Peggy Lipton (1946 – 2019)
Atriz Peggy Lipton, que estrelou as séries clássicas “Mod Squad” e “Twin Peaks”, morreu de câncer no sábado (11/5), em sua casa, aos 72 anos. “Ela fez sua jornada pacificamente com suas filhas e sobrinhas a seu lado”, disseram as filhas, a modelo Kakida e a também atriz Rashida Jones em comunicado. Uma das atrizes mais belas da televisão, Peggy Lipton começou a carreira como modelo. Ela resolveu tentar a atuação em 1965 com uma aparição em “A Feiticeira”. Mas apesar da beleza e esforço, só conseguiu pequenas participações antes de emplacar seu primeiro papel fixo em 1968. E que papel! Peggy foi escalada como a principal personagem feminina de “Mod Squad”, a hippie Julie Barnes. A série marcou época por trazer temas da juventude contemporânea para as tramas policiais. Os episódios acompanhavam três jovens rebeldes – “um branco, um negro e uma loira” – , que, após fazer um acordo com a polícia para evitar a prisão, viram informantes e passam a se infiltrar em escolas e movimentos sociais. “Mod Squad” foi a primeira abordagem televisiva da contracultura – um ano antes do filme “Easy Rider” – e apesar de defender “o Sistema”, tinha como regra nunca mostrar nenhum adolescente ser preso. Os vilões eram os adultos que se aproveitam dos jovens. E graças à temática, acabou sendo também pioneira na dramatização de problemas sociais como aborto, violência doméstica, abuso infantil, analfabetismo, manifestações estudantis, imigração ilegal, brutalidade policial, racismo, traumas psicológicos de guerra, tráfico e consumo de drogas. O produtor era ninguém menos que Aaron Spelling, o mesmo de “Barrados no Baile”. O sucesso foi tanto que, durante as cinco temporadas da série, entre 1968 e 1973, Peggy Lipton virou uma das estrelas mais populares da TV. Ela chegou a lançar discos como cantora e até namorou Elvis Presley. E também foi reconhecida por seu desempenho, indicada a quatro prêmios Emmy. Acabou vencendo um Globo de Ouro de Melhor Atriz Dramática em 1971. Em 1974, após o fim da produção, a atriz se casou com o jazzista Quincy Jones, um casamento interracial que chegou a causar controvérsia na época. Ela teve suas filhas logo em seguida, o que acabou interrompendo sua carreira. Só voltou a atuar num telefilme de reunião de “Mod Squad” em 1979, exceção durante sua pausa prolongada, que se estendeu por quase duas décadas. A segunda fase da sua carreira começou apenas durante seu processo de divórcio, quando ela decidiu retornar à TV, entrando no elenco de outra série que se tornou parte da História da TV: “Twin Peaks”, em 1989. Seu papel era Norma Jennings, dona da lanchonete Double R Diner, um dos principais cenários da produção. Ela ainda repetiu essa interpretação no filme “Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer” (1992) e no recente revival da série, “Twin Peaks: O Retorno”, lançado em 2017. Novamente em evidência, desta vez Peggy deu sequência à carreira, aparecendo em filmes como “O Mensageiro” (1997), “Quando em Roma” (2010) e “Quatro Vidas de um Cachorro” (2017). Atuou ainda em séries tão diferentes quanto “Popular” (quatro episódios em 2000), “Alias” (três episódios em 2004), “Psych” (um episódio temático dos anos 1960, em 2014), “Claws” (como ela mesma em 2017), além de “Angie Tribeca”, em que contracenou com sua filha Rashida Jones na pele de Peggy Tribeca, justamente a mãe da personagem-título (Rashina), em dois episódios de 2016 e 2017.
Ouça as 15 músicas pré-selecionadas para o Oscar 2019 de Melhor Canção
A Academia de Ciências e Artes Cinematográficas dos Estados Unidos divulgou a lista das 15 músicas pré-selecionadas para a disputa do Oscar 2019 de Melhor Canção. Todas podem ser ouvidas abaixo. A relação inclui canções de Lady Gaga (para “Nasce uma Estrela”), Kendrick Lamar (“Pantera Negra”), Thom Yorke (“Suspiria”), Troye Sivan (“Boy Erased”), Sade (“Viúvas”), Dolly Parton (“Dumplin'”), Quincy Jones (“Quincy”) e Jennifer Hudson (“RBG”). A música de Hudson, por sinal, é uma composição de Diane Warren, que já disputou nove Oscars da categoria sem vencer nenhum. É uma das duas músicas de documentários da seleção, feita para o filme “RBG”, sobre a juíza Ruth Bader Ginsburg. E, ironicamente, a música de Keisha para a cinebiografia da mesma juíza, “Suprema”, não foi qualificada. Por outro lado, “O Retorno de Mary Poppins” emplacou duas canções, ao estilo dos musicais cafonas que a Academia adora. O mesmo tom marca a faixa selecionada da animação “WiFi Ralph: Quebrando a Internet”. Como “O Retorno de Mary Poppins” deve emplacar compulsoriamente um representante na categoria, resta saber se o Oscar 2019 será um dos primeiros em tempos recentes a não qualificar uma música de animação. São muitas estrelas para apenas cinco vagas. E isso que Keisha (“Suprema”), Eminem (“Venom”), Demi Lovato (“Uma Dobra no Tempo”), Imagine Dragons (“Wifi Ralph”), Post Malone (“Homem-Aranha no Aranhaverso”), Annie Lennox (“A Private War”), Celine Dion (“Deadpool 2”), Sia (“Vox Lux”) e até Prince (“Infiltrado na Klan”) foram barrados. Os finalistas de todas as categorias serão anunciados apenas no dia 22 de janeiro e a cerimônia de premiação está marcada para 24 de fevereiro, com transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais Globo e TNT. Dê play no playlist a seguir para ouvir todas as 15 canções selecionadas. A lista completa está logo abaixo. “Revelation”, de “Boy Erased: Uma Verdade Anulada” “Suspirium”, de “Suspiria” “All the Stars”, de “Pantera Negra” “The Big Unknown”, de “Viúvas” “We Won’t Move”, de “O Ódio que Você Semeia” “Treasure”, de “Querido Menino” “I’ll Fight”, de “RBG” “Shallow”, de “Nasce uma Estrela” “Girl In The Movies”, de “Dumplin’ “When A Cowboy Trades His Spurs For Wings”, de “A Balada de Buster Scruggs” “Trip A Little Light Fantastic, de “O Retorno de Mary Poppins” “The Place Where Lost Things Go”, de “O Retorno de Mary Poppins” “A Place Called Slaughter Race”, de “WiFi Ralph: Quebrando a Internet” “Keep Reachin”, de “Quincy” “OYAHYTT”, de “Sorry to Bother You”
Steven Spielberg vai produzir remake musical de A Cor Púrpura
O primeiro drama da carreira de Steven Spielberg, “A Cor Púrpura” (1985), vai ganhar remake do próprio diretor, desta vez como musical. Spielberg e Oprah Winfrey, que atuou no longa original, juntaram-se para produzir uma nova versão cinematográfica do romance homônimo de Alice Walker, que terá como ponto de partida não o longa indicado a 10 Oscars, mas o musical da Broadway que disputou 11 prêmios Tony em 2006. E o veterano compositor, jazzista e produtor Quincy Jones, que trabalhou na trilha dos anos 1980, juntou-se ao projeto para desenvolver a parte musical. Winfrey e Jones também produziram a adaptação da Broadway, ao lado de Scott Sanders (responsável pelo revival de “Evita”). Para quem não lembra, a história é centrada em Celie, uma negra do sul dos Estados Unidos que é abusada pelo pai e pelo marido. No filme de Spielberg, a protagonista foi vivida pela então desconhecida Whoopi Goldberg, que recebeu uma indicação ao Oscar, assim como Oprah, como Melhor Atriz Coadjuvante pelo primeiro papel de cinema de sua carreira. Com um orçamento de US$ 15 milhões, “A Cor Púrpura” arrecadou mais de US$ 140 milhões nos cinemas mundiais. O musical sobre a obra estreou na Broadway em 2005 e, após quase mil apresentações, voltou a ser encenado em 2016, ocasião em que venceu dois Tonys. Steven Spielberg anda rondando o gênero musical nos últimos tempos. Ele está desenvolvendo um remake (desnecessário) da obra-prima “Amor, Sublime Amor” (1961), mas não se apresenta como diretor do projeto de remake musical de “A Cor Púrpura”, apenas como produtor. Em estágio inicial, o projeto ainda não possui nem roteirista definido.
Documentário sobre Quincy Jones ganha trailer
A Netflix divulgou o trailer e pôster do documentário “Quincy”, sobre o jazzista Quincy Jones, dirigido por sua filha, a atriz Rashida Jones (“Angie Tribeca”) em parceria com Alan Hicks (“Keep on Keepin’ On”). Por meio de imagens raras, registros do arquivo pessoal da família e cenas de aparições televisivas históricas, o filme retrata a longa carreira do músico e produtor, que trabalhou com Frank Sinatra, Ray Charles, Aretha Franklin, Stevie Wonder, Michael Jackson, Miles Davis e Will Smith, além de ter revelado Oprah Winfrey. Não por acaso, o vídeo é repleto de celebridades, que incluem ainda Tony Bennett, Paul McCartney, Dr. Dre e Lady Gaga. Exibido no Festival de Toronto de 2018, o documentário estreia em 21 de setembro em streaming
Convidado a participar do Oscar, Quincy Jones exige discursar contra falta de diversidade do prêmio
O lendário produtor Quincy Jones revelou que foi convidado para apresentar uma das categorias do Oscar. Mas o músico de 82 anos só aceitará participar da cerimônia se puder comentar a polêmica em torno da falta de diversidade entre os indicados ao prêmio deste ano. “Eles me chamaram para apresentar com Pharrell e Common”, disse Jones num evento de mídia realizado na noite de quarta (20/1) em Miami. “Quando voltar à Los Angeles, vou pedir para discursar por cinco minutos sobre a falta de diversidade. Se não deixarem, não vou apresentar”. Jones, que os mais novos conhecem como produtor de Michael Jackson, tem uma relação antiga com o Oscar. Ele foi diretor musical do prêmio em 1971 e foi o primeiro negro americano a receber o prêmio humanitário Jean Hersholt da Academia, em 1995. “Existem duas maneiras de abordar isso. Você pode boicotar ou consertar. É assustador saber que os indicados são 90% brancos e 80% homens”.



