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    Vigilante quase morreu incendiado no atentado terrorista contra o Porta dos Fundos

    26 de dezembro de 2019 /

    Um vigilante que trabalhava na sede do grupo Porta dos Fundos quase foi atingido por um dos coquetéis molotov atirados contra a produtora na madrugada de terça-feira (24/12), véspera de Natal. Imagens reveladas das câmeras de segurança, que estão sendo analisadas pela Polícia Civil, mostram que o funcionário estava sentado em uma cadeira perto da porta quando foi surpreendido pelas labaredas da explosão. As chamas chegaram muito perto do corpo do rapaz, que controlou o fogo com um extintor. Graças à sua ação, o prédio não foi completamente incendiado. Imagens do ataque do lado de fora foram registradas por outras câmeras. Quatro homens foram flagrados chegando na sede da produtora no Humaitá, na Zona Sul do Rio, e lançando bombas incendiárias contra o prédio. Logo após, eles deixaram o local em uma moto e um carro. Posteriormente, o suposto grupo divulgou um vídeo em redes sociais, alegando motivação religiosa e ideológica para o ataque, assumindo, assim, a autoria do primeiro atentado terrorista no Brasil desde o fim da ditadura militar. No vídeo, três integrantes – o quarto poderia estar atrás da câmera – aparecem mascarados e uniformizados, em frente às bandeiras da Ação Integralista e do Brasil Império, apresentando-se como o Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira. Num manifesto lido com distorção de voz, o grupo fala em revolução armada. Eles afirmam que cometeram o atentado para “justiçar os anseios de todo povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica que o grupo de militantes marxistas Porta dos Fundos tomou quando produziu o Especial de Natal a mando da mega corporação bilionária Netflix”. O texto segue, afirmando que “quando a Revolução Integralista vier, todos estarão condenados ao justiçamento revolucionário. Nós integralistas não renegaremos nosso papel histórico e nos incumbiremos de ser a Espada de Deus”. A ação se enquadra de cabo (“usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”) a rabo (“por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião… com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”) na Lei Antiterrorismo, sancionada em 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, de forma tão clara que poderia até ser tema de redação do Enem. Entretanto, o secretário Marcus Vinícius Braga e outras autoridades da Polícia Civil se recusaram, em declarações dadas na manhã desta quinta (26/12), a fazer o enquadramento. “Terrorismo não é hipótese investigada”. O crime investigado, explosão sem o uso de dinamite ou explosivos análogos, tem pena relativamente branda, de 1 a 4 anos de prisão, além de multa. O agravante seria considerar também tentativa de homicídio, o que depende de uma série de fatores, apesar das imagens recolhidas nas câmeras de segurança mostrarem claramente que o ato colocou em risco a vida de um vigilante que trabalhava no local.

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    Ataque ao Porta dos Fundos é terrorismo na definição da lei, mas polícia carioca diz que não

    26 de dezembro de 2019 /

    A Polícia Civil do Rio não quer aplicar a Lei de Antiterrorismo na investigação do atentado à bomba contra o grupo Porta dos Fundos. Em entrevista à imprensa, o secretário estadual de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, afirmou que o caso não será classificado como terrorismo e o delegado responsável pela investigação investiga crimes de explosão e tentativa de homicídio. A Lei Antiterrorismo, sancionada em 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, diz que “o terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”. Num dos parágrafos que caracterizam os atos de terrorismo, está listado: “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”. É literalmente o caso do ataque explosivo à sede do grupo humorístico, justificado em nome de “Nosso Senhor Jesus Cristo” por três homens brancos encapuçados num vídeo ameaçador. Entre os crimes previstos na lei Antiterrorismo ainda estão “atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa”, que rende pena de 12 a 30 anos de prisão, e “Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista”, com 5 a 8 anos de reclusão. No vídeo divulgado pelos criminosos, há até manifesto pela revolução armada: “quando a Revolução Integralista vier, todos estarão condenados ao justiçamento revolucionário. Nós integralistas não renegaremos nosso papel histórico e nos incumbiremos de ser a Espada de Deus”. Entretanto, o secretário Marcus Vinícius Braga e outras autoridades da Polícia Civil se recusaram, em declarações dadas na manhã desta quinta (26/12), a fazer o enquadramento. “Terrorismo não é hipótese investigada”. O crime investigado, explosão sem o uso de dinamite ou explosivos análogos, tem pena de 1 a 4 anos de prisão, além de multa. O agravante seria considerar também tentativa de homicídio, o que depende de uma série de fatores. Segundo o delegado Fábio Barucke, subsecretário Operacional da Polícia Civil, as imagens recolhidas em câmeras de segurança mostram claramente que o ato colocou em risco a vida de um vigilante que trabalhava no local. Outro detalhe curioso da entrevista desta quinta foi o questionamento da legitimidade do grupo terrorista auto-identificado como Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira, que assumiu a autoria do atentado, também literalmente, em vídeo que circula no YouTube e nas redes sociais. Apesar de confirmar que as imagens do vídeo que registram o ataque são verídicas, a polícia coloca a autoria em dúvida. O delegado Marco Aurélio Ribeiro afirmou: “O vídeo é verídico. Não se sabe se foi o grupo que fez. O grupo que se diz integralista diz que não é deles. Já negaram a autoria. Não se sabe se foram eles que colocaram o vídeo”, disse. (A posição da Frente Integralista Brasileira pode ser conferida aqui) O ator João Vicente, presente à entrevista coletiva, também fez um rápido pronunciamento como representante do Porta dos Fundos. Acompanhado por um advogado, ele classificou o caso como um “atentado à liberdade de expressão”. “Acho que a gente não está falando aqui sobre o Porta dos Fundos, mas sobre a liberdade de expressão. Estamos falando de um ato violento que a gente não vai permitir. O Rio não precisa de mais violência. Não precisa de mais grupos violentos. Precisa cortar esse mal pela raiz. O que aconteceu foi um atentado à liberdade de expressão” Segundo definição da ONU, ataques terroristas também são atentados à liberdade de expressão. Em sua Declaração sobre Medidas para Eliminar o Terrorismo Internacional, a ONU descreve terrorismo como “atos criminosos pretendidos ou calculados para provocar um estado de terror no público em geral, num grupo de pessoas ou em indivíduos para fins políticos são injustificáveis em qualquer circunstância, independentemente das considerações de ordem política, filosófica, ideológica, racial, étnica, religiosa ou de qualquer outra natureza que possam ser invocadas para justificá-los.”

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    Porta dos Fundos sofre atentado à bomba no Rio de Janeiro

    24 de dezembro de 2019 /

    O grupo humorístico Porta dos Fundos foi alvo de um atentado à bomba na madrugada desta terça-feira (24/12), véspera de Natal. O prédio em que fica a sede do grupo, no Rio de Janeiro, foi atingido por dois coquetéis molotov às 4 horas da madrugada. Em comunicado, a assessoria de imprensa do Porta dos Fundos disse que o incêndio foi controlado por um dos seguranças e que nenhum de seus integrantes estava no local no momento do ataque. “Na madrugada do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a sede do Porta dos Fundos foi vítima de um atentado. Foram atirados coquetéis molotov contra nosso edifício. Um dos seguranças conseguiu controlar o princípio de incêndio e não houve feridos apesar da ação ter colocado em risco várias vidas inocentes na empresa e na rua”, diz a nota. Os integrantes do grupo também afirmam que estão “confiantes que o país sobreviverá a essa tormenta de ódio e o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão”. As imagens do ataque, captadas pelas câmeras de segurança do prédio, já foram enviadas para a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, que deve conduzir uma investigação em busca dos responsáveis pelo crime. O caso foi registrado na 10ª DP, no bairro de Botafogo como crime de explosão. “A perícia foi realizada no local e a equipe do Esquadrão Antibombas arrecadou fragmentos dos artefatos para análise. Diligências estão em andamento para esclarecer o caso”, informou a Polícia Civil à imprensa. A ação terrorista aconteceu após o grupo sofrer ataque virtual de militantes da extrema direita, condenações de políticos conservadores, pedidos de explicações do Congresso, campanha de boicote de líderes religiosos, repúdio da rede Record e até processo judicial por conta do “Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”, da Netflix, que retratou Jesus Cristo como gay, além de fazer graça com um triângulo amoroso entre Maria, José e Deus. O ataque faz recordar o terrível atentado contra a revista francesa Charlie Hebdo, em 2015, quando outra controvérsia religiosa, a caricatura do profeta Maomé, foi usada como justificativa de terroristas para chacinar a equipe de humoristas da publicação. Vale lembrar ainda que o “Especial de Natal” anterior do Porta dos Fundos venceu o Emmy Internacional em novembro, como Melhor Comédia… do mundo. Além da polêmica envolvendo “A Primeira Tentação de Cristo”, Gregório Duvivier, intérprete de Jesus no especial, também foi atacado pela militância virtual após inquérito policial revelar que ele trocou mensagens com o hacker preso por invadir o Telegram de integrantes da Lava Jato, questionando “possíveis alvos” com a citação de nomes da rede Globo, do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e do juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no estado. Duvivier apresentou sua defesa e não foi indiciado.

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    Humorista do Porta dos Fundos cria nova polêmica após contato com hacker da Lava Jato

    20 de dezembro de 2019 /

    Não bastasse ter virado alvo de religiosos e conservadores por viver o Jesus Cristo gay do Especial de Natal do Porta dos Fundos, “A Última Tentação de Cristo”, o humorista Gregório Duvivier entrou em nova polêmica nesta semana, quando as mensagens que trocou com o hacker da Lava Jato vieram à público. Perseguido na rede Record, que é propriedade do bispo Edir Macedo, pela blasfêmia humorística, ele agora virou persona non grata da rede Globo por conteúdo mais sério. Relatório da PF (Política Federal) sobre a chamada Operação Spoofing, encaminhado na quinta (19/12) à Justiça Federal, revelou conversas de Duvivier com o hacker Walter Delgatti Neto, o Vermelho, responsável por roubar mensagens privadas dos promotores da Lava Jato, em que o humorista sugeriu nomes de jornalistas importantes da rede Globo para novas interceptações. Na troca de mensagens entre Delgatti e Duvivier, em julho passado, o humorista recebeu a informação de que o teor das mensagens de autoridades hackeadas foi passado ao jornalista Glenn Greenwald por “livre e espontânea vontade” e, na sequência, estimulou o hacker, afirmando que ele iria “mudar o destino do país” ao revelar as conversas impróprias de procuradores da Lava Jato e do então juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro. Durante a conversa, Duvivier pergunta se haveria algo de comprometedor contra a família do presidente Jair Bolsonaro – a “família Bolso”. Diante de uma resposta negativa, questiona: “Tem algo da Globo?” Delgatti Neto responde que “tem bastante” informação envolvendo a emissora de televisão e afirma que “pega 50 por dia e acaba não lendo”. Em seguida, lamenta a falta de conteúdo. Diz que havia “pegado” o aplicativo do apresentador do Jornal Nacional William Bonner, mas não teve acesso a nada importante, porque tudo havia sido apagado. É neste momento que, segundo a PF, Duvivier sugere novos alvos da emissora, como o diretor-geral de Jornalismo Ali Kamel e o diretor-geral da Globo Carlos Henrique Schroder, dizendo que informação sobre a cúpula da emissora “poderia ser bem forte”. O humorista ainda sugere que o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no estado, “poderiam ser alvos”. A PF também confirmou que não foram encontrados indícios de que Kamel, Schroder ou Witzel tenham sido vítimas de ações dos hackers. Marcelo Bretas e William Bonner, no entanto, acabaram sendo alvo de ataques, mas em data anterior às sugestões de Duvivier. Na conclusão do inquérito, não há imputação de crimes a Gregório Duvivier. Mas ele foi questionado pela polícia durante a investigação. No depoimento aos investigadores, ele negou que tenha solicitado ou sugerido a invasão das contas de Telegram da cúpula da Rede Globo ou de autoridades do Rio de Janeiro. Segundo ele, seus questionamentos ao hacker foram motivados por “curiosidade” em saber se o invasor tinha tido acesso às contas de uma série de personalidades do cenário nacional. Duvivier declarou que, durante a conversa com Delgatti, sugeriu diversos nomes de forma aleatória e disse que em nenhum momento recebeu mensagens ou qualquer informação das pessoas citadas por ele. Também afirmou que não tinha nenhum interesse em obter o conteúdo das mensagens de contas invadidas e em nenhum momento o hacker disse ter invadido a conta de Telegram de pessoas como Bonner ou Ali Kamel. O humorista apresentou à PF a cópia de um pendrive com todas as mensagens trocadas entre ele e o hacker Walter Delgatti Neto. Nelas, há a revelação de que ele teria recebido orientações do jornalista Gleen Greenwald para que não encomendasse o nome de nenhuma autoridade para ser hackeada. Duvivier é explícito sobre a orientação que recebeu: “Não tava pedindo pra investigar ninguém, tá?”. Menos de um minuto depois, fez nova ressalva: “Glenn me explicou que não posso nem falar nomes, haha”. Procurado pela revista Veja, o advogado Augusto de Arruda Botelho, que defende Duvivier, afirmou que o humorista disponibilizou espontaneamente para a Polícia Federal toda a troca de mensagens com o hacker e que “explicou detalhadamente em seu depoimento, no intuito de colaborar com as investigações, que aleatoriamente mencionou uma série de nomes, em uma conversa informal, sem qualquer intenção ou interesse de que tais nomes de fato fossem interceptados ou muito menos investigados”. A rede Globo acabou se pronunciando sobre o caso nesta sexta-feira (20/12), por meio de uma nota. “Os diálogos revelados no inquérito são claros. O público saberá julgar a atitude de Gregório Duvivier e suas explicações posteriores. Ali Kamel e Carlos Henrique Schroder, citados, preferem guardar para si suas opiniões a respeito. Apenas afirmam que se a quebra de sua privacidade tivesse sido levada adiante nada revelaria de desabonador. E nenhum contato com participantes da Operação Lava Jato.”

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    Globo e Sony fecham parceria para produção de séries em inglês

    19 de maio de 2019 /

    A Rede Globo e a Sony Pictures Television fecharam um contrato de coprodução de séries em inglês. O anúncio foi feito durante o LA Screenings, feira internacional de conteúdo televisivo que ocorre anualmente em Los Angeles e se encerrou na sexta (17/5). A parceria representa a primeira iniciativa da Globo em conteúdo dramático em inglês. O acordo prevê duas séries e um terceiro projeto, ainda em definição. As séries já estão em fase de desenvolvimento. São projetos antigos, que justificam o uso do inglês pela narrativa de suas tramas. A primeira produção foi anunciada em 2016 e definiu Sophie Charlotte como protagonista no ano passado. Trata-se de “O Anjo de Hamburgo”, sobre Aracy de Carvalho, mulher do escritor Guimarães Rosa e funcionária do consulado brasileiro em Hamburgo, na Alemanha, que ajudou centenas de judeus a escaparem para o Brasil durante o nazismo. Visando o mercado internacional, a série de oito episódios vai combinar atores brasileiros e estrangeiros, aproveitando a locação na Alemanha. “A história joga luz sobre a coragem de uma mulher brasileira que desobedeceu as ordens de seu próprio governo e arriscou a vida para ajudar centenas de judeus a escaparem dos campos de concentração”, afirmou Silvio de Abreu, diretor de dramaturgia da Globo. A direção de “O Anjo de Hamburgo” é de Jayme Monjardim (“O Vendedor de Sonhos”). A outra série confirmada é “Rio Connection”, que também é um drama de época inspirado numa história real. A trama segue uma quadrilha europeia que usou o Rio de Janeiro como conexão para o tráfico de heroína durante os anos 1970. A Globo terá os direitos de distribuição das séries no território brasileiro e a Sony internacionalmente. Além das duas parceiras, “O Anjo de Hamburgo” e “Rio Connection” terão ainda produção da Floresta, uma joint venture entre a produtora executiva Elisabetta Zenatti e a Sony Pictures Television, especializada em programas de variedades e reality shows – tem mais de 40 atrações produzidos para diferentes canais, entre eles “Shark Tank”, “The Ultimate Fighter”, “De Férias com o Ex”, “Vai, Fernandinha” e “Lady Night”.

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    Agildo Ribeiro (1932 – 2018)

    28 de abril de 2018 /

    Morreu Agildo Ribeiro, um dos comediantes de maior sucesso no Brasil. Ele faleceu neste sábado (28/4) em sua casa no Leblon, no Rio de Janeiro, aos 86 anos. O humorista sofria de um grave problema vascular e, após um tombo recente, estava com dificuldades de se manter muito tempo em pé. Nascido em 26 de abril de 1932, Agildo sempre foi associado ao bom humor, tanto que seu apelido era o “Capitão do Riso”. Fez rádio, teatro, cinema, mas ficou mais conhecido com seus inesquecíveis personagens da TV, nos programas “O Planeta dos Homens” (1976), “Estúdio A…Gildo!” (1982), “Escolinha do Professor Raimundo (1994) e “Zorra Total”. O talento para a comédia foi desenvolvido ainda no Colégio Militar, com imitações dos professores que faziam muito sucesso entre os colegas, mas não com a direção. Acabou aconselhado a sair da escola. Para frustração do pai, o tenente comunista Agildo Barata, foi fazer teatro. Agildo enveredou pelo teatro de revista e não demorou a se juntar à turma da Cinelândia para aparecer em meia dúzia de chanchadas com Ankito. A filmografia inaugurada com “O Grande Pintor”, em 1955, também incluiu uma comédia de Mazzaropi, “Fuzileiro do Amor” (1956), e uma chanchada da Atlântida, “Esse Milhão É Meu” (1959), com Oscarito. Foram uma dezena de comédias até Agildo participar do thriller americano “Sócio de Alcova” (1962) e da espionagem francesa “O Agente OSS 117” (1965), ambos filmados no Rio e entremeados por um curto desvio pelo cinema dramático – fase que incluiu o clássico criminal “Tocaia no Asfalto” (1962), de Roberto Pires, e o pioneiro filme de favela “Esse Mundo é Meu” (1964), de Sérgio Ricardo. Aos poucos, porém, as comédias voltaram a prevalecer, com participações no clássico infantil “Pluft, o Fantasminha” (1965), o musical da Jovem Guarda “Jerry – A Grande Parada (1967), “A Espiã Que Entrou em Fria” (1967), “A Cama Ao Alcance de Todos” (1969) e “Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva” (1971). Este último marcou época por incluir alguns dos colegas que acompanhariam Agildo por parte da carreira, como os comediantes Costinha e Renata Fronzi, futuros “alunos” da “Escolinha do Professor Raimundo”. Sua estreia na telinha foi numa série da rede Globo, “TNT”, em 1965, no qual interpretava um repórter que narrava a história de três jovens modelos, Tânia (Vera Barreto Leite), Nara (Márcia de Windsor) e Tetê (Thais Muiniz Portinho). Em 1969, virou apresentador do programa “Mister Show”, contracenando com o famoso ratinho fantoche Topo Gigio. Mas foi só nos anos 1970, a partir de “Uau, a Companhia” (1972), que a Globo o escalou em programas de esquetes humorísticas. Agildo virou presença marcante de humorísticos desde então. Emplacou papéis em “Chico City” (1973) e “Satiricom” (1973), mas foi em “Planeta dos Homens” (1976) que estourou, graças ao esquete do professor de mitologia Acadêmico, que possuía um mordomo ao qual chamava de múmia paralítica, toda vez que ele tocava uma sineta. Isso acontecia quando o professor frequentemente desviava-se dos temas das suas aulas e passava a suspirar pela atriz Bruna Lombardi, ou então fazia alguma piada em analogia à situação política do Brasil. Ele também participou de um punhado de pornochanchadas da época e filmou a comédia “O Pai do Povo” (1976), único filme dirigido por Jô Soares, seu colega nos programas da Globo. Mas, ao fim de “Planeta dos Homens”, Agildo tentou se estabelecer como protagonista de humorísticos, o que levou ao distanciamento de Jô, Chico Anísio e outras estrelas da comédia televisiva brasileira, em sua busca por estrelar seu próprio programa. Entretanto, ao contrário dos dois colegas famosos, sua carreira “solo” não decolou. Enquanto “Viva o Gordo” (1981-87), de Jô Soares, e “Chico Anysio Show” (1982-90) ocuparam a programação da Globo por praticamente uma década, “Estúdio A… Gildo” (1982) não teve a repercussão pretendida e foi cancelado após o primeiro ano. Agildo foi deslocado para programas de humor coletivo, como “A Festa É Nossa” (1983) e “Humor Livre” (1984), que também não emplacaram, embora fossem protótipos do que virou “Zorra Total”. Desencantado, Agildo mudou de canal. Foi para a rede Bandeirantes, onde estrelou “Agildo no País das Maravilhas”, contracenando com fantoches que representavam políticos brasileiros. Foi um sucesso, até os produtores decidirem levar o programa para a rede Manchete em 1989, rebatizando-o de “Cabaré do Barata”. Sem o nome de Agildo, a audiência sumiu. Ele ainda fez um humorístico para a TV portuguesa, “Isto É o Agildo” (1994), mas a atração também foi cancelada ao final de uma temporada. Assim, voltou para a Globo como integrante da “Escolinha do Professor Raimundo”, assumindo o papel de Andorinha. Seu arsenal de “tipos”, porém, ficou guardado até o lançamento de “Zorra Total” em 1999, no qual tirou do baú inúmeros personagens, como Ali Babaluf, Manoel, Chapinha, Professor Laércio Fala Claro, Gaspar, Rubro Chávez, Don Gongorzola e Aquiles Arquelau. Ao mesmo tempo em que fazia o humorístico, Agildo também participou de novelas do canal, como “A Lua Me Disse” (2005) e “Escrito nas Estrelas” (2010), desempenhou um papel importante na série infantil “Sítio do Pica-Pau Amarelo” em 2007, filmou três bons longa-metragens – a sátira “O Xangô de Baker Street” (2001), baseada num livro do velho amigo Jô Soares, o drama criminal “O Homem do Ano” (2003), roteirizado pelo escritor Rubem Fonseca, e a comédia “Casa da Mãe Joana” (2008), de Hugo Carvana – e rodou o país em sucessivos espetáculos de humor teatral. Até que, em 2015, “Zorra Total” virou “Zorra”, numa repaginada completa, marcando o fim de uma era no humor televisivo brasileiro, com a substituição de comediantes veteranos por uma nova geração, que propunha outro tipo de humor, no qual as esquetes de “tipos” seriam ultrapassadas. Agildo resistiu apenas aos primeiros episódios do novo programa, afastando-se da TV em 2016. Em março, ele foi o grande homenageado do prêmio Prêmio do Humor 2018, promovido por Fábio Porchat, ocasião em que deu entrevistas relembrando a carreira e também a vida pessoal, chegando a comentar sobre seus três casamentos – com Consuelo Leandro (“Era ótimo, mas dois humoristas casados não dá muito certo. Tem hora que pede seriedade”), Marília Pera (“A Marília era foda, né?”) e Didi Ribeiro (“Foi o amor da minha vida”), todas já falecidas. O presidente Michel Temer se pronunciou sobre o tamanho da perda sofrida pelo humor brasileiro. “É triste perder um talento do humor do porte de Agildo Ribeiro, que tantas gerações alegrou. Profissional do riso que não perdia a elegância e inteligência jamais. Um mestre. Meus sentimentos à família e amigos”, escreveu no Twitter. “A comédia brasileira perde mais um Grande! Triste pensar num mundo sem as piadas do Agildo. Obrigado por tudo o que fez por nós!”, resumiu Fábio Porchat, o último a lhe render homenagens durante a vida.

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    Atriz Marilu Bueno é hospitalizada em estado grave

    15 de dezembro de 2016 /

    A atriz Marilu Bueno, de 76 anos, deu entrada no começo da tarde de quarta-feira (14/12) na Coordenação de Emergência Regional do Leblon, que é vinculado ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, em estado grave. A informação foi divulgada inicialmente pela também atriz Betty Gofman em seu perfil do Facebook, e confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde. “Ela está acordada, lúcida e passando por exames para investigar a causa do problema”, informou a Secretaria. A atriz foi levada para o CTI da unidade. Ainda segundo Betty Gofman, Marilu teria sido resgatada por bombeiros em Copacabana, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, onde vive. “A Marilu Bueno deu entrada no Miguel Couto (CER Leblon). Em péssimo estado. Foi resgatada em casa desacordada pelos bombeiros. Está no CTI. Nenhum parente foi encontrado! Acabei de saber!”, escreveu ela na rede social. Prontamente outras personalidades como a atriz Alexia Dechamps se manifestaram oferecendo ajuda. Marilu Bueno tem a carreira fortemente ligada à rede Globo, tendo participado de novelas da emissora desde os anos 1970. Um de seus papéis mais marcantes foi Olívia Krauss, que interpretou em duas versões diferentes de “Guerra dos Sexos” (em 1983 e 2012). Neste ano, ela fez parte de “Êta Mundo Bom”.

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  • Série

    Filme Alemão vai virar minissérie com 35 minutos de cenas inéditas

    9 de janeiro de 2016 /

    O vibrante thriller policial “Alemão” vai virar minissérie. O diretor José Eduardo Belmonte estendeu a obra por quatro capítulos, com 35 minutos inéditos, que incluem registros documentais para esticar a trama, além de cenas exclusivas com a atriz Mariana Nunes, criadas para a TV, além da incorporação de Eucir de Souza e Erom Cordeiro, que não participaram do filme. Segundo o jornal O Globo, a maior parte do trabalho coube ao montador Bruno Lasevicius, que peneirou mais de 50 horas de reportagens gravadas pelas câmeras da rede Globo sobre a ocupação do Complexo do Alemão, no final de 2010. “O material jornalístico muitas vezes superava até a ficção, ficaria inverossímil se a gente tentasse reproduzir aquilo tudo”, disse Belmonte à publicação. Para se diferenciar do filme, a minissérie ganhou um subtítulo, “Os Dois Lados do Complexo”, mas a trama mantém o fio narrativo exibido nos cinemas. Tudo gira em torno de cinco policiais infiltrados no morro, que tem a identidade revelada e se vêem cercados por traficantes, enquanto forças de segurança estão prestes a entrar na comunidade. No elenco, estão Antonio Fagundes, Cauã Reymond, Caio Blat, Otávio Müller, Gabriel Braga Nunes, Marcello Melo Jr. e Milhem Cortaz. A estreia estreia na terça, dia 12 de janeiro, às 23h05m na Rede Globo. Não é a primeira vez que a Globo investe na mescla entre ficção e realidade a partir de um longa-metragem de sucesso. No ano passado, o canal percorreu o mesmo caminho ao exibir “Tim Maia”, misturando trechos do filme de Mauro Lima e entrevistas com os personagens retratados na cinebiografia do cantor e compositor. Na ocasião, o canal foi acusado de manipular a história do filme para mostrar Roberto Carlos sob uma luz mais positiva que a apresentada no cinema. Tanto “Alemão” quanto “Tim Maia” foram produzidos pela RT Features, produtora de Rodrigo Teixeira.

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    Novela O Rebu e Como Aproveitar o Fim do Mundo podem virar séries americanas

    2 de dezembro de 2015 /

    As redes americanas de televisão descobriram as produções da Rede Globo. Dois projetos, baseados em atrações do canal brasileiro, estão sendo desenvolvidos com a intensão de renderem séries. São adaptações da novela “O Rebu”, desenvolvida por Josh Schwartz e Stephanie Savage (criadores de “Gossip Girl”), e da série de comédia “Como Aproveitar o Fim do Mundo”, produzida por Corine Brinkerhoff e Ben Silvermann (produtores-executivos de “Jane The Virgin”). Segundo o site Deadline, o canal ABC pretende transformar a novela numa série de suspense sob o título de “The Party”, enquanto o CW desenvolve a comédia, cujo piloto se chamará “No Tomorrow”. Ambos os canais já experimentaram sucesso com versões americanas de produções latinas, como “Ugly Betty” e a própria “Jane the Virgin”, mas será a primeira vez que adaptariam atrações brasileira. A Globo confirma as conversas para exportar as produções, mas informa que “nada foi fechado ainda”. De acordo com a imprensa americana, os brasileiros querem crédito de coprodução, o que estaria emperrando as negociações. “Como Aproveitar o Fim do Mundo” chegou a ser indicada ao Emmy Internacional em 2013. A série era estrelada por Alinne Moraes, Danton Mello e Nelson Freitas, e tinha como história central a ideia de que, segundo uma profecia maia, o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012. Durou oito episódios e foi cancelada na véspera da data em que o planeta “acabaria”. Já “O Rebu” teve duas versões na TV brasileira – em 1974 e outra passada 40 anos depois, em 2014 – ambas exibidas no último horário de novelas da emissora – às 22h e 23h, respectivamente. Escrita por Bráulio Pedroso, a trama acompanhava a investigação de um assassinato durante uma festa. Toda a história acontece em 24 horas e coloca os 24 convidados e o anfitrião da festa na lista de suspeitos, até revelar, no último capítulo, a identidade do assassino.

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    Yoná Magalhães (1935 – 2015)

    14 de novembro de 2015 /

    Morreu a atriz Yoná Magalhães, primeira estrela das novelas da rede Globo e protagonista de um dos maiores clássicos do cinema brasileiro. Ela estava internada desde o dia 18 de setembro na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, e faleceu na terça (20/10) após uma cirurgia para corrigir uma insuficiência cardíaca, aos 80 anos de idade. Yoná Magalhães Gonçalves Mendes da Costa nasceu em 7 de agosto de 1935 no bairro carioca do Lins de Vasconcelos, e virou atriz por necessidade, para ajudar na renda familiar quando o pai ficou desempregado, ainda na década de 1950. Começou fazendo figuração e pequenos papeis na TV Tupi, quando a TV dava seus primeiros passos e, aos 20 anos, integrou o elenco da telenovela “As Professoras” (1955), exibida ao vivo, antes da chegada dos videotapes. Apareceu em teleteatros da emissora e em dois filmes, “Pista de Grama” (1958) e “Alegria de Viver” (1958), antes de uma excursão teatral levá-la para a Bahia, onde se casou com o produtor Luís Augusto Mendes e se estabeleceu. A mudança para Salvador a levou a trabalhar com o grupo de teatro A Barca em produções da TV Itapoã. Mas principalmente a colocou no lugar certo e na hora certa em que Glauber Rocha procurava formar o elenco de sua obra-prima, “Deus e o Diabo na Terra do Sul” (1964) – com a ajuda de seu produtor, casado com Yoná. Por ocasião do cinquentário do filme, Yoná contou que o então marido, Luiz Augusto, foi quem convenceu Glauber a chamá-la para o papel de Rosa, uma personagem que lhe proporcionou umas das atuações mais importantes de sua carreira. “Creio que Glauber teria outra atriz em mente, porém se viu levado a me aceitar, cofiando mais em sua habilidade como diretor do que em meu talento. E ele estava certo: criou a Rosa e conseguiu fazer com que uma atriz iniciante, apesar de já ser profissional, realizasse uma grande performance”, ela contou no ano passado, em depoimento ao UOL. No grande clássico do Cinema Novo, Yoná interpretou a sofrida Rosa, mulher de Manoel (Geraldo Del Rey). Juntos, eles aderem ao bando do cangaceiro Corisco (Othon Bastos), braço-direito de Lampião, após Manoel, trabalhador pobre e explorado, matar o próprio patrão. O filme marcou época e se tornou a obra mais reverenciada do cinema brasileiro de todos os tempos. “Deus e o Diabo na Terra do Sol” deixou a crítica de joelhos e impulsionou a carreira de Yoná. Ela ainda faria a comédia “Society em Baby-Doll” (1965), de Luiz Carlos Maciel, mas logo não teria mais tempo para o cinema. No mesmo ano, assinou contrato de exclusividade com a recém-inaugurada TV Globo e virou a maior estrela da emissora. Yoná formou o primeiro par romântico de sucesso das telenovelas do canal com o ator Carlos Alberto, começando a parceria com “Eu Compro esta Mulher”, exibida em 1966. No mesmo ano, os dois se casaram, permanecendo juntos até 1971. O casal rapidamente se transformou na dupla preferida da novelista cubana Glória Magadan, responsável pela dramaturgia da emissora, o que transformou Yoná na rainha das telenovelas da Globo. Ela encaixou cinco produções seguidas da escritora. Além de “Eu Compro Esta Mulher”, estrelou “O Sheik de Agadir” (1965), “A Sombra de Rebeca” (1966), “O Homem Proibido” (também conhecido como “Demian, o Justiceiro”, 1968) e “A Gata de Vison” (1968). Atuou ainda em “A Ponte dos Suspiros”, de Dias Gomes, consagrando-se no período das adaptações dos folhetins de época por sua versatilidade, que lhe permitiu aparecer na telinha como espanhola, japonesa, indiana, francesa, norte-americana e italiana. Em 1970, Yoná e Carlos Alberto foram contratados a peso de ouro pela TV Tupi, para atuarem na novela “Simplesmente Maria”. Mas com o fim de seu casamento, a atriz retornou à Globo, vivendo sua primeira vilã em “Uma Rosa com Amor” (1972). Ela seguiu aparecendo em produções de sucesso, como “O Semideus” (1973), “Corrida do Ouro” (1974), “Cuca Legal” (1975), “Saramandaia” (1976) e acabou causando controvérsia em “O Grito” (1975), de Jorge Andrade, pela sensualidade de sua personagem, a secretária Kátia. Outro papel importante se materializou em “Espelho Mágico”, novela inovadora, que usava de metalinguagem. Seu personagem era Nora Pelegrine, uma atriz infeliz de novelas, que vivia das glórias e lembranças do passado. A história, porém, refletia de forma muito próxima a vida real, tanto que, após “Sinal de Alerta” (1978), a atriz cansou de viver coadjuvantes e voltou para a Tupi, onde protagonizou “Gaivotas” (1979). Na sequência, foi para a TV Bandeirantes, onde estrelou “Cavalo Amarelo” (1980), contracenando com Dercy Gonçalves, e foi a protagonista feminina de uma das mais ambiciosas produções da TV brasileira, “Os Imigrantes”, de Benedito Ruy Barbosa. Na trama, que se estendia por décadas, ela viveu a espanhola Mercedes, da juventude à velhice, bem como sua filha Mercedita. Os papéis renderam novo show de interpretação. A atriz voltou à TV Globo em 1984, com a novela “Amor com Amor se Paga”. E logo no ano seguinte participou de um dos maiores fenômenos de audiência da emissora, “Roque Santeiro” (1985). Na novela, viveu Matilde, mulher liberal, proprietária da Pousada do Sossego e da boate Sexu’s, o que lhe permitiu a criação de cenas antológicas com a colega Regina Duarte – a Viúva Porcina tinha ciúmes da amizade de Matilde com Sinhozinho Malta (Lima Duarte). Por conta do sucesso da personagem, ela foi convidada a posar nua para a revista Playboy. O detalhe: fez suas fotos sensuais no auge de seus 50 anos de idade. Sem diminuir o ritmo, viveu novos personagens marcantes, como a temperamental Índia do Brasil em “O Outro” (1987), a ex-prostituta milionária Lalá de “Vida Nova” (1988), a madastra de “Tieta” (1989), que fica alegre quando enviúva, e a fogosa e sofisticada Valentina Venturini de “Meu Bem Meu Mal” (1990). Durante a década de 1990, Yoná Magalhães atuou em mais seis novelas, quatro delas do autor Walther Negrão: “Despedida de Solteiro” (1992), “Anjo de Mim” (1996), “Era uma Vez” (1998) e “Vila Madalena” (1999). Esteve ainda em “Sonho Meu” (1993), de Marcílio Moraes, e “A Próxima Vítima” (1995), de Silvio de Abreu. Foi ainda mais ativa nos anos 2000, quando apareceu em sete novelas: “A Padroeira” (2001), “As Filhas da Mãe” (2001), “Agora É Que São Elas” (2003), “Senhora do Destino” (2004), “Paraíso Tropical” (2007), “Negócio da China” (2008) e “Cama de Gato” (2009). Além disso, completou sua participação na terceira minisséries de sua carreira: “Um Só Coração” (2004). As anteriores foram “Grande Sertão: Veredas” (1985) e “Engraçadinha” (1995). Mesmo com mais de 70 anos, a atriz ainda chamava atenção pela boa forma física. Em “Paraíso Tropical”, sua personagem tinha várias cenas em que fazia alongamentos, evidenciando sua silhueta atlética. “Eu sou vaidosa e fico feliz de ouvir as pessoas me elogiando, claro. Mas isso não é um mundo novo para mim. Sempre fiz alguma atividade”, disse em entrevista ao jornal O Globo na época, revelando o segredo de sua eterna beleza. Seus últimos trabalhos na TV foram as novelas da Globo “Tapas & Beijos” (2011) e “Sangue Bom” (2013). Ela deixa um filho, Marco Mendes, fruto do casamento com o produtor cinematográfico Luiz Augusto Mendes.

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  • Luiz Carlos Miele
    Filme,  TV

    Luiz Carlos Miele (1938 – 2015)

    14 de novembro de 2015 /

    Morreu o ator, apresentador, cantor e diretor Luiz Carlos Miele. Ele faleceu na manhã desta quarta-feira (14/10), aos 77 anos de idade, em seu apartamento em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, após sentir indisposição e sofrer um mal súbito por volta das 8h23. Luiz Carlos Miele nasceu em 31 de maio de 1938, em São Paulo. Filho da atriz e cantora Regina Macedo (cujo nome real era Irma Miele), ele cresceu em meio ao showbusiness brasileiro do começo do século 20, frequentando programas de rádio desde a infância e dando literalmente “os primeiros passos” da TV brasileira. Sua estreia artística aconteceu por acaso, aos 12 anos de idade, quando o menino que seria protagonista da radionovela “Meu Filho, Meu Orgulho”, na Rádio Excelsior, ficou muito nervoso durante o teste. Regina sugeriu que o filho assumisse o papel, e assim começou uma carreira marcada por “acidentes” e casualidades, como o próprio Miele costumava contar. A transição para a TV também foi fruto de um famoso acidente. Miele estava na rádio Tupi quando a televisão chegou no Brasil, trazida por Assis Chateaubriand. Curioso, o menino entrou no estúdio da TV Tupi durante uma das primeiras transmissões ao vivo e, sem querer, passou na frente da câmera, de calça curta. “Daí alguém falou ‘A TV brasileira dá os primeiros passos’. E os primeiros passos da TV foram as minhas pernas”, ele recordou, em entrevista ao UOL. A estreia oficial na TV acabou acontecendo no “Clube do Canguru Mirim”, programa infantil da TV Tupi em que contracenou com os então adolescentes Érlon Chaves, Régis Cardoso e Walter Avancini. Entretanto, ele não demorou a demonstrar interesse em outras áreas do entretenimento. Em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na TV Continental como diretor de estúdio e assistente de edição. Como o salário era baixo, precisava dividir um apartamento no Catete com outros seis moradores, incluindo o ator Francisco Milani. Mas a mudança também o inseriu em outro universo artístico. “Miele não era um saudosista, estava sempre pensando em seu próximo projeto. Uma das figuras mais importantes para o entretenimento brasileiro” – João Marcelo Bôscoli No mesmo ano, Miele conheceu o jornalista e letrista Ronaldo Bôscoli, um dos nomes envolvidos na então nascente bossa nova e com quem formaria uma das mais importantes duplas do showbusiness brasileiro. Juntos, produziram shows no hoje lendário Beco das Garrafas, em Copacabana, trabalhando com cantores como Elis Regina, Wilson Simonal e Sérgio Mendes. O êxito da empreitada os levou a organizar espetáculos de alguns dos principais artistas brasileiros, como Roberto Carlos, e até estrangeiros, como Sarah Vaughan. Também tiveram uma boate no Rio, a Monsieur Pujol, por onde passaram, entre 1970 e 1974, astros como Dione Warwick, Burt Bacharach e Stevie Wonder. O sucesso da dupla chamou a atenção da então nascente TV Globo, que os contratou no mesmo mês em que foi fundada, em abril de 1965, para produzir programas musicais. Foram dezenas de programas, entre eles “Alô, Dolly”, “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma Canção” e a pioneira série de comédia “Dick & Betty 17”, estrelada pelo cantor Dick Farney e a atriz Betty Faria em 1965 – o primeiro sitcom da Globo. A maior realização televisiva da dupla, porém, foi ao ar num canal rival: o célebre programa “O Fino da Bossa”, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues na TV Record. Além disso, também produziram “Musical em Bossa 9”, “Dois no Balanço” e a série de comédia “Se Meu Apartamento Falasse”, com Cyl Farney e Odete Lara, na TV Excelsior. Entre muitas outras atrações. Os dois acabaram voltando à Rede Globo em 1970, onde produziram programas de Elis Regina e Marília Pêra e assumiram a direção musical do “Fantástico”. “O Miele não tinha noção da sua própria importância” – Roberto Menescal Neste retorno, Miele acumulou funções e se desdobrou para atuar como apresentador de atrações musicais, como o festival MPB Shell, e shows de variedades como “Miele Show” e “Sandra & Miele” (com a atriz Sandra Brea), investindo ainda na carreira de comediante, com participações em três humorísticos que marcaram época: “Faça Humor, Não Faça Guerra” (1970-1973), “Satiricom” (1973-1976) e “Planeta dos Homens” (1976-1982) – ao lado de Jô Soares, Renato Corte Real, Berta Loran, Paulo Silvino, Renata Fronzi, Agildo Ribeiro e outras feras do humor nacional. Paralelamente, também fez shows de humor, gravou discos (dois deles em parceria com Elis e até o primeiro rap brasileiro, “O Melô do Tagarela”, lançado em 1980) e investiu na carreira de ator de cinema. A estreia na tela grande foi em “Um Homem e Sua Jaula” (1969), seguido pela cultuada comédia “O Capitão Bandeira Contra o Dr. Moura Brasil” (1971), de Antonio Calmon. Em ambas, atuou com o amigo Hugo Carvana. Na fase de ouro da Embrafilme, participou ainda do drama clássico “A Estrela Sobe” (1974), de Bruno Barreto, e das antologias “Cada um Dá o que Tem” (1975) e “Ninguém Segura Essas Mulheres” (1976). Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, Miele passou a apresentar o humorístico “A Praça da Alegria” na Rede Globo. Do mesmo modo que Manuel na versão original, ele chegava à praça cenográfica, sentava-se no banco e tentava iniciar a leitura de um jornal, quando era interrompido, a todo momento, pelos mais variados tipos, que surgiam de todos os lados. Essa versão do programa durou até 1979, com roteiros e participação de Carlos Alberto de Nóbrega, que depois assumiria o programa de seu pai como “A Praça É Nossa” no SBT. Miele ainda trabalhou na TV Manchete, a partir de 1985, e apresentou o programa “Coquetel” em 1992 no SBT, antes de se focar exclusivamente no trabalho de ator, retomando o cinema numa participação em “O Homem Nu” (1997), dirigido pelo velho amigo Hugo Carvana. Uma década depois, os dois reatariam a parceria no filme “Casa da Mãe Joana” (2008). Ele também participou de três lançamentos recentes, as comédias “As Aventuras de Agamenon, o Repórter” e “Os Penetras”, ambas de 2012 e estreladas pelo jovem humorista Marcelo Adnet, e a cinebiografia “Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho” (2014). “Em outro país, o Miele teria sido o maior showman de todos os tempos” – Sandra Sá Nos últimos anos, voltara a ser presença constante na TV, atuando como integrante fixo do elenco de “Mandrake” (2005-2013), série de detetive inspirada na obra de Rubem Fonseca, no canal pago HBO, e em diversas produções da Globo, como as séries “Casos & Acasos” (2008), “Tapas e Beijos” (2011), “A Teia” (2014), a minissérie “O Brado Retumbante” (2012), a novela “Geração Brasil” (2014), o programa “Domingão do Faustão” (competiu no quadro Dança dos Famosos em 2014) e os humorísticos “Zorra Total” e “Tomara que Caia”. Neste programa, fez sua última aparição televisiva, exibida no dia 6 de setembro. Como ator, Miele ainda deixa uma participação inédita no filme de comédia “Uma Loucura de Mulher”, estreia na direção de Marcus Ligocki (produtor de “O Último Cine Drive-In”), que só chegará aos cinemas em 2016. Cheio de planos, ele até chegou a gravar o piloto de um novo programa de TV, em que lembrava causos de sua vida agitada, e planejava rodar o país com o one-man show “Miele — Contador de Histórias”, título de seu mais recente livro de memórias. Mas, novamente, um acidente aconteceu no meio do caminho. “Estou tristíssima, mas Miele não era um cara de ficar deitadinho dodói. Morreu animadíssimo como foi a vida inteira”, destacou a atriz e amiga Betty Faria. “Não consigo dizer nada além de lugares comuns sobre essa pessoa fantástica. Ele era um amigo de verdade, não só um colega de trabalho. Saudades, só isso”, despediu-se o colega Jô Soares.

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