Jimmi Simpson confirma que continua em Westworld na 2ª temporada
O ator Jimmi Simpson confirmou no Twitter que estará na 2ª temporada de “Westworld”. Sua participação era dúvida após a revelação que o arco do seu personagem William era, na verdade, um flashback, que mostrava como ele se tornaria o implacável Homem de Preto vivido por Ed Harris. A 2ª temporada ainda não teve sua data de estreia confirmada, mas os produtores revelaram as primeiras cenas do novo ano num teaser divulgado na Comic-Con. Ele já foi disponibilizado legendado pela HBO. Yessir, William will be black. I mean back. — Jimmi Simpson (@jimmisimpson) July 30, 2017
Trailer sanguinário da 2ª temporada de Westworld ganha versão oficial legendada
Demorou uma semana, mas a HBO finalmente divulgou oficialmente no Brasil o trailer legendado da 2ª temporada de “Westworld”, que foi lançado na Comic-Con. O vídeo é sanguinário e mostra o que o público pode esperar do retorno da atração. Ao contrário do que as entrevistas dos produtores indicavam, o salto temporal, se houver, será pequeno ou acontecerá após a abertura da temporada. A prévia encontra os personagens pouco depois da promessa de chacina encenada no último episódio, com Dolores (Evan Rachel Wood) e Teddy (James Marsden) cavalgando atrás de sobreviventes para matá-los a tiros. Vê-se ainda o retorno de Maeve (Thandie Newton) por um salão repleto de cadáveres, o resgate de Bernard (Jeffrey Wright) do parque e o Homem de Preto (Ed Harris) feliz com sangue respingado em sua cara. Ainda não há previsão para a estreia dos novos episódios.
Trailer sanguinário da 2ª temporada de Westworld mostra que a chacina continua
A HBO divulgou o primeiro trailer da 2ª temporada de “Westworld” na Comic-Con. É tão sanguinário que até os acordes do piano respingam hemorragia. Ao contrário do que as entrevistas dos produtores indicavam, o salto temporal, se houver, será pequeno ou acontecerá após a abertura da temporada. A prévia encontra os personagens pouco depois da promessa de chacina encenada no último episódio, com Dolores (Evan Rachel Wood) e Teddy (James Marsden) cavalgando atrás de sobreviventes para matá-los a tiros. Vê-se ainda o retorno de Maeve (Thandie Newton) por um salão repleto de cadáveres, o resgate de Bernard (Jeffrey Wright) do parque e o Homem de Preto (Ed Harris) feliz com sangue respingado em sua cara. Ainda não há previsão para a estreia dos novos episódios.
Harrison Ford tem mais destaque no novo trailer de Blade Runner 2049
A Warner divulgou um longo trailer de “Blade Runner 2049”, que dá mais ênfase ao retorno de Harrison Ford ao papel de Rick Deckard. No Brasil, o filme é distribuído pela Sony, que ainda não disponibilizou versão legendada da prévia. Com sets grandiosos e muitos efeitos visuais, o filme acompanha uma investigação de um novo caçador de androides (blade runner), o oficial K (Ryan Gosling), que descobre um segredo há muito tempo enterrado com o potencial para mergulhar o que resta da sociedade no caos. A descoberta o leva a uma busca por Rick Deckard (Harrison Ford), um ex-blade runner que está desaparecido há 30 anos. O elenco também inclui Jared Leto (“Esquadrão Suicida”), Robin Wright (série “House of Cards”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), a cubana Ana de Armas (“Bata Antes de Entrar”), o inglês Lennie James (série “The Walking Dead”), o somali Barkhad Abdi (“Capitão Phillips”), a holandesa Sylvia Hoeks (“O Melhor Lance”), a suíça Carla Juri (“Zonas Úmidas”) e Edward James Olmos, que retoma o papel de Gaff, visto no primeiro filme. “Blade Runner 2049” tem roteiro de Hampton Fancher (do primeiro “Blade Runner”) e Michael Green (“Logan”), direção de Denis Villeneuve (“A Chegada”) e produção de Ridley Scott, o diretor do longa original. A estreia acontece em 5 de outubro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Conheça a abertura da série baseada no filme animado Operação Big Hero
O canal pago Disney XD divulgou a abertura da série animada baseada no longa “Operação Big Hero” (2014), que foi exibida durante a D23. A prévia volta a reunir os personagens do filme, vencedor do Oscar de Melhor Animação. A história se passa imediatamente após os eventos vistos no cinema e continua as aventuras de Hiro, o gênio tecnológico de 14 anos, ao lado de seu companheiro inflável Baymax e demais personagens, que formam o primeiro grupo de super-heróis da Marvel desenvolvidos para uma animação da Disney. Os dubladores americanos serão praticamente os mesmos do filme: Jamie Chung como Go Go Tamago, Genesis Rodriguez como Honey Lemon, Scott Adsit como robô Baymax, Maya Rudolph como a tia Cass, Alan Tudyk como guru da tecnologia Alistair Krei, Ryan Potter como o protagonista Hiro e até Stan Lee como o pai de Fred. As mudanças ficam por conta das vozes de Brooks Wheelan (do humorístico “Saturday Night Live”) como Fred (dublado por T.J. Miller no filme) e Khary Payton (o Ezekiel de “The Walking Dead”) como Wasabi (Damon Wayans Jr. no cinema). Com produção de Mark McCorkle e Bob Schooley, os criadores de “Kim Possible”, a série vai estrear no canal pago Disney XD em data ainda não divulgada.
Atriz de The Leftovers entra na 2ª temporada de Westworld
A atriz holandesa Katja Herbers (“A Natureza Contra-ataca”) é a primeira novidade no elenco da 2ª temporada de “Westworld”. Ela vai interpretar Grace, uma nova frequentadora do parque temático da trama, após ter uma participação importante em outra atração da HBO, como a cientista Dra. Eden na 3ª temporada de “The Leftovers”. A contratação sinaliza o início da produção do novo arco de “Westworld”, e coincide com a divulgação de um teaser misterioso. Até o momento, a HBO e os produtores adiantaram muito pouco sobre os próximos episódios. O casal Jonathan Nolan e Lisa Joy, criadores da série, só disse que a trama retornará após um avanço no tempo, mas não especificou quanto tempo terá se passado desde o final da 1ª temporada. O elenco principal, que na 2ª temporada inclui as promoções de Talulah Riley (que recepciona os recém-chegados ao parque) e Louis Herthum (o pai de Dolores), irá participar da Comic-Con de San Diego, onde devem ser revelados mais detalhes.
2ª temporada de Westworld ganha teaser misterioso, que revela que “algo deu errado”
A HBO começou a divulgar a 2ª temporada de “Westworld”, que só irá ao ar em 2018. O site oficial da série foi atualizado com uma mensagem enigmática, que tenta avisar que algo deu errado no parque temático onde a série é ambientada. Disponibilizada como gif, a imagem traz um usuário desconhecido perguntando: “Alguém aí? Algo deu errado. Precisamos de ajuda”. A mensagem é interrompida quando um usuário registrado recupera o controle do sistema e diz: “Está tudo bem. As festividades continuam…”. Além disso, entre o intervalo entre as duas mensagens, a tela exibe a frase “Planeje sua aventura no nosso mais novo centro de experiência, aberto em San Diego” – dando a ententer que a HBO está preparando alguma coisa para a série na San Diego Comic-Con 2017. A maior dúvida dos fãs da série é justamente sobre o estados em que o parque Westworld se encontrará após o massacre orquestrado ao final da 1ª temporada, encerrado com uma sangrenta rebelião de robôs. Jonathan Nolan, co-criador da atração, já anunciou que haverá um salto de tempo, mas não especificou quanto tempo terá passado. Ainda não há previsão para a estreia dos novos episódios.
Blade Runner 2049 ganha meia dúzia de vídeos que revelam bastidores e spoilers da trama
A Warner divulgou um longo vídeo de bastidores de “Blade Runner 2049”, que oferece um olhar tão detalhado sobre a produção que rendeu cinco vídeos derivados, também disponíveis abaixo, além de spoilers da trama. Entre os sets grandiosos e declarações dos profissionais responsáveis pela realização da sequência, o material traz cenas inéditas do longa, que acabam revelando um detalhe importante sobre o personagem de Ryan Gosling (“La La Land”). Quem olhar com atenção perceberá. Trata-se de uma tese muito discutida pelos fãs do original a respeito de Rick Deckard, mas que a presença envelhecida de Harrison Ford nos trailers já tinha refutado. Há ainda indícios relevantes sobre como os papéis de Mackenzie Davis (série “Halt and Catch Fire”) e Sylvia Hoeks (“O Melhor Lance”) se conectam a replicantes originais. Enquanto Davis parece ser uma variação do modelo sexual de Pris (Daryl Hannah), Hoeks pode ser a própria Rachael (Sean Young), ecoando rumores antigos. O elenco também inclui Jared Leto (“Esquadrão Suicida”), Robin Wright (série “House of Cards”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), a cubana Ana de Armas (“Bata Antes de Entrar”), o inglês Lennie James (série “The Walking Dead”), o somali Barkhad Abdi (“Capitão Phillips”), a holandesa Sylvia Hoeks (“O Melhor Lance”), a suíça Carla Juri (“Zonas Úmidas”) e Edward James Olmos, que retoma o papel de Gaff, visto no primeiro filme. Escrita por Hampton Fancher (do primeiro “Blade Runner”) e Michael Green (“Logan”), a continuação gira em torno da investigação de um novo caçador de androides (blade runner), o oficial K (Gosling), que descobre um segredo há muito tempo enterrado com o potencial para mergulhar o que resta da sociedade no caos. A descoberta o leva a uma busca por Rick Deckard (Harrison Ford), o ex-blade runner que está desaparecido há 30 anos. “Blade Runner 2049” tem direção de Denis Villeneuve (“A Chegada”) e produção de Ridley Scott, o diretor do longa original. A estreia acontece em 5 de outubro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Arnold Schwarzenegger revela que fará novo Exterminador do Futuro com produção de James Cameron
Eles estão de volta. O ator Arnold Schwarzenegger e o diretor James Cameron vão se juntar novamente em mais um filme da franquia “O Exterminador do Futuro”. Foi Schwarzenegger quem adiantou os planos, em entrevista ao site Screen Daily. “Está de volta. Está avançando. Ele (Cameron) tem boas idéias de como continuar com a franquia e eu estarei no filme. Ele vai produzir e haverá outro diretor comandando. Estou sempre ansioso para fazer outro ‘Exterminador’, especialmente se a história é bem escrita e realmente entretém o mundo inteiro”, revelou o astro. A nova continuação será a primeira produzida por Cameron desde “O Exterminador do Futuro 2” (1991) e chegará após uma tentativa frustrada de reboot da franquia – “O Exterminador do Futuro: Gênesis” (2015) – , que fracassou nas bilheterias. A participação de Cameron, que criou os personagens e a trama em 1984, representa uma reviravolta há muito aguardada pelos fãs e pelo próprio cineasta. Ele foi obrigado a ceder os direitos da franquia no acordo de seu divórcio com a atriz Linda Hamilton, estrela dos dois primeiros filmes, por isso não teve nada a ver com as sequências produzidas desde então. Mas um cláusula previa que os direitos reverteriam para o diretor após 20 anos. A data vai coincidir com o lançamento do próximo “Exterminador do Futuro”, previsto para 2019. Informações anteriores adiantaram que Cameron negociava com o diretor Tim Miller (“Deadpool”) para comandar a retomada da franquia. Não está claro se a produção vai continuar a história de “O Exterminador do Futuro: Gênesis” ou ignorá-la, nem se será um segundo reboot da trama.
Paralelos entre Alien: Covenant e Blade Runner evidenciam que os filmes existem no mesmo universo
Uma revelação bombástica da produção de “Prometheus” (2012) acabou cortada da produção e só foi aparecer como extra do lançamento em DVD e Blu-ray. O segredo era que o prólogo de “Alien” (1979), na verdade, era uma continuação de “Blade Runner” (1982). Todos os três filmes citados tem em comum o mesmo diretor, Ridley Scott, que decidiu aproximar as duas franquias com uma ligação oblíqua que as coloca no mesmo universo compartilhado, ao estilo dos filmes da Marvel. Nos extras de “Prometheus”, foi revelado que Peter Weyland (interpretado por Guy Pearce), o visionário criador da empresa Weyland, que envia naves ao espaço e constrói robôs de aparência humana perfeita, tinha sido discípulo de Eldon Tyrell (Joe Turkell), o CEO da Tyrell Corporation, criadora dos replicantes de “Blade Runner”. Ou seja, os androides da franquia “Alien” seriam evoluções das criações de “Blade Runner”. Em “Alien: Covenant”, a trama reforça essa conexão. Mas, novamente, sem explicitá-la. Numa cena do filme, um dos robôs vividos por Michael Fassbender tem o corpo perfurado por um dos tripulantes da Covenant e repete a mesma frase, dita no mesmo tom por Roy Beatty (o replicante vivido por Rutger Hauer) para Rick Deckard (Harrison Ford) quando é ferido de forma similar em “Blade Runner”: “Este é o espírito!” Isto é o máximo que pode ser revelado sobre os dois momentos sem dar spoilers maiores que os já apresentados. Mas faz imaginar se “Blade Runner 2049” também terá algum easter egg de “Alien”.
O monstro de Alien Covenant não é o que se espera – e nem o filme
Embora a imprensa, no geral, esteja fazendo pouco caso, “Alien: Covenant” não é filme a se menosprezar. No gênero ficção científica, consegue o status de acima da média. Decepcionante sim é ele ser dirigido por Ridley Scott. Quando se trata de Scott, a expectativa sempre é grande. Não que ele mereça crédito de confiança, mas criou-se uma aura mítica em torno de seu nome, por conta de “Alien – O Oitavo Passageiro” (1979) e “Blade Runner” (1982), que talvez tenha colocado o diretor num patamar muito mais alto do que ele possa entregar. “Alien – O Oitavo Passageiro” e “Blade Runner” são dois filmes seminais, feitos um seguido do outro, e que trouxeram para o cinema dois pesadelos soturnos, contrapontos perfeitos a diversão e escapismo a que George Lucas e Steven Spielberg promoviam como tendência. Scott preferia o mistério, o estranhamento, e, mais que tudo, a desorientação do homem frente a um futuro complexo demais para entender. Os olhos do replicante no começo de “Blade Runner” tenta abarcar toda a extensão da Los Angeles de 2019, e se prostra frente ao mar de prédios, luzes e carros voadores. Essa perplexidade que nem o homem-máquina é capaz de processar, provoca um desconforto, uma aflição metafísica. A mesma razão leva os tripulantes da Nostromo, no primeiro “Alien”, a serem reticentes na busca e captura do visitante clandestino pelos corredores da nave, que, aliás, é escura e sinistra como uma caverna do principio dos tempos. Havia mesmo no Scott, daquela época, uma vontade de fazer filmes que escapassem ao controle da análise, e que revelassem a existência de uma realidade indizível do mundo. Parece viagem? Pois era a viagem do diretor, e ele não estava nem um pouco preocupado com o eco servil do poder financeiro do cinema. Mas isso tudo é passado. Os tempos mudaram e o mistério, o estranhamento por trás do “velho” “Alien” já não tem vez. “Alien: Covenant” é um filme que busca certezas. O espectador recebe uns chacoalhões, toma uns bons sustos, visita um planeta inóspito, enfrenta feras babonas e, no fundo, não quer escapar das convenções. Anseia por um terreno seguro. De olho na bilheteria e nas planilhas de sua produtora, a Scott Free, o diretor dá o que eles pedem. É tudo muito bem feito, com aquele apuro visual que o realizador aprendeu a vender como grife. Só falta uma trama bem amarrada e um desenvolvimento coerente e, se possível, inteligente. A inteligência dá as caras na abertura. Acena-se para uma reflexão filosófica sobre a natureza divina. Verdade que, para não correr riscos, o conceito será rapidamente abandonado. Mas está lá, desenvolvido enquanto o espectador se ajusta na poltrona e saboreia sua pipoca. O prólogo mostra o nascimento do personagem central de “Prometheus” (2012), o andróide David (Michael Fassbender). Ele abre os olhos e se vê, de pé, vestido de branco, em uma sala vasta e elegante, enquanto seu criador, Peter Weyland (Guy Pearce), provoca-o com perguntas oblíquas. O robô perceptivo já pode identificar uma estátua de Michelangelo, o mobiliário medieval em torno deles, e os acordes de um clássico de Richard Wagner. Ele foi programado para reconhecer e apreciar milhões de coisas, antes mesmo de tomar consciência da vida. Então a conversa se encaminha para um nó. Vida? O que é vida? Uma questão puxa a outra, num bombardeio de perguntas que só cessam quando David percebe a certeza única de sua existência. Ele sabe que o cientista o criou. Essa lógica, contudo, pertence ao mundo robótico. Mas quem criou o cientista? Em seguida, saltamos para 10 anos após os eventos de “Prometheus”, para a nave de colonização Covenant fazendo o seu trajeto através do espaço. Centenas de passageiros dormem numa viagem que levará sete anos até chegar em seu planeta destino. Apenas um único tripulante está acordado, o andróide Walter, coincidentemente um robô da mesma série que David (Fassbender também interpreta o personagem). Passa-se uns 50 minutos, antes que esses dois andróides se encontrem num inóspito e misterioso planeta. O primeiro diálogo entre ambos é fabuloso, pela forma como se estudam. Outros encontros virão, e gradativamente os dois robôs se revelarão tão competitivos quanto os humanos que eles criticam. Surpreende o fato que os aliens não são o prato principal do filme. Os técnicos de efeitos até concebem um monstro híbrido mais bizarro que o original, mas a criatura xenomorfa não causa mais grande impacto (seis filmes depois, o que poderia nos assustar?). “Prometheus” já tinha deixado claro que esse bicho papão não impressiona mais. Lá, Fassbender roubou a cena do monstro. Torna a dominar as atenções aqui, agora em papel duplo. O verdadeiro clímax de “Covenant” acontece do confronto desses dois androides. Um espelha o outro, e a briga obviamente é tão balanceada, que fica difícil prever quem sairá vencedor. A frustração do público advém dessa mudança de rumo inesperado. Pagaram esperando ver uma coisa e, pelas indecisões dos roteiristas e do diretor, estão vendo outra. Como se não bastasse, todo o resto do elenco, inclusive a nova mocinha guerreira, vivida por Katherine Waterston (a heroína de Animais Fantásticos e Onde Habitam), são pouco expressivos. Não passam de adereços em volta dos aliens e da dupla de robôs. Pra desculpar a falta de interesse de Scott por eles, somos constantemente lembrados que os tripulantes da Covenant não são soldados ou pessoas treinadas para lidar com emergências; ou seja, não passam de um bando de zé ninguém, que muitas vezes tentam ajudar e cometem trapalhadas. A maior patetada desta equipe ocorre quando aterrissam no planeta. Parece piada. Se a turma do 8º ano do meu filho fosse fazer uma exploração interplanetária, certamente que não se portaria de forma tão estúpida como os colonos. O quê, o nível de oxigênio está bom? Então vamos tirar os capacetes, certamente não existem agentes patogênicos no ar! Isso dá uma boa medida de como começará a contaminação desta vez. Pior em “Alien: Covenant” é constatar que o tempo de Ridley Scott também expirou. Ele será sempre um cineasta lembrado pelos dois filmes supracitados que dirigiu 40 anos atrás. Cabe uma pausa aqui. Um exame frio sobre a filmografia do cineasta, para recapitular o que de verdadeiramente relevante, ele realizou ao longo da carreira. Após “Alien” e “Blade Runner”, há um honroso “Thelma & Louise” (1991), seguido de meia dúzia de filmes medianos ou decepcionantes, e então “Gladiador” (2000) e “Falcão Negro em Perigo” (2001). Depois, meia dúzia de bombas e, então, “O Gângster” (2007). Finalmente, mais algumas bobagens e finalmente “Perdido em Marte” (2015). A filmografia de Scott parece o gráfico de um paciente terminal: de vez em quando, dá uns picos, gera certa animação, mas em seguida descamba. Um mito se desfaz aqui. É duro admitir, mas se havia alguma vitalidade criativa em Scott, a sobrevida artística está sendo mantida por máquinas. Ele se acomodou na função de artesão. Permanece o incrível bom gosto visual, mas é um diretor que perdeu o senso de ambição, um cineasta à mercê de um time de roteiristas inspirados. Quando encontra um, se sobressai. Como aconteceu em “Perdido em Marte”. Quando não encontra, temos no pior dos casos algo infame como “Êxodo: Deuses e Reis” (2014) ou, na sorte, algo passável como “Alien: Covenant”. A carpintaria bem feita e, quase toda digital, dá uma enganada, mas, no fim, o filme funciona de soquinho. Avança um pouquinho, para, avança outro, emperra… Resta torcer para que não haja a mesma filosofia por traz da aguardada sequência de “Blade Runner” que Scott produz.
Harrison Ford diz que continuação de Blade Runner é “emocionalmente profunda”
O novo trailer de “Blade Runner 2049”, que já está na internet, foi apresentado originalmente num evento para a imprensa, nos EUA, realizado na segunda-feira (8/5) com a presença dos atores Ryan Gosling e Harrison Ford. Durante a entrevista coletiva, Ford disse que o novo filme será “emocionalmente profundo” e destacou a primeira cena “complexa” que compartilhou com Gosling durante as filmagens. “Era uma cena sobre todo o ocorrido desde a última vez que vimos meu personagem e a primeira vez que ele é visto neste filme, e as referências que unem estes dois personagens (o de Ford e o de Gosling), que são inesperadamente profundas, emocionalmente profundas e realmente ricas”, comentou. O ator explicou que o novo longa-metragem “reconhece e trata algumas das questões éticas que a tecnologia apresenta hoje em dia” e que a trama explorará tanto os benefícios como as consequências desses avanços. Após retomar outros personagens clássicos de sua carreira como Indiana Jones e Han Solo, Ford também explicou porque decidiu retornar a Rick Deckard, o protagonista do “Blade Runner” original, lançado em 1982. “O personagem se encaixa na história de uma maneira que me intrigou. Há um contexto emocional muito forte e a relação entre meu personagem, Deckard, e o resto me pareceu fascinante. É interessante desenvolver um personagem assim depois de tanto tempo. Foi uma experiência muito gratificante”, comentou. Já Ryan Gosling, que interpreta no filme o novo Blade Runner, oficial K, afirmou que nunca fez parte de um projeto tão ambicioso. “Eu me vi completamente submerso neste universo com o qual cresci. Para mim, a chave foi não demonstrar na câmera o que sentia, porque se supõe que meu personagem está acostumado a essa realidade, embora eu nunca tenha visto cenários assim. Nunca trabalhei em algo nesta escala”, disse o ator canadense. Além dos atores citados, o elenco ainda inclui Robin Wright (série “House of Cards”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Mackenzie Davis (série “Halt and Catch Fire”), Lennie James (série “The Walking Dead”), o somali Barkhad Abdi (“Capitão Phillips”) a holandesa Sylvia Hoeks (“O Melhor Lance”), a suíça Carla Juri (“Zonas Úmidas”) e Edward James Olmos, que retoma o papel de Gaff, visto no primeiro filme. Escrita por Hampton Fancher (do primeiro “Blade Runner”) e Michael Green (“Logan”), a continuação vai refletir a passagem do tempo, situando sua ação décadas após a primeira adaptação do conto de Philip K. Dick. A direção é de Denis Villeneuve (“A Chegada”) e a produção de Ridley Scott, o diretor do longa original. A estreia acontece em 5 de outubro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.










