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    “Curtindo a Vida Adoidado” vai ganhar spin-off dos criadores de “Cobra Kai”

    20 de agosto de 2022 /

    Um dos maiores clássicos da Sessão da Tarde, “Curtindo a Vida Adoidado” (1986) vai ganhar um spin-off. Intitulado “Sam and Victor’s Day Off”, o projeto está sendo desenvolvido pelos criadores de “Cobra Kai” – o trio Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg e Josh Heald. De acordo com o site Deadline, a trama vai acontecer no mesmo dia em que Ferris Bueller (Matthew Broderick) curtiu a vida adoidado com seus amigos Cameron (Alan Ruck) e Sloane (Mia Sara) e se concentrar no que aconteceu quando dois valetes resolveram passear com a Ferrari de Cameron no longa original. A cena foi uma pequena parte da história, uma piada que nem rendeu nome aos personagens, apenas agora identificados como Sam e Victor. No filme, eles foram interpretados pelos figurantes Richard Edson e Larry Jenkins. O último já é falecido. Isto indica que o filme vai reescalar os personagens. Mas não está claro se foram descartadas participações de Broderick, Ruck e Sara. Vale lembrar que a ideia de pegar personagens secundários de uma obra famosa e transformá-los em protagonistas de uma nova história não é novidade. O dramaturgo Tom Stoppard obteve grande êxito com “Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos”, peça de 1966 sobre dois figurantes de “Hamlet”, que ele também adaptou num filme de 1990. O roteirista Bill Posley, que assinou 10 episódios de “Cobra Kai”, será o encarregado de escrever o spin-off de “Curtindo a Vida Adoidado”, enquanto Hurwitz, Schlossberg e Heald supervisionarão o projeto como produtores executivos. Com uma premissa simples, “Curtindo a Vida Adoidado” marcou época ao acompanhar Ferris Bueller, um jovem que arma um esquema elaborado para passar um dia de folga da escola com sua namorada e seu melhor amigo. A mentira de sua suposta doença escala ao ponto de uma campanha beneficente por sua vida ser criada (Save Ferris), enquanto ele é perseguido pelo diretor da escola (Jeffrey Jones) disposto a desmascará-lo. O elenco ainda destacava nada menos que Jennifer Grey e Charlie Sheen. A produção acabou se tornando um dos maiores sucessos comerciais da carreira do diretor-roteirista John Hughes (1950–2009) e catapultou Matthew Broderick ao estrelato. O impacto cultural foi tanto que até inspirou o nome de uma banda de ska, Save Ferris, nos anos 1990. Aproveite e relembre o trailer.

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    Estranhos no Paraíso permanece marcante após mais de 30 anos

    5 de novembro de 2016 /

    “Estranhos no Paraíso”, que volta aos cinemas em cópia remasterizada, costuma ser louvado como um dos filmes mais importantes do cinema indie dos anos 1980. O longa de 1984 de Jim Jarmusch marcou época com sua fotografia em preto e branco, cenas paradas e fade to blacks mais demorados do que o normal, passando uma sensação de estranheza e charme bem próprios. Mas em meio ao incômodo, causado também pelo modo como se comportam os personagens naquele cenário um tanto desolado, o filme é muito engraçado. Já foi notado que a situação de seus três personagens se compara a de pessoas vivendo em uma espécie de purgatório, de onde não conseguem escapar. Mesmo Eva (a ótima Ezter Balint), a húngara que chega aos Estados Unidos e se depara com aquele lugar imerso em tédio, não consegue evitar a situação, por mais que tente ter uma atitude mais ativa e positiva diante da vida. O problema é que sua energia parece sugada pelos dois rapazes a seu lado, que mais parecem mortos-vivos, cada um à sua maneira. O filme pode ser visto como uma crítica ao american way of life, mas Jarmusch vai além disso. Até em seus filmes mais recentes, o tédio e a falta de sentido na vida afetam personagens tão distintos quanto o cansado mulherengo vivido por Bill Murray em “Flores Partidas” (2005) e os vampiros existencialistas de “Amantes Eternos” (2013). Portanto, o incômodo de estar vivo parece uma tendência no cinema do diretor. Mas há algo que diferencia “Estranhos no Paraíso” dos demais longas do diretor, que é a forma. A forma dá substância ao conteúdo, ao fiapo de trama. O filme é composto de vários planos-sequência, filmados em preto e branco granulado, em que a câmera quase nunca sai do lugar. E na maioria das vezes fica confinada em espaços fechados, com os personagens assistindo televisão, principalmente. Mesmo quando eles vão ao cinema, o ar de cansaço ou de frustração com a vida está presente – a não ser pelo olhar bobão do personagem de Richard Edson, melhor amigo do protagonista Willie (o músico John Lurie). Poderia falar da tendência que retrata os personagens masculinos como idiotas, na velha tradição das obras de John Cassavetes – e assim como Cassavetes foi o rei do cinema indie americano nos anos 1960-70, pode-se dizer o mesmo de Jarmusch nos 1980-90 – , mas será essa a intenção do diretor? Talvez não. É palpável o carinho do cineasta por esses personagens. O ódio ou o desprezo podem surgir do julgamento do espectador, o que é natural. Faz parte da quebra de expectativas que o filme propõe. Uma subversão com mais de 30 anos e que ainda consegue instigar a imaginação.

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