Velozes e Furiosos 8 ganha primeiro clipe musical em ritmo de rap e demolição
A Universal divulgou o primeiro clipe derivado do filme “Velozes e Furiosos 8”. O vídeo reúne os rappers Lil Uzi Vert, Quavo e Travis Scott interagindo com elementos dos cenários, como carros, correntes e bolas de demolição, em encenações de momentos-chave da trama, mescladas às cenas da produção. Intitulado “Go Off”, o rap também é o primeiro single da trilha sonora, que renderá em breve novos vídeos musicais. Por sinal, “Hey Ma”, que junta Pitbull, J. Balvin e Camila Cabello já ganhou um teaser. Dirigido por F. Gary Gray (“Straight Outta Compton”), “Velozes e Furiosos 8” chega aos cinemas brasileiros no dia 13 de abril, um dia antes do lançamento nos EUA.
Lea Michele não voltará a Scream Queens e já grava piloto de nova série
A atriz Lea Michele foi liberada de seu contrato com a produção de “Scream Queens” e entrou num novo projeto de série de comédia da rede ABC. Segundo o site The Hollywood Reporter, isto não significa que “Scream Queens” foi cancelada, apenas que a personagem da atriz não aparecerá numa possível 3ª temporada. Entretanto, os alarmes dispararam, já que a série de terrir produzida por Ryan Murphy terminou sua 2ª temporada com baixa audiência e ainda não foi renovada pela Fox. O projeto em que a atriz entrou na ABC ainda não tem título, mas está sendo desenvolvido pelo ator e rapper Daveed Diggs (do sucesso da Broadway “Hamilton” e da série “The Get Down”). O projeto gira em torno de um rapper expressivo e idealista chamado Courtney (Brandon Micheal Hall, da série “Search Party”), que resolve concorrer à prefeitura de sua cidade como um golpe publicitário. Ele acaba eleito, mas a maior surpresa, inclusive para ele próprio, é descobrir que pode acabar sendo um bom prefeito. Lea Michele interpretará a chefe da campanha de Courtney. O piloto precisa ser aprovado pela ABC antes de virar série.
Vídeo anuncia volta de The Get Down, a série mais cara da Netflix
Série mais cara da Netflix, “The Get Down” já tem data para retornar. A plataforma de streaming divulgou um vídeo para anunciar a segunda metade da 1ª temporada, que custou US$ 120 milhões para ser gravada. A primeira parte dividiu opiniões, ao se mostrar fantasiosa, como um grande musical, quando muitos esperavam um relato mais factual das origens do hip-hop. Apesar de acompanhar personagens fictícios, a produção incorpora fatos e personagens históricos, como Grandmaster Flash, pioneiro do hip-hop e lenda-viva da discotecagem mundial. Por sinal, Flash é um dos produtores, ao lado do rapper Nas e do crítico e escritor Nelson George, que trabalharam junto com o criador da atração, o cineasta Baz Luhrmann (“O Grande Gatsby”), para garantir a autenticidade da recriação da época. A série se passa no berço do hip-hop, no bairro negro do South Bronx, em Nova York, em meados dos anos 1970, girando em torno de um grupo de adolescentes maltrapilhos que são “nadas e ninguéns”, mas que começam a se destacar com ritmo, poesia, passos de dança e latas de spray, indo dos cortiços do Bronx para a cena artística do SoHo, ao palco do CBGB e às pistas de dança do Studio 54, mas também tem uma trama paralela, envolvendo uma cantora de gospel, fã de discoteca e filha de pai evangélico (vivido por Giancarlo Esposito, da série “Breaking Bad”). O elenco destaca uma nova geração de atores negros e latinos, mas há alguns rostos mais conhecidos como o veterano Jimmy Smits (“Sons of Anarchy”), Jaden Smith (“Depois da Terra”), Skylan Brooks (“The Inevitable Defeat of Mister & Pete”), Shameik Moore (“Dope”) e Justice Smith (“Cidades de Papel”). Os últimos seis episódios da 1ª temporada serão disponibilizados no dia 7 de abril na plataforma de streaming.
Will Smith canta tema de Um Maluco no Pedaço no trailer da série Carpool Karaoke
A série baseada no quadro “Carpool Karaoke” do talk show de James Corden ganhou um trailer que reúne diversas celebridades. Mas quem rouba a cena é Will Smith, cantando, ao lado de Corden, a música tema da série “Um Maluco no Pedaço” (The Fresh Prince of Bel-Air), que lançou sua carreira de ator em 1990. A prévia mostra que a nova versão de “Carpool Karaoke” terá outros “apresentadores”, convidados a dirigir carros na companhia de cantores famosos. Mas a principal diferença em relação ao quadro televisivo é que nem todo episódio será restrito à mobilidade de um carro. Metallica, por exemplo, vai parar num mercadinho e é saudado por um vendedor que canta “Enter Sandman”, enquanto John Legend experimenta um chapelão ao estilo de Pharrell Williams e confessa que “mulheres brancas” o confundem com o outro cantor. Mas é novamente Will Smith quem arranca os sorrisos mais simpáticos ao inaugurar, com Corden, o próximo “nível” do Karaoke, cantando a bordo de um helicóptero “I Believe I Can Fly” sobre Los Angeles. Dentre as celebridades que aparecem destacam-se ainda Alicia Keys, Taraji P. Henson, Chelsea Handler, Blake Shelton, Ariana Grande, Seth Meyers, Michael Strahan e Jeff Gordon. A série “Carpool Karaoke” é uma das primeiras iniciativas da Apple para incluir programas baseados em vídeo no serviço de streaming Apple Music, que pelo nome deixa claro ter como foco o streaming musical. Além da atração de James Corden, a Apple encomendou uma série sobre aplicativos e seu primeiro drama ficcional, “Vital Signs”, baseada na vida do rapper Dr. Dre – que já foi parcialmente contada no filme “Straight Outt Compton – A História do NWA” (2015). Ainda não há previsão de estreia para nenhum desses programas.
Cinebiografia do rapper Tupac Shakur ganha novo trailer
A Morgan Creek Productions divulgou um novo trailer de “All Eyez on Me”, cinebiografia do rapper Tupac Shakur. A prévia é acompanhada por conselhos da mãe do rapper, interpretada por Danai Gurira (Michonne na série “The Walking Dead”), e só registra uma frase do intérprete de Tupac, o ator Demetrius Shipp Jr., novato que participou do reality “#unlock’d” e conseguiu o papel devido à semelhança física. O elenco também destaca Kat Graham (série “The Vampire Diaries”) como a atriz Jada Pinkett, Dominic L. Santana (“Noite Infernal”) como Suge Knight, dono da Death Row Records, e Jamal Woolard, repetindo o papel do rapper Notorious B.I.G. que interpretou na cinebiografia “Notorius” (2009). A produção pretende mostrar todos os lados de Tupac, com ênfase no sucesso, mas também no passado de militância de sua mãe, sua prisão e sua rivalidade com Notorious B.I.G., que levou à sua morte em 1996, aos 25 anos, em um tiroteio. U Desde sua morte, Tupac se tornou um ícone, aparecendo em diversos produtos e inspirando teorias de conspiração sobre ter sobrevivido ao atentado contra sua vida. Assim como Elvis, ele também estaria vivo – e gravando, como mostram os diversos discos póstumos que continuam a ser lançados. Com direção de Benny Boom, que tem uma carreira destacada como diretor de videoclipes e comerciais, “All Eyez on Me” estreia em 16 de junho nos EUA e não tem previsão de lançamento no Brasil.
Luke Cage é renovada para a 2ª temporada
A plataforma de streaming Netflix anunciou a renovação de “Luke Cage”, sua terceira série de super-herói da Marvel, para a 2ª temporada. O anúncio foi feito durante a Comic-Con Experience (CCXP), num teaser curto que apenas avisa que os novos episódios virão em breve (“coming soon”, na projeção em inglês). Não há previsão para o início da produção, porque a plataforma resolveu disponibilizar as séries da Marvel à conta-gotas. Originalmente, Ted Sarandos, executivo responsável pelo conteúdo do serviço, planejava lançar apenas duas atrações de super-heróis por ano. Mas o plano já sofreu revisão no cronograma de 2017, que prevê a estreia de “Punho de Ferro”, “Os Defensores” e “O Justiceiro”. Enquanto isso, a 3ª temporada de “Demolidor” e a 2ª de “Jessica Jones”, já encomendadas, seguem sem data, num provável remanejamento para 2018. “Luke Cage”, portanto, vai enfrentar longa fila. Desenvolvida por Cheo Hodari Coker (série “Ray Donovan”) e passada no mesmo universo de “Demolidor” e “Jessica Jones”, a série estreou em 30 de setembro na Netflix.
Série vai investigar os assassinatos dos rappers Tupac Shakur e Notorious B.I.G.
O canal pago americano USA Network vai lançar a sua versão de “American Crime Story”, acompanhando crimes americanos populares, que, para se diferenciar, ainda não teriam sido resolvidos. A atração vai se chamar “Unsolved”. E o curioso é que o responsável por dirigir e produzir o piloto é Anthony Hemingway, que venceu um Emmy por seu trabalho em “American Crime Story: O Povo contra O.J. Simpson”. A 1ª temporada vai investigar as mortes dos rappers Notorious B.I.G. e Tupac Shakur. A trama será baseada na investigação do ex-detetive do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD) Greg Kading, autor do livro “Murder Rap: The Untold Story of Biggie Smalls & Tupac Shakur Murder Investigations”, e terá roteiro de Kyle Long (da série “Suits”). Tupac Shakur morreu no dia 13 de setembro de 1996, em Las Vegas, no auge do sucesso, quando era um dos principais rappers da Costa Oeste norte-americana. Na época, havia uma disputa ferrenha entre rappers da California e de Nova York, que envolviam até criminosos que os apoiavam – um deles, Suge Knight, era o dono da gravadora de Tupac – , e seis meses depois veio o troco, com o assassinato de Biggie Smalls no dia 9 de março de 1997, executado em Los Angeles também no ápice da carreira e da mesma forma que o rival: com tiros disparados contra seu carro. A história já foi apresentada no filme “Notorious B.I.G.: Nenhum Sonho é Grande Demais” (2009) e está para ser revisitada em duas novas produções cinematográficas: “All Eyez On Me”, que é uma cinebiografia de Tupac, e “Labyrint”, que tem a mesma premissa policial da série “Unsolved”, com o detalhe de ser estrelada por Johnny Depp. Além disso, o canal pago TBS prepara a série de comédia “Think B.I.G.”, baseada na vida de Biggie “Notorious B.I.G.” Smalls. Por enquanto, “Unsolved” ainda está em estágio de produção de piloto. O episódio teste precisará ser aprovado pelos executivos do USA para virar série.
Luke Cage: Ouça um rap exclusivo da trilha sonora da série
A Marvel divulgou em seu canal no YouTube a música “Bulletproof Love”, composta especialmente para a série “Luke Cage”. A canção faz parte da trilha hip-hop da produção, que foi criada pelo rapper Ali Shaheed Muhammad, do grupo A Tribe Called Quest, e o compositor Adrian Younge, da trilha de “Black Dynamite” (2009). Além da base produzida pela dupla, a música traz a voz do rapper Method Man, que inclusive aparece na série como ele mesmo. Lançada na sexta (30/9), a série teria “quebrado” a Netflix, por conta do excesso de streaming, deixando a plataforma fora do ar por duas horas.
Luke Cage: Veja a abertura da nova série de super-herói da Marvel
A plataforma de streaming Netflix divulgou um novo vídeo de “Luke Cage”, sua terceira série de super-herói da Marvel, que revela a abertura oficial da série, entre closes dos músculos do protagonista, vivido por Mike Colter (desde “Jessica Jones”), as ruas do Harlem e a trilha hip-hop da produção – do compositor Adrian Younge, da trilha de “Black Dynamite” (2009). Desenvolvida por Cheo Hodari Coker (série “Ray Donovan”) e passada no mesmo universo de “Demolidor” e “Jessica Jones”, a série chega nesta sexta (30/9) na Netflix. Justice may be blind, but tomorrow it becomes unbreakable. #LukeCage pic.twitter.com/srR5H7FskR — Luke Cage (@LukeCage) September 29, 2016
Mostra exibe filmes clássicos de hip-hop em São Paulo
A 3ª Mostra de Filme Hip-Hop vai exibir 14 filmes dedicados ou inspirados pelo gênero musical no CineSesc, em São Paulo, com entrada gratuita a partir desta quarta (28/9). A abertura acontece com “Wave Twisters” (2001), de Syd Garon e Eric Henry, o primeira longa de animação do hip-hop. Mas a maior parte da seleção foca a “old school”, com filmes clássicos dos anos 1980. Há, por exemplo, “Breakin'” (1984), que revelou Ice-T, “Krush Groove” (1985), estrelado por Run-DMC, LL Cool J, Kurtis Blow, Fat Boys e Beastie Boys, e “Beat Street – A Loucura do Ritmo” (1984), que tem uma história não muito diferente da série “Get Down” e traz o lendário b-boy Crazy Legs mostrando porque é considerado o maior dançarino de break de todos os tempos e… Vin Diesel como figurante! Além disso, há o documentário mais recente dos Beastie Boys, “Awesome; I Fuckin’ Shot That!” (2006), que registra um show do trio em Nova York, e um filme de Adam Yauch, o integrante falecido da banda, “Gunnin’ for that #1 Shot”, sobre um time de basquete. A mostra, que tem curadoria do ex-VJ da MTV Rodrigo Brandão, também presta homenagem a Bobbito Garcia, lendário radialista, jogador de basquete de rua e cineasta, com três de seus filmes. E fecha, no dia 5 de outubro, lembrando um ícone do rap brasileiro, com o doc “Sabotage: Maestro do Canão” (2015), de Ivan Vale Ferreira.
Séries estreantes Atlanta e Better Things são renovadas
O canal pago americano FX anunciou a renovação de duas séries estreantes. “Atlanta” e “Better Things” terão 2ª temporada. As séries estrearam no começo de setembro nos Estados Unidos, com excelente recepção da crítica e também do público. Ambas têm registrado média de 1,4 milhão de telespectadores no canal. Criada e estrelada por Donald Glover (série “Community”), “Atlanta” traz o ator como um jovem que larga os estudos para ajudar a carreira do primo no mundo do rap. Já “Better Things” é criada e estrelada por Pamela Adlon (série “Louie”) no papel de uma atriz divorciada, que tenta criar suas três filhas. As novas temporadas terão dez episódios, como no primeiro ano de cada série, e as estreias vão acontecer no final de 2017.
Curtis Hanson (1945 – 2016)
Morreu o diretor Curtis Hanson, um dos diretores mais interessantes do cinema americano dos últimos anos, embora só tenha sido reconhecido pela Academia com um Oscar, pelo roteiro do brilhante “Los Angeles: Cidade Proibida” (1997). Ele faleceu na noite de terça-feira (20/9) em sua casa, em Hollywood, aos 71 anos. Autoridades policiais informaram que paramédicos foram chamados até sua residência e ele já estava morto quando chegaram. Aparentemente, a causa da morte do diretor, que há anos sofria com Alzheimer, foi um ataque do coração. Hanson nasceu em Reno, Nevada, mas cresceu em Los Angeles. Apaixonado pela sétima arte desde muito jovem, abandonou o colegial para trabalhar como fotógrafo freelance e, posteriormente, editor de uma revista de cinema. A experiência lhe permitiu estrear como roteirista aos 25 anos, assinando a adaptação de um conto clássico de H.P. Lovecraft no terror barato “O Altar do Diabo” (1970), produzido pelo rei dos filmes B Roger Corman, que acabou cultuado por reunir a ex-surfista e boa moça Sandra Dee com o hippie Dean Stockwell. Corman estimulou Hanson a passar para trás das câmeras, e ele estreou como diretor dois anos depois com outro terror, desta vez uma obra original que ele próprio imaginou. “Sweet Kill” (1972) era a história de um desajustado que descobre ser, na verdade, um psicopata, ao matar acidentalmente uma jovem e gostar. O ex-ídolo juvenil Tab Hunter tinha o papel principal. Ele ainda rodou o trash assumido “Os Pequenos Dragões” (1979), sobre karatê kids que tentam salvar uma jovem sequestrada por uma mãe e seus dois filhos maníacos, antes de subir de degrau e trabalhar com um dos pioneiros do cinema indie americano, o cineasta Samuel Fuller. Hanson escreveu o clássico thriller “Cão Branco” (1982), dirigido por Fuller, sobre uma atriz que resgata um cachorro sem saber que ele foi treinado para ser violento e atacar negros. Comentadíssima, a obra lhe rendeu os primeiros elogios de sua carreira. A boa receptividade a “Cão Branco” abriu-lhe as portas dos grandes estúdios. A Disney lhe encomendou o roteiro de um filme na mesma linha, “Os Lobos Nunca Choram” (1983), em que um pesquisador, enviado pelo governo para verificar a ameaça dos lobos no norte do país, descobre que eles são benéficos para a região. E a MGM lhe entregou a direção de “Porky 3” (1983), que, apesar do título nacional, não tinha relação alguma com a famosa franquia canadense de comédias sexuais passadas nos anos 1950 – “Porky’s 3” (com o detalhe da grafia correta) foi lançado dois anos depois! Mas é fácil entender porque a distribuidora quis passar essa falsa impressão. A trama acontecia no começo dos anos 1960 em torno de quatro adolescentes americanos, entre eles um certo Tom Cruise, que viajam até Tijuana, no México, querendo cair na farra, num pacto para perder a virgindade. Hanson não escreveu “Porky 3”, mas histórias de apelo adolescente se tornaram frequentes em sua filmografia. Tanto que seu trabalho seguinte foi um telefilme teen, “The Children of Times Square” (1986), uma espécie de “Oliver Twist” contemporâneo, sobre jovens sem-teto nas ruas de Nova York. Ele completou sua transição para o cinema comercial especializando-se em suspenses, numa sequência de lançamentos do gênero que fez a crítica compará-lo a Alfred Hitchcock. “Uma Janela Suspeita” (1987), inclusive, devia sua premissa a “Janela Indiscreta” (1954), mostrando um crime testemunhado a distância, por um casal que não deveria estar junto naquele momento. A testemunha era interpretada por ninguém menos que a fabulosa atriz francesa Isabelle Huppert. “Sob a Sombra do Mal” (1990) também tinha premissa hitchockiana, evocando “Pacto Sinistro” (1951), mas ganhou notoriedade pelo timing, lançado logo após o vazamento de sex tapes de seu protagonista, o ator Rob Lowe. Ele aparecia no filme num raro papel de vilão, ironicamente chantageando o futuro astro de “The Blacklist”, James Spader, por conta de gravações sexuais. Foi o melhor papel da carreira de Lowe e o empurrão definitivo para Hanson se tornar conhecido. Seu filme seguinte estabeleceu sua fama como mestre do suspense, num crescendo assustador. “A Mão Que Balança o Berço” (1992) fez bastante sucesso ao explorar um tema que marcaria a década: a mulher simpática, que abusa da confiança de suas vítimas. Poucas psicopatas foram tão temidos quanto a babá vivida por Rebecca De Mornay, que em pouco tempo se viu acompanhada por Jennifer Jason Lee em “Mulher Solteira Procura…” (1992) e Glenn Close em “Atração Fatal” (1987), na lista das mulheres que transformaram intimidade em ameaça. O quarto thriller consecutivo, “O Rio Selvagem” (1994), trouxe Meryl Streep como uma mãe que leva sua família para navegar nas corredeiras de um rio, apenas para ver todos sequestrados por Kevin Bacon, armado. Mas foi o quinto suspense que o transformou definitivamente num cineasta classe A. Obra-prima, “Los Angeles: Cidade Proibida” (1997) inspirava-se na estética do cinema noir para contar uma história de corrupção policial e brutalidade, repleta de reviravoltas, tensão e estilo, passada entre a prostituição de luxo, disputas mafiosas e os bastidores de Hollywood nos anos 1950. O filme resgatou a carreira de Kim Basinger, sex symbol da década anterior, como uma garota de programa que passou por plástica para ficar parecida com uma estrela de cinema, e ajudou a popularizar seu par de protagonistas, recém-chegados do cinema australiano, Russell Crowe e Guy Pearce, como policiais que precisam superar seu ódio mútuo para não acabar como Kevin Spacey, que mesmo saindo cedo da trama, também já demonstrava o talento que outros cineastas viriam a explorar. Hanson venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado pelo filme, baseado no livro homônimo de James Ellroy, e Basinger o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Mas “Los Angeles: Cidade Proibida” foi indicado a mais sete prêmios da Academia, inclusive Direção e Melhor Filme do ano, e só não venceu tudo porque havia um “Titanic” em seu caminho. A boa fase seguiu com o drama “Garotos Incríveis” (2000), reconhecido pela ótima atuação de Michael Douglas e por render um Oscar ao cantor Bob Dylan, de Melhor Música Original. E rendeu outro espetáculo cinematográfico contra todas as apostas, quando Hanson decidiu dirigir Eminem no filme “8 Mile – Rua das Ilusões” (2002). Baseada na vida real do rapper, a produção conquistou elogios rasgados e um Oscar (de Melhor Canção) para Eminem, que teve sua carreira impulsionada. Seus filmes finais não foram tão brilhantes. Ele tropeçou ao tentar fazer sua primeira comédia romântica, ainda por cima de temática feminina, “Em Seu Lugar” (2005), que mesmo assim teve bons momentos com Cameron Diaz e Toni Colette. Mas a insistência em emplacar um romance fez de “Bem-Vindo ao Jogo” (2007), em que Eric Bana se dividia entre o poker e Drew Barrymore, o pior desempenho de sua carreira. O telefilme “Grande Demais Para Quebrar” (2011), sobre a depressão financeira de 2008, rebateu a maré baixa com nada menos que 11 indicações ao Emmy. Infelizmente, as ondas foram altas demais em “Tudo por um Sonho” (2012), sua volta ao cinema. Ele não conseguiu completar o filme, que tinha Gerard Butler como surfista, após sofrer um colapso no set. Michael Apted foi chamado às pressas para finalizar o longa e Hanson nunca mais voltou a filmar. O Alzheimer tomou conta e, embora o estúdio não comentasse qual doença tinha levado o diretor ao hospital, aquele foi o fim da sua carreira.










