Tomcat”, de Handl Klaus (Áustria)

Melhor Documentário
“Kiki”, de Sara Jordenö (EUA/Suécia)

Prêmio do Júri
“You’ll Never Be Alone”, de Alex Anwandter (Chile)

Prêmio do Público
“Paris 5:59 (Theo & Hugo dans le meme Bateau)”, de Oliver Ducastel e Jacques Martineau (França)

Prêmio dos leitores da revista Männer
“Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert (Brasil)