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    Fora do Oscar, Brasil completa 20 anos sem disputar Melhor Filme em Língua Estrangeira

    17 de dezembro de 2018 /

    Conforme esperado, o Brasil ficou fora da lista de candidatos pré-selecionados para disputar o Oscar 2019 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O comitê organizador da premiação anunciou uma pré-seleção com nove filmes que irão disputar as indicações oficiais, e o representante brasileiro não passou do primeiro corte. Fato é que “O Grande Circo Místico” não aparecia nas previsões da imprensa internacional por não ter vencido – nem sequer disputado – prêmio algum. Além disso, tinha sido massacrado pelos críticos americanos ao ser projetado, fora de competição, no Festival de Cannes. Mesmo assim, foi selecionado pela Academia Brasileira de Cinema, num menosprezo à boa repercussão e premiação internacional de outros trabalhos mais cotados. Pesou o nome de seu diretor, Cacá Diegues. Mas só para a Academia Brasileira. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos preferiu, obviamente, selecionar obras com comprovada aprovação no circuito dos festivais – algo de que “O Grande Circo Místico” jamais dispôs. Entre os selecionados, estão o japonês “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda, vencedor do Festival de Cannes, o mexicano “Roma”, de Alfonso Cuarón, vencedor do Festival de Veneza, o polonês “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski, vencedor do European Film Awards (o “Oscar europeu”), o libanês “Cafarnaum”, de Nadine Labaki, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, o sul-coreano “Em Chamas”, de Lee Chang-dong, premiado pela crítica em Cannes, e outros longas com passagens premiadas por festivais internacionais. Além de “Roma”, produção da Netflix de um diretor que já venceu o Oscar (por “Gravidade”), o cinema latino-americano é representado também pelo colombiano “Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra, vencedor do Festival de Havana. Vale observar ainda que a Netflix, embora festeje “Roma”, não conseguiu emplacar o belga “Girl”, de Lukas Dhont, que venceu a Câmera de Ouro no Festival de Cannes. Infelizmente, as opções mais competitivas do Brasil foram preteridas. “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, além de vencedor do Festival do Rio, foi premiado em dezenas de festivais internacionais e conta com 92% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. “Benzinho”, de Gustavo Pizzi, filme mais premiado no Festival de Gramado, também encantou a crítica americana ao passar pelo Festival de Sundance, arrancando 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes – como parâmetro, “A Forma da Água”, vencedor do Oscar 2018, tem 92% de aprovação. Assim, o cinema brasileiro completou 20 anos sem conseguir uma indicação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – desde “Central do Brasil”, em 1999. Agora, os nove filmes pré-selecionados passarão por nova peneira dos membros da Academia para serem reduzidos aos cinco indicados de sua categoria. Todos os indicados ao Oscar 2019 serão anunciados em 22 de janeiro e a cerimônia de premiação está marcada para 24 de fevereiro, com transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais Globo e TNT. Vale lembrar que, mesmo fora da disputa de filme estrangeiro, o Brasil ainda pode emplacar representantes em outras categorias. A maior chance é de “Tito e os Pássaros” como Melhor Animação. Essa foi a categoria que rendeu a última indicação a uma produção brasileira no Oscar, com “O Menino e o Mundo”, em 2016. Em 2018, o diretor brasileiro Carlos Saldanha também teve um filme indicado como Melhor Animação, mas “Touro Ferdinando” era uma produção estrangeira. Foi o mesmo caso do produtor Rodrigo Teixeira, que participou da produção estrangeira “Me Chame pelo Seu Nome”, indicada a quatro Oscars. Confira abaixo as nove produções que seguem na disputa pelo Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – e não “Melhor Filme Estrangeiro”, já que produções faladas em inglês do Reino Unido, Austrália, Canadá e outros países não concorrem nessa categoria. “Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia) “Culpa”, de Gustav Möller (Dinamarca) “Never Look Away”, de Florian Henckel von Donnersmarck (Alemanha) “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda (Japão) “Ayka”, de Sergei Dvortsevoy (Cazaquistão) “Cafarnaum”, de Nadine Labaki (Líbano) “Roma”, de Alfonso Cuarón (México) “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski (Polônia) “Em Chamas”, de Lee Chang-dong (Coreia do Sul)

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    Academia anuncia candidatos que disputarão indicação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira

    8 de outubro de 2018 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos divulgou nesta segunda-feira (8/10) a lista completa dos filmes inscritos para disputar o Oscar 2019 de Melhor Filme de Língua Estrangeira. Ao todo, 87 filmes foram selecionados por seus países para a disputa, o que representa uma diminuição de interesse, diante dos 92 inscritos no ano passado, quando o chileno “Uma Mulher Fantástica” foi premiado. O Brasil é representado por “O Grande Circo Místico”, do diretor Cacá Diegues, um dos poucos títulos da lista que não passou pelo escrutínio de festivais de cinema, critério básico para saber se o filme é competitivo. A seleção foi feita por uma comissão da Academia Brasileira de Cinema. Os favoritos deste ano são produções em preto e branco: o mexicano “Roma” e o polonês “Guerra Fria”. O filme de Alfonso Cuarón (vencedor do Oscar por “Gravidade”) venceu o Festival de Veneza e conta com apoio financeiro da Netflix, enquanto o longa de Pawel Pawlikowski, que já venceu a categoria com “Ida” (2013), conquistou o troféu de Melhor Direção no Festival de Cannes. Outros países com candidatos fortes incluem o Líbano (com “Capernaum”, da diretora Nadine Labaki), a Alemanha (com “Never Look Away”, de Florian Henckel von Donnersmarck), a Bélgica (“Girl”, de Lukas Dhont), a Hungria (com “Sunset”, de Laszlo Nemes), o Japão (“Assunto de Família”, de Hirokazu Kore-eda), o Paraguai (“As Herdeiras”, de Marcelo Martinessi), a Romênia (“I Do Not Care If We Go Down in History As Barbarians”, de Radu Jude), a Ucrânia (“Donbass”, de Sergei Loznitsa) e o Uruguai (“A Noite de 12 Anos”, de Álvaro Brechner). As indicações ao Oscar 2019 serão anunciadas em 22 de janeiro, e a premiação ocorre em 24 de fevereiro. Confira abaixo a lista completa do filmes que disputam a vaga. Afeganistão: “Rona Azim’s Mother”, de Jamshid Mahmoudi África do Sul: “Sew the Winter to My Skin”, de Jahmil X.T. Qubeka Alemanha: “Never Look Away”, de Florian Henckel von Donnersmarck Algéria: “Until the End of Time”, de Yasmine Chouikh Argentina: “El Ángel”, de Luis Ortega Armênia: “Spitak”, de Alexander Kott Austrália: “Jirga”, de Benjamin Gilmour Áustria: “The Waldheim Waltz”, de Ruth Beckermann Bangladesh: “No Bed of Roses”, de Mostofa Sarwar Farooki Belarus: “Crystal Swan”, de Darya Zhuk Bélgica: “Girl”, de Lukas Dhont Bolívia: “The Goalkeeper”, de Rodrigo “Gory” Patiño Bósnia e Herzegovina: “Never Leave Me”, de Aida Begi? Brasil: “O Grance Circo Místico”, de Carlos Diegues Bulgária: “Omnipresent”, de Ilian Djevelekov Camboja: “Graves without a Name”, de Rithy Panh Canadá: “Family Ties”, de Sophie Dupuis Cazaquistão: “Ayka”, de Sergey Dvortsevoy Chile: “…And Suddenly the Dawn”, de Silvio Caiozzi China: “Hidden Man”, de Jiang Wen Cingapura: “Buffalo Boys”, de Mike Wiluan Colômbia: “Birds of Passage”, de Cristina Gallego & Ciro Guerra Coreia do Sul: “Burning”, de Lee Chang-dong Costa Rica: “Medea”, de Alexandra Latishev Croácia: “The Eighth Commissioner”, de Ivan Salaj Dinamarca: “The Guilty”, de Gustav Möller Egito: “Yomeddine”, de A.B. Shawky Equador: “A Son of Man”, de Jamaicanoproblem Eslováquia: “The Interpreter”, de Martin Šulík Eslovênia: “Ivan”, de Janez Burger Espanha: “Champions”, Javier Fesser Estônia: “Take It or Leave It”, de Liina Trishkina-Vanhatalo Filipinas: “Signal Rock”, de Chito S. Roño Finlândia: “Euthanizer”, de Teemu Nikki França: “Memoir of War”, de Emmanuel Finkiel Georgia: “Namme”, de Zaza Khalvashi Grécia: “Polyxeni”, de Dora Masklavanou Holanda: “The Resistance Banker”, de Joram Lürsen Hong Kong: “Operation Red Sea”, de Dante Lam Hungria: “Sunset”, de László Nemes Iêmen: “10 Days before the Wedding”, de Amr Gamal Índia: “Village Rockstars”, de Rima Das Indonésia: “Marlina the Murderer in Four Acts”, de Mouly Surya Irã: “No Date, No Signature”, de Vahid Jalilvand Iraque: “The Journey”, de Mohamed Jabarah Al-Daradji Islândia: “Woman at War”, de Benedikt Erlingsson Israel: “The Cakemaker”, de Ofir Raul Graizer Itália: “Dogman”, de Matteo Garrone Japão: “Assunto de Família”, de Hirokazu Kore-eda Kosovo: “The Marriage”, de Blerta Zeqiri Letônia: “To Be Continued”, de Ivars Seleckis Líbano: “Capernaum”, de Nadine Labaki Lituânia: “Wonderful Losers: A Different World”, de Arunas Matelis Luxemburgo: “Gutland”, de Govinda Van Maele Macedônia: “Secret Ingredient”, de Gjorce Stavreski Malawi: “The Road to Sunrise”, de Shemu Joyah Marrocos: “Burnout”, de Nour-Eddine Lakhmari México: “Roma”, de Alfonso Cuarón Montenegro: “Iskra”, de Gojko Berkuljan Nepal: “Panchayat”, de Shivam Adhikari Níger: “The Wedding Ring”, de Rahmatou Keïta Noruega: “What Will People Say”, de Iram Haq Nova Zelândia: “Yellow Is Forbidden”, de Pietra Brettkelly Palestina: “Ghost Hunting”, de Raed Andoni Panamá: “Ruben Blades Is Not My Name”, de Abner Benaim Paquistão: “Cake”, de Asim Abbasi Paraguai: “The Heiresses”, de Marcelo Martinessi Peru: “Eternity”, de Oscar Catacora Polônia: “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski Portugal: “Pilgrimage”, de João Botelho Quênia: “Supa Modo”, de Likarion Wainaina Reino Unido: “I Am Not a Witch”, de Rungano Nyoni República Dominicana: “Cocote”, de Nelson Carlo De Los Santos Arias República Tcheca: “Winter Flies”, de Olmo Omerzu Romênia: “I Do Not Care If We Go Down in History as Barbarians”, de Radu Jude Rússia: “Sobibor”, de Konstantin Khabensky Sérvia: “Offenders”, de Dejan Zecevic Suécia: “Border”, de Ali Abbasi Suíça: “Eldorado”, de Markus Imhoof Tailândia: “Malila The Farewell Flower”, de Anucha Boonyawatana Taiwan: “The Great Buddha+”, de Hsin-Yao Huang Tunísia: “Beauty and the Dogs”, de Kaouther Ben Hania Turquia: “The Wild Pear Tree”, de Nuri Bilge Ceylan Ucrânia: “Donbass”, de Sergei Loznitsa Uruguai: “A Noite de 12 Anos”, de Álvaro Brechner Venezuela: “The Family”, de Gustavo Rondón Córdova Vietnã: “The Tailor”, de Buu Loc Tran & Kay Nguyen

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    Roma, de Alfonso Cuarón, vira maior favorito ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira

    14 de setembro de 2018 /

    O Oscar 2019 de Melhor Filme em Língua Estrangeira já tem favorito. O México oficializou nesta sexta-feira (14/9) a candidatura do filme “Roma”, primeiro filme de Alfonso Cuarón desde vencer o Oscar de Melhor Direção por “Gravidade”, em 2013. O longa foi o vencedor do prestigiado Leão de Ouro do Festival de Veneza neste ano. E além de disputar o prêmio “estrangeiro”, deve aparecer em várias outras categorias, já que a Netflix pretende investir em sua consagração. Rodada em preto e branco, “Roma” altera momentos intimistas com cenas épicas de revolta popular, ao acompanhar Cleo (a estreante Yalitza Aparicio), empregada doméstica que testemunha as mudanças sociais e políticas no México durante os anos 1970. A produção deverá ganhar um lançamento limitado nos cinemas para atender ao critério da Academia e, depois disso, chegará ao serviço de streaming da Netflix em 14 de dezembro. Outros concorrentes fortes à vaga na disputa de Melhor Filme em Língua Estrangeira incluem o japonês “Shoplifters”, de Hirokazu Koreeda, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, o belga “Girl”, de Lukas Dhont, consagrado com a Câmera de Ouro em Cannes, o paraguaio “As Herdeiras”, de Marcelo Martinessi, premiado no Festival de Berlim, o romeno “I Do Not Care If We Go Down in History As Barbarians”, de Radu Jude, vencedor do Festival de Karlovy Vary, e o ucraniano “Donbass”, de Sergei Loznitsa, premiado na mostra Um Certo Olhar, em Cannes. Ainda falta a definição dos candidatos de muitos países. A comissão da Academia Brasileira de Cinema escolheu “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, que não disputou nem ganhou nenhum prêmio em festival internacional, para representar o país, com pouquíssimas chances de obter uma vaga entre os cinco indicados ao Oscar. Há 20 anos o Brasil não emplaca nenhum representante na disputa do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.

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    Festival de Cannes consagra filmes sobre crianças abandonadas

    20 de maio de 2018 /

    O novo drama do cineasta japonês Hirokazu Kore-eda venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes 2018. O longa, que será lançado no Brasil com o título “Assunto de Família”, foi um dos muitos filmes a tratar de crianças rejeitadas no festival, resultado de uma seleção “família”, e por isso mesmo menos impactante que o costume. Kore-eda havia vencido o Prêmio do Júri em 2013 com outro filme do gênero, “Pais e Filhos”, que questionava a noção de paternidade biológica por meio da troca de bebês. Agora vai além, ao apresentar uma trama de adoção de uma criança abandonada, que é adotada por uma família de trambiqueiros pobres. É humanista e comoveu o júri presidido pela atriz australiana Cate Blanchett. Mas não deixa de evocar o clássico “Oliver Twist”, de Charles Dickens. O título em inglês é “Shoplifters”, escolhido para destacar que o pai ensina seus filhos a roubar e realizar pequenos trambiques, como o vilão Fagin na obra do começo do século 19. Entretanto, nesta fábula do século 21, os maus exemplos buscam resultado oposto, projetando empatia e solidariedade. O clima maternal também prevaleceu em outras premiações. Como “Capharnaüm”, da libanesa Nadine Labaki, sobre um menino de 12 anos que processa os próprios pais por negligência, vencedor do Prêmio do Júri, considerado a “medalha de bronze” do festival. Em seu agradecimento, Nadine dedicou o prêmio às criancinhas. “Espero que ele ajude de alguma forma a sanar o drama das crianças desprotegidas”. Mais um drama sobre crianças abandonadas, “Ayka”, do kazaque Sergei Dvortsevoy, que gira em torno de uma imigrante ilegal em Moscou obrigada a abandonar o filho que acaba de nascer, rendeu o troféu de Melhor Atriz para a intérprete da mãe, Samal Yeslyamova. Um dos poucos filmes sem sofrimento de crianças reconhecido pela premiação foi “BlacKkKlansman”, de Spike Lee, que ficou com o Grande Prêmio do Júri, a “medalha de prata”. A obra conta como um policial negro conseguiu se infiltrar, com ajuda de um policial judeu, na organização racista Ku Klux Klan nos anos 1970, mas, além de resgatar a história real, traça paralelos com os Estados Unidos de Donald Trump, confundindo slogans da KKK com os bordões que elegeram o atual presidente americano. Cate Blanchett fez questão de salientar que, apesar da pauta de reivindicações urgente que o mundo real impôs ao festival, o júri se comprometeu a julgar os filmes por suas qualidades e não pelas causas que defendiam. Vai ver que foi por isso que Spike Lee não venceu a Palma de Ouro, o que teria colocado o festival em outro tom, menos próximo das novelas. Apesar desse discurso, porém, um prêmio dois-em-um sugeriu uma certa homenagem às causas políticas descortinadas pelo evento. O troféu de Melhor Roteiro foi compartilhado pela italiana Alice Rohrwacher, uma das três mulheres entre os 21 diretores na disputa pela Palma, pela parábola bíblica “Lazzaro Felice”, e o iraniano Jafar Panahi, um dos dois cineastas presos da seleção, por “3 Faces”. O troféu de Melhor Ator ficou com o italiano Marcello Fonte, como o dono de uma pet shop em “Dogman”, de Matteo Garrone, que se vê obrigado a tomar uma atitude contra um arruaceiro violento. Completando a premiação tradicional, o troféu de Melhor Direção foi concedido ao polonês Pawel Pawlikowski por “Cold War”, trabalho de enquadramentos rigorosos e elipses temporais, que conta uma história de amor entre dois músicos. Trata-se de mais uma obra-prima em preto-e-branco do diretor de “Ida”, vencedor do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira em 2015. Por fim, sem saber o que fazer com Jean-Luc Godard, que já não faz mais cinema, mas lançou um “filme” no festival, o júri inventou um prêmio inédito, chamado de Palma de Ouro Especial, como forma de homenagear o velho iconoclasta, que embora não fosse um dos dois diretores presos, foi um dos três ausentes do evento, realizando sua entrevista coletiva por celular. Já o juri da Câmera de Ouro, presidido pela cineasta francesa Ursula Meier, concebeu o troféu de melhor filme de estreante a “Girl”, do belga Lukas Dhont. Exibido na seção Um Certo Olhar, conta a história de um adolescente trans que nasceu menino e sonha se tornar uma bailarina. A obra já tinha vencido o troféu Palma Queer, de melhor filme de temática LGBT do festival. Antes de conferir abaixo a lista dos vencedores da mostra competitiva, vale lembrar que, apesar de ausentes da mostra competitiva, representantes do cinema brasileiro brilharam nos eventos paralelos, conquistando quatro prêmios. Único filme 100% brasileiro, “O Órfão”, de Carolina Markowicz, exibido na mostra Quinzena dos Realizadores, ganhou a Palma Queer de melhor curta. E, vejam só, também trata de criança rejeitada. “Skip Day”, documentário codirigido pelo americano Patrick Bresnan e a brasileira Ivete Lucas, venceu o prêmio de Melhor Curta da Quinzena dos Realizadores. “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”, longa sobre índios brasileiros, codirigido pelo português João Salaviza e a brasileira Renée Nader Messora, venceu o Prêmio Especial do Júri da mostra Um Certo Olhar. Por fim, “Diamantino”, coprodução de Brasil, Portugal e França, dirigida pelos portugueses Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, conquistou o Grande Prêmio da Semana da Crítica de Cannes. E, para constar, sua história surreal sobre um craque de futebol, envolve planos de adoção de crianças abandonadas em meio à crise de refugiados. Vinde a Cannes as criancinhas. Premiados na competição oficial do Festival de Cannes 2018 Palma de Ouro: “Assunto de Família” (Shoplifters), de Hirokazu Kore-eda Palma de Ouro Especial: Jean-Luc Godard, por “Le Livre d’Image” Grand Prix: “BlackKklansman”, de Spike Lee Prêmio Especial do Júri: “Capharnaüm”, de Nadine Labaki Melhor Direção: Pawel Pawlikowski, por “Cold War” Melhor Atriz: Samal Yesyamova, por “Ayka” Melhor Ator: Marcello Fonte, por “Dogman” Melhor Roteiro: Alice Rohrwacher, por “Lazzaro Felice”, e Nader Saeivar e Jafar Panahi, por “3 Faces” Câmera de Ouro (filme de estreia): “Girl”, de Lukas Dhont Olho de Ouro (documentário): “Samouni Road”, de Stefano Savona

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