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    Grande Prêmio do Cinema Brasileiro muda de nome e anuncia finalistas

    5 de julho de 2024 /

    Premiação vira Prêmio Grande Otelo, que já era o nome de seu troféu, e destaca "Mussum, o Filmis" e "O Sequestro do Voo 375" em suas indicações

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    Retrospectiva | Os 15 melhores filmes brasileiros de 2023

    31 de dezembro de 2023 /

    O cinema brasileiro sofreu com a falta de regulamentação de cotas em 2023. A maioria dos lançamentos ficou só uma semana em cartaz e até as maiores bilheterias viram o número de salas desabar após a estreia. Mas se alguns dos melhores filmes foram pouco vistos, não faltaram produções de qualidade, premiadas em festivais nacionais e internacionais. O listão destaca thrillers de ação, dramas politizados, documentários e cinebiografias.   PEDÁGIO   Com apenas dois longas, a brasileira Carolina Markowicz já é uma diretora reconhecida no circuito internacional. Seu primeiro longa-metragem, “Carvão”, foi selecionado para festivais renomados como Toronto e San Sebastián, estabelecendo sua reputação como uma cineasta inovadora e corajosa, e “Pedágio” repetiu a dose, inclusive com direito a prêmio, o Tribute Award, no Festival de Toronto como talento emergente. A obra emerge como um poderoso drama repleto de angústia e embate familiar, centrado em Suellen, uma cobradora de pedágio na estrada de Cubatão, que busca fazer dinheiro para financiar a participação de seu filho, Tiquinho, em uma controversa terapia de “cura gay”. O elenco, liderado por Maeve Jinkings (“Os Outros”), traz uma performance notável, capturando a essência de uma mãe dilacerada pelo conflito entre o amor pelo filho e as pressões sociais. O novato Kauan Alvarenga (que trabalhou no curta “O Órfão”, da diretora), por outro lado, dá vida a Tiquinho com uma mistura de vulnerabilidade e força, representando a juventude LGBTQIAP+ que luta por aceitação e amor em uma sociedade hostil, dominada por dogmas religiosos. “Pedágio” se destaca também por sua abordagem técnica, com cenários que refletem a solidão dos personagens e uma trilha sonora que aprimora a experiência emocional do filme. O elenco ainda inclui Thomás Aquino (também de “Os Outros”), Aline Marta Maia (“Carvão”) e Isac Graça (da série portuguesa “Três Mulheres”).   O SEQUESTRO DO VOO 375   O filme de ação dirigido por Marcus Baldini (“Bruna Surfistinha”) é baseado em um caso real ocorrido no Brasil durante a década de 1980, marcada por instabilidades econômicas e políticas. A trama gira em torno de Nonato (interpretado por Jorge Paz), um homem humilde do Maranhão frustrado com a falta de oportunidades e decepcionado com as promessas políticas não cumpridas. Em um ato de desespero, Nonato decide sequestrar um avião e jogá-lo contra o Palácio do Planalto, em Brasília, com o objetivo de assassinar o presidente José Sarney. O filme retrata a jornada de Nonato, sua determinação em cumprir a ameaça nos céus e o embate com o comandante Murilo (vivido por Danilo Grangheia), que se destaca na trama por suas habilidades de pilotagem e ações heroicas para salvar os passageiros. As cenas se desenrolam principalmente dentro do espaço claustrofóbico do antigo avião da VASP, mantendo a tensão durante toda a narrativa. A cinematografia e a direção habilmente capturam a emoção e o desespero dos personagens, alternando entre as expressões de Nonato, o comandante Murilo e os passageiros ansiosos. Apesar de alguns momentos em que os efeitos especiais evidenciam se tratar de uma produção brasileira (isto é, sem orçamento hollywoodiano), o filme mantém o espectador engajado com a história e a ação. A abordagem de Baldini faz mais que resgatar um dos momentos mais dramáticos da aviação brasileira, que, apesar de sua magnitude, permaneceu relativamente desconhecido do grande público. A obra também oferece uma narrativa profunda e humana por meio da interação entre os personagens principais, Nonato e Murilo, mostrando o potencial do cinema brasileiro para produzir obras dramáticas com suspense de alta qualidade.   NOITES ALIENÍGENAS   O grande vencedor do Festival de Gramado de 2022 traz um tema bastante atual: o impacto das facções criminosas na Amazônia, ameaçando a vida local. A trama se passa na periferia de Rio Branco, Acre, onde as vidas de três jovens amigos de infância se entrelaçam e, por fim, encontram-se em uma tragédia comum, em uma sociedade em transformação e impactada de forma violenta com a chegada do crime organizado na região. O longa de estreia de Sérgio de Carvalho (da série “O Olhar que Vem de Dentro”) venceu seis Kikitos em Gramado, incluindo Melhor Filme e três troféus de atuação, divididos entre Gabriel Knoxx (Melhor Ator), Chico Diaz (Melhor Ator Coadjuvante) e Joana Gatis (Melhor Atriz Coadjuvante), além de uma Menção Honrosa para Adanilo Reis (“Segunda Chamada”).   MEDUSA   O premiado filme de Anita Rocha da Silveira (“Mate-Me por Favor”) venceu o Festival de Rio e conquistou troféus em festivais internacionais importantes como San Sebastián, Sitges e Raindance. Num paralelo com a punição de Medusa pela deusa Atena, por não ser mais pura, a trama acompanha a jovem Mariana (Mari Oliveira, também de “Mate-Me por Favor”) numa cidade onde deve se esforçar ao máximo para manter a aparência de que é uma mulher perfeita. Para não cair em tentação, ela e suas amigas tentam controlar tudo e todas à sua volta. Num clima dominado pelo conservadorismo, a gangue de meninas “cristãs” assume para si a tarefa de punir as devassas, que fazem sexo fora do casamento, levando terror às ruas. O registro em tom de fábula neon do neoconservadorismo brasileiro conta com grande elenco global, incluindo Lara Tremouroux (“Rota 66: A Polícia que Mata”), Joana Medeiros (“Tropa de Elite”), Felipe Frazão (“Todxs Nós”), Bruna Linzmeyer (“O Grande Circo Místico”), Thiago Fragoso (“Travessia”) e João Oliveira (“Malhação”).   TIA VIRGINIA   O segundo longa de Fabio Meira (“As Duas Irenes”) venceu oito troféus no Festival de Gramado de 2023, incluindo o prêmio da Crítica e o de Melhor Atriz para Vera Holtz, que interpreta a personagem-título. A Tia Virgínia é uma senhora que, por não seguir os caminhos tradicionais de casamento e maternidade, assumiu o cuidado da mãe enferma. Sua rotina pacata é interrompida na véspera de Natal pela chegada de suas irmãs Vanda e Valquíria, interpretadas respectivamente por Arlete Salles e Louise Cardoso, além de familiares (Antônio Pitanga e outros), que se reúnem para festejar, mas desencadeiam uma série de conflitos e ressentimentos. Toda a história se desenrola num único dia, marcado pelos confrontos, tanto físicos quanto verbais, que destacam a disfuncionalidade da família e a maneira como essas relações moldaram a personagem principal. A casa, cheia de objetos e decorações que remetem a um passado que já não existe, simboliza o estado mental de Virgínia, que se recusa a aceitar o declínio de sua mãe e a realidade de sua situação​​. Para complicar, a casa e os pertences da matriarca são pontos de interesse para as irmãs, embora Virginia acredite que tenha mais direito por ter aberto mão da liberdade e de sonhos não realizados. A direção de arte premiada de Ana Mara Abreu confere à casa uma presença quase anímica, enriquecendo o cenário onde os dramas familiares se desenrolam. O roteiro premiado de Fabio Meira aborda de maneira sensível e crítica uma realidade comum na sociedade: o papel culturalmente imposto às mulheres como cuidadoras primárias no âmbito familiar, muitas vezes em detrimento de suas próprias vidas e aspirações. Virgínia reflete a figura de inúmeras mulheres que assumem a responsabilidade pelo cuidado de parentes enfermos ou idosos, um papel que frequentemente é esperado delas devido a normas de gênero enraizadas. Este aspecto do filme ressoa profundamente, evidenciando não só a dedicação e sacrifício da protagonista, mas também a complexidade e o peso emocional que acompanham essa escolha muitas vezes imposta, não escolhida. O filme também dá a Vera Holtz o melhor papel de sua carreira. Reconhecida por sua versatilidade e profundidade emocional em papéis anteriores, a atriz encarna a personagem-título com uma entrega que transita entre a força e a delicadeza, marcada por nuances que evidenciam não apenas o peso da responsabilidade que carrega como cuidadora, mas também suas camadas mais íntimas de frustração, amor e resiliência.   NOSSO SONHO   Maior bilheteria nacional do ano, o filme biográfico narra a história de Claudinho e Buchecha, interpretados pelos atores Lucas Penteado (“BBB 21”) e Juan Paiva (“Um Lugar ao Sol”). A produção conta como uma amizade de infância se tornou icônica, apresentando os desafios pessoais de Claudinho (Penteado) e Buchecha (Paiva), dos bastidores da fama às dificuldades enfrentadas rumo ao sucesso, antes do final trágico da dupla, com a morte de Claudinho num acidente de trânsito em 2001. A história é contada sob visão de Buchecha, que insistiu para que Claudinho aceitasse formar uma dupla. O destino dos artistas começa a ser traçado quando sua primeira música toca numa rádio local e eles assinam contrato nos anos 1990. A história dirigida por Eduardo Albergaria (“Happy Hour”) ainda é marcada por hits que marcaram época, como “Só Love”, “Coisa de Cinema” e a homônima “Nosso Sonho”, que embalam a trama. O elenco também conta com Tatiana Tiburcio (“Terra e Paixão”), Nando Cunha (“Os Suburbanos”), Clara Moneke (“Vai na Fé”), Antônio Pitanga (“Amor Perfeito”) e Isabela Garcia (“Anos Dourados”) entre outros. Há algumas simplificações narrativas, mas “Bohemian Rhapsody” cometeu os mesmos pecados. “Nosso Sonho” ainda compartilha os mesmos acertos do filme sobre Freddie Mercury, ao enfatizar a emoção de seus personagens, que de forma catártica também emociona o público.   PROPRIEDADE   Suspense em um contexto de tensão social, o filme brasileiro acompanha Teresa (interpretada por Malu Galli, de “Desalma”), cuja vida se transforma após um assalto traumático. Buscando tranquilidade, seu marido a leva para a fazenda da família em um carro blindado. Lá, eles enfrentam uma revolta dos trabalhadores, que reagem à perda iminente de seus empregos. A situação se agrava quando Teresa fica isolada dentro do veículo blindado, enquanto os trabalhadores protestam contra a decisão de transformar a fazenda em um resort. O início do filme, marcado por uma cena violenta gravada em vídeo de celular, estabelece o tom e aprofunda o trauma de Teresa. Este evento define seu caráter e suas ações subsequentes. O diretor Daniel Bandeira (“Amigos de Risco”) explora a dinâmica entre a proprietária e os trabalhadores da fazenda, destacando a crescente desesperança e a espiral de violência. Os trabalhadores, embora retratados em sua maioria como um grupo enfurecido, também têm seus momentos de dor e aspirações por um futuro melhor. A produção é eficaz como um thriller de sobrevivência, criando cenas de tensão e desconforto, especialmente em torno do carro blindado, que se torna tanto um refúgio quanto uma prisão para Teresa. Mas também é um filme de gênero que desafia o espectador a contemplar as nuances da luta de classes e suas implicações em uma sociedade fragmentada.   CASA VAZIA   O drama gaúcho oferece uma visão diferente dos pampas, ao acompanhar a vida de Raúl, um peão desempregado e pai de família que vive em uma casa isolada na imensidão solitária dos campos do Rio Grande do Sul. Assolado pela pobreza e a falta de trabalho, ele se junta a outros peões para roubar gado durante a escuridão. Mas uma noite, ao retornar da atividade criminosa, encontra sua casa vazia: sua mulher e filhos desapareceram. Com uma narrativa marcada por silêncios e uma sensação de isolamento, o filme oferece uma reflexão sobre a incomunicabilidade masculina e a impossibilidade de exteriorizar sentimentos e afetos – com Raúl constantemente olhando de forma melancólica para o nada. A trama também aborda a questão latifundiária, mostrando Raúl vivendo os dois lados da disputa. Estudo de personagem, a obra mostra a relação do peão com o ambiente ao seu redor, sendo engolido pelas vastas terras gaúchas. E para apresentar o universo regional de maneira muito autêntica, o ator principal, Hugo Nogueira, é um morador da região, escolhido pelo diretor Giovani Borba (“Banca Forte”) para fazer sua estreia como ator. Nogueira acabou premiado no Festival de Gramado, assim como o roteiro e a fotografia do longa.   MUSSUM, O FILMIS   Vencedora do Festival de Gramado de 2023, a cinebiografia retrata a vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994), o eterno Mussum. A narrativa é segmentada em três fases da vida do humorista: infância, onde é vivido por Thawan Lucas (“Pixinguinha, Um Homem Carinhoso”), juventude, por Yuri Marçal (“Barba, Cabelo e Bigode”), e a fase de sucesso, por Aílton Graça (“Galeria do Futuro”). Dirigido por Sílvio...

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    “Barbie” e “A Sociedade da Neve” lideram lista de pré-selecionados do Oscar 2024

    21 de dezembro de 2023 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA anunciou nesta quinta (21/12) uma lista de filmes pré-selecionados para o Oscar 2024 em 10 categorias. “Barbie” demonstrou sua popularidade, liderando a relação com cinco nomeações, graças à presença de três faixas na relação de Melhor Canção Original. O filme de Greta Gerwig também aparece na disputa de Melhor Trilha Sonora e Mixagem de Som. O Brasil ficou fora de todas as categorias – o principal candidato era “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, que tentava indicações como Melhor Filme Internacional e Documentário. Mas teve filme internacional se destacando. A produção espanhola da Netflix “A Sociedade da Neve”, do diretor J.A. Bayona, apareceu quatro vezes, logo atrás de “Barbie”. O detalhe é que “Barbie” só disputa três categorias, enquanto “A Sociedade da Neve” está pré-selecionado em quatro: Melhor Filme Internacional, Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais e Trilha Sonora. “O Assassino da Lua das Flores”, de Martin Scorsese, também apareceu quatro vezes, em Maquiagem e Penteado, Mixagem de Som, Trilha Sonora e Canção Original. Os cinco indicados (finalistas) de cada categoria serão anunciados no dia 23 de janeiro. Já a premiação está marcada para 10 de março. Veja a lista completa dos pré-selecionados ao Oscar 2024. Maquiagem e Penteado “Beau Tem Medo” “Ferrari” “Golda” “Assassino da Lua das Flores” “Drácula: A Última Viagem de Deméter” “Maestro” “Napoleão” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” “A Sociedade da Neve” Efeitos Visuais “Resistência” “Godzilla Minus One” “Guardiões da Galáxia Vol. 3” “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” “Napoleão” “Pobres Criaturas” “Rebel Moon – Parte 1: A Menina de Fogo” “A Sociedade da Neve” “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” Mixagem de Som “Barbie” “Resistência” “Ferrari” “O Assassino” “Assassino da Lua das Flores” “Maestro” “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” “Napoleão” “Oppenheimer” “Zona de Interesse” Trilha Sonora Original “American Fiction” “American Symphony” “Barbie” “O Menino e a Garça” “A Cor Púrpura” “Elementos” “Os Rejeitados” “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” “Assassino da Lua das Flores” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” “Saltburn” “A Sociedade da Neve” “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” “Zona de Interesse” Canção Original “It Never Went Away” de “American Symphony” “Dear Alien (Who Art In Heaven)” de “Asteroid City” “Dance The Night” de “Barbie” “I’m Just Ken” de “Barbie” “What Was I Made For?” de “Barbie” “Keep It Movin’” de “A Cor Púrpura” “Superpower (I)” de “A Cor Púrpura” “The Fire Inside” de “Flamin’ Hot” “High Life” de “Flora and Son” “Meet In The Middle” de “Flora and Son” “Can’t Catch Me Now” de “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” “Wahzhazhe (A Song For My People)” de “Assassino da Lua das Flores” “Quiet Eyes” de “Past Lives” “Road To Freedom” de “Rustin” “Am I Dreaming” de “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” Melhor Filme Internacional “Amerikatsi” (Armênia) “The Monk and the Gun” (Butão) “Bastarden” (Dinamarca) “Folhas de Outono” (Finlândia) “O Sabor da Vida” (França) “Das Lehrerzimmer” (Alemanha) “Terra de Deus” (Islândia) “Io Capitano” (Itália) “Dias Perfeitos” (Japão) “Totem” (México) “Kadib Abyad” (Marrocos) “A A Sociedade da Neve” (Espanha) “As 4 filhas de Olfa” (Tunísia) “20 Days in Mariupol” (Ucrânia) “Zona de Interesse” (Inglaterra) Documentário em Longa-metragem “American Symphony” “Apolonia, Apolonia” “Beyond Utopia” “Bobi Wine: The People’s President” “Desperate Souls, Dark City and the Legend of Midnight Cowboy” “The Eternal Memory” “Four Daughters” “Going to Mars: The Nikki Giovanni Project” “In the Rearview” “Stamped from the Beginning” “Still: A Michael J. Fox Movie” “A Still Small Voice” “32 Sounds” “To Kill a Tiger” “20 Days in Mariupol” “The ABCs of Book Banning” “The Barber of Little Rock” “Bear” “Between Earth & Sky” “Black Girls Play: The Story of Hand Games” “Camp Courage” “Deciding Vote” “How We Get Free” “If Dreams Were Lightning: Rural Healthcare Crisis” “Island in Between” “The Last Repair Shop” “Last Song from Kabul” “Nǎi Nai & Wài Pó” “Oasis” “Wings of Dust” Documentário de curta-metragem “The ABCs of Book Banning” “The Barber of Little Rock” “Bear” “Between Earth & Sky” “Black Girls Play: The Story of Hand Games” “Camp Courage” “Deciding Vote” “How We Get Free” “If Dreams Were Lightning: Rural Healthcare Crisis” “Island in Between” “The Last Repair Shop” “Last Song from Kabul” “Nǎi Nai & Wài Pó” “Oasis” “Wings of Dust” Curta-metragem de Animação “Boom” “Eeva” “Humo (Smoke)” “I’m Hip” “A Kind of Testament” “Koerkorter (Dog Apartment)” “Letter to a Pig” “Ninety-Five Senses” “Once upon a Studio” “Our Uniform” “Pachyderme” “Pete” “27” “War Is Over! Inspired by the Music of John & Yoko” “Wild Summon” Curta-metragem de Ação “The After” “The Anne Frank Gift Shop” “An Avocado Pit” “Bienvenidos a Los Angeles” “Dead Cat” “Good Boy” “Invincible” “Invisible Border” “Knight of Fortune” “The One Note Man” “Red, White and Blue” “The Shepherd” “Strange Way of Life” “The Wonderful Story of Henry Sugar”

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    Brasil fica fora do Oscar 2024, excluído em todas as categorias

    21 de dezembro de 2023 /

    O Brasil ficou mais uma vez fora da disputa do Oscar 2024. O principal candidato brasileiro era um documentário, “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, que tentava indicações em duas categorias: Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário. Além dele, “Elis & Tom” também buscava uma nomeação dentre os documentários da competição, e “Big Bang”, de Carlos Segundo, visava lugar na disputa de Melhor Curta-metragem. Todos estão fora do páreo. A relação dos filmes pré-qualificados foi anunciada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA nesta quinta (21/12), incluindo várias categorias. O Brasil não emplaca um indicado na disputa de longa-metragem internacional há 24 anos, desde o excelente “Central do Brasil” em 1999, que também rendeu indicação a Fernanda Montenegro como Melhor Atriz. Em 2008, “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias” chegou perto, passando pela primeira peneira, mas acabou não sendo incluído na lista final da Academia. Apesar de ter sido exibido no Festival de Cannes, “Retratos Fantasmas” foi uma escolha fraca da Academia Brasileira, já que o filme de Kleber Mendonça Filho não disputou prêmio no festival nem contava com premiações em eventos cinematográficos de peso, tornando sua exclusão mais que esperada. Entre os que seguem na disputa destacam-se justamente alguns filmes premiados em Cannes, entre eles o finlandês “Folhas de Outono”, de Aki Kaurismäki, vencedor do Prêmio do Júri, e o inglês “Zona de Interesse”, de Jonathan Glazer, que levou o Grande Prêmio do Júri. Mas, ironicamente, o filme premiado com a Palma de Ouro ficou de fora por opção de seu país. A França não inscreveu “Anatomia de Uma Queda”, de Justine Triet, que ainda concorre ao Globo de Ouro, Critics Choice e Spirit Awards na categoria. Em vez disso, optou por “O Sabor da Vida”, que rendeu ao vietnamita Anh Hung Tran o prêmio de Melhor Direção em Cannes. O longa também passou pela triagem da Academia e está na lista dos pré-selecionados. A produção espanhola da Netflix “Sociedade da Neve”, do diretor J.A. Bayona, é outra favorita assumida, principalmente após aparecer em outras categorias divulgadas pela Academia – também está nomeada a Melhor Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais e Trilha Sonora. Teoricamente, o Brasil ainda pode conseguir uma indicação em Animação com “Perlimps”, porque este ano o Oscar não divulgou listas de pré-qualificados da categoria. O problema é que o filme de Alê Abreu (que já disputou o Oscar com “O Menino e o Mundo”) não aparece em nenhuma lista da imprensa hollywoodiana como cotado e nem sequer tem críticas publicadas no Rotten Tomatoes. Nos fóruns americanos de discussão do Oscar, a impressão é que ninguém sabe que o filme existe. Os cinco indicados (finalistas) de cada categoria serão anunciados no dia 23 de janeiro. Já a premiação está marcada para 10 de março. Confira abaixo a lista dos filmes pré-selecionados na categoria de Melhor Filme Internacional. “Amerikatsi” (Armênia) “The Monk and the Gun” (Butão) “Bastarden” (Dinamarca) “Folhas de Outono” (Finlândia) “O Sabor da Vida” (França) “Das Lehrerzimmer” (Alemanha) “Terra de Deus” (Islândia) “Io Capitano” (Itália) “Dias Perfeitos” (Japão) “Totem” (México) “Kadib Abyad” (Marrocos) “A Sociedade da Neve” (Espanha) “As 4 filhas de Olfa” (Tunísia) “20 Days in Mariupol” (Ucrânia) “Zona de Interesse” (Inglaterra)

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    Estreias | 10 séries e 5 filmes para ver em streaming

    20 de outubro de 2023 /

    O melhor do streaming da semana não cabe num Top 10. Só de séries há 10 opções imperdíveis nas plataformas mais populares, enquanto as locadoras digitais recebem 5 filmes recém-saídos dos cinemas, oferecidos em VOD. Entre as séries, destacam-se a esperada 7ª temporada da espanhola “Elite”, que traz a cantora Anitta em seu elenco, além de novas minisséries de suspense, como “Garotas em Chamas” na Paramount+ e “Corpos” na Netflix, mais super-heróis, comédias e aventuras. Uma das maiores curiosidades é a coprodução portuguesa “Codex 632” na Globoplay, que apresenta uma trama de mistério ao estilo de “O Código Da Vinci” com Deborah Secco em seu elenco. Na lista de filmes, os destaques são “A Freira 2”, terror de maior bilheteria do ano, o documentário “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, que representa o Brasil na busca por uma vaga no Oscar 2023, e mais três títulos vindos do circuito cinematográfico: “Gran Turismo – De Jogador a Corredor”, “Drácula – A Última Viagem do Demeter” e a cinebiografia musical “A Era de Ouro”. Para aproveitar bem a diversidade de opções, confira abaixo um pouco mais sobre cada título e decida se o programa do fim de semana será maratona ou cinema em casa.   10 SÉRIES   ELITE 7 | NETFLIX   Os novos capítulos marcam a estreia de Anitta na série teen espanhola, como professora de defesa pessoal de Sara (Carmen Arrufat). Além disso, a 7ª temporada destaca a volta do ator Omar Ayuso, que interpretou o personagem Omar durante as cinco primeiras temporadas do programa. Os espectadores também verão mais da aventura de Nico (Ander Puig) e Sonia (Nadia Al Saidi), a chegada de uma mãe perdida e misteriosa na vida de um dos personagens e um romance estilo Romeu e Julieta da máfia. O elenco ainda inclui o brasileiro André Lamoglia (“Juacas”) e a argentina Valentina Zenere (“Sou Luna”), e ganhará novos personagens vividos por Mirela Balić (“Código: Imperador”), Fernando Lindez (“SKAM”), Iván Mendes (“O Caderno de Sara”), Alejandro Albarracín (“O Inocente”) e os veteranos Maribel Verdú (“O Labirinto do Fauno”) e Leonardo Sbaraglia (“Dor e Glória”). Lançada em 2018, a série conquistou o público por combinar melodrama com investigações criminais e cenas de sexo entre adolescentes. Diante do sucesso, já se tornou a série espanhola mais longa da Netflix – e vai se tornar a mais duradoura de todas na plataforma em sua 8ª temporada, já anunciada.   GAROTAS EM CHAMAS | PARAMOUNT+   O suspense britânico acompanha a Reverenda Jack Brooks (interpretada por Samantha Morton, de “The Walking Dead”), que chega a uma nova paróquia com sua filha Flo (Ruby Stokes, de “Lockwood and Co.”) na esperança de um novo começo. Entretanto, o vilarejo bucolico de Chapel Croft, em Sussex, é assombrado por um passado sombrio: há cinco séculos, duas garotas protestantes foram queimadas na fogueira e, há 30 anos, duas adolescentes desapareceram sem deixar rastros. Além disso, o antecessor de Jack se enforcou na igreja há três meses. A despeito da atmosfera sombria, Jack e Flo decidem permanecer na vila, mesmo quando um kit de exorcismo é deixado à porta da Igreja, revelando que as ameaças de Chapel Croft não são apenas históricas. Baseada no best-seller de C.J. Tudor, a minissérie se aprofunda na investigação desses mistérios, com Jack e Flo enfrentando visões e descobertas perturbadoras. A hostilidade dos aldeões, em especial do zelador da igreja (David Dawson, de “The Last Kingdom”) e do proprietário de terras local (Rupert Graves, de “Emma.”), revelam um emaranhado de segredos e relações de poder. O vilarejo, com seu passado de traição e desaparecimentos misteriosos, é um personagem à parte na trama, contribuindo para a atmosfera de suspense e terror que permeia a narrativa. A obra foi adaptada pelos roteiristas Hans Rosenfeldt (criador de “Marcella”) e Camilla Ahlgren (criadora de “Barracuda Queens”), e tem direção de Charles Martin (“His Dark Materials”) e Kieron Hawkes (“Fortitude”).   CORPOS | NETFLIX   A minissérie criminal britânica é baseada na graphic novel homônima de Si Spencer. A trama se passa em quatro décadas diferentes, abrangendo 150 anos, em que quatro detetives investigam o assassinato do mesmo corpo, que é inexplicavelmente encontrado várias vezes no mesmo local em Whitechapel, em Londres. A narrativa singular começa nos anos 1890, quando o detetive Edmond Hillinghead investiga um homicídio em um contexto dominado pelos crimes de Jack, o Estripador. Avançando para os anos 1940, Charles Whiteman descobre um cadáver em meio aos escombros da Blitz em Londres. Já na década de 2010, a detetive Sahara Hasan encontra um corpo não identificado no mesmo local. Por fim, no ano de 2050, a detetive Maplewood depara-se com o assassinato em um mundo pós-apocalíptico. Shira Haas (“Nada Ortodoxa”) vive Maplewood, Jacob Fortune-Lloyd (“O Gambito da Rainha”) é Whiteman, Amaka Okafor (“Sandman”) interpreta Hasan e Kyle Soller (“Anna Karenina”) tem o papel de Hillinghead. Cada um deles faz suas próprias descobertas sombrias sobre o cadáver. Além deles, o elenco destaca Stephen Graham (“Peaky Blinders”). O roteiro é assinado por Paul Tomalin, conhecido por “No Offence” e “Torchwood”, e a produção corre por conta da equipe responsável por “Peaky Blinders”.   PATRULHA DO DESTINO 4 – PARTE 2 | HBO MAX   A equipe mais bizarra da DC retorna para concluir a série em seus seis últimos episódios. A narrativa retoma do ponto onde pausou em janeiro, trazendo de volta o time excêntrico de super-heróis que, após uma armadilha, perde sua imortalidade e precisa enfrentar o supervilão Immortus. A trama mergulha no tema da mortalidade, uma reflexão constante ao longo da série, agora trazida à tona pela ameaça de Immortus, equilibrando momentos de ação, humor e reflexões profundas sobre vida e morte. Os capítulos exploram as consequências das decisões tomadas pelos membros da Patrulha do Destino, além de destacar suas interações e sentimentos mútuos. O destaque recai sobre os atores principais que, através de atuações convincentes, exploram a evolução emocional e os dilemas enfrentados pelos heróis, culminando em um clímax que ressalta a união e a aceitação de suas individualidades. Desenvolvida por Jeremy Carver (“The Exorcist”), a série é estrelada por April Bowlby (a Stacy de “Drop Dead Diva”) como Mulher-Elástica, Diane Guerrero (a Martiza de “Orange Is the New Black”) como Crazy Jane, Joivan Wade (Rigsy na série “Doctor Who”) como Ciborgue, além de Brendan Fraser (“A Baleia”) e Matt Bomer (de “White Collar” e “American Horror Story”) como dubladores e intérpretes das cenas de flashback dos personagens Homem-Robô e Homem Negativo, respectivamente. Para completar, Michelle Gomez (“O Mundo Sombrio de Sabrina”), introduzida no terceiro ano como a vilã Madame Rouge, também segue no elenco como uma versão regenerada de sua personagem.   WHAT WE DO IN THE SHADOWS 5 | STAR+   A série criada por Jemaine Clement (“Flight of the Conchords”) e baseada no filme homônimo de 2014 dirigido por Clement e Taika Waititi (“Thor: Amor e Trovão”), possui uma abordagem humorística peculiar ao explorar as tradições vampíricas em contraste com a vida moderna. Os protagonistas são dois vampiros antiquados e uma vampira que não aceita desaforos, e ainda há um vampiro enérgico (que suga energias com sua chatice) e um assistente humano. Nos novos capítulos, Guillermo, o humano, almeja transformar-se em um vampiro e toma medidas para alcançar seu objetivo, desencadeando consequências inesperadas. Além disso, a série continua a apresentar situações humorísticas e absurdas, como a primeira incursão dos vampiros em um shopping. O elenco é formado por Matt Berry (da saudosa série “The IT Crowd”), Natasia Demetriou (“Year Friends”), Kayvan Novak (“As Aventuras de Paddington”), Harvey Guillen (“The Magicians”) e Mark Proksch (“The Office”), além de contar com a participação especial de Kristen Schaal (“O Último Cara da Terra”). A série já se encontra renovada até a 6ª temporada.   UPLOAD 3 | PRIME VIDEO   Primeira série criada por Greg Daniels desde o fim de “Parks and Recreation” em 2015, a comédia de ficção científica é uma espécie de “The Good Place” digital e capitalista, que se passa numa época em que os seres humanos podem continuar existindo após a morte, por meio do upload de suas consciências num céu virtual. Mas o negócio é caro e apenas os muito ricos conseguem uma pós-vida deluxe. Na trama, o remediado protagonista Nathan (vivido por Robbie Amell, o Nuclear da série “The Flash”) só vai pro céu porque Ingrid (Allegra Edwards, de “Briarpatch”), sua namorada rica e fútil, quer continuar a vê-lo via realidade virtual. Ao ter a consciência enviada para o paraíso, Nathan também passa a conviver com Nora (Andy Allo, de “A Escolha Perfeita 3”), funcionária responsável pelo atendimento aos clientes desse negócio, e os dois acabam se conectando de formas que não poderiam esperar. A 3ª temporada extrapola o triângulo amoroso ao mostrar um “download” de Nathan, que volta para o mundo real, onde passa a viver um romance com Nora. Só que Ingrid não se conforma com seu desparecimento do céu virtual e recria o namorado com um arquivo antigo de sua consciência. Com isso, Nathan se multiplica em dois e passa a experimentar simultaneamente uma vida real e outra virtual.   HOW TO BE CARIOCA | STAR+   A nova série de Carlos Saldanha, diretor das animações “A Era do Gelo”, “Rio” e “Ferdinando”, e criador de “Cidade Invisível”, traz Seu Jorge e outros atores mostrando a hospitalidade carioca para turistas gringos, em clima leve de comédia. A trama é baseada no livro da americana Priscilla Goslin, lançado em 1992, que descreve, de maneira cômica, hábitos e manias dos cariocas. Na adaptação, turistas da Alemanha, Argentina, Israel, Angola e Síria vivem aventuras durante experiências com a cultura local do Rio de Janeiro. São seis episódios de 40 minutos e cada um é apresentado como um manual de sobrevivência carioca. O elenco também inclui Débora Nascimento, Douglas Silva, Nego Ney, Raquel Villar, Malu Mader, Heloísa Jorge, Dan Ferreira, Mart’Nalia, Sérgio Loroza, Nando Cunha, Verónica Llinás, Andrea Frigerio, Peter Ketnath, Ahmad Kontar, Swell Ariel Or, Lelis Twevekamba e a cantora Fernanda Abreu. Já a equipe de produção e criação é formada por Carlos Saldanha, Diogo Dahl (“Novo Mundo”) e Joana Mariani (“O Cheiro do Ralo”), com Saldanha assinando ainda a direção artística e Joana, a direção geral. Para completar, a trilha sonora traz Maria Gadú.   CODEX 632 | GLOBOPLAY   Espécie de “O Código Da Vinci” português, a série é baseada num best-seller de José Rodrigues dos Santos e foi coproduzida pela Globoplay e a RTP. A aventura gira em torno de Tomás de Noronha, professor universitário contratado para continuar uma investigação aberta pelo seu falecido mentor, Martinho Toscano, que morreu no Rio de Janeiro em circunstâncias misteriosas. Perito em criptanálise e línguas antigas, o personagem tenta descodificar uma cifra e um segredo: a verdadeira identidade e missão do navegador Cristóvão Colombo ao “descobrir” a América, algo que pode mudar radicalmente a percepção coletiva da História do mundo. Lançado em 2005, “Codex 632” foi o primeiro dos livros com aventuras de Tomás de Noronha, que se transformaram numa franquia com mais de uma dezena de títulos publicados. O ator português Paulo Pires, conhecido dos brasileiros por sua participação na novela dos anos 1990 “Salsa e Merengue”, da Globo, vive o papel principal. Ele também esteve recentemente na série espanhola “White Lines”, da Netflix. Além disso, a produção conta com participação de artistas brasileiras, com destaque para Deborah Secco, que vive a esposa do protagonista, além de Betty Faria e Paulo Borges.   DOONA! | NETFLIX   O K-drama romântico é baseado num webtoon popular e acompanha Joon, um estudante universitário que, ao se mudar para um novo apartamento no seu primeiro dia de faculdade, surpreende-se ao descobrir que a ex-estrela do K-Pop Lee Doo-na mora no mesmo prédio. Logicamente, ele não consegue resistir a seu charme brutal. Mas conquistar a idol, cuja personalidade explosiva afasta quem está perto, não será tarefa fácil, mesmo que consiga descobrir os segredos que ela esconde. A atriz e cantora Bae Suzy (“Apostando Alto”), ex-integrante do grupo Miss A, dá vida à Lee Doo-na, enquanto Yang Se-Jong (“Dr....

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    “Retratos Fantasmas” é o representante do Brasil no Oscar 2024

    12 de setembro de 2023 /

    Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou nesta terça-feira (12/9) que “Retratos Fantasmas”, documentário de Kleber Mendonça Filho, será o representante do Brasil na busca por uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional. O longa é o segundo documentário escolhido para representar o país na categoria. Em 2021, “Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou”, de Bárbara Paz, foi o candidato oficial. A predileção por documentários começou após “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, ser indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2020. Entretanto, filmes do gênero nunca venceram o Oscar de Melhor Filme Internacional e o Brasil não tem um representante indicado na categoria desde “Central do Brasil” em 1999. Os outros finalistas da disputam eram “Estranho Caminho”, de Guto Parente, “Noites Alienígenas”, de Sergio de Carvalho, “Nosso Sonho — A História de Claudinho e Buchecha” (foto), de Eduardo Albergaria, “Pedágio”, de Carolina Markowicz, e “Urubus”, de Claudio Borrelli, selecionados a partir de uma lista de 28 obras inscritas. Trama e expectativas de “Retratos Fantasmas” “Retratos Fantasmas” tem o centro da cidade do Recife como personagem principal. Dividido em três capítulos, a obra explora as memórias do diretor de “Bacurau” e “Aquarius”, principalmente sua cinefilia. Mendonça Filho mistura vídeos caseiros antigos com suas próprias filmagens, e se aventura para explorar os cinemas de rua de sua infância, que alimentaram sua obsessão, mas que em sua maioria fecharam, vítimas da decadência urbana e da concorrência dos multiplexes suburbanos. Ele também explora o futuro alternativo dessas salas, visitando aquelas que foram transformadas em igrejas evangélicas, refletindo as tendências religiosas no Brasil moderno. Na disputa por destaque na temporada de prêmios do final do ano, o filme terá a ajuda da distribuidora Grasshopper, que promoverá seu lançamento nos Estados Unidos. “Retratos Fantasmas” fez sua estreia no Festival de Cannes e está em exibição no Festival de Toronto. Em cartaz nos cinemas brasileiros, o longa soma um dos maiores públicos para documentários no país, visto por aproximadamente 50 mil pessoas. Veja o trailer abaixo.

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    Seis filmes brasileiros avançam na seleção para vaga no Oscar 2024

    5 de setembro de 2023 /

    A comissão designada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para definir a indicação brasileira ao Oscar 2024 chegou a seis finalistas após sua primeira reunião, que analisou uma lista de 28 obras inscritas. Os filmes selecionados são “Estranho Caminho” de Guto Parente, “Noites Alienígenas” de Sergio de Carvalho, “Nosso Sonho — A História de Claudinho e Buchecha” de Eduardo Albergaria, “Pedágio” de Carolina Markowicz, “Retratos Fantasmas” de Kleber Mendonça Filho e “Urubus” de Claudio Borrelli.   Saiba mais sobre os filmes Entre os selecionados, “Retratos Fantasmas”, que já se encontra em cartaz, é o único documentário. A produção retrata a relação do diretor com cinemas de rua no Centro de Recife. Foi exibido no Festival de Cannes, fora de competição. Em polo oposto na lista está “Nosso Sonho”, em que Lucas Penteado e Juan Paiva assumem os papéis de Claudinho e Buchecha. A cinebiografia é um título de apelo mais popular, com estreia marcada para 21 de setembro. Os demais são obras premiadas, inclusive no exterior. “Estranho Caminho”, premiado no Festival de Tribeca, em Nova York, aborda a jornada de um cineasta retido na cidade natal devido à pandemia e forçado a reestabelecer relação com o pai distante. “Noites Alienígenas” alcançou notoriedade como vencedor do Festival de Gramado do ano passado e fez história como primeiro filme acreano a conseguir lançamento comercial. Por fim, “Pedágio” centra-se na trajetória de uma mãe que começa a cometer ilegalidades para financiar o controverso tratamento de “cura gay” para o filho. Ainda inédito, o longa será exibido no Festival de Toronto e também integra a mostra competitiva da Première Brasil do Festival do Rio.   Resultado A decisão final da seleção será divulgada na próxima terça-feira (12/9), em novo encontro da comissão composta por profissionais renomados da indústria cinematográfica brasileira. O escolhido ainda terá que disputar espaço entre os indicados internacionais de mais de 90 países para conseguir uma vaga entre os cinco finalistas da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. O Brasil não emplaca um indicado na disputa de longa-metragem internacional há 24 anos, desde o excelente “Central do Brasil” em 1999, que também rendeu indicação a Fernanda Montenegro como Melhor Atriz.

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    Conheça os filmes brasileiros que tentam concorrer ao Oscar 2024

    29 de agosto de 2023 /

    A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais divulgou a lista de 28 filmes elegíveis para sua seleção da indicação na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2024. Para serem elegíveis, os filmes não podem ter sido exibidos em televisão aberta ou fechada, nem em plataformas de streaming, antes de um lançamento comercial de pelo menos sete dias em salas de cinema. Uma comissão de 23 membros vinculados ao mercado audiovisual brasileiro, composta por profissionais como Affonso Beato, Carlos Alberto Mattos e Virginia Cavendish, será responsável pela seleção. Em caso de empate, a presidente da comissão, Ilda Santiago, sócia do Grupo Estação, terá o voto de desempate. Num primeiro momento, serão escolhidos seis finalistas, que serão anunciados no dia 5 de setembro. Já o filme escolhido para representar o Brasil será anunciado no dia 12 de setembro.   Disputa diversificada A relação dos concorrentes é variada e inclui filmes de ficção, documentários e animações. Há cinebiografias ainda inéditas no cinema, como “Nosso Sonho”, que narra a trajetória da dupla de funk melody Claudinho e Buchecha, e “Angela”, sobre o assassinato de Angela Diniz, documentários badalados como “Retratos Fantasmas”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, e o musical “Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você”, e obras premiadas no exterior, casos de “Medusa” de Anita Rocha Oliveira e “Regra 34” de Julia Murat, entre outros. Confira a lista completa abaixo. “A Primeira Morte de Joana” (Lança Filmes), de Cristiane Oliveira “Angela” (Downtown/Paris), de Hugo Prata “Chef Jack, o Cozinheiro Aventureiro” (Sony), de Guilherme Fiuza Zenha “Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você” (O2 Play), de Roberto de Oliveira “Estranho Caminho” (Embaúba Filmes), de Guto Parente “Jair Rodrigues – Deixa que Digam” (Elo Studios), de Rubens Rewald “Mais Pesado é o Céu” (Sereia Filmes), de Petrus Cariry “Medusa” (Vitrine Filmes), de Anita Rocha da Silveira “Ninguém é de Ninguém” (Sony), de Wagner de Assis “Noites Alienígenas” (Vitrine Filmes), de Sergio de Carvalho “Nosso Sonho” (Manequim Filmes), de Eduardo Albergaria “O Alecrim e o Sonho” (Livres Filmes), de Valerio Fonseca “O Espaço Infinito” (Pandora Filmes), de Leo Bello “O Faixa Preta – A Verdadeira História de Fernardo Tererê” (Imagem Filmes), de Caco Souza “O Homem Cordial” (O2 Play), de Ibere Carvalho “O Mestre da Fumaça” (Lança Filmes), de André Sigwalt e Augusto Soares “O Rio do Desejo” (Gullane), de Sergio Machado “Pedágio” (Paris Filmes), de Carolina Markowicz “Perdida” (Disney), de Luiza Shelling Tubaldini “Perlimps” (Vitrine Filmes), de Alê Abreu “Raquel 1:1” (O2 Play), de Mariana Bastos “Regra 34” (Imovision), de Julia Murat “Retratos Fantasmas” (Vitrine Filmes), de Kleber Mendonça Filho “Segundo Tempo” (Pandora Filmes), de Rubens Rewald “Sinfonia de um Homem Comum” (Bretz Filmes), de José Joffily “Tia Virginia” (Elo Studios), de Fabio Meira “Tração” (Cinecolor Films Brasil), de André Luís “Urubus” (O2 Play), de Claudio Borrelli

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    “Gran Turismo” e novo terror de “Drácula” estreiam nos cinemas

    24 de agosto de 2023 /

    A programação de cinema desta semana destaca a adaptação do game “Gran Turismo” e uma nova versão de “Drácula”, centrada num capítulo específico da obra de Bram Stoker. A lista também inclui dois thrillers estrelados pelos veteranos Liam Neeson e Morgan Freeman, além do primeiro longa documental de Kleber Mendonça Filho, o premiado diretor de “Bacurau”. Confira abaixo mais detalhes dos filmes que estreiam na quinta-feira (24/8).   GRAN TURISMO – DE JOGADOR A CORREDOR   Baseado no famoso jogo de corrida do PlayStation, o filme narra a história real de Jann Mardenborough, um campeão de “Gran Turismo”, que entra em uma competição patrocinada pela Nissan para encontrar jogadores capazes de se tornarem pilotos reais. A trama se destaca por conseguir criar uma narrativa a partir de um jogo que originalmente não possui uma história definida. Embora siga uma fórmula esportiva familiar, com o treinador durão, o rival carismático, sucessos, fracassos e a inevitável volta por cima no terceiro ato, a transição de Jann de um jogador virtual para um piloto real é habilmente retratada, com destaque para elementos visuais que mesclam o mundo dos jogos com a realidade. Por conta dos clichês, porém, a obra teve apenas 58% de aprovação da crítica americana, na média apurada pelo Rotten Tomatoes. O papel principal é vivido por Archie Madekwe (“See”), enquanto o elenco também destaca Djimon Hounsou (“Guardiões da Galáxia”) como seu pai, David Harbour (“Stranger Things”) como seu treinador e Orlando Bloom (“Carnival Row”) na pele de um executivo do marketing que vê potencial comercial no novo piloto. Já a direção é do sul-africano Neill Blomkamp, que até então só tinha dirigido filmes de ficção científica, como “Distrito 9” e “Elysium”.   DRÁCULA – A ÚLTIMA VIAGEM DO DEMÉTER   Dramatização estendida de um breve capítulo do clássico literário “Drácula”, de Bram Stoker, o filme se passa em 1897, a bordo de um navio russo chamado Demeter, que carrega caixões sinistros em sua viagem da Romênia para a Inglaterra. A jornada é marcada por uma série de mortes e horrores indescritíveis, culminando na chegada do navio vazio ao seu destino. A narrativa, extraída dos detalhes do diário do capitão, descreve como o Conde Drácula sai de seu caixão à noite e causa estragos, atacando primeiro os animais a bordo e depois a tripulação. A história também inclui uma mulher chamada Anna, não incluída no capítulo original, uma noiva do vampiro que também sai de seu caixão, mas para tentar ajudar a tripulação. Dirigido pelo norueguês André Øvredal, que ficou conhecido por terrores indies como “O Caçador de Troll” e “A Autópsia”, o filme apresenta uma cinematografia que contribui para a atmosfera sombria da história. A representação de Drácula, interpretada por Javier Botet, é inspirada no visual de “Nosferatu”, e os efeitos especiais são usados para realçar os momentos de terror. Com um clima retrô, a produção lembra tanto os longas da antiga produtora britânica de terror Hammer quando a claustrofobia de “Alien”, em que um monstro começa a matar, um por um, toda a tripulação isolada na vastidão do espaço/mar. O elenco inclui Corey Hawkins (“Tempestade”) como o principal protagonista, Aisling Franciosi (“Imperdoável”) como Anna e Liam Cunningham (“Game of Thrones”) como o capitão da nau dos condenados.   A CHAMADA   O novo thriller de ação estrelado por Liam Neeson (“Assassino Sem Rastro”) é um remake do espanhol “El Desconocido” (2015), que também já rendeu uma versão sul-coreana, “Ligação Explosiva” (2021) – exibida em novembro do ano passado no Brasil. A trama começa em uma manhã aparentemente normal, mas que rapidamente se transforma em um pesadelo. O protagonista conduz seus dois filhos em seu carro quando recebe uma ligação misteriosa informando que há uma bomba no veículo, que será detonada caso tente parar. Após ser convencido da seriedade da ameaça, o pai faz tudo que pode pela sobrevivência de sua família, enquanto o interlocutor não identificado o força a cometer crimes. O enredo também lembra o clássico “Velocidade Máxima”, ao desencadear uma perseguição em alta velocidade pela cidade. Dirigido por Nimród Antal (“Predadores”), o elenco ainda conta com Matthew Modine (“Stranger Things”), Noma Dumezweni (“Bem-Vindos à Vizinhança”), Jack Champion (“Pânico 6”), Lilly Aspell (“Mulher-Maravilha 1984”) e Embeth Davidtz (“Influencer de Mentira”).   MUTI – CRIME E PODER   O suspense trash destaca Morgan Freeman (“Truque de Mestre”) no papel de um especialista em um caso de serial killer. A trama segue uma série de assassinatos que vão de Roma ao Mississippi, ligados a um aspecto obscuro de um ritual sul-africano chamada “Muti”, que envolve o uso de partes de um corpo numa feitiçaria. O personagem de Freeman é um professor de estudos africanos, que é trazido à investigação para ajudar a decifrar as evidências bizarras, reconhecendo a presença de “muti”. O vilão, um africano com cicatrizes chamado Randoku (interpretado pelo ex-jogador de futebol americano Vernon Davis), é apoiado por um rico empresário, enquanto um dos policiais (Cole Hauser, de “Yellowstone”) tenta resolver o caso motivado pela morte de sua filha. A direção é de George Gallo, especialista em thrillers de baixo orçamento, que já tinha trabalhado com Freeman em “A Rosa Venenosa” (2019) e possui a inabalável reputação de raramente fazer filmes bons. Nem a presença de seis roteiristas e 18 produtores diferentes conseguiu impedir seu novo longa de ser considerado lixão, com apenas 11% de aprovação no Rotten Tomatoes.   SEM DEIXAR RASTROS   O drama polonês é baseado num caso real e notório de assassinato, que aconteceu em 1983. A trama começa com o estudante Grzegorz Przemyk (Mateusz Górski) e seu amigo Jurek (Tomasz Ziętek) celebrando o fim do ensino médio em Varsóvia, quando são abordados pela milícia e levados à delegacia, onde Grzegorz é brutalmente espancado. A história segue a luta de Jurek, a única testemunha do crime, e da mãe de Grzegorz, a poeta e ativista Barbara Sadowska (Sandra Korzeniak), para levar os culpados à justiça, enfrentando a corrupção e a intimidação do governo comunista. Dirigido por Jan P. Matuszyński (“Deep Love”), o longa é meticuloso em detalhes, capturando a atmosfera dos anos 1980 e a tensão política da época. A narrativa traça cuidadosamente as manobras políticas, acordos, acobertamentos e coerção que definiram a tentativa do estado de se esquivar da responsabilidade pelo assassinato. Mas o ritmo lento e a duração de 160 minutos podem se tornar uma experiência desafiadora para o espectador.   O ACIDENTE   O primeiro longa do diretor gaúcho Bruno Carboni foi premiado por seu roteiro no Festival Internacional de Pequim, na China. A trama segue Joana (Carol Martins), uma ciclista que sofre um atropelamento inusitado após confrontar uma motorista que a fechou no trânsito. Carregada no capô do carro por alguns metros, Joana sai aparentemente ilesa, mas o vídeo do incidente viraliza, e ela se vê obrigada a lidar com as consequências que se desenrolam a partir disso. A narrativa é bem amarrada, com cada ação reverberando em uma consequência direta, e o atropelamento e suas reverberações ocasionam voltas e revoltas abruptas na vida de Joana. Carboni já havia demonstrado seu talento no curta-metragem “O Teto Sobre Nós”, que competiu no prestigiado Festival de Locarno, na Suíça, e faturou o troféu de Melhor Direção no 43º Festival de Gramado. Graças a este trabalho, ele foi selecionado para participar do Berlinale Talents em 2016 e da Locarno Filmmakers Academy em 2015, programas que reúnem jovens talentos promissores do cinema mundial. Para completar, desenvolveu o roteiro de “O Acidente” no laboratório do Torino Film Lab em 2018, na Itália. Sua habilidade para ir direto ao ponto, sem perder a profundidade e a complexidade, é evidente no longa, que consegue transformar um incidente aparentemente banal em uma reflexão profunda sobre temas sociais e humanos, como homofobia, misoginia e classicismo, além de oferecer um estudo delicado de personagens.   RETRATOS FANTASMAS   O novo filme de Kleber Mendonça Filho, o premiado cineasta de “O Som ao Redor”, “Aquarius” e “Bacurau”, é seu primeiro longa documental. A obra também é uma ode à sua cidade natal, Recife, e à sua paixão pelo cinema. Dividido em três capítulos, a obra explora as memórias do diretor, principalmente sua cinefilia. Mendonça Filho mistura vídeos caseiros antigos com suas próprias filmagens, e se aventura para explorar os cinemas de rua de sua infância, que alimentaram sua obsessão, mas que em sua maioria fecharam, vítimas da decadência urbana e da concorrência dos multiplexes suburbanos. Ele também explora o futuro alternativo dessas salas, visitando aquelas que foram transformadas em igrejas evangélicas, refletindo as tendências religiosas no Brasil moderno. “Retratos Fantasmas” é uma rica crônica da cinefilia, entrelaçada à jornada pessoal do cineasta. O documentário estreou fora de competição no Festival de Cannes e atraiu a atenção de distribuidores internacionais simpáticos à sua visão nostálgica pela exibição tradicional em cinemas.   VIDAS DESCARTÁVEIS   Premiado no Festival Cine-PE, o documentário de Alberto Graça (“Beatriz”) e Alexandre Valenti (“Amazônia – Heranças de uma Utopia”) aborda a escravidão moderna em áreas rurais e a exploração de mão de obra imigrante na indústria têxtil de São Paulo. A obra expõe as condições precárias de trabalho no Brasil, resultantes das dinâmicas migratórias movidas por falsas promessas de melhoria de vida. Entre os casos apresentados, estão os de imigrantes latinos que confeccionam roupas para marcas famosas e o caso da Fazenda Brasil Verde, no Pará. A narrativa é construída através de depoimentos de trabalhadores humildes, muitos deles analfabetos, que relatam suas experiências traumáticas, e monta um mosaico abrangente sobre o assunto, ampliando progressivamente a discussão e o choque. Trata-se de cinema enquanto canal de denúncia.

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    Festival de Gramado inicia 51ª edição com várias novidades

    12 de agosto de 2023 /

    Um dos mais tradicionais festivais de cinema no Brasil, o Festival de Gramado, inicia sua 51ª edição neste sábado (12/8), com uma programação repleta de atrações e novidades. Este ano, os organizadores do festival apostam em uma programação em diferentes formatos. A ausência de filmes estrangeiros, que faziam parte do line-up do festival desde 1992, marca uma seleção totalmente nacional, com reforço na seleção de documentários, que disputarão prêmios exclusivos. Além disso, pela primeira vez, haverá o lançamento de uma série: “Cangaço Novo”, que estreia na Amazon Prime Video no dia 19.   Filme de abertura A abertura do evento traz a exibição fora de competição do documentário “Retratos Fantasmas”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, que narra a história do centro da cidade do Recife, com foco nos cinemas de rua que marcaram o local ao longo do século 20. Além da celebração da cinefilia, também aborda questões políticas e culturais, como o constante assédio da especulação imobiliária nas grandes cidades brasileiras – tema que Mendonça abordou num de seus filmes mais conhecidos, “Aquarius”, estrelado por Sonia Braga em 2016. O documentário, que foi aplaudido de pé no Festival de Cannes e selecionado para o Festival de Toronto, será seguido pela exibição de curtas e do longa “Angela”, de Hugo Prata, na mostra competitiva.   Cinebiografia de Ângela Diniz “Angela” é uma cinebiografia de Ângela Diniz, estrelada por Isis Valverde. A socialite mineira foi vítima de feminicídio em 1976, em um caso que chocou o Brasil. O crime cometido por Raul “Doca” Street tornou-se um divisor de águas no movimento feminista e no Direito brasileiros. Durante o julgamento do assassino, que deu quatro tiros no rosto da companheira, a defesa alegou “legítima defesa da honra” para tentar absolvê-lo do caso. Ele alegou ter matado “por amor”. O argumento gerou polêmica. Militantes feministas organizaram um movimento cujo slogan – “quem ama não mata” – tornou-se, anos mais tarde, o título de uma minissérie da Globo. Até o grande poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) se manifestou: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”, referindo-se à estratégia da defesa de culpabilizar Angela Diniz por seu próprio assassinato. A tese da “legítima defesa da honra” constava no Código Penal da época, mas mesmo assim Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão. Na década seguinte, a nova Constituição, elaborada ao fim da ditadura, acabou com essa desculpa para o feminicídio, mas só agora, em agosto de 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) a tornou oficialmente inconstitucional.   Outros títulos em destaque A lista de produções selecionadas também incluem outra cinebiografia: “Mussum — O Filmis”, dirigido por Sílvio Guindane, que traz Ailton Graça como o músico e comediante Mussum, um dos integrantes do grupo Os Originais do Samba e do humorístico “Os Trapalhões”. A mostra competitiva de ficção ainda traz “Uma Família Feliz”, thriller dirigido por José Eduardo Belmonte e estrelado por Grazi Massafera, “O Barulho da Noite”, drama do Tocantins sobre infância roubada, dirigido por Eva Pereira, “Mais Pesado É o Céu”, novo drama de Petrus Cariry, e “Tia Virgínia”, de Fabio Meira e estrelado por Vera Holtz.   Homenagens femininas Em um feito inédito, a edição de 2023 do Festival de Gramado vai homenagear exclusivamente mulheres que contribuíram significativamente para o cinema brasileiro. A produtora Lucy Barreto receberá o Troféu Eduardo Abelin, a atriz Ingrid Guimarães será agraciada com o Troféu Cidade de Gramado, Laura Cardoso e Léa Garcia serão homenageadas com o Troféu Oscarito, e Alice Braga contemplada com o Troféu Kikito de Cristal. Lucy Barreto, mineira de Uberlândia, é uma das produtoras mais ativas do cinema brasileiro. Com uma carreira que remonta ao final dos anos 1960, Barreto é reconhecida por sua contribuição à indústria audiovisual nacional e internacional, tendo produzido importantes obras do cinema brasileiro como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), “O Quatrilho” (1995), e “Flores Raras” (2013). Com uma carreira de mais de 35 anos e inúmeros sucessos no teatro e na televisão, Ingrid Guimarães foi responsável por uma revolução comerial no cinema nacional com a trilogia “De Pernas Pro Ar” (2010-2019), um dos maiores sucessos cinematográficos do século, além de ter participado do primeiro “Minhã Mãe É uma Peça” (2013) e de comédias como “Fala Sério, Mãe” (2017), que consolidaram seu nome entre os mais populares do cinema brasileiro. A veterana atriz Laura Cardoso, de 95 anos e mais de sete décadas dedicadas à atuação, é uma pioneira na televisão brasileira. Estreou em 1952 e coleciona prêmios até hoje. No cinema, participou de clássicos como “Corisco, O Diabo Loiro” (1968), “Tiradentes, O Mártir da Independência” (1977) e “Terra Estrangeira” (1995). Seu trabalho mais recente é a comédia “De Perto Ela Não é Normal” (2020). Também com vasta experiência, Léa Garcia está com 90 anos e soma mais de 100 produções no cinema, teatro e televisão. Peça fundamental na quebra da barreira dos personagens até então destinados a atrizes negras, ela se destacou em novelas como “Selva de Pedra” (1972), “Escrava Isaura” (1976), “Xica da Silva” (1996) e “O Clone” (2001). Além disso, já foi premiada no próprio Festival de Gramado com “Filhas do Vento” (2004) e os curtas “Hoje tem Ragu” (2008) e “Acalanto” (2013). Mais jovem da lista, aos 40 anos Alice Braga é mais vista em Hollywood que no Brasil. Sobrinha da famosa Sonia Braga, ela estourou com “Cidade de Deus” (2002) e, desde então, já participou de 40 produções, atuando ao lado de nomes como Will Smith, Anthony Hopkins, Margot Robbie, Ben Affleck e Matt Damon. Mas nem por isso abandonou a terra natal, encontrando tempo para filmar obras como “Entre Idas e Vindas” (2016) e “Eduardo e Mônica” (2020). O Festival de Gramado acontece até o próximo dia 19, quando serão entregues os troféus Kikitos.

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    Novo filme de Kleber Mendonça Filho é aplaudido de pé em Cannes

    20 de maio de 2023 /

    O diretor Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”) foi aplaudido de pé no 76º Festival de Cannes após a exibição de seu novo filme, o documentário “Retratos Fantasmas”, que foi exibido na sexta-feira (19/5). A première mundial da produção do cineasta pernambucano ocorreu em Sessão Especial da Seleção Oficial, fora do circuito de competição. O documentário é a quarta obra do cineasta a ser exibida em Cannes. “Retratos Fantasmas” mostra a história do centro de Recife desde o século 20 por meio de suas salas de cinema. A inspiração parte das memórias de Kleber, que se mudou na adolescência para o bairro de Setúbal. Dividida em três atos, a obra traz na segunda parte a observação do diretor sobre como os cinemas já fizeram parte da vida das pessoas e da cultura das cidades. Em tom de crônica, a narração de Mendonça Filho tem um aspecto pessoal que aborda a relação dos espectadores com os cinemas. O longa ainda traz uma reflexão sobre como os letreiros dos filmes eram verdadeiros marcos de suas épocas. Durante a sessão francesa, o diretor fez questão de homenagear a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, que estava presente no evento. “Ela é a responsável pela política audiovisual do Ministério da Cultura. Pensamos que deveríamos dar esta informação por que isso é bom e é normal ter alguém do governo nos apoiando e basicamente dizendo ‘o que vocês estão fazendo é bom’. A gente não teve isso por sete anos. Então, muito obrigado!”, afirmou Mendonça Filho. Thierry Frémaux, diretor geral do Festival, fez um paralelo com Martin Scorsese (“O Irlandês”) e Bertrand Tavernier (“O Palácio Francês”) ao apresentar “Retratos Fantasmas”. “O filme visita a história do Brasil e da cidade de Recife. Como Martin Scorsese filmou Nova York, como Bertrand Tavernier filmou Lyon, em sua forma de introspecção pessoal de juventude, que ultrapassa o pessoal para se tornar universal. É um filme magnífico que eu penso que vai inspirar muitos cineastas”, exaltou. O festival francês teve início na terça-feira (16/5) e vai até o dia 27 de maio. “Retratos Fantasmas” estreia nos cinemas brasileiros no segundo semestre, ainda sem data exata definida.

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