Premiação do cinema indie britânico consagra Rocks, Anthony Hopkins, terror e Rhiz Ahmed
A premiação do Cinema Independente Britânico, conhecida como BIFA (abreviatura de British Independent Film Awards), consagrou o filme adolescente “Rocks” nesta quinta (18/2), em cerimônia virtual apresentada por Tom Felton (da franquia “Harry Potter”) e com participação de vários astros famosos – entre eles, Zendaya, Daniel Kaluuya, Emma Corrin e Riz Ahmed. Dirigido por Sarah Gavron, “Rocks” acompanha um grupo de garotas de rua em Londres e venceu cinco prêmios, incluindo o de Melhor Filme Independente Britânico do ano. A premiação também destacou o veterano astro Anthony Hopkins, que venceu como Melhor Ator por seu papel no drama “Meu Pai”, na primeira indicação ao BIFA de sua carreira. “Meu Pai” ainda conquistou mais dois prêmios, incluindo Melhor Roteiro. O novo cinema de terror teve boa representatividade no evento, com três vitórias para “O Que Ficou Para Trás”, incluindo Melhor Direção para Remi Weekes e Melhor Atriz para Wumni Mosaku, e “Saint Maud”, com dois troféus, incluindo Melhor Diretor Estreante para a cineasta Rose Glass. Entre as participações individuais, o destaque ficou com o ator Riz Ahmed, reconhecido em nova função. Ele venceu como Melhor Roteirista Estreante por “Mogul Mowgli” e ainda escreveu o filme premiado como Melhor Curta Britânico, “The Long Goodbye”. Veja a lista completa dos vencedores abaixo do trailer (repleto de elogios) de “Rocks”. Melhor Filme Independente Britânico “Rocks” Melhor Direção Remi Weekes, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Roteiro Florian Zeller e Christopher Hampton, “Meu Pai” Melhor Atriz Wunmi Mosaku, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Ator Anthony Hopkins, “Meu Pai” Melhor Atriz Coadjuvante Kosar Ali, “Rocks” Melhor Ator Coadjuvante D’angelou Osei Kissiedu, “Rocks” Melhor Diretor Estreante Rose Glass, “Saint Maud” Melhor Producer Estreante Irune Gurtubai, “Limbo” [também produzido por Angus Lamont] Melhor Roteirista Estreante Riz Ahmed, “Mogul Mowgli” [também escrito por Bassam Tariq] Novato Mais Promissor Kosar Ali, “Rocks” Melhor Documentário “The Reason I Jump” The Raindance Discovery Award (Melhor Filme de Baixo Orçamento) “Perfect 10” Melhor Curta-Metragem Britânico “The Long Goodbye” Melhor Filme Independente Internacional “Nomadland” (EUA) Melhor Elenco Lucy Pardee, “Rocks” Melhor Fotografia Ben Fordesman, “Saint Maud” Melhor Figurino Charlotte Walter, “Miss Revolução” Melhor Edição Yorgos Lamprinos, “Meu Pai” Melhores Efeitos Visuais Pedro Sabrosa e Stefano Pepin, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Maquiagem e Penteados Jill Sweeney, “Miss Revolução” Melhor Música Paul Corley, “Mogul Mowgli” Melhor Desenho de Produção Jacqueline Abrahams, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Som Nick Ryan, Ben Bairde Sara de Oliveira Lima, “The Reason I Jump”
O que Ficou para Trás: Terror da Netflix ganha primeiro trailer
A Netflix divulgou o pôster, 12 fotos e o trailer de “O que Ficou para Trás” (His House), novo terror que a plataforma vai lançar neste mês de outubro, aproveitando o Halloween. A prévia mostra um casal de refugiados, que tenta construir uma nova vida na Inglaterra, mas precisa lidar com uma presença maligna na casa onde o governo britânico os acomodou. O ator inglês Sope Dirisu (“O Caçador e a Rainha do Gelo”) e a atriz nigeriana Wunmi Mosaku (“Lovecraft Country”) interpretam o casal protagonista, que, após uma fuga angustiante do Sudão do Sul, devastado pela guerra, luta para se ajustar à nova vida em uma pequena cidade inglesa, onde precisam conviver com outro tipo de perigo, desta vez sobrenatural. O elenco também destaca Matt Smith (“The Crown”) como representante do governo. Direção e roteiro são do estreante Remi Weekes, que venceu o prêmio NHZ de cineasta emergente no Festival de Sundance, em janeiro deste ano. O curioso é que a Netflix adquiriu os direitos do filme antes desta consagração – ou mesmo da materialização de 100% de aprovação do filme no Rotten Tomatoes. Bastou a premissa para despertar o interesse da plataforma. Em entrevista para a revista Entertainment Weekly, na época do festival, o diretor deu detalhes de como seu terror foi inspirado pelo mundo real. “É uma história de casa mal-assombrada sobre dois imigrantes que tentam construir uma nova vida em um país estrangeiro”, disse Weekes. “Ao contrário das histórias tradicionais de casas mal-assombradas em que o protagonista pode conseguir escapar, os nossos protagonistas — duas pessoas pedindo asilo em outro país — não têm o privilégio de simplesmente sair. Em vez disso, eles têm de sobreviver dentro de casa. É comum isso acontecer no Reino Unido, onde os requerentes de asilo têm que seguir regras pesadas quando recebem acomodação. Este também é frequentemente um caso que gira frequentes traumas — você está preso, tendo que encontrar maneiras de sobreviver ao seu luto e encontrar maneiras de se curar nessa prisão”. “O que Ficou para Trás” estreia no dia 30 de outubro em streaming.

