“A Mãe” tem melhor estreia de filme da Netflix em 2023
O novo thriller de ação estrelado por Jennifer Lopez, “A Mãe”, atraiu impressionantes 83,71 milhões de horas visualizadas durante seu lançamento na Netflix. O filme estreou na última sexta-feira (12/5) e a recepção do público deu à produção a melhor abertura de fim de semana de um filme da Netflix em 2023. Os números superam as últimas grandes produções da plataforma, “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” (2022) e “Mistério em Paris” (2023). O mais curioso é que a lista dos 10 filmes mais assistidos na semana não tem mais nenhum filme da Netflix. A relação traz apenas produções de cinema, como “O Pior Vizinho do Mundo” (2022), “Os Croods” (2013), “Nas Profundezas do Mar sem Fim” (1999), “Synchronic” (2019), “Kung Fu Panda 3” (2016), “No Lugar Errado” (2022), “Vingança Entre Assassinos” (2009), “Escolha Perfeita” (2012) e “Fogo contra Fogo” (1995). Já a relação das séries é totalmente composta por produções originais. “Rainha Charlotte” continua no topo da lista de séries mais assistidas em sua segunda semana de exibição. Entre os dias 8 e 14 de maio, a série acumulou impressionantes 158,68 milhões de horas visualizadas. Desde sua estreia em 4 de maio, o spin-off de “Bridgeton” já chegou a um total de 307 milhões de horas visualizadas. Vale apontar que a série “Inventando Anna” ocupa o 10º lugar entre as mais populares do streaming, com 511 milhões de horas visualizadas em seus primeiros 28 dias. Se a nova criação de Shonda Rhimes continuar no mesmo ritmo, é provável que alcance esse marco. Inclusive, cada temporada de Bridgerton teve mais de 600 milhões de horas visualizadas em seus primeiros 28 dias, marcando presença nesta lista. Outro fator que torna o sucesso de “Rainha Charlotte” ainda mais surpreendente é sua curta duração, com apenas seis episódios – que geram menos horas de exibição por temporada que uma série convencional da Netflix. Todas as séries que estão na lista de mais populares de todos os tempos na Netflix têm pelo menos oito capítulos. O sucesso da atração derivada também trouxe “Bridgerton” de volta ao ranking do streaming. Em 5º lugar, a 1ª temporada da série acumulou mais 23,88 milhões de horas visualizadas. Já a 2ª temporada apareceu em 9º lugar, com 17,25 milhões de horas visualizadas. No restante da lista, destacam-se ainda as 2ª temporadas de “Amigas Para Sempre”, com 31,9 milhões de horas visualizadas, e “Sweet Tooth”, com 27,61 milhões de horas visualizadas. Por sinal, a temporada inaugural de “Sweet Tooth” também reviveu no ranking, retornando em 10º lugar com 11 milhões de horas visualizadas. O 4º lugar ficou com a série documental “Busca Imediata – Pessoas Desaparecidas”, com 23,95 milhões de visualizações. Enquanto isso, os mais recentes sucessos da plataforma perderam muitas posições. A série “O Agente Noturno” teve 20,34 milhões de horas visualizadas e aparece em 6º, enquanto o thriller político “A Diplomata” ficou em 8º lugar com 18,37 milhões de horas visualizadas. Embora esteja sendo rodeada de polêmicas e críticas negativas, o alvoroço em torno de “Rainha Cleópatra” a colocou entre as séries mais populares da semana. Marcando 20,18 milhões de horas visualizadas, ocupa a 7ª posição no ranking. Confira abaixo os trailers das cinco séries em inglês mais vistas da Netflix na última semana. 1 | RAINHA CHARLOTTE – UMA HISTÓRIA BRIDGERTON | NETFLIX 2 | AMIGAS PARA SEMPRE | NETFLIX 3 | SWEET TOOTH | NETFLIX 4 | BUSCA IMEDIATA – PESSOAS DESAPARECIDAS | NETFLIX 5 | BRIDGERTON | NETFLIX
“Rainha Cleopatra” é massacrada e registra pior avaliação da Netflix
O documentário “Rainha Cleópatra” chegou na Netflix na última quarta-feira (10/5) e recebeu uma avaliação extremamente baixa do público. No agregador Rotten Tomatoes, a produção chegou a atingir 1% de aprovação do público, a nota mais baixa já atingida por uma produção do streaming – está atualmente com 2%. Além disso, o docudrama também não foi bem recebido pelos críticos e registra apenas 10% de aprovação no site. Apesar da crítica apontar diversos problemas, como atuações fracas, a trama imprecisa descreve fatos inverídicos – como o treinamento de Cleópatra como guerreira. Mas a produção também criou discórdia por representar Cleópatra como uma mulher negra. Interpretada pela atriz britânica Adele James (“Acceptable Damage”), a escalação da protagonista reacendeu o debate sobre a etnia da monarca. Muitos espectadores criticaram as imprecisões históricas e consideraram a produção desrespeitosa em relação à cultura egípcia. A criadora, Tina Gharayi, defendeu a escolha do elenco, argumentando que era mais provável que Cleópatra se parecesse com uma atriz negra do que com a representação icônica de Elizabeth Taylor no filme “Cleópatra” de 1963. “Por que Cleópatra não poderia ser uma irmã melanizada? E por que algumas pessoas precisam que Cleópatra seja branca?”, disse a Variety. No entanto, críticos e espectadores questionaram a falta de consulta a especialistas egípcios na produção do documentário e a inclusão de “especialistas” ocidentais com visões distorcidas dos fatos, usando como argumento principal o direito de imaginação. O caso ganhou ainda mais repercussão quando um advogado egípcio decidiu mover uma ação legal contra a Netflix, pedindo o fechamento imediato da plataforma no Egito devido à distorção da história egípcia. A produção também foi criticada pelo Conselho Supremo de Antiguidades do país, que confirmou que a rainha Cleópatra tinha pele clara e características gregas – ela era descendente da dinastia Ptolomeu, que se casava entre si para preservar a linhagem macedônica. O fato da obra não ser apresentada como ficção, mas sim como série documental, teria agravado a situação. Agora, a Netflix enfrenta um processo por “falsificar a identidade egípcia” e corre o risco de ser banida do país. Produzido por Jada Pinkett-Smith, o docudrama é a segunda parte de uma série documental intitulada “Rainhas Africanas”. O objetivo da produção era destacar e contar a história de rainhas africanas, apresentando encenações ficcionais dramatizadas e entrevistas com especialistas. A primeira parte da produção, intitulada “Njinga”, agradou mais a crítica, com 88% de aprovação, mas marcou apenas 17% de aprovação entre o público do Rotten Tomatoes, indicando um componente racista na avaliação. Os quatro episódios de “Rainha Cleópatra” já estão disponíveis na Netflix.

