Grammy 2025 acontece neste domingo com expectativas para Beyoncé, Taylor Swift, Anitta e Milton Nascimento
Premiação será realizada em Los Angeles e terá apresentações de Billie Eilish, Shakira, Sabrina Carpenter e Charli XCX
Quincy Jones, lendário produtor de “Thriller”, morre aos 91 anos
Artista impactou do jazz ao pop e teve uma carreira de sucesso em Hollywood
Revista americana coloca “Clube da Esquina” no Top 10 dos melhores discos da História
A Paste elegeu os 100 melhores álbuns já lançados e também destacou "Acabou Chorare", dos Novos Baianos
David Sanborn, ícone do jazz, morre aos 78 anos
Saxofonista renomado, que gravou com Stevie Wonder e David Bowie, faleceu após longa luta contra o câncer
Taylor Swift faz história no Grammy das mulheres
Taylor Swift alcançou um marco histórico no Grammy 2024, tornando-se a artista com o maior número de vitórias na categoria Álbum do Ano. Com o triunfo de “Midnights”, ela passou a acumular quatro troféus na categoria principal, superando ícones como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder, que detinham três vitórias cada. “Midnights” também rendeu a Swift o prêmio de Melhor Álbum Vocal Pop, durante o qual ela aproveitou para anunciar seu próximo projeto. Em seu discurso de aceitação, Swift revelou o título e a data de lançamento de seu 11º álbum de estúdio, “The Tortured Poets Department”, que chega em 19 de abril. A artista expressou sua gratidão, destacando o papel crucial dos fãs e parceiros musicais na conquista dos prêmios – que já somam 14 estatuetas do Grammy, ao todo. A conquista de Taylor Swift coroou um Grammy 2024 marcado pela predominância feminina, com diversas artistas levando troféus importantes para casa. Além da grande vencedora, os principais destaques foram Miley Cyrus, Billie Eilish, SZA, boygenius e Victoria Monét. A premiação feminina Miley conquistou o reconhecimento da Academia da Gravação com “Flowers” nas categorias de Melhor Performance Solo Pop e Gravação do Ano, considerada o segundo troféu principal da noite. Antes disso, apesar de ter recebido diversas indicações ao longo de sua carreira, ela nunca havia vencido um troféu do Grammy. Billie Eilish venceu outra categoria importante, Canção do Ano, além de Melhor Música em Obra Audiovisual, ambos conquistados por “What Was I Made For?”, da trilha sonora do filme “Barbie” – que ainda concorre ao Oscar 2024. SZA, que liderou as indicações do Grammy 2024 com nove nomeações, conquistou três prêmios: Melhor Canção de R&B com “Snooze”, Melhor Performance de Duo/Grupo Pop com “Ghost In The Machine” em colaboração com Phoebe Bridgers, e Melhor Álbum de R&B Progressivo com “SOS”. O trio feminino boygenius também recebeu seus primeiros prêmios Grammy, e três de uma vez: Melhor Performance de Rock e Melhor Música de Rock com “Not Strong Enough”, além de Melhor Álbum de Música Alternativa com seu disco “The Record” . Victoria Monét foi eleita Revelação do Ano e ainda venceu Melhor Álbum de R&B e Melhor Engenharia de Som pelo disco “Jaguar II”. Mulheres ainda se destacaram em categorias normalmente reservadas a homens. Karol G foi premiada com o Melhor Álbum de Música Urbana com “Mañana Será Bonito”, Kylie Minogue levou Melhor Gravação Pop de Dance, “Padam Padam”, Coco Jones faturou Melhor Performance de R&B por “ICU”, Meshell Ndegeocello ganhou Melhor Álbum de Jazz Alternativo por “The Omnichord Real Book”, Samara Joy venceu Melhor Performance de Jazz com “Tight”, Lainey Wilson com Melhor Álbum Country por “Bell Bottom Country”, Gabi Moreno com o Melhor Álbum de Pop Latino por “X Mí (Vol. 1)”, Laufey com o Melhor Álbum Pop Vocal Tradicional por “Bewitched”, etc Para completar, o disco do filme “Barbie”, com faixas gravadas por mulheres, foi a Melhor Trilha Sonora, e a banda Paramore, liderada pela vocalista Hayley Williams, foi reconhecida com os troféus de Melhor Álbum de Rock e Melhor Performance de Música Alternativa pelo disco “This is Why”. Entre os artistas masculinas, o maior destaque ficou com os Beatles, que levaram para casa seu primeiro Grammy em quase 30 anos: Melhor Clipe por “I’m Only Sleeping”. O grupo tinha vencido pela última vez na 39ª cerimônia de premiação em 1997, com outro lançamento feito após a morte de John Lennon. Confira abaixo a lista completa dos vencedores do Grammy 2024. ÁLBUM DO ANO “Midnights”, Taylor Swift GRAVAÇÃO DO ANO “Flowers”, Miley Cyrus CANÇÃO DO ANO “What Was I Made For?”, Billie Eilish REVELAÇÃO DO ANO Victoria Monét COMPOSITOR DO ANO Theron Thomas PRODUTOR DO ANO Jack Antonoff MELHOR PERFORMANCE POP SOLO “Flowers”, Miley Cyrus MELHOR PERFORMANCE POP EM DUPLA OU GRUPO “Ghost in the Machine”, SZA e Phoebe Bridgers MELHOR ÁLBUM POP VOCAL “Midnights”, Taylor Swift MELHOR ÁLBUM POP VOCAL TRADICIONAL “Bewitched”, Laufey MELHOR GRAVAÇÃO DE POP DANCE “Padam Padam”, Kylie Minogue MELHOR GRAVAÇÃO DANCE/ELETRÔNICA “Rumble”, Skrillex, Fred again.. e Flowdan MELHOR ÁLBUM DANCE/ELETRÔNICA “Actual Life 3 (January 1 – September 9 2022)”, Fred again.. MELHOR PERFORMANCE DE ROCK “Not Strong Enough”, boygenius MELHOR ÁLBUM DE ROCK “This is Why”, Paramore MELHOR MÚSICA DE ROCK “Not Strong Enough”, boygenius MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA ALTERNATIVA “This Is Why”, Paramore MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA ALTERNATIVA “The Record”, boygenius MELHOR PERFORMANCE DE METAL “72 Seasons,” Metallica MELHOR PERFORMANCE DE R&B “ICU”, Coco Jones MELHOR PERFORMANCE DE R&B TRADICIONAL “Good Morning”, PJ Morton feat Susan Carol MELHOR MÚSICA DE R&B “Snooze”, SZA MELHOR ÁLBUM DE R&B PROGRESSIVO “SOS”, SZA MELHOR ÁLBUM DE R&B “Jaguar II”, Victoria Monét MELHOR PERFORMANCE DE RAP “Scientists & Engineers”, Killer Mike featuring André 3000, Future and Eryn Allen Kane MELHOR PERFORMANCE DE RAP MELÓDICO “All My Life”, Lil Durk e J. Cole MELHOR MÚSICA DE RAP “Scientists & Engineers,” Killer Mike feat André 3000, Future e Eryn Allen Kane MELHOR ÁLBUM DE RAP “Michael”, Killer Mike MELHOR ÁLBUM DE REGGAE “Colors of Royal”, Julian Marley and Antaeus MELHOR ÁLBUM DE POP LATINO “X Mí (Vol. 1)”, Gaby Moreno MELHOR ÁLBUM LATINO DE ROCK OU ALTERNATIVO “Vida Cotidiana”, Juanes “De Todas Las Flores”, Natalia Lafourcade MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA URBANA “Mañana Será Bonito”, Karol G MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA MEXICANA (INCLUINDO TEJANO) “Génesis”, Peso Pluma MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA TROPICAL LATINA “Siembra: 45º Aniversario (En Vivo en el Coliseo de Puerto Rico, 14 de Maio 2022)”, Rubén Blades Con Roberto Delgado & Orquesta MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA GLOBAL “Pashto”, Béla Fleck, Edgar Meyer & Zakir Hussain Featuring Rakesh Chaurasia MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA GLOBAL “This Moment”, Shakti MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA AFRICANA “Water”, Tyla MELHOR PERFORMANCE COUNTRY SOLO “White Horse”, Chris Stapleton MELHOR PERFORMANCE COUNTRY EM DUPLA OU GRUPO “I Remember Everything”, Zach Bryan feat Kacey Musgraves MELHOR MÚSICA DE COUNTRY “White Horse”, Chris Stapleton MELHOR ÁLBUM DE COUNTRY “Bell Bottom Country”, Lainey Wilson MELHOR ÁLBUM FOLK “Joni Mitchell at Newport (Live)”, Joni Mitchell MELHOR MÚSICA REGIONAL ROOTS “New Beginnings”, Buckwheat Zydeco Jr. & The Legendary Ils Sont Partis Band “Live: Orpheum Theater Nola”, Lost Bayou Ramblers & Louisiana Philharmonic Orchestra MELHOR PERFORMANCE DE AMERICANA “Eve Was Black”, Allison Russell MELHOR CANÇÃO DE AMERICAN ROOTS “Cast Iron Skillet”, Jason Isbell and the 400 Unit MELHOR ÁLBUM DE AMERICANA “Weathervanes”, Jason Isbell and the 400 Unit MELHOR ÁLBUM DE BLUEGRASS “City of Gold”, Molly Tuttle & Golden Highway MELHOR ÁLBUM DE BLUES “All My Love For You”, Bobby Rush MELHOR PERFORMANCE DE JAZZ “Tight”, Samara Joy MELHOR ÁLBUM DE JAZZ VOCAL “How Love Begins”, Nicole Zuraitis MELHOR ÁLBUM DE JAZZ INSTRUMENTAL “The Winds Of Change”, Billy Childs MELHOR ÁLBUM DE GRANDE ENSEMBLE DE JAZZ “Basie Swings The Blues”, The Count Basie Orchestra Directed By Scotty Barnhart MELHOR ÁLBUM DE JAZZ ALTERNATIVO “The Omnichord Real Book”, Meshell Ndegeocello MELHOR ÁLBUM DE JAZZ LATINO “El Arte Del Bolero Vol. 2”, Miguel Zenón e Luis Perdomo MELHOR PERFORMANCE DE JAZZ LATINO “El Arte Del Bolero Vol. 2”, Miguel Zenón & Luis Perdomo MELHOR ÁLBUM DE PALAVRA FALADA EM POESIA “The Light Inside”, J. Ivy MELHOR ÁLBUM INSTRUMENTAL CONTEMPORÂNEO “As We Speak”, Béla Fleck, Zakir Hussain, Edgar Meyer, Featuring Rakesh Chaurasia MELHOR ÁLBUM DE TEATRO MUSICAL “Some Like It Hot” MELHOR PERFORMANCE/CANÇÃO DE GOSPEL “All Things”, Kirk Franklin MELHOR PERFORMANCE/CANÇÃO DE MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA “Your Power”, Lecrae & Tasha Cobbs Leonard MELHOR ÁLBUM DE GOSPEL “All Things New: Live In Orlando”, Tye Tribbett MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA “Church Clothes 4”, Lecrae MELHOR ÁLBUM DE GOSPEL ROOTS “Echoes Of The South”, Blind Boys Of Alabama MELHOR CLIPE “I’m Only Sleeping”, The Beatles MELHOR FILME MUSICAL “Moonage Daydream”, David Bowie MELHOR CANÇÃO PARA OBRA AUDIOVISUAL “What Was I Made For?”, Billie Eilish, da trilha de “Barbie” MELHOR TRILHA SONORA COMPILADA PARA MÍDIA VISUAL “Barbie: The Album” (Vários Artistas) MELHOR TRILHA SONORA PARA MÍDIA VISUAL (INCLUI FILME E TELEVISÃO) “Oppenheimer”, Ludwig Göransson MELHOR TRILHA SONORA PARA VIDEOGAMES E OUTRAS MÍDIAS INTERATIVAS “Star Wars Jedi: Survivor”, Stephen Barton & Gordy Haab, compositores MELHOR ÁLBUM DE COMÉDIA “What’s in a Name?”, Dave Chappelle MELHOR ÁLBUM DE ÁUDIOBOOK, NARRAÇÃO E GRAVAÇÃO DE STORYTELLING “The Light We Carry: Overcoming In Uncertain Times”, Michelle Obama MELHOR ÁLBUM HISTÓRICO “Written In Their Soul: The Stax Songwriter Demos”, Vários Artistas MELHOR EMBALAGEM DE GRAVAÇÃO “Stumpwork”, Dry Cleaning MELHOR EMBALAGEM DE EDIÇÃO LIMITADA OU ESPECIAL “For The Birds: The Birdsong Project”, Vários Artistas MELHOR BOX OU LANÇAMENTO EM EMBALAGEM ESPECIAL “Written In Their Soul: The Stax Songwriter Demos”, Vários Artistas MELHORES NOTAS EM ÁLBUM “Written In Their Soul: The Stax Songwriter Demos”, Vários Artistas MELHOR ENGENHARIA DE SOM, ÁLBUM NÃO CLÁSSICO “JAGUAR II”, Victoria Monét MELHOR ENGENHARIA DE SOM, ÁLBUM CLÁSSICO “Contemporary American Composers”, Riccardo Muti & Chicago Symphony Orchestra PRODUTOR DO ANO, CLÁSSICO Elaine Martone MELHOR GRAVAÇÃO REMIXADA “Wagging Tongue (Wet Leg Remix)”, Depeche Mode MELHOR ÁLBUM DE ÁUDIO IMERSIVO “The Diary Of Alicia Keys”, Alicia Keys MELHOR COMPOSIÇÃO INSTRUMENTAL “Helena’s Theme”, John Williams MELHOR ARRANJO INSTRUMENTAL OU A CAPELLA “Folsom Prison Blues”, The String Revolution Featuring Tommy Emmanuel MELHOR ARRANJO, INSTRUMENTOS E VOCAIS In The Wee Small Hours Of The Morning”, säje Featuring Jacob Collier MELHOR PERFORMANCE ORQUESTRAL “Adès: Dante”, Los Angeles Philharmonic MELHOR GRAVAÇÃO DE ÓPERA “Blanchard: Champion”, The Metropolitan Opera Orchestra; The Metropolitan Opera Chorus MELHOR PERFORMANCE CORAL “Saariaho: Reconnaissance”, Uusinta Ensemble; Helsinki Chamber Choir MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA DE CÂMARA/PEQUENO ENSEMBLE “Rough Magic”, Roomful Of Teeth MELHOR SOLO INSTRUMENTAL CLÁSSICO “The American Project”, Yuja Wang; Teddy Abrams, regente (Louisville Orchestra) MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA CLÁSSICA COM SOLO VOCAL Walking In The Dark, Julia Bullock, solista; Christian Reif, regente (Philharmonia Orchestra) MELHOR COMPILAÇÃO DE MÚSICA CLÁSSICA “Passion For Bach and Coltrane” MELHOR COMPOSIÇÃO CLÁSSICA CONTEMPORÂNEA “Montgomery: Rounds” MELHOR ÁLBUM NEW AGE, AMBIENTAL OU DE CANTO “So She Howls”, Carla Patullo com Tonality e The Scorchio Quartet MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA INFANTIL “We Grow Together Preschool Songs”, 123 Andrés
O que esperar do Grammy 2024 neste domingo
A premiação do Grammy 2024 vai acontecer na noite deste domingo (4/2) com transmissão ao vivo desde o tapete vermelho a partir das 21h30 no canal pago TNT e na plataforma HBO Max. A cerimônia deste ano se destaca não apenas pela celebração dos feitos musicais de 2023, mas também pelo potencial de marcar a História, especialmente para as artistas femininas, com SZA à frente. Com nove indicações, SZA se posiciona como a artista de maior destaque, refletindo o sucesso extraordinário de seu álbum “SOS”. As nomeações de SZA abrangem categorias de prestígio como Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano para “Kill Bill”, além de categorias como pop, rap melódico, R&B progressivo e tradicional, ilustrando sua versatilidade e impacto no cenário musical atual. Caso SZA vença a categoria de Álbum do Ano, será a primeira vez que uma artista negra receberá esse troféu no século 21. A última vez que uma cantora negra levou o Grammy de Álbum do Ano foi com Lauryn Hill, em 1999. A controvérsia em torno do Grammy e a representatividade racial é tão grande que a vitória de Harry Styles sobre Beyoncé no ano passado gerou discussões acaloradas nas redes sociais sobre as escolhas da Academia de Gravação e o reconhecimento de artistas negros. Taylor Swift também pode fazer história se vencer a categoria Álbum do Ano. Com um triunfo do disco “Midnights”, ela passaria a acumular quatro troféus na categoria principal, superando ícones como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder, que possuem três vitórias cada. Grammy das mulheres Outros artistas que se destacam entre as nomeações incluem a cantora-compositora indie rock Phoebe Bridgers, o engenheiro de som Serban Ghenea e a cantora R&B Victoria Monét, que disputam sete categorias cada. Eles são seguidos por uma multidão: o produtor e músico Jack Antonoff (da banda Bleachers, que concorre principalmente por seu trabalho com Taylor Swift), o músico e cantor de jazz Jon Batiste, o grupo de indie rock boygenius, a cantora country Brandy Clark e as cantoras pop Miley Cyrus, Billie Eilish, Olivia Rodrigo e Taylor Swift, todos com seis indicações. A lista deixa claro como a presença feminina é notavelmente forte. Este ano, mulheres ou indivíduos de gênero fluido compõem sete dos oito indicados nas categorias de Álbum e Gravação do Ano, dominada por estrelas como Taylor Swift, SZA e Olivia Rodrigo. Esta mudança representa um avanço na forma como as artistas femininas são vistas pela Academia, com maior destaque para seu talento do que em sua aparência. Para dar a dimensão do domínio feminino, Jon Batiste foi o único homem que conseguiu indicações dupla nas categorias principais, de Álbum e Gravação do Ano. A mudança é significativa em relação aos anos anteriores. De 2012 a 2022, apenas 13,9% dos indicados nas principais categorias eram mulheres. O sucesso das mulheres no pop, tanto nas paradas musicais quanto em performances em estádios e cinemas, contribuiu para essa mudança radical no Grammy. A turnê “The Eras Tour” de Taylor Swift, por exemplo, quebrou recordes de vendas de ingressos, e o filme “Barbie”, como uma trilha de pop feminino, tornou-se um fenômeno, evidenciando o impacto das mulheres na cultura pop. Fora isso, ainda houve uma transição demográfica na própria Academia, com um aumento de membros femininos para 30% desde 2019 – ainda longe do ideal, que seria a igualdade dos gêneros. O predomínio masculino entre os votantes ainda mantém áreas, como rock, dance e hip-hop, como feudos masculinos, em contraste com as premiações principais. Artistas brasileiros também concorrem à premiação, destacando-se na categoria de melhor álbum de jazz latino, disputada por Ivan Lins com a Tblisi Symphony Orchestra, a pianista Eliane Elias e a cantora Luciana Souza & Trio Corrente. Shows ao vivo Para o público, porém, a entrega de prêmios não será a principal atração da cerimônia, que também terá shows ao vivo. Entre os destaques esperados, Stevie Wonder, Fantasia Barrino, Annie Lennox e Jon Batiste farão tributos In Memoriam, homenageando artistas que morreram no último ano. A lista de artistas confirmados inclui também nomes como Burna Boy, Billy Joel, Dua Lipa, Luke Combs, Olivia Rodrigo, Travis Scott e Miley Cyrus, além de Joni Mitchell, lenda da música folk que se apresentará pela primeira vez no Grammy.
Netflix revela trailer de documentário sobre a música “We Are the World”
A Netflix divulgou o trailer de “The Greatest Night in Pop”, documentário dirigido sobre a gravação histórica do single “We Are the World” em 1985, que marcou época como iniciativa beneficente e por reunir alguns dos maiores nomes do pop rock da época. A prévia mostra como a iniciativa de Harry Belafonte, em busca de fundos para combater a fome na África, engajou Lionel Ritchie e Michael Jackson na composição de uma faixa beneficente, que acabou gravada por uma multidão de artistas, incluindo Bob Dylan, Bruce Springsteen, Tina Turner, Ray Charles, Stevie Wonder, Smokey Robinson, Cyndi Lauper, Dionne Warwick, Paul Simon, Steve Perry, Kenny Rogers, Willie Nelson, Al Jarreau, Kim Carnes, Sheila E, Daryll Hall e Huey Lewis, as três Pointer Sisters, além dos próprios Lionel Ritchie, Michael Jackson (e seus irmãos) e Harry Belafonte. Produzido por Quincy Jones e Michael Omartian, “We Are the World” arrecadou mais de US$ 63 milhões para a causa – o que seria equivalente a mais de US$ 160 milhões hoje em dia, com valores ajustados pela inflação. A gravação também ganhou quatro prêmios Grammy e um American Music Award, tornando-se um marco na história da música pop e da filantropia. Dirigido por Bao Nguyen (do documentário “Be Water”, sobre Bruce Lee), o documentário mostra os bastidores da gravação, com diversas cenas inéditas do processo criativo e da reunião dos artistas nos estúdios de Jim Henson. Com entrevistas de diversos artistas e integrantes da equipe original da sessão, o filme promete um olhar íntimo e exclusivo sobre a noite histórica de 25 de janeiro de 1985, quando 45 músicos se reuniram para gravar a faixa, deixando de lado seus egos em prol de uma causa maior. “The Greatest Night in Pop” terá première mundial em 19 de janeiro, no Festival de Sundance, e estará disponível na Netflix em 29 de janeiro. Veja o trailer abaixo e, em seguida, o clipe original de “We Are the World”.
Rolling Stones lançam parceria com Lady Gaga e Stevie Wonder
The Rolling Stones lançaram nesta quinta-feira (28/9) o single “Sweet Sounds of Heaven”, que conta com participação vocal de Lady Gaga e ainda traz Stevie Wonder nos teclados. A faixa é um gospel com súplicas por um mundo melhor e referências ao inferno, que ganha sonoridade blues nas guitarras de Keith Richards e Ronnie Wood. A participação de Lady Gaga se destaca num dueto de chamada e resposta com Mick Jagger. A música também ganhou um lyric video, que pode ser conferido abaixo. “Sweet Sounds of Heaven” faz parte de “Hackney Diamonds”, que retoma a carreira de estúdio da banda, interrompida desde “A Bigger Band”, de 2005. A música é o segundo single extraído do disco e segue o lançamento de “Angry”, no começo do mês. O legado de Charlie Watts O novo álbum também marca uma mudança significativa para a banda, trazendo as primeiras gravações do agora trio, após a morte do baterista Charlie Watts em agosto de 2021. Duas faixas do álbum ainda contam com a presença do baterista, enquanto as demais foram tocadas por Steve Jordan, que foi um membro temporário dos Stones durante a ausência de Watts em turnês anteriores. No anúncio do disco, Mick Jagger afirmou que “Steve era a escolha natural. Ele entende a alma e o ritmo desta banda.” Segundo Keith Richards, o substituto contou com a benção de Charlie Watts. “Teria sido incrivelmente mais difícil seguir em frente sem a bênção dele. Mas ele falou isso há muito tempo, que se algo acontecesse, Steve Jordan era o cara”. Participações especiais O disco ainda tem outras participações especiais, como do ex-Beatle Paul McCartney e do ex-Stones Bill Wyman. A produção ficou a cargo de Don Was e Andrew Watt, conhecidos por trabalhar com artistas como Bob Dylan e Post Malone. “Hackney Diamonds” será lançado em 20 de outubro.
Rolling Stones se juntam à equipe das Kardashians para lançar novo documentário
Os Rolling Stones demonstram mais uma vez sua incansável capacidade de adaptação ao realizar um novo documentário com a equipe responsável pelo reality show das Kardashians, a produtora Fulwell 73. Segundo informações do jornal The Sun, Mick Jagger, Keith Richards e Ronnie Wood gravaram o material durante a produção de seu novo álbum, “Hackney Diamonds”, e o filme mostrará o processo de criação do disco. O documentário também fará homenagens a Charlie Watts, baterista original da banda, que faleceu em 2021 e participou da gravação de duas faixas do novo álbum. A Fulwell 73 possui um histórico impressionante em documentários de alto padrão, tendo trabalhado com artistas como Justin Bieber, Ed Sheeran, One Direction, Michael McIntyre, Jack Whitehall e Elton John. Novo álbum e próximo single “Hackney Diamonds” é o primeiro álbum com músicas inéditas da banda em 18 anos e está programado para ser lançado em outubro. O primeiro single/clipe, “Angry”, foi divulgada em 6 de setembro e o próximo, “Sweet Sounds of Heaven”, é uma música com mais de 7 minutos de duração e com participações de Lady Gaga e Stevie Wonder. O disco ainda conta com outras participações especiais, como do ex-Beatle Paul McCartney e do ex-Stones Bill Wyman, que volta a tocar com Jagger, Richards e Wood mais de 30 anos após sua saída da banda. A produção ficou a cargo de Don Was e Andrew Watt, conhecidos por trabalhar com artistas como Bob Dylan e Post Malone. “Hackney Diamonds” será lançado em 20 de outubro, marcando a volta à ativa de uma das bandas mais influentes da história do rock.
Stevie Wonder e Ariana Grande se juntam aos bichos cantores de Sing em clipe animado
A animação “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta” ganhou um clipe, que junta ninguém menos que o grande Stevie Wonder e a Ariana Grande. A música se chama “Faith”, e o clipe mostra Stevie Wonder cantando e tocando seu piano num palco, enquanto Ariana dança com os personagens da produção, dirigindo-se para o teatro onde o show vai se tornar ainda mais animado. “Sing”, que estreou nesta quinta (22/12) nos cinemas, acompanha uma disputa entre bichos cantores numa competição musical. Entre os calouros estão a elefanta tímida Meena (dublada por Sandy no Brasil, Tori Kelly nos EUA), a porco-espinho Ash (Wanessa Camargo no Brasil, Scarlett Johansson nos EUA), o gorila Johnny (Fiuk no Brasil, Taron Egerton nos EUA), o porco Gunter (Marcelo Serrado no Brasil, Nick Kroll nos EUA) e a porca Rosita (Mariana Ximenes no Brasil, Reese Witherspoon nos EUA). Todos estes personagens acompanham Stevie Wonder e Ariana Grande no clipe de “Faith”. Confira abaixo.
Gene Wilder (1933- 2016)
Morreu o ator americano Gene Wilder, um dos comediantes mais populares e influentes da década de 1970, que interpretou Willy Wonka no clássico “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), o personagem-título de “O Jovem Frankenstein” (1974) e inúmeros outros personagens marcantes, numa carreira repleta de sucessos. Ele faleceu na segunda (29/8) devido a complicações decorrentes do Alzheimer, aos 83 anos em Stamford, no Estado de Connecticut. Seu nome verdadeiro era Jerome Silberman. Ele nasceu em 1933, em Wisconsin, e a inspiração para seguir a vida artística veio aos 8 anos de idade, quando o médico de sua mãe, diagnosticada com febre reumática, o chamou num canto e lhe deu a receita para a saúde de sua mãe: “Faça-a rir”. Jerome só foi virar Gene aos 26 anos, pegando emprestado o nome do personagem Eugene Gant, dos romances de Thomas Wolfe, para fazer teatro. Ele participou de várias montagens na Broadway, antes de estrear no cinema como um refém no clássico filme de gângsteres “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas” (1967). Mas foi outro filme do mesmo ano, “Primavera para Hitler” (1967), que determinou o rumo da sua carreira. Vivendo um jovem contador, que se associava a um produtor picareta de teatro para montar a pior peça de todos os tempos, Wilder construiu seu tipo cinematográfico definitivo – tímido, compenetrado, mas atrapalhado o suficiente para causar efeito oposto à sua seriedade, fazendo o público rolar de risada. Até a sisuda Academia de Artes e Ciências Cinematográficas sorriu para ele, com uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. “Primavera para Hitler” venceu o Oscar de Melhor Roteiro de 1968 e inaugurou a bem-sucedida parceria do ator com o diretor e roteirista Mel Brooks. Os dois ainda fizeram juntos “Banzé no Oeste” (1974) e “O Jovem Frankenstein” (1974), que figuram entre os filmes mais engraçados da década de 1970. O primeiro era uma sátira de western e o segundo homenageava os filmes de horror da Universal dos anos 1930, inclusive na fotografia em preto e branco. Com “O Jovem Frankenstein”, Wilder também demonstrou um novo talento. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro pelo filme, que coescreveu com Brooks. Muitas das piadas que marcaram época surgiram de improvisações que ele inclui no filme, em especial seus confrontos com o impagável Mary Feldman, conhecido pelos olhos tortos, no papel de Igor. Seu sucesso com o público infantil, por sua vez, jamais superou sua aparição em “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), como o alegre mas misterioso Willy Wonka, num show de nuances que manteve o público hipnotizado, como um mestre de picadeiro. Mesmo assim, a idolatria das crianças de outrora também vem de seu papel como a Raposa, que roubou a cena de “O Pequeno Príncipe” (1974). Mas Wilder também fez filmes “cabeças”, trabalhando com Woody Allen em “Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo e Tinha Medo de Perguntar” (1972), e com o diretor de teatro Tom O’Horgan (responsável pelas montagens de “Hair” e “Jesus Cristo Superstars”) na adaptação de “Rhinoceros” (1974), de Eugene Ionesco, um clássico do teatro do absurdo. Tantas experiências positivas o inspiraram a passar para trás das câmeras. Ele escreveu e dirigiu “O Irmão mais Esperto de Sherlock Holmes” (1975), sátira ao personagem de Arthur Conan Doyle, em que voltou a se reunir com seus colegas de “O Jovem Frankenstein”, Madeline Kahn e Marty Feldman. O sucesso da empreitada o fez repetir a experiência em “O Maior Amante do Mundo” (1977), em que viveu um rival de Rodolfo Valentino, no auge do Cinema Mudo. Entre um e outro, acabou atuando em outro grande sucesso, “O Expresso de Chicago” (1976), filme do também recém-falecido Arthur Hiller. Com referências aos suspenses de Alfred Hitchock, o filme combinou ação e humor de forma extremamente eficaz, a ponto de inspirar um subgênero, caracterizado ainda por uma parceria incomum. O segredo da fórmula era pura química. A química entre Wilder e seu parceiro em cena, Richard Pryor, responsáveis pelo estouro do primeiro “buddy film” birracial de Hollywood – tendência que logo viraria moda com “48 Horas” (1982), “Máquina Mortífera” (1987), “A Hora do Rush” (1998) e dezenas de similares. Logo depois, ele fez uma parceria ainda mais inusitada, cavalgando com Harrison Ford em “O Rabino e o Pistoleiro” (1979), penúltimo filme da carreira do mestre Robert Aldrich. Wilder ainda voltou a se reunir com Pryor mais três vezes. O reencontro, em “Loucos de Dar Nó” (1980), foi sob direção do célebre ator Sidney Poitier, que logo em seguida voltou a dirigi-lo em “Hanky Panky, Uma Dupla em Apuros” (1982), coestrelado por Gilda Radner. O ator acabou se apaixonando pela colega de cena e os dois se casaram em meio às filmagens de seu filme seguinte, o fenômeno “A Dama de Vermelho” (1984). Foi o terceiro casamento do ator, mas o primeiro com uma colega do meio artístico. Escrito, dirigido e estrelado por Wilder, “A Dama de Vermelho” marcou época e transformou a então desconhecida Kelly LeBrock, intérprete da personagem-título, numa dos maiores sex symbols da década – “A Mulher Nota Mil”, como diria o título de seu trabalho seguinte – , graças a uma recriação ousada da cena do vestido de Marilyn Monroe em “O Pecado Mora ao Lado” (1955). O estouro foi também musical. A trilha sonora, composta por Stevie Wonder, dominou as paradas graças ao hit “I Just Call to Say I Love You”, que, por sinal, venceu o Oscar de Melhor Canção. Bem-sucedido e respeitado como um artista completo, Wilder voltou a se multiplicar na frente e atrás das câmeras com “Lua de Mel Assombrada” (1986). O título também era uma referência à seu recente casamento com Radner, a atriz principal da trama. O tom da produção lembrava suas antigas comédias com Mel Brooks, mas as filmagens acabaram marcadas por uma notícia triste: Gilda Radner descobriu que tinha câncer. Durante o tratamento, o casal chegou a comemorar a remissão da doença. Aliviado, Wilder filmou uma de suas comédias mais engraçadas, “Cegos, Surdos e Loucos” (1989), seu terceiro encontro com Pryor, novamente dirigido por Hiller, em que os dois vivem testemunhas de um crime. O problema é que o personagem de Wilder é mudo e o de Pryor é cego. Radner morreu uma semana após a estreia e Wilder nunca recuperou seu bom-humor. Fez seu filme de menor graça, “As Coisas Engraçadas do Amor” (1990), dirigido por Leonard Nimoy (o eterno Sr. Spock), e em seguida encerrou a carreira cinematográfica, compartilhando sua despedida com o amigo Richard Pryor, em “Um Sem Juízo, Outro Sem Razão” (1991), no qual viveu um louco confundido com milionário. Ele se casou novamente em 1991, mas manteve viva a memória da esposa ao ajudar a fundar um centro de diagnóstico de câncer em Los Angeles com o nome de Gilda Radner. Profissionalmente, ainda tentou emplacar uma série na TV, “Something Wilder”, que durou só 15 episódios entre 1994 e 1995, e seguiu fazendo pequenos trabalhos esporádicos na televisão. Por conta de uma de suas últimas aparições na telinha, na 5ª temporada de “Will & Grace”, exibida em 2003, ele venceu o Emmy de Melhor Ator Convidado em Série de Comédia. Dois anos depois, ninguém o convidou a participar do remake de “A Fantástica Fabrica de Chocolate” (2005), dirigido por Tim Burton e com Johnny Depp em seu famoso papel. Ele resumiu sua opinião sobre o filme dizendo: “É um insulto”. Tampouco foi lembrado pelos responsáveis por “Os Produtores” (2005), versão musical de “Primavera para Hitler”. Hollywood o esqueceu completamente. Um dos maiores talentos humorísticos que o cinema já exibiu. “Um dos verdadeiros grandes talentos dos nossos tempos. Ele abençoou cada filme que fizemos com sua mágica e me abençoou com sua amizade”, definiu Mel Brooks em sua conta no Twitter.
Netflix prepara série animada com músicas da Motown
Após “Beat Bugs”, a Netflix vai produzir uma nova série animada musical, desta vez inspirada no extenso catálogo de músicas da gravadora Motown. O projeto é do mesmo produtor de “Beat Bugs”, Josh Wakely, e contará com curadoria de Smokey Robinson, um dos maiores artistas da soul music, que assina também a produção musical executiva. Ele foi responsável por escolher os interpretes e as músicas de cada episódio. Assim como “Beat Bugs” fez com as músicas dos Beatles, os episódios da nova atração, ainda sem título, incluirão novas versões de clássicos da Motown, incluindo canções do próprio Robinson, Marvin Gaye, The Jackson 5, Lionel Richie, The Supremes, The Temptations e Stevie Wonder, entre outros. A trama propriamente dita vai girar em torno das aventuras de um amável e tímido menino de oito anos, chamado Ben, que possui uma habilidade artística extraordinária de trazer a arte de rua para a vida. Ben e sua família vivem na cidade imaginária de Motown, inspirada em Detroit e sua rica herança musical. Embalados pelas clássicas canções, ele e seus amigos Angie e Mickey descobrem a magia da criatividade enquanto trazem o brilho de volta à sua cidade e aprendem lições de vida. Vale lembrar que os Jackson 5 já tiveram uma série animada nos anos 1970, “The Jackson 5ive”, que também contou com participação de Diana Ross. E “Ben” foi o título original de um filme de terror com trilha sonora de Michael Jackson – lançado como “Ben, O Rato Assassino” (1972) no Brasil. A nova produção ainda não previsão de estreia. Já “Beat Bugs” chega ao Netflix em 3 de agosto, trazendo devenas de covers dos Beatles.










