Família de Rita Lee revela carta inédita escrita pouco antes da morte
Mensagem emocionante da cantora é lida por Beto Lee e Roberto de Carvalho no documentário da Max
Rita Lee é homenageada em disco de covers com Iza, Criolo, Duda Beat e Frejat
Clássicos ganham novas vozes A eterna rainha do rock Rita Lee será homenageada com o lançamento do EP “Revisita Rita”, que chega às plataformas digitais nesta quinta-feira (18/4). O projeto reúne novas versões de quatro músicas marcantes da artista, interpretadas por nomes da nova geração da música brasileira e antigos parceiros de trajetória. Iza assume a releitura de “Ovelha Negra”, Criolo dá voz a “Flagra”, Duda Beat divide os vocais com Carol Biazin em “Chega Mais”, enquanto Roberto Frejat interpreta “Mamãe Natureza”. Produção com aval de Roberto e Rita O EP é produzido por Moogie Canazio, colaborador de longa data de Rita e de Roberto de Carvalho. Segundo ele, a concepção do projeto teve início ainda com o aval da própria artista. “Por mais que estejamos revisitando esses clássicos, as pessoas vão reconhecê-los”, afirmou. Canazio destacou que buscou combinar arranjos contemporâneos com fidelidade ao espírito das composições originais, sempre pensando em versões que deixariam o casal feliz de ouvir. Morte e Legada de Rita Lee Rita Lee morreu em 8 de maio de 2023, aos 75 anos, após uma longa luta contra um câncer no pulmão. Considerada a maior referência feminina do rock brasileiro, sua carreira atravessou mais de meio século com passagens marcantes pelos Mutantes e pela banda Tutti Frutti, além de uma sólida trajetória solo. Com letras irreverentes, espírito libertário e posicionamento político, Rita deixou um legado que ultrapassa a música, influenciando gerações de artistas e se tornando símbolo de independência criativa e transgressão cultural no país.
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Da cobra de Alice Cooper à cama do Yes, conheça os melhores “causos” de Rita Lee
A cantora Rita Lee, falecida na noite de segunda (8/5) aos 75 anos, não causou apenas no rock. Ela aprontou bastante nos bastidores. E contou algns detalhas nas páginas de “Rita Lee – Uma Autobiografia”. A obra, que chegou a vender 205 mil exemplares em seus quatro primeiros meses, é um best-seller graças ao tom informal, em que Rita conta histórias divertidas, como a vez que roubou a cobra de Alice Cooper, e também pesadas, como aborto e seu período na prisão. Ela falou, inclusive, sobre sua polêmica saída dos Mutantes e a própria morte. Publicado pela editora Globo em 2016, o livro voltou ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon nesta terça (9/5), após o anúncio da morte da artista. Confira alguns trechos abaixo. Sobre Os Mutantes: “Minha saída do grupo aconteceu bem nos moldes de ‘o noivo é o último a saber’, no caso, a noiva. Depois de passar o dia fora, chego ao ensaio e me deparo com um clima tendo/denso. Era um tal de um desviar a cara pra lá, o outro olhar para o teto, firular instrumento e coisa e tal. Até que Arnaldo quebra o gelo, toma a palavra e me comunica, não nessas palavras, mas o sentido era o mesmo, que naquele velório o defunto era eu. ‘A gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose e você não tem calibre como instrumentista.’ Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cachorra) e adiós.” Sobre ir parar na cama da banda Yes: “Impressionante como em cada esquina de Londres a gente encontrava um brazuca órgão do tropicalismo. Na rua dou de cara com Toninho Peticov, sempre animado e sabendo tudo o que rolava na cidade. A pedida para o dia seguinte era Elton John no Crystal Palace abrindo para o Yes. Hãã? Seria aquele o prato frio da vingança por ter sido expulsa da banda? Enquanto ‘os the brazilian Sim’ copiavam o som deles no Brasil, eu os assistia ao vivo em Londres. Na metade da apresentação de Elton, tomei uma pedrinha que foi bater nos primeiros acordes do Yes. Com LSD impossível não existe, não me pergunte como fui parar no palco sentadinho no maior flerte. Também não me pergunte como fui parar no camarim deles e muito menos acordar descabelada, plissada, godê numa cama rodeada de um monte de outros achados e perdidos humanos. Rita, quem diria, você groupie do Yes!” Sobre o roubo da cobra de Alice Cooper: “Tudo porque uma hora lá ele entra no palco chacoalhando violentamente uma cobra e depois de fazer seu número de fodão, atira a bichinha no chão e pisoteia. Um contrarregra entrava na moita e a recolhia (…). Passei a lábia no segurança do backstage e entrei (…) De cara fui com a cara do roadie, um inglês chamado Andy Mills. Digamos que fomos com a cara um do outro e cinco minutos depois fugimos de lá levando a gaiola com a jiboia e de quebra outra jiboinha bebê que seria treinada também para atuar nas micagens grotescas do canalha. A cobra que foi maltratada no palco chamava-se Mouchie, aquela mesma que está na capa do disco ‘Killer’. A cobrinha bebê era Angel e adorava se enrolar de pulseira no braço dos humanos.” Sobre a gravidez na cadeia e a ajuda de Regina: “Só pode ter sido manobra do meu Anjo da Guarda ter acontecido justamente no dia em que eu estava tendo um sangramento com cólicas insuportáveis (…) O perigo de aborto era real. Nada foi feito. Naquele exato momento, chega uma carcereira dizendo: ‘Rita Lee, chegou uma artista famosa aqui na portaria e tá junto com o filhinho rodando a baiana querendo te levar de qualquer jeito’ (…) Céus quem seria essa santa porreta que me aparece exatamente na hora que eu mais preciso, Nossa Senhora das Roqueiras? Chego corcunda de dor na sala do delegado e quem vem me dar um abraço dos mais fofos que já recebi na vida? Elis, aquela que fazia cara feia para os roqueiros! Elis, a musa mor da MPB! (…) O delegadinho da vez, sem saber se pedia autógrafo ou enfiava a cara no apontador de lápis, fazia papel do falsinho atencioso, ora oferecendo cafezinho, ora perguntando sobre música. Elis ignorou o cara e disse em alto e bom som: ‘Se um médico não chegar em cinco minutos, você é que vai precisar de um cafezinho, porque eu vou convocar uma coletiva e denunciar o que está acontecendo aqui com minha amiga Rita Lee.'” Sobre o aborto que sofreu: “Já em casa, continuamos [Rita e Roberto de Carvalho] ‘fazendo amor no-chão-no-mar-na-lua-na-melodia-por-telepatia’ várias vezes ao dia e, claro, em pouquíssimo tempo embarriguei novamente. Gravidez extrauterina, disse o médico, a se pensar numa curetagem levando em conta a recente cesariana complicada ainda em fase de cicatrização. O que me fez decidir mesmo por interromper foi a hemorragia que aconteceu dias depois e pirei de vez. Mesmo já tendo abandonado a religião, entre no ‘mea-culpa’ catolicista e me autocondenei ao mármore do inferno. Até hoje me chicoteio pensando que talvez aquele baby poderia ter vingado, que foi um ato precipitado, que daquele momento em diante eu estaria condenada a lamentar a decisão para o resto da vida (…) Nenhuma mulher faz aborto sorrindo. Cabe a elas, e somente a elas, a decisão de interromper uma gravidez, assim como de segurar sozinhas as consequências moral, espiritual e oskimbau.” Sobre sua música favorita: “Minha música favorita, ‘Mania de Você’, composta em cinco minutos com o inspiradíssimo script de uma recém-trepada perfeita. Sem pudores, o casal se mostrava de corpo e alma, oferecendo a trilha sonora da sexualidade elegante para motel cinco estrelas nenhum botar defeito”. Sobre a inspiração sexual: “O casal de coelhos R & R continuava firme e forte. A graça era transar em locais inusitados, de banheiros de avião a praias desertas, de banheiras de espuma a escadas de incêndio, de elevadores de serviço a camarins de shows. Com essa bagagem erótico‑musical, partimos para um novo disco, o Lança perfume, a consagração total das nossas parcerias, cada vez mais autobiográficas. Éramos crème de la crème para voyeurs auditivos, com os sugestivos ‘me vira de ponta cabeça, me faz de gato e sapato, me deixa de quatro no ato, me enche de amor…’, ‘Misto-quente, sanduíche de gente, empapuçados de amor…’ e ‘Me deixar levar por um beijo eterno, mais quente que o inferno’. E assim caminhava a paixonite sem pudores de dois famintos diante de pratos cheios de sedução, mergulhados na gula da paixão.” Sobre a própria morte: “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha do obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: “‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. Epitáfio: ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”
Rita Lee tem alta e já está em casa
Rita Lee teve alta e voltou para sua casa neste sábado (4/3), após uma breve internação no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Seu marido, Roberto de Carvalho, postou uma foto da cantora e celebrou com a legenda “Home” (Lar, em inglês). A cantora de 75 anos precisou ser internada na última semana após uma perda brusca de peso. Ela foi diagnosticada com um câncer de pulmão em 2021, mas respondeu bem ao tratamento e, em abril de 2022, a família anunciou a remissão do câncer. Na mesma época, Rita Lee apelidou seu tumor de “Jair”. Roberto chegou a tranquilizar os fãs durante a nova internação. “Sabe-se que sempre existirão exames de monitoramentos e terapias a serem realizados, que resultarão eventualmente em internações”, avisou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Roberto de Carvalho (@roberto_de_carvalho)
Roberto de Carvalho atualiza estado de saúde de Rita Lee
O músico Roberto de Carvalho tranquilizou os fãs de Rita Lee, afirmando que sua esposa está “se fortalecendo” um dia após a internação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo o marido da cantora, a entrada na unidade de saúde faz parte de sua recuperação após o tratamento contra o câncer de pulmão, diagnosticado em maio de 2021. Oficialmente, Rita está em remissão. “Quero lhes informar que a Rita está bem, se fortalecendo, se recuperando. Sabe-se que sempre existirão exames de monitoramento e terapias a serem realizados, que resultarão eventualmente em internações, uma vez que se tem que lidar com a doença e os efeitos colaterais dos tratamentos”, disse Roberto, no Instagram. Na sexta (24/2), ao confirmar a internação, ele já tinha indicado que se tratava de rotina e pediu privacidade. Na tarde deste sábado (25/2), ele agradeceu o carinho dos fãs. “Agradecemos o tsunami de amor, carinho e positividade que temos recebido. Obrigado mesmo. E vamos em frente e que as Grandes Luzes do Universo estejam nos guiando por todos os caminhos”, concluiu. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Roberto de Carvalho (@roberto_de_carvalho)
Rita Lee surge em foto rara após batalha contra o câncer
A cantora Rita Lee surgiu na segunda-feira (13/2) numa foto rara após travar batalha contra o câncer. O registro foi uma homenagem de seu marido, o também músico Roberto de Carvalho. A imagem emocionou o coração dos fãs e amigos, que inundaram a publicação com mensagens de carinho. “Pessoa especial, única, sempre na frente, sempre me deu força na banda, nunca brigamos, veio pra ensinar e fazer um monte de gente feliz! Sorte minha ter trombado com você”, comentou Liminha. “A verdadeira Rainha da Porr* Toda”, acrescentou Paulinho Moska. “Tá tão bonita. E rosto moderno”, afirmou Marina Lima. Em dezembro, numa postagem de aniversário, o músico desejou felicitações à amada de 75 anos, que está curada da doença no pulmão. “Meu amor será eterno! Que aos 75 estejamos apenas no começo. Feliz aniversário, amor, saúde, sorte e sucesso em altas doses, que todas as Forças de Luz Sagrada do Universo estejam iluminando seu caminho. Eu vou junto. Porque te amo, te amo, te amo!”, escreveu na ocasião. O casal vive um relacionamento há 47 anos. Eles têm 3 filhos, Beto, João e Antônio. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Roberto de Carvalho (@roberto_de_carvalho)







